Textos de Feliz Ano Novo para celebrar com esperança e otimismo
Eu escrevi um poema triste
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
O milagre de um novo dia
Hoje eu me levantei cedo pensando no que tenho
para fazer antes que o relógio marque meia-noite.
Eu tenho responsabilidades para cumprir hoje.
Eu sou importante.
É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.
Hoje eu posso reclamar porque está chovendo
ou posso agradecer às águas
por lavarem energias pesadas.
Hoje eu posso ficar triste por não ter muito dinheiro
ou posso me sentir encorajado para administrar
minhas finanças sabiamente,
mantendo-me longe de desperdícios.
Hoje eu posso reclamar sobre minha saúde
ou posso dar graças a Deus por estar vivo.
Hoje eu posso me queixar dos meus pais
por não terem me dado tudo que eu queria
quando estava crescendo, ou posso ser
grato a eles por terem permitido que eu nascesse.
Hoje eu posso lamentar decepções com amigos
ou posso observar oportunidades
de ter novas amizades.
Hoje eu posso reclamar por ter que trabalhar
ou posso vibrar de alegria por ter um trabalho
que me põe ativo.
Hoje eu posso choramingar por ter que ir à escola
ou abrir minha mente com entusiasmo
para novos conhecimentos.
Hoje eu posso sentir tédio com trabalho doméstico
ou posso agradecer a Deus por ter dado-me a bênção
de um teto que abriga meus pertences,
meu corpo e minha alma.
Hoje eu posso olhar para o dia de ontem
e lamentar as coisas que não saíram como
eu planejei ou posso alegrar-me
por ter o dia de hoje para recomeçar.
O dia de hoje está à minha frente esperando
para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar-lhe forma.
Depende de mim como será o dia de hoje
diante de tudo que encontrarei.
A escolha está em minhas mãos:
Hoje eu posso enxergar minha vida vazia
ou posso alegremente receber
o milagre de um novo dia!
A pedra
O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
Em busca da maldade
Khrisna resolveu testar a sabedoria de seus súditos.
Convocou Duryodhana, um rei conhecido por sua crueldade, e pediu que encontrasse um homem bom em seu reino. Duryodhana viajou durante um ano, e voltou à presença de Khrisna, dizendo:
“Busquei um homem bom, e não encontrei. São todos egoístas e malvados”.
Khrisna chamou o rei Dhammaraja, considerado um homem santo. Pediu que percorresse seu reino em busca de um homem malvado. Dhammaraja viajou durante dois anos, e voltou a Khrisna, dizendo:
“Perdoe-me, mas não encontrei ninguém mau. Todos têm um lado bom, apesar dos defeitos”.
Então Khrisna comentou com os outros deuses: “Viram? O mundo é um espelho, e devolve a todos os reflexos do próprio rosto”.
O que tinha de ser
Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Ei, não tenta entender as voltas que eu dou sozinha. Deixa só um mistério estranho de filme trash. Ninguém quer descobrir o que há por trás da mulher diferente, mas ela ainda é a mulher diferente que deve ser descoberta.
Passo horas falando pra ficar muda de repente, passo toda a segurança do mundo pra me derrubar em medos bobos. É que tudo fica mais legal em constante mudança. E eu nem sei mais ser a mesma sempre.
O homem ideal de Aristóteles, entretanto, não é um mero metafísico.
Ele não se expõe desnecessariamente ao perigo, uma vez que são poucas as coisas com que se preocupa o suficiente; mais está disposto, nas grande crises, a dar até a vida sabendo que em certas condições não vale a pena viver. Está disposto a servir aos homens, embora se envergonhe quando o servem. Fazer um favor é sinal de superioridade; receber um favor é sinal de subordinação... Ele não toma parte em manifestações publicas (...) É franco quando a suas antipatias e preferências, fala e age com franqueza, devido a seu desprezo por homens e coisas (...) Nunca se deixa tomar de admiração, já que a seus olhos nada é excelente. Não consegue viver com complacência para com terceiros, a menos que se trate de um amigo; a complacência é a característica de em escravo. (...) Nunca tem maldade e sempre esquece e passa por cima das injustiças. (...) Não gosta de falar. (...) Não lhe preocupa o fato de que deve ser elogiado ou que outros devam ser censurados. Não fala mal dos outros, mesmo de seus inimigos, a menos que seja com eles mesmos. Seus modos são serenos, sua voz é grave, sua fala e comedida; não costuma ser apressado, pois não acha nada muito importante. Uma voz estridente e passos apressados são adquiridos pelo homem através das preocupações. (...) Ele suporta os acidentes da vida com dignidade e graça, tirando o máximo proveito de suas circunstâncias, como um habilidoso general conduz suas limitadas forças com toda a estratégia da guerra. (...) Ele é o melhor amigo de si mesmo e se delicia com a privacidade, ao passo que o homem sem virtude ou capacidade alguma é o pior inimigo de si mesmo e tem medo da solidão.
