Textos de Luis de Camoes
QUANDO SE AMA
Menina especial
Escuta o que eu digo
Na minha vida te preciso,
Olhar meigo e sedutor
Você me conquistou,
Da mesma espécie nós somos
Se conhecendo nós fomos,
E vamos formar um belo casal,
Basta você querer,
Vou te acordar com flores
Café da manhã na cama
Porque quando se ama,
Não tem limites,
Não tem brigas nem mentiras,
Tudo é mil maravilhas.
É assim que eu me sinto,
Quando estou do seu lado,
Em ti eu acredito
Porque estou apaixonado,
Você é meu cobertor
A deusa com louvor
Obrigado meu senhor
Por te me dado esse amor,
Compositor Antonio Luis
Muitas vezes sendo bonzinhos não somos reconhecidos pela bondade, outras vezes sendo autênticos não somos reconhecidos pelo excesso de autenticidade, podendo até ser mal interpretado, muitas vezes distribuímos sorrisos para sermos retribuídos com o silencio ou até mesmo ausência de sentimento ou estimulo, por isso é importante nos dedicarmos a pessoas que se importam com nós e nossas atitudes.
As vezes pode ser doloroso investir segundos, minutos ou horas do dia dedicando pensamentos para pessoas que muitas vezes nem se importam, pensam ou lembram de nós, contudo isso é uma escolha que pode mudar a qualquer momento! De certa forma estou repleto de cansaço ao ver todos aderindo às conversas dos iguais, às falsas impressões repletas de atitudes vazia, repletas de jogo, impeto carnal, ou ausência da declaração de sentimentos e expectativas reais e verdadeiras, mas como de certa forma meu maior defeito é ser o que sou não consigo deixar de ser diferente apesar de muitas vezes parecer não fazer a diferença ou surtir algum impacto, mas não me importo com isso, mas sim na mensagem "passada"
Estou levemente enjoado daqueles de sentimentos negativos e falsos personificados em seres que assumem forma de gente e andam por ai abraçando indivíduos repletos de mentiras, cansado de pessoas que mentem pra si mesmas, pessoas que fabricam tristezas, falsas crenças e medo, cavando seu próprio buraco, sua própria cova, tornando o destino previsível e desejando o imprevisível em que sua zona de conforto ou barreiras as impedem de construir ! Medo de amar, medo de largar, medo de fugir, medo de se esconder, e admiradoras de uma inércia repleta de observação e regras que racionalizam o que devem ser espontâneo.
A minha maior vontade na maioria das vezes é de mandar muita coisa pro ar e recomeçar do "zero" fingindo que não percebi e que desconheço tais capacidades repletas de incapacidades, mas a grande verdade que me rodeia e que de certa forma me atormenta, e me motiva, é o fato de ser difícil viver sem isso! Sem essa incerteza, sem essa luta continua pelo entendimento e compreensão! É a vida sendo vida, é a percepção proporcionando evolução através das atitudes, prioridades e escolhas certas, vida se resume a isso!
Sem esse cansaço desgastante, sem essa angústia apavorante e temor latente, não existe aprendizado! Muito menos vida, muito menos graça! Entretanto algo é muito presente: O caminho escolhido que leva a dor! E nossa! Como dói quando o escolhemos não é mesmo? Ele nos expõe, nos revela e nos machuca, mas é uma dor passageira! São dores que são fruto da nossa entrega repleta de expectativas falsas criadas e alimentadas por poemas que lemos, filmes que assistimos, músicas que ouvimos e pessoas extremamente deslumbrantes e perfeitamente erradas nas quais depositamos confianças e expectativas, todavia assumimos tais riscos por simplesmente ESCOLHER, até porque entendemos com clareza onde belas escolhas e caminhos podem nos levar, entendemos que uma vez que partimos do ponto de partida só voltamos nele quando a corrida termina e tudo chega ao fim, e mesmo assim o fim trás um novo caminho, só que desta vez mais curto! Isso se você souber aproveitar bem!
Eu: Solidão porque não me deixa?
Solidão: Eu quero que você aprenda a conviver melhor comigo e que não fuja de mim, em um momento ou outro eu sou inevitável!
Eu: Mas já tem muito tempo que você me persegue!
Solidão: Você se lembra as coisas que aconteceram quando eu te deixei?
Eu: Sim, eu me lembro, mas por alguns momentos fui feliz!
Solidão: Sim! Você foi, e por isso em alguns momentos fiquei distante, mas já em outros creio que era melhor você ter minha companhia, mas mesmo assim insistia em me afastar de você! Em me evitar!Tem medo de mim?
Eu: Não é medo, aliás, creio que seja um pouco!
Solidão: Estou com você sempre que você dorme, sempre que você acorda, quando você vai de um lugar pra outro, e por algum motivo te entendo!
Eu: Mas as coisas seriam mais fáceis se eu pudesse te ver! Talvez eu não teria tanto medo de você!
Solidão: Você não precisa me ver pra gostar de mim! Basta você me sentir de forma positiva!
Eu: Te sentir? Como ?
Solidão: Da mesma forma que você senti bons sentimentos dos poemas que lê, das músicas que ouve, afinal tudo está ali por um motivo!
Eu: É difícil de entender
Solidão: Na verdade é difícil pra você querer estar ao meu lado, me aceitar como sou!
Eu: Eu gosto de conversar, de sentir, de tocar, de ouvir!
Solidão: Por isso você o tempo todo estará do meu lado!
Eu: Como assim?
Solidão: Você gosta de ouvir os outros, mas não a você mesmo! Você quer sentir sem antes sentir a você mesmo, você quer amar sem antes....
Eu: Ei! O que você quer dizer? Eu me amo, e muito!
Solidão: Então porque minha companhia não é suficiente pra você?
Eu: .......não sei te responder..
Solidão: Pois então peço que seja legal comigo, que me entenda melhor, você sabe que independente do seu momento eu nunca vou te abandonar!
Eu: Não entendo!
Solidão: Estive com você o tempo todo, eu te conheço, e estou do seu lado o tempo todo por você!
Eu: Confesso que estou começando me sentir mais a vontade com você!
Solidão: Isso é bom! Mas quando for apropriado viajarei pro lado de outros que precisam de mim!
Eu: Ué, não entendi, você não estaria sempre comigo? Quando você pretende viajar?
Solidão: Sim, estarei sempre do seu lado, mas viajarei quando alguém merecer estar mais ao seu lado do que eu!
Eu: Mas você volta?
Solidão: Se minha viagem acontecer, espero que não!
EU SOU SEU
Você sabe que eu sou seu amor
Você sabe que eu sou seu amor
Eu digo você parece não acreditar
Que eu sou seu
E nada vai lhe tirar de mim
Estar escrito no livro da vida
Nos pergaminhos
Todos caminhos trazem você pra mim
Fugitivo já fui preso porque roubei
Seu amor
Sou prisioneiro e cascereiro dessa paixão
Você me prende depois solta
E eu não vou a lugar algum
Nosso amor é incomum
Você sabe que eu sou seu amor
Você sabe que eu sou seu amor
Eu dou e recebo amor
Eu dou e recebo amor
Poeta Antonio Luís
Viver é uma experiência incomparável.
Vamos deixando um tanto de nós nos sorrisos que distribuímos vida a fora, um pouco de amor mesmo nos mais breves romances, um tanto de confiança em cada melhor amigo que as fases da vida acabam escolhendo. Um tantinho de agradecimento aos ingratos que tornam possíveis certas comparações e que criam certos medos bons até nas manobras mais seguras que vamos tendo que fazer.
Adquirimos uma porção de experiência em cada passo que temos que dar e isso possibilita entender que caminhado nos tornamos maduros, mas não velhos.
Ficamos, também, com um pouco do abatimento, é preciso dizer, em cada rosto triste que fitamos no dia a dia, mas isso é para vermos que sorrir pode ser mais benéfico.
Quanto a mim, deixo um pingo de essência em cada poema que escrevo e que talvez só eu sinta, contudo, isso me permite entender de quantas sílabas métricas se faz uma existência de versos livres.
Mesmo que eu tenha sepultado um mínimo que seja da minha própria alma junto a cada amigo que partiu, e nas minhas próprias partidas, continuo vivo e o melhor: vivendo.
Deixo (me permitam) um naco de amor a cada um que entra em minha trajetória, pois não se vive de acasos e no amor - em todas suas variantes - o que se diz é muito menor do que o que se sente.
No fundo, me atrevo a dizer que somos todos diversos e, ao mesmo tempo, parecidos em humanidade, pois dentro da sensibilidade de cada um vamos moldando-nos no íntimo e quem mais sensível for mais intensamente vive.
Não devemos nunca buscar a bandeira da felicidade em nenhum lugar fora de nós pelo simples motivo dela não existir. Seria uma grave ilusão de ótica, se quiser vê-la, senti-la e vive-la olhe para dentro, ela sempre esteve ali – Acredite: chegou a sua hora de visualiza-la e ser feliz.
TRAS CACHAÇA
Estou bebendo pra te esquecer
Eu bebo pensando em você
Já estou bebo e a culpada é você
Que me deixou
Pra viver um outro amor.
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero bebe beber pra te esquecer
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero beber pra esquecer de tu
Já tentei suspender a cachaça
E você insiste em me perturba
Quando estou sóbrio
Você me a sombra
Feito uma sombra
que se apoderou da minha alma
Então vou pro bar
Pra me curar
Só a cachaça me acalma
Todo instante ouço sua fala
Meu remédio é. A cachaça
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero bebe beber pra te esquecer
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero beber pra esquecer de tu
Poeta Antonio Luís
NÃO DESISTA AGORA
Poder
é uma questão de querer
Se você quer
Você pode
Se você tentar
Sedo ou tarde você vai conseguir
Força de vontade e paciência
Determina vencedores
Não desista no meio do caminho
Porque você pode
basta querer e correr atrás
Que as portas se abrem
Oportunidades aparece
Quando você persiste no que mais quer..
Não desista agora
Na primeira derrota
Levante a cabeça
E faça acontecer
Você vai conseguir
basta só você querer.
Poeta Antonio Luís
AS BOLAS
Quem gosta de bola
Quem gosta de bola
Tenho duas aqui
Tenho duas aqui
Quem gosta de bola
Quem gosta de bola
Tenho duas aqui
Tenho duas aqui
Você vai gostar Você vai gemer sorrir.
Você vai pegar você vai pegar
Você vai pegar E não vai largar
As minhas bolas
Então pega as bolas
E ganha banana de presente
Então pega as bolas
E ganha banana de presente
Quando quiser liga pra gente
E Tomé banana de presente
Quando quiser liga pra gente
E Tomé banana de presente.
Quem gosta de bola
Quem gosta de bola
Tenho duas aqui
Quem gosta de bola
Quem gosta de bola
Tenho duas aqui
Tenho duas aqui
Você vai gostar Você vai gemer sorrir.
Poeta Antonio Luís
Cleptonação
Tantos anos se passaram
Desde a colonização
Alguns massacres acabaram
Outros ainda não
Construímos um gigante
Sem estruturação
Vamos sempre em diante
Rumo à engabelação
Nos julgamos semideuses
No esporte e carnaval
Assim como os portugueses
Na conquista ancestral
Vivemos numa cleptonação
Vestida de ouropéis
Uma esculhambação
Regida por infiéis
Havemos de acordar
Com ânsia de crescer
Sem cultura de roubar
Vivendo novo alvorecer
Nesse dia iremos comemorar
Sem o uso da tradição
Não vamos mais despojar
As posses do nosso irmão
Engorde-se
Nestas épocas de festas e fé
Extrapole, solte-se, viva.
Engorde-se de amor,
Tome todas as doses de carinho possíveis.
Pegue pesado na doçura da vida,
Afinal, a magreza espiritual só atrapalha.
Deixe de lado a rotina,
Abra o sorriso,
Dê leveza as traços do rosto,
Abrace com firmeza
A vida é tão bela,
Não vale a pena viver a tristeza.
VELHOS ARQUIVOS
Escuto um poema falado,
mergulho em mim extasiado
tão recente... Tão passado.
Ao fundo uma música conhecida
que balança a sensibilidade
já abalada nesta idade.
Procuro em velhos arquivos
minha poesia mais linda,
tempos que me sentia poeta,
acho que eu nem tinha nascido ainda.
O mundo pra mim passou,
hoje sou papel amarelado
de um poema obsoleto e mal acabado.
Mensagem de Natal
Perto de comemorar
O nascimento e a transição
Devemos nos alegrar
Ao cumprir a tradição
Natal, eterno amor
Ano novo, vida nova
Vivendo o esplendor
Que tanto nos renova
Peço-vos meus amigos
Perdoem minhas ofensas
Mesmo que estes versos
Não visem benquerenças
Desejo-vos compreensão
Também prosperidade
A primeira para ascensão
A segunda comodidade
Peço a Deus que proteja
Todos vós sem exceção
E com muita peleja
Alcançeis a salvação
Feliz Natal
Próspero ano novo
É o meu desejo real
Para todo o povo
Mensagem do amor
O amor è a base de desenvolvimento dos jovens.
Para venser no amor, é nesseçario que todos jovens contribuam de forma activa. A tua contribuição começa aque no amor.
È no amor que começa a mudansa, porque para mudar è preciso conhecer, tomar decisões de amor, assumir o lar e criar aliansas.
É, melancolia, o sentimento frio e doce como os solitárias e frias tardes de outono, é velha companheira de longas noites mal dormidas, onde a reflexão e o aprendizado vem me fazer visitas repentinas e continuas, é como um doce que dói de tão doce que é.
E ela insiste em bater na minha porta me propondo ver além do que eu vejo, é como olhar pro céu estrelado, do gramado do campo ele parece muito maior e muito mais brilhante do que eu geralmente vejo aqui da janela do meu quarto, e me sentindo preso pelas paredes, sinto falta das pequenas coisas que um dia eu mesmo abandonei.
Ela me lembra de uma história sobre um oceano dos sonhos, acredito que o nome seja All Blue, um mar que muda conforme você muda, acredito que seja impossivel de acha-lo, mas como um lobo que uiva para as estrelas porque sabe que nunca vai alcança-las, eu vou gritar a palavra que tenho como ultima esperança, para simplesmente ser feliz, eu vou gritar até os confins deste mundo insano uma unica palavra : DEUS.
Doce melancolia, companheira de longa data, sou grato a ti por me tornar assim, meio diferente, e me perdoe pois foi a maneira mais bonita que consegui me desenhar, enfim, no final eu me tornei resultado de minhas escolhas, mas tudo tem jeito, então com uma calma fria e calculista, me desenhei de maneira certa, e mesmo assim ainda ficou ruim, então decidi dar o meu desenho de presente para Aquele que alguns chamam de Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Ele simplesmente escolheu de me amar.
Gaivotas a beira mar querem jamar
alguem que não esqueseu do meu coração,
as gaivotas cantam para a soa amada
do coração, e do meu tambem, mas de repente todo parseu asustador pois amanheseu e to ficaste com medo de mim eu te amo e jamais te faria mal pois eu amo-te, tanto disse a gaivota do amor.
A uns trezentos ou quatrocentos metros da Pirâmide me inclinei,
peguei um punhado de areia,
deixei-o cair silenciosamente um pouco mais longe e disse em voz baixa:
Estou modificando o Saara.
O fato era mínimo, mas essas palavras pouco engenhosas eram exatas
e pensei que havia sido necessária toda minha vida para que eu pudesse dizê-las.
A memória daquele momento é uma das mais significativas de minha estada no Egito.
O Sol voltou, mas não para mim.
A chuva foi embora, mas, gotas teimosas ficaram em meus olhos e rolam sobre minha face sem parar.
Mais um pedaço de mim que se foi e, acabei descobrindo que tristeza e sofrimento não matam, eles esvaziam a alma.
Vou sentir tua falta minha Lolla.🐕 04/10/2021.
Há pessoas que nascem pontes.
Elas surgem em meio à vastidão, erguendo-se como frágeis arcos sobre o abismo, oferecendo-se como passagem para os que hesitam à beira do precipício, são aqueles que estendem as mãos quando tudo parece cair, que silenciosamente se colocam entre o caos e a esperança, permitindo o avanço de outros, e fazem isso sem alarde, sem o desejo de aplausos, são a estrada que não se vê, o chão que, mesmo quando trêmulo, ainda assim sustenta.
Essas pontes, essas almas que se curvam para que outros possam caminhar, carregam o peso ingrato de serem notadas apenas pelo desconforto que provocam, são esquecidas, não pela indiferença, mas pela conveniência, os tropeços que causam, pequenos, quase sempre insignificantes, tornam-se o único traço lembrado de sua presença, não são vistas pelo que representam, pelo espaço seguro que proporcionam, mas pelas pedras irregulares que eventualmente ferem os pés de quem as atravessa.
O ingrato é que essas pedras são a natureza da ponte, elas não se alisam com facilidade, são marcas do seu esforço, da sua luta, dos sacrifícios que as moldaram, e mesmo assim, aqueles que passam por elas raramente se voltam para agradecer o caminho que trilharam, ao invés disso, reclamam dos tropeços, o chão áspero é mais fácil de recordar do que a travessia que salvou.
Essas pessoas que se fazem ponte não reclamam, elas entendem, talvez de forma cruel e resignada, que sua função é servir de passagem, não de destino, a travessia, em sua essência, é o que importa, mas há uma dor silenciosa em ser apenas o meio, em ser o suporte que nunca será celebrado, apenas cobrado por cada rachadura ou oscilação, a ponte nunca é glorificada pela jornada que tornou possível, os pés que a cruzam estão sempre apressados demais, preocupados demais consigo mesmos para perceber a vastidão que ela atravessou, o abismo que contornou.
No fim, essas pessoas-pontes se tornam invisíveis, ficam como sombras sobre a água, refletindo o céu que outros desejam alcançar, mas sendo lembradas apenas por seus defeitos, contudo, há uma nobreza nesse esquecimento. Porque no seu silêncio, no seu papel de chão imperfeito, está a verdadeira grandeza, elas são o que sustentam o avanço do mundo, mesmo que o mundo se esqueça de lhes olhar nos olhos.
E assim, enquanto o passageiro segue adiante, com sua ingratidão disfarçada de esquecimento, a ponte permanece, silenciosa, sabendo que sua gratidão é maior, pois a ponte, ao contrário do passageiro, conhece o valor de sustentar o outro mesmo que jamais seja lembrada por tal feito, ela não precisa dos olhos que a veem, mas da firmeza de sua própria essência, pois há grandeza em servir ao destino sem jamais precisar alcançá-lo.
E se, um dia, essas pontes se partirem, se o chão que parecia eterno ceder, então talvez se entenda o valor do que foi perdido, até lá, seguirão sendo o chão elevado! Apenas pedra, apenas passagem.
A ventania chegou rebelde
― tudo balançou ―
foi geral a tremedeira
sopros assustadores...
a terra em fuga
encheu o ar de poeira
nuvens escuras
cobriram de medo
o universo
não foi dia de inspiração
nem de compor versos
a água inundou a paisagem,
as casas e os
corações
os pátios, os jardins
os porões
choveu tanto
tanto,
mas tanto
que os rios soluçaram
em áreas desconhecidas
dentro de cada peito humano
vertiam tristezas
e o barco da saudade
partiu
― lotado.
Nada além de uma fruta
― só uma ―
na árvore
enganando o vento
desacompanhada
no enorme galho
dona de si!
livre
― totalmente livre ―
sem vizinhos
sem riscos?
atrevido,
o pássaro
― solitário e solidário ―
ali fez seu ninho
adeus, solidão!
agora pode ouvir
o lindo canto
dum passarinho!