Textos de Feliz Ano Novo para celebrar com esperança e otimismo

Silêncio

Saber ouvir e saber calar: nisto consiste o supremo valor do silêncio.

Ouvir, silenciar, pensar, falar, silenciar e pensar outra vez evitaria muita coisa dita em vão.

Por falar apenas e pouco pensar, pessoas cometem erros difíceis de reparar depois.

E por ouvir tanto menos do que pensam, piores erros cometem ainda...

O esquecimento, frequentemente, é uma graça. Muito mais difícil que lembrar é esquecer! Fala-se de “boa memória”. Não se fala de “bom esquecimento”, como se esquecimento fosse apenas memória fraca. Não é não.
Esquecimento é perdão, o alisamento do passado, igual ao que as ondas do mar fazem com a areia da praia durante a noite.

Lembro-me de ti
Nesse instante absoluto,
A vida conduzida por um fio de música.
Intenso e delicado, ele vai-nos fechando num casulo
Onde tudo será permitido.

Se é só isso que podemos ter,
Que seja forte. Que seja único.
Tão íntimo quanto ouvirmos a mesma melodia,
Tendo o mesmo - esplêndido - pensamento.

Sucesso

Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo. Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar sábados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende da dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. E ilusão não tira ninguém do lugar onde está. Ilusão é combustível de perdedores.

E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência.
E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

Caio Fernando Abreu

Nota: Trecho de um texto do livro "Morangos Mofados".

Ah! Desgraçados!

Um irmão é maltratado e vocês olham para o outro lado?
Grita de dor o ferido e vocês ficam calados?
A violência faz a ronda e escolhe a vítima,
e vocês dizem: "a mim ela está poupando, vamos fingir que não estamos olhando".
Mas que cidade?
Que espécie de gente é essa?
Quando campeia em uma cidade a injustiça,
é necessário que alguem se levante.
Não havendo quem se levante,
é preferível que em um grande incêndio,
toda cidade desapareça,
antes que a noite desça.

Alma perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...

LUÍZA, A MULHER QUE NOS ENSINA

Luíza é o seu nome. A dor que sente não tem nome. Brota das razões mais secretas da alma. Coisa de mãe, coisa de gente que soube recriar o mundo a partir do próprio ventre. A maternidade coloca as mulheres numa parceria invejável com Deus!
Luíza contou-me rapidamente sobre sua dor. Eu não pude ver os seus olhos, mas pude escutar sua alma.
O seu filho de 30 anos, médico, oficial da marinha estava morto. Vítima de uma fatalidade, perdeu a vida ao atravessar um cruzamento em Florianópolis.
Depois que ouvi Luíza eu fiquei pensando no mistérios das perguntas que nos rondam, toda vez que a dor vem nos visitar.
Fiquei tentando entender o quanto deve ser difícil para uma mulher ter que protagonizar a imagem da Pietá, a virgem que segura o filho morto nos braços, aos pés do calvário.
Recolher o filho do chão, aconchegá-lo ao colo e despedir-se dele definitivamente.
A crueza da cena é uma proposta ao silêncio. Arranca-me do mundo das palavras, das respostas prontas e faz-me sentar ao chão, ao lado da mãe, para que eu possa ouvir sua respiração ofegante de dor.
Arranca-me dos meus livros, da minha Teologia sistematizada e convida-me a sujar-me na terra do calvário, onde o sangue do filho mistura-se às lágrimas da mãe.
Mistura diferente daquela que o trouxe à vida, quando o seu sangue circulava dependente do sangue da sua primeira mulher.
Lágrimas diferentes de tantas outras já derramadas. Lágrimas de alegria por ver o filho dar os primeiros passos; lágrimas de preocupação em noites em que ele demorava voltar pra casa. Lágrimas de vitória, quando em noite especial e de gala, aquele garoto crescido, que até tão pouco tempo lhe confiava os joelhos esfolados de futebol, de quedas de bicicleta, agora estava pronto para medicar as dores do mundo.
Um filho especial, como ela mesma me confiara.
Luíza e sua dor. Luíza e suas saudades. Luíza e suas lições.
Fiquei pensando nas minhas pequenas reclamações. Nos cansaços diários que me desiludem e que me despregam da alegria. Pensei no coração de Luíza e quis deixar de reclamar da vida.
O meu sofrimento perde a sua força quando eu o coloco ao lado dessa mulher. E nisso já está a ressurreição do seu filho. Esta dor nos ensina e nos coloca no rumo da sabedoria. Da mesma forma que Maria nos aponta para o sofrimento de Jesus, para que entendamos o nosso sofrimento.
Maria e Luíza são mulheres parecidas nesta hora. Ambas embalaram o filho morto nos braços. Canções de ninar secretas foram entoadas nos silêncios dos lábios. O choro de mãe é oração que tem o poder de mudar o mundo. Só precisamos parar para ouvir...
Hoje, no silêncio de sua dor, pare pra pensar no sofrimento de Luíza. Exercite-se na proeza de esquecer o que lhe aflige, e recorde-se dessa mulher que desconhecemos o rosto, mas conhecemos a dor. Ela tem muito a nos ensinar. Ela é um livro que pode ser lido sem palavras. Ela é um testemunho vivo de que na vida, mesmo nas perguntas mais doídas, há sempre uma esquina que pode nos dar outras opções, além da morte.
Na prece silenciosa que essa mãe nos desperta, permaneçamos.
Amém.