Este é o super-homem de Aristóteles.
Deus, obrigada!
Pela minha família que me ajuda nas horas que mais preciso. Pelos meus amigos, fiéis, que mesmo com todos os meus defeitos, me escolheram para dividir as suas vidas.
Agradeço o pouco que eu tenho, pois o pouco contigo é tudo de que preciso!
Obrigada também pelos meus inimigos, pois graças a eles hoje eu sei o que eu não quero ser, e por isso busco o meu melhor.
Amém!
Mulher – Manual de Preservação da Espécie
O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana. Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha “Salvem as Mulheres!”. Tomem aqui os meus parcos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um “eu te amo” no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar.
Flores também fazem parte de seu cardápio. Mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Música ambiente e um espumante num quarto de hotel são muito bem digeridos e ainda incentivam o acasalamento o que, além de preservar a espécie, facilitam a sua procriação.
Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação... Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade. É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Só não incentive muito estes últimos pontos ou você criará um monstro consumista.
Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não confunda as subespécies
Mãe é a mulher que amamentou você e o ajudou a se transformar em adulto. Amante é a mulher que o transforma diariamente em homem. Cada uma tem o seu período de atuação e determinado grau de influência ao longo de sua vida. Trocar uma pela outra não só vai prejudicar você como destruirá o que há de melhor em ambas.
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
“Faça um pedido e o guarde no coração.
Qualquer coisa que você quiser.
Tudo que você quiser.
Você o fez?
Ótimo.
Agora acredite que ele vai se realizar.
Você não sabe de onde vai surgir o próximo milagre,
o próximo sorriso, o próximo desejo realizado.
Mas se você acreditar que está logo ali…
E abrir a mente e o coração para a chance de acontecer…
Para a certeza de acontecer…
Você pode conseguir aquilo que pediu.
O mundo está cheio de magia.
Você só precisa acreditar nela.
Então, faça o seu pedido.
Você o fez?
Ótimo.
Agora acredite nele.
Com todo seu coração”.
Amar e não ser amado dói, e não é aquela dor que você toma remédio e passa, é a dor da alma.
Amor não correspondido se transforma em mágoa, mágoa com o tempo em ódio. Não posso dizer que é uma transformação fácil, sinceramente achei por muito tempo que morrer seria mais fácil. O que eu não percebi é que eu já estava morta. Quando mataram o amor que existia dentro de mim, me mataram junto.
Estou cansada ....
...Cansada das pessoas me magoarem e simplesmente dizerem “sinto muito”, “desculpa”. Essas palavras não curam um coração partido!
... De buscar um amor perfeito, embora saiba que esse amor, de fato, nunca vai existir. Cansada de não poder dizer o que guardo dentro de mim, por que sei que não serei compreendida.
... De descobrir que mesmo olhando nos olhos, as pessoas não são sinceras e que por trás de um belo sorriso pode haver muita maldade, frieza e mentiras.
... De confiar, de acreditar, de ser ingênua e achar que tudo o que me dizem é verdade. De esperar que as pessoas, assim como eu, não dizem o que não sentem.
... De querer o que não posso ter, de amar pela metade, de não poder me apaixonar de verdade, estou cansada de sentimentos vazios e promessas falsas.
... De querer quem não me merece. De esperar de mais das pessoas e me decepcionar. De chorar por quem não vai enxugar minhas lágrimas !!! E de esperar por alguém que partiu e não vai mais voltar...
A Hora do Cansaço
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho eterno fica esse gosto acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Um sorriso
Um sorriso, apenas um sorriso. É tudo que preciso.
Teu encanto traz paz e harmonia para minha vida.
Nos momentos de desânimo, basta lembrar da tua serenidade.
Com o teu sorriso aberto e franco, tudo se transforma.
Um sorriso é contagiante.
Encontrar-te não é o bastante.
Sorria, pois sou feliz porque você existe.
Carta de um namorado que já se foi.
— Oi amor, tudo bem?
— Tudo ótimo, eu te amo tanto. — Ele disse sorrindo.
— Também te amo amor, mas porque tá me encarando desse jeito? - Ela disse confusa.
— Amor, quero te pedir uma coisa?
— Claro amor, tudo o que quiser.
— Poderia ficar uma semana sem mim?
— Como assim? Não aguentaria.
— Faz isso por mim, por favor.
— Tá bom, amor. Então vamos compensar o tempo que iremos ficar longe um do outro?
— Pensei que nunca iria pedir.
De manhã cedo mais ou menos às 06:15 ele lhe beijou a testa e disse sussurradamente para não acordá-la: - Eu te amo.
E se foi.
Os dias não pareciam passar, mas exatamente uma semana depois, foi correndo à sua casa e encontrou sua mãe chorando e lhe entregou uma carta que nela estava escrito:
Amor, quando se trata de você o dia fica mais florido, meu coração mais feliz e é maior o meu sorriso. Você foi a melhor coisa que me aconteceu e está acontecendo, mesmo que duvide do meu amor ou algum dia pense que enjoei de você, engana-se, pois nunca ficarei sóbrio de você, sou viciado em seu sorriso, e vê-lo todos os dias é a melhor coisa que se pode ter na vida. Amei dormir colado a ti, acordar do teu lado e te dar o primeiro beijo de bom dia, não ligo que esteja com o cabelo desarrumado, com a cara amarrada e as roupas amarrotada. O importante é que estou junto a ti e isso é a melhor coisa que eu poderia ter. Só peço que não chores por mim, quero que lembre de todos os momentos felizes que passamos juntos. Sua vida continua, só lembre que te amei mais do que tudo e talvez mais do que a mim mesmo, sei que pode estar pensando agora o que será da sua vida, você a continuará. Estarei com você a todo momento, pois agora sou um anjo e estarei com você em qualquer lugar e lhe apoiando em qualquer decisão, seja qual for. E lembra quando lhe pedi para ficar uma semana sem mim? Pois é, eu fui ao médico um dia antes e ele disse que eu teria uma semana de vida e já que conseguiu ficar uma semana, acho que consegue um pouco mais, sei muito bem a menina forte que você é, minha menina forte. Desculpe todos aqueles ataques de ciúmes bobos, sei que fui inseguro, mas foi tudo por você, talvez esse seja meu defeito, te querer só para mim, é uma coisa estranha, mas eu não olhava para nenhuma menina, só pensava em você, nunca lhe traí nem por pensamento, mas antes do namoro era outra coisa. Nunca me esquecerei de todos os momentos que passamos juntos, desde aquele passeio ao cinema (nosso primeiro encontro) até aquela nossa última noite de amor, uma semana atrás. Não sofra, quero que você viva muitos e muitos anos, pois senão minha função de anjo não servirá de nada. Me desculpe se te fiz chorar em algum momento como agora, mas tive que lhe prestar explicações, pois não ficaria em paz se você pensasse que fui sem ao menos saber que estou olhando a pessoa que mais amo nesse mundo, nesse exato momento. Quando olhar para o céu e ver aquela estrela mais brilhante, lembra que falávamos que era nossa? Pois é, quando olhar para o céu e vê-la brilhando saiba que sou eu fazendo uma serenata para você, igual aquelas que fazia nas madrugadas de frio em que se sentia sozinha, quando pulava na sua janela, tomava cada susto... Foram e sempre serão os melhores momentos da minha vida. Te amo mais que tudo.
Beijos do seu amor.
A você, com amor
O amor é o murmúrio da terra
quando as estrelas se apagam
e os ventos da aurora vagam
no nascimento do dia...
O ridente abandono,
a rútila alegria
dos lábios, da fonte
e da onda que arremete
do mar...
O amor é a memória
que o tempo não mata,
a canção bem-amada
feliz e absurda...
E a música inaudível...
O silêncio que treme
e parece ocupar
o coração que freme
quando a melodia
do canto de um pássaro
parece ficar...
O amor é Deus em plenitude
a infinita medida
das dádivas que vêm
com o sol e com a chuva
seja na montanha
seja na planura
a chuva que corre
e o tesouro armazenado
no fim do arco-íris.
Preciso encontrar-me,
porque por vezes não sei quem sou,
o que faço, o que falo,
sinto-me vazia, sem o meu eu,
não sei de onde venho,
para onde vou,
os meus passos estão perdidos,
não encontram um caminho,
estou errada nesta estrada sem fim,
tudo me parece distante, ausente,
incessantemente decadente.
Dantes tinha brilho nos olhos,
mas agora as luzes estão apagadas,
não tenho medo do escuro, habituei-me a ele,
companheiro de longas horas,
as fortalezas também caem,
as pontes também desabam,
os muros reconstroem-se...
mas se eu partir não volto mais!
Convite à Loucura
A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após o café, a loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso?, perguntou a curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até 100 e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.
- 1,2,3..., a loucura começou a contar.
A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer.
A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A alegria correu para o meio do jardim. Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.
A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no 99.
- 100!, gritou a loucura. Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar.
E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez...
Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:
- Onde está o amor?
Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.
Moral da história:
O amor aceitou as desculpas e é por isso que hoje e em todo o sempre, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.
O dia que Júpiter encontrou Saturno
Foi a primeira pessoa que viu quando entrou. Tão bonito que ela baixou os olhos, sem querer querendo que ele também a tivesse visto. Deram-lhe um copo de plástico com vodka, gelo e uma casquinha de limão. Ela triturou a casquinha entre os dentes, mexendo o gelo com a ponta do indicador, sem beber. Com a movimentação dos outros, levantando o tempo todo para dançar rocks barulhentos ou afundar nos quartos onde rolavam carreiras e baseados, devagarinho conquistou uma cadeira de junco junto a janela. A noite clara lá fora estendida sobre Henrique Schaumann, a avenida poncho & conga, riu sozinha. Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Molhou os lábios na vodka tomando coragem de olhar para ele, um moço queimado de sol e calças brancas com a barra descosturada. Baixou outra vez os olhos, embora morena também, e suspirou soltando os ombros, coluna amoldando-se ao junco da cadeira. Só porque era sábado e não ficaria, desta vez não, parada entre o som, a televisão e o livro, atenta ao telefone silencioso. Sorriu olhando em volta, muito bem, parabéns, aqui estamos.
Não que estivesse triste, só não sentia mais nada.
Levemente, para não chamar atenção de ninguém, girou o busto sobre a cintura, apoiando o cotovelo direito sobre o peitoril da janela. Debruçou o rosto na palma da mão, os cabelos lisos caíram sobre o rosto. Para afastá-los, ela levantou a cabeça, e então viu o céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Vista assim parecia não uma moça vivendo, mas pintada em aquarela, estatizada feito estivesse muito calma, e até estava, só não sentia mais nada, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco parada assim, meio remota, o moço das calças brancas veio se aproximando sem que ela percebesse.
Parado ao lado dela, vistos de dentro, os dois pintados em aquarela - mas vistos de fora, das janelas dos carros procurando bares na avenida, sombras chinesas recortadas contra a luz vermelha.
E de repente o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou 'every day, every way is getting better and better'. Na cabeça dela soaram cinco tiros. Os olhos subitamente endurecidos da moça voltaram-se para dentro, esbarrando nos olhos subitamente endurecidos dos moço. As memórias que cada um guardava, e eram tantas, transpareceram tão nitidamente nos olhos que ela imediatamente entendeu quando ele a tocou no ombro.
-Você gosta de estrelas?
-Gosto. Você também?
-Também. Você está olhando a lua?
-Quase cheia. Em Virgem.
-Amanhã faz conjunção com Júpiter.
-Com Saturno também.
-Isso é bom?
-Eu não sei. Deve ser.
-É sim. Bom encontrar você.
-Também acho.
(Silêncio)
-Você gosta de Júpiter?
-Gosto. Na verdade "desejaria viver em Júpiter onde as almas são puras e a transa é outra".
-Que é isso?
-Um poema de um menino que vai morrer.
-Como é que você sabe?
-Em fevereiro, ele vai se matar em fevereiro.
(Silêncio)
-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
-Você tem uma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.
(Silêncio)
-Como é que você sabe?
-O quê?
-Que o menino vai se matar.
-Sei de muitas coisas. Algumas nem aconteceram ainda.
-Eu não sei nada.
-Te ensino a saber, não a sentir. Não sinto nada, já faz tempo.
-Eu só sinto, mas não sei o que sinto. Quando sei, não compreendo.
-Ninguém compreende.
-Às vezes sim. Eu te ensino.
-Difícil, morri em dezembro. Com cinco tiros nas costas. Você também.
-Também, depois saí do corpo. Você já saiu do corpo?
(Silêncio)
-Você tomou alguma coisa?
-O quê?
-Cocaína, morfina, codeína, mescalina, heroína, estenamina, psilocibina, metedrina.
-Não tomei nada. Não tomo mais nada.
-Nem eu. Já tomei tudo.
-Tudo?
-Cogumelos têm parte com o diabo.
-O ópio aperfeiçoa o real.
-Agora quero ficar limpa. De corpo, de alma. Não quero sair do corpo.
(Silêncio)
-Acho que estou voltando. Usava saias coloridas, flores nos cabelos.
-Minha trança chegava até a cintura. As pulseiras cobriam os braços.
-Alguma coisa se perdeu.
-Onde fomos? Onde ficamos?
-Alguma coisa se encontrou.
-E aqueles guizos?
-E aquelas fitas?
-O sol já foi embora.
-A estrada escureceu.
-Mas navegamos.
-Sim. Onde está o Norte?
-Localiza o Cruzeiro do Sul. Depois caminha na direção oposta.
(Silêncio)
-Você é de Virgem?
-Sou. E você, de Capