Textos de Fracasso

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QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Silenciou batucada,
Desnudou fantasia.
Comeu toda fanfarra,
Bebeu toda folia.

Não tem mais festa,
Não tem mais devaneios risonhos.
Delírios tristonhos,
Enfados sem sonhos.

Aboliu de vez pandegada,
Alvoroço perdeu vividez.
Alegria pasmou-se amuada,
Estroinice inebriava sensatez.

Arlequim não trebelhou multidão,
Colombina se descoloriu.
Pierrô sucumbiu na solidão;
Alegoria desanimada dormiu.

Não se ouviu mais gargalhada.
Cessou-se toda zombaria;
Felicidade ficava embestada,
Tempo tornava apatia.

Nada mais resta.
Nessa festa tudo agora é real,
Hoje a vida cansou de brincar
De fazer carnaval

COLISEU DE MIM MESMO

Eu não sou o diminuto que lhe pareço.
Tampouco, o excelso que não consegues ver.
Sou a imensa vontade que padece.
Por tantos muitos querer ser.

Digladiação do meu eu.
Coliseu entre todo meu ser.
Feridas na carne que não se abateu.
Cortaduras d'alma se fez transcender.

Fragmentos ficaram espalhados,
Entranhas mais condoídas.
Remendos de boas lembranças,
cisuras de doces feridas.

Dos que fui, ficaram muitos.
Dos que ficaram, poucos eu fui.
E entre meus retalhos entornados pelo vão;
Migalhas insepultas do meu eu.
Pedaços reviventes de multidão.

OS CRIPTÔNIMOS DO SONHO

O sonho é indiferente para os conformados;
Incerto para os indecisos;
Merecido para os determinados;
Vagaroso para os passivos;

Minguado para os exagerados;
Impossível para os pessimistas;
Extenso para os apequenados;
Provável para os otimistas;

Fracionado para os pragmáticos;
Oportuno para os audaciosos;
Prostrado para os apáticos
Justo para os corajosos;

Célere para os temerosos
Distante para os esbaforidos;
Queixoso para os lamuriosos;
Sofreado para os contidos;

Contemplativo para os acomodados;
Esperançoso para os crentes;
Apreensivo para os desconfiados;
Cauteloso para os prudentes;

Imaterial para os racionais;
Sequioso para os insaciáveis;
Estrambólico para os habituais.
Opulento para os miseráveis;

Assíduo para os meticulosos;
Próximo para os precavidos;
Frustrante para os Invejosos
Intuitivo para os Atrevidos

Melindroso para os cansados
Eterno para os apaixonados;
Mas para os loucos...
... O sonho revela-se como um ensaio possível,
para todo o impossível acontecer.

FORMIGUEIRO DE GENTE

Esse mundo parece um formigueiro de gente.
De várias caras falhas,
Uns seres opacos,
outros luzentes.

Tem gente que encanta,
Tem gente que espanta,
Tem gente sem nome,
Sem ventre!

Tem gente que canta,
Tem gente que janta,
Tem gente com fome,
Tem gente!

Gente. Como tem gente!
Parecem todos iguais
Mas se mostram tão diferentes.

Esse mundo parece um formigueiro de gente.
De tipos variados
Uns mais faustosos
Outros carecentes

Tem gente que sente
Tem gente que mente
Tem gente impassível
Tem gente!

Tem gente pacata,
Tem gente que mata,
Tem gente parindo
Mais gente!

Gente. Como tem gente!
Parecem todos normais
Mas se mostram tão diferentes.

Esse mundo parece um formigueiro de gente.
De espécies bem distintas
Uns mais zelosos
Outros negligentes

Tem gente que luta
Tem gente fajuta
Tem gente passiva
Indolente!

Tem gente animada
Tem gente engraçada
Tem gente sem ânimo
Tem gente!

Gente. Como tem gente!
Parecem todos iguais
Mas se mostram tão diferentes.

Esse mundo parece um formigueiro de gente.
De múltiplos sujeitos
Uns mais vigorosos
Outros impotentes

Tem gente coerente
Tem gente imprudente
Tem gente alheada
Indiferente!

Tem gente apressada
Tem gente açodada
Tem gente morosa
Tem gente!

Gente. Como tem gente!
Parecem todos normais
Mas se mostram tão diferentes.

O DALTONISMO DE DRUMMOND

Respeito toda poesia.
De angústia, tristeza e alegria.
E respeito também,
àqueles que dela fez-se o dom.

Mas vendo as pedras no caminho,
fiz-me um belo passarinho,
não descrito por Drummond.

Vasto também é o meu mundo.
De infinitos num só ser.
Mas as vezes me pergunto:
“Quem diabos era Raimundo
e o que Carlos quis dizer?”

O que eu vou levar pra minha casa

Depois de passado meu tempo, quando na lista infindável dos dias impressos no calendário já não houver junhos para mim, de volta pra casa vou levar sem arrependimentos:
Muitos sorrisos que dei. Algumas risadas esparramadas nas conversas com minha mãe; detalhes do olhar que meu pai tinha sobre tudo; os laços que tenho atados aos meus irmãos; muitas músicas; a surpresa diante de qualquer pássaro. Diante de qualquer beleza que voa; o silêncio diante das belezas – que sempre foram minhas mais indescritíveis preces.
Vou levar alguns sábados à tarde, e algumas sextas-feiras inesquecíveis. E a lua.
Vou levar muitos textos que amei; as cores das flores e do céu. Vou levar pedaços bem grandes dos outonos e suas luzes mágicas. Vou levar meus amigos, tios e tias, primos e primas e minhas histórias de infância. Vou levar meu amor incondicional pelas árvores e pelo que há de mais pequeno e verde. Vou levar as pequeninas flores do campo e sua singeleza coberta de manhãs.
Vou levar minhas meninas margaridas, porque sem elas nenhum lugar será completo. Vou levar o que tenho sido e o que não consegui ser. Vou levar meus meninos – a filha e o filho que criei. Vou levar o barulho das águas que habitam o mundo das mais variadas formas até chegarem ao lugar em que, juntas, se chamam mar.
E do mar vou levar o cheiro. E vou levar as palavras, porque sem elas não há salvação.
Vou entregá-las a Deus e deixar que Ele escreva em mim o último, o derradeiro, o mais perfeito poema.
E que, assim, eu possa ver a verdade – que a morte é simplesmente o jeito que Deus tem de nos fazer poesia.

Não importa o tamanho da sua estrada,
o importante é voce não desistir de caminhar.
Vá sozinho, vá descalço, mas não pare.
Se não tiver o que levar, aproveite a leveza dos braços livres, comece uma coleção de coisas bonitas que encontrar pelo caminho.
Ouça os pássaros, os morcegos... É tudo uma questão de afinidade rs...
Se não tiver alguém para caminhar ao seu lado, aproveite o silêncio.
Medite no seu valor,
Medite no final da sua estrada...
Medite no seu sorriso ao final desse trajeto e guarde no peito somente o que for importante.
Só não pare!

Dos escuros e profundos sentimentos sobre o mundo,

é de contorcer a alma e entristecer o coração.
olhar os prantos das almas dos miseráveis;
de ouvir seus gritos e sentir seu desespero.
a humanidade grita,
a natureza grita.

e não ter o poder de ajudar é enlouquecedor.

Esta é a vantagem da morte, não ter olhos para chorar por este mundo.

⁠⁠Família: conglomerados de Ações genéticas
E relações afetivas. Construção de amor
ainda na placenta Pais, Irmãos e amigos Família é origem Ancestralidade
Encontro de eras Sorrisos, choros e acalanto. Sentimentos são próprios, porém
O carinho e cuidado Se abraçam
nessa junção por, escolha
Aceitação para o contrário
Amor ao próximo para cantar junto ah!
Amizade Nem mesmo a força do tempo.
A de nos destruir! Caminhos diferentes podemos Seguir, mas jamais esquecer!
Das festas no fundo, de quintal Ao som de Djavan, Bebeto e Alcione
Churrasco, Cerveja E refri.
Feito um almoço de domingo!
O amor soa tão familiar.

⁠Tu és, um diário
Conte-me então teus, segredos
O tambor da vida ecoa
Em batidas ritmadas,
Um samba de roda
Minha passista
Cairá na gandaia
Seu, riso é uma fogueira
Bronze tu, tens em sua pele
Mel perante teus, olhos
Minha Ventania em tempos chuvosos
Meu, acalanto tua simpatia
Pernas femininas são minha colmeia.

⁠Umidifica-me: com língua
Seja minha única Ilha deserta
Incerta escolhas
Certeiras são as consequências.
Culpa Cultua-me como Cristo
E queime no suor de meu, inferno
Entre quatro (paredes)
Um baseado e duas taças
Tenha-me Sem desculpas
Arranque minhas vestes
Pois, serei teu, boneco de teste!
Neste desamor.

⁠Diante ao exílio do frio
Nossos corpos se rastejaram
Para aquecer um ao outro.
Me observe como um felino!
Sedento pela sua carne
Salivando hipnotizado
Enquanto você, dança Seu, Odor Sequestra meus sentidos então seguimos o ritmo da música um som cortante de violinos solitários o Murmúrio.
Dos gatos livres perante
O regozijo De se acasalar.

Minhas mágoas continuam a florescer feito um fruto podre. Diante aos meus olhos se fez morada com o desabor cítrico. Ao Encontra-la jurei! Minha vida e fidelidade aos lírios.
Ao sentir sua fragrância tornei-me escravo de meus, devaneios!
Ao vislumbrar-te delirei.
Porém, quando toquei em tuas pétalas As observei murcharem
E só ali pude compreender!
Me, apaixonei pela solidão
Ao inventar você.

Texto: O real sentido da vida.
O real sentido da vida, está primeiramente em manter um relacionamento de qualidade com aquele que é o doador, e o criador da vida. O nosso Deus, e Pai de amor que através das suas Palavras de amor expressa na Bíblia sagrada, nos revela a imensurável dimensão do perfeito e incondicional amor que Ele sempre por nós.
Esse amor, cheio de graça e verdade, quer continuamente nos levar a compreender que viver se resume expressar através dos elos perfeitos do seu amor, bondade e graça uma vívida esperança de que essa vida não termina aqui, mas se estenderá por toda a eternidade.
Sabendo, que essa breve vida é apenas uma escola onde estão sendo graduado através das suas virtudes, dons e talentos para vivermos continuamente com Ele na eternidade vindoura.
Onde não haverá mais morte, nem dor, nem sofrimento e a sua glória e resplendor irá ser a nossa própria vida para todo o sempre.⁠

O Preço do Amadurecimento: O Valor daquilo que se Perde.

Só percebemos o verdadeiro valor e sentido da vida quando, dia após dia, ela escapa por entre nossos dedos, sem que possamos fazer nada para detê-la.

Só percebemos o valor da nossa saúde quando a negligenciamos e a perdemos, esquecendo de cuidar dela a cada instante.

Só percebemos o valor do amor e de ser amado quando somos injustiçados, rejeitados e desprezados por aqueles que mais amamos.

Só percebemos o valor da paz quando estamos imersos em angústias e tribulações que a roubam de nós a cada momento de nossa breve existência.

Só percebemos o valor da felicidade e da alegria quando a tristeza e a depressão ocupam seu lugar, tornando nossa vida vazia e sem propósito.

Só percebemos o valor do afeto e dos afetos sinceros quando sentimos a saudade dilacerante que nos consome a cada dia.

Autor: Leonardo Pimentel Menin⁠

⁠E foi entre uma noite acordada
e outra mal dormida,
mil horas perdidas pensando
pra fluir o inexplicável.
Que te amo,
pelas razões mais incertas.
Minha mente atravessa
e entorna o efeito da pressa,
interrogando minha razão.
Mas contigo há espasmos
e o coração acelera,
nada dissimula ou desintegra.
As linhas são tênues,
as emoções singulares,
irrestritas e assíduas.
Feitas pra acentuar.

Inserida por TatianaGraneti

⁠Ela é tenaz
como Afrodite.
É reincidente em ilicitude,
imponência e vicissitude.
É o plexo que irradia.
Tem a intensa inquietude.
É total, portanto desmedida,
linhas escritas e subentendidas.
Pisa sobre os extremos,
possui a inconstância lunar,
tem a ressonância solar,
mas é do fundo do mar
que emergem suas emoções.
Há pragmatismo em sua íris,
é a filha da Deusa Ísis.

Inserida por TatianaGraneti

⁠Tô gostando de ocê menina
Tô gostando de olhar pro cê
E ver que será só minha
Ô menina, tô gostando de ocê
O que é essa vida?
Que esperou esse tempo todo pra unir nossas vidas?
Logo eu que não acreditava em destino
Acabei caindo nessa magia
Ô menina, vem cá
Me ensinando a dançar
Eu vou até me inspirar
E nesse verso
Eu escrevo lembrando do seu olhar
Óia só ocê
Parece que veio pra encantar
E se aprochegue pra cá
Pois se veio, que venha pra ficar.



- Taniel Macedo

Inserida por tanielmacedo

⁠Conexões
A música sempre foi uma ponte entre o sentir e o estar, e, através dela foram criadas artes inigualáveis, dilaceráveis e genuínas, assim como os poemas e sonetos.
Os maiores musicistas e escritores surgiram através da dor, o que é trágico ou não, porque através dela as conexão surgem, dando origem a novas histórias.
Considero que os poemas e livros surgiram de uma mente em dilúvio e para não estrugir, nasceram os desabafos e as narrativas.
Quando caminho conectada com o meu eu, observo o que passa despercebido a olho nú, para enxergar além é necessário pausar, observar e apreciar os detalhes. Nos detalhes estão as histórias, as conexões, o amor, a dor, a saudade, as lembranças e a vida.
Caminhando agora pela Vila de Trindade observo os pescadores, eles adentram no mar com uma barco a vela, e param em um ponto específico, por vezes conversam e por vezes colocam a mão na infinitude do mar e é visível a conexão que coexistem entre eles.
Embaixo de uma árvore vejo um casal, eles sorriem e conversam, mas não sinto que estão conectados, estão presentes em tempo e espaço, mas, não estão entregues ao agora. Em outro ponto específico está uma criança que transcende a existência do ser e sentir, ela fecha os olhos, gira e gira, olha para o céu deixando os raios solares tocarem a sua pele, sorri e vai até o mar, com as mãos em conchas ela pega a espuma e assopra, ela lembra a minha criança interna que convive comigo até os dias atuais, a minha vontade era de gritar e dizer: põe uma música para eternizar esse momento em forma de memória afetiva, porém, percebi que o canto dos pássaros eram os acordes e o bater das ondas eram as notas.
A noite a comunidade do vilarejo acende as luzes coloridas, as árvores servem de suporte, as pedras que ficam longe das árvores ganham uma fogueira de enfeite, aqui há muitas luzes, mas a lua e as estrelas continuam sendo as protagonistas.
Com a marguerita na mão e com a música O destino não quis - de Maneva, passo uma lupa nos acontecimentos que estão surgindo, observo três pessoas, e ali já detectei um sinal alerta, por um instante sinto pena deles, estão perdidos, e o se encontrar é complexo. Algum cidadão poderia avisar para o moço de sorriso largo e olhar triste sair dali, ele vai destruir o que resta de seu coração, nem todo estudo em comportamento humano - me fez compreender o porquê alguns seres humanos insistem em mutilar-se. A vida é como trem, passa em alta velocidade, não vale a pena vegetar, você não merece ser o anti-herói dessa história, espero que você consiga se encontrar e colar os seus pedaços quando tudo isso terminar.

Inserida por Todaformadeser

⁠O caminho para a cura

A primeira vez que tive o infortúnio de encontrar o caos em meu caminho, foi devastador.
Lembro que olhava para os lados e tentava encontrar maneiras de dissociar-me da minha própria pele.
De forma tola fazia das intempéries a minha morada.
Com o tempo, surgiu a sabedoria e passei a cuidar das árvores secas, reguei com abundância o que necessitava ser restaurado.
As rachaduras que habitavam em meu ser, foram ressignificadas.
O dançar da vida me presenteou com a paciência e a resiliência, as coisas ruins começaram a ser vistas através de outro panorama, em meio a tantos aprendizados notei que a vista do outro lado do medo é fenomenal.
A leveza se tornou comum, obviamente que as fases de se refazer iriam surgir novamente, mas, compreender o processo de cura é trivial para saber que os dias nublados terá fim, assim que o solstício de verão iniciar um novo ciclo.

Inserida por Todaformadeser

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