Canção grata

Por tudo o que me deste:
– Inquietação, cuidado,
(Um pouco de ternura? É certo, mas tão pouco!)
Noites de insónia, pelas ruas, como um louco…
– Obrigado, obrigado!

Por aquela tão doce e tão breve ilusão.
(Embora nunca mais, depois que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui), sem ironia: aceita
A minha gratidão!

Que bem me faz, agora, o mal que me fizeste!
– Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado…
Sem ironia, amor: – Obrigado, obrigado
Por tudo o que me deste!

Carlos Queirós
Pedrosa, Inês (org.) Poemas de Amor: Antologia de Poesia Portuguesa. Lisboa: Dom Quixote, 2003.

Espaço Curvo e Finito

Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.

Tenta Esquecer-me

Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma... Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!

Não confie na frase de sua avó, de sua mãe, de sua irmã de que um dia encontrará um homem que você merece.

Não existe justiça no amor.

O amor não é censo, não é matemática, não é senso de medida, não é socialismo.

É o mais completo desequilíbrio. Ama-se logo quem a gente odiava, quem a gente provocava, quem a gente debochava. Exatamente o nosso avesso, o nosso contrário, a nossa negação.

O amor não é democrático, não é optar e gostar, não é promoção, não é prêmio de bom comportamento.

O melhor para você é o pior. Aquele que você escolhe infelizmente não tem química, não dura nem uma hora. O pior para você é o melhor. Aquele de quem você procura distância é que se aproxima e não larga sua boca.

Amor é engolir de volta os conselhos dados às amigas.

É viver em crise: ou por não merecer a companhia ou por não se merecer.

Amor é ironia. Largará tudo — profissão, cidade, família — e não será suficiente. Aceitará tudo — filhos problemáticos, horários quebrados, ex histérica — e não será suficiente.

Não se apaixonará pela pessoa ideal, mas por aquela que não conseguirá se separar. A convivência é apenas o fracasso da despedida. O beijo é apenas a incompetência do aceno.

Amar talvez seja surdez, um dos dois não foi embora, só isso; ele não ouviu o fora e ficou parado, besta, ouvindo seus olhos.

Amor é contravenção. Buscará um terrorista somente para você. Pedirá exclusividade, vida secreta, pacto de sangue, esconderijo no quarto. Apagará o mundo dele, terá inveja de suas velhas amizades, de suas novas amizades, cerceará o sujeito com perguntas, ameaçará o sujeito com gentilezas, reclamará por mais espaço quando ele já loteou o invisível.

Ninguém que ama percebe que exige demais; afirmará que ainda é pouco, afirmará que a cobrança é necessária. Deseja-se desculpa a qualquer momento, perdão a qualquer ruído.

Amar não tem igualdade, é populismo, é assistencialismo, é querer ser beneficiado acima de todos, é ser corrompido pela predileção, corroído pelo favoritismo. É não fazer outra coisa senão esperar algum mimo, algum abraço, algum sentido.

Amor não tem saída: reclama-se da rotina ou quando ele está diferente. É censura (Por que você falou aquilo?), é ditadura (Você não devia ter feito aquilo!). É discutir a noite inteira para corrigir uma palavra áspera, discutir metade da manhã até estacionar o silêncio.

Amor é uma injustiça, minha filha. Uma monstruosidade.

Você mentirá várias vezes que nunca amará ele de novo e sempre amará, absolutamente porque não tem nenhum controle sobre o amor.

O Primo Basílio

... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho.

Eça de Queirós
O Primo Basílio

A cachorrinha

Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!

Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?

Uau, uau, uau, uau!
Uau, uau, uau, uau!

Vinicius de Moraes
Álbum "Arca de Noé 2"

Você faz a paz

Procure uma posição confortável, acomode-se.
Fique em silêncio, feche os olhos, concentre-se.
Lentamente, respire fundo.
Relaxe, pense no mundo.
Atinja o nível mais alto do pensamento.
Sinta o que falta aos seres humanos
neste momento.
Analise a situação atual da humanidade.
E em como você pode colaborar,
mesmo com pouca idade.
Imagine um mundo sem ira, sem ódio,
sem inveja e sem maldade.
Só a honra de cada cidadão
cumprindo seus direitos e deveres com serenidade.
Pense na paz em plenitude.
E em como alcançá-la, com certas atitudes.
É tão fácil e seria maravilhoso.
Qualquer um pode colaborar
com um comportamento honroso.
Torne isso uma realidade.
Então verá que só assim
a vida tem sentido de verdade.
Cumpra pelo menos você a sua parte
e proporcione paz.
E verá a felicidade que isso traz.

Acreditar em si mesmo.
O maior inimigo que nós podemos ter na vida não está de fora. O maior inimigo que nós podemos ter na vida está aqui dentro, sou eu, eu é que faço perder. Durante muito tempo eu pensei que os meus problemas fossem causados pelas pessoas que estavam de fora, mas não é verdade. O maior problema quem causa somos nós, é o tanto que a gente deixa o outro nos afetar, é o tanto que a gente deixa o outro nos dominar. O primeiro passo para mudança tem que ser meu, eu é que tenho que tomar posse dessa mudança e reorientar a minha vida então se eu cometi erros demais no passado, eu preciso me reconciliar com eles agora. Não é possível a gente continuar a vida sem fazer esse processo da reciclagem do que passou. O passado tem que ser reciclado. Da mesma maneira que o rio precisa ser purificado, eu também preciso dessa purificação todos os dias porque se não daqui a pouco eu sou um lugar insuportável para os outros. Pessoas são semelhantes aos rios, gente, nós vamos vivendo um processo de poluição...passa um joga um lixo, passa um joga uma garrafa. O ser humano é a mesma coisa, por onde você já passou por essa vida, o que que foi que os outros jogaram em você e que você não retirou das águas? Se a gente não põe em ordem os sentimentos do dia, se a gente não faz uma triagem das coisas, nós vamos nos transformando num rio poluído. Sou eu que tenho que acreditar em mim, não é o outro que tem que ficar olhando pra mim e dizendo ‘eu acredito em você’. O que vai convencer o outro de que eu estou mudado e reconciliado com o meu passado não é o que eu falo, é o que eu vivo! E o que nós precisamos muitas vezes é firmar um novo jeito de viver. O que as vezes falta em nós é justamente essa coragem, determinação, de tirar logo as coisas que estão nos incomodando. Vamos pra frente, minha gente! Pra que ficar lamentando o que não deu certo, pra que ficar lamentando aqui o lixo que jogaram em mim naquele dia ou a poluição que me causaram. Eu agora estou diante de tudo isso, preciso dar um jeito, não tenho como negligenciar essa limpeza, sou eu que tenho que fazer, o inimigo não está fora, o inimigo está é aqui dentro e se tem alguém que pode fazer eu perder esse jogo sou eu mesmo. Quantas pessoas na vida não conseguem chegar lá, não conseguem alcançar os objetivos porque entregam os pontos antes da hora? Não teimam. Gente, nós temos que ser teimosos e Jesus nos ensina isso, essa teimosia bonita, né: eu quero isso, eu vou lutar por isso porque eu acredito no valor disso. É como você amar alguém, não desistir, porque você está vendo o que o outro ainda não viu.

Monólogo Mundo Moderno

E vamos falar do mundo, mundo moderno
marco malévolo
mesclando mentiras
modificando maneiras
mascarando maracutaias
majestoso manicômio
meu monólogo mostra
mentiras, mazelas, misérias, massacres
miscigenação
morticínio, maior maldade mundial
madrugada, matuto magro, macrocéfalo
mastiga média morna
monta matumbo malhado
munindo machado, martelo
mochila murcha
margeia mata maior
manhazinha move moinho
moendo macaxeira
mandioca
meio-dia mata marreco
manjar melhorzinho
meia-noite mima mulherzinha mimosa
maria morena
momento maravilha
motivação mútoa
mas monocórdia mesmice
muitos migram
mastilentos
maltrapilhos
morarão modestamente
malocas metropolitanas
mocambos miseráveis
menos moral
menos mantimentos
mais menosprezo
metade morre
mundo maligno
misturando mendigos maltratados
menores metralhados
militares mandões
meretrizes marafonas
mocinhas, meras meninas,
mariposas
mortificando-se moralmente
modestas moças maculadas
mercenárias mulheres marcadas
mundo medíocre
milionários montam mansões magníficas
melhor mármore
mobília mirabolante
máxima megalomania
mordomo, mercedez, motorista, mãos
magnatas manobrando milhões
mas maioria morre minguando!
moradia meiágua, menos, marquise
mundo maluco
máquina mortífera
mundo moderno melhore
melhore mais
melhore muito
melhore mesmo
merecemos
maldito mundo moderno
mundinho merda!

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Mude, lembre-se que a vida é uma só,
Experimente coisas novas,
troque novamente,
mude, de novo
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e piores do que as já conhecidas, mas não é isso que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia...
Só o que está morto não muda!

Edson Marques

Nota: Trecho adaptado do poema pertencente a Edson Marques. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Clarice Lispector.

...Mais

Eu sou branco. Você é vermelho.
Quando estamos juntos somos rosa.
Antes de eu conhecer você, eu não sabia o que era rosa.
Até que eu vivia bem sozinho:
comia o que e na hora que eu queria;
saía na hora quando bem entendia para ir ao lugar que tinha vontade de ir,
numa liberdade, independência e auto-suficiência.
Quando eu vi você, fiquei vermelho de paixão
e nem me incomodei com os meus brancos.
Até perceber-me que eu já não era mais o branco.
Foi quando o vermelho começou a me sufocar e então, brancamente, me protegi.
Mas às vezes eu me irritava e brigava com você.
No fundo, era porque você era vermelha e não branca igualzinho a mim.
Percebi-me em alguns variados momentos querendo mudar a sua cor.
Ainda bem que você soube permanecer-se vermelha, ter suas próprias emoções,
sentimentos, comportamentos e pontos de vista.
Caso contrário, você seria também branca.
Mas tive minhas reticências,
pois estava acostumado ao meu ritmo e modo de vida branco.
Temi perder minha individualidade.
Mas aos poucos fui descobrindo que o branco para se transformar em rosa
não é perder, desestruturar-se e desaparecer, mas é completar-se com o vermelho.
O rosa me atemorizou, mas hoje vejo quanto é gostoso conviver,
relacionar-me, amar e ser amada.
Dá mais trabalho porque nem tudo pode e deve ser feito brancamente,
mas sem dúvida tudo pode ser mais gostoso e rico com o vermelho.
Frequentemente, um bom lanche branco
não é tão agradável quanto um singelo jantar rosa.
Um mundo muito Cor de Rosa a todos....

Esperando Por Mim

Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes

O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí para caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim
E o que disserem

Agora meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias serão para sempre.

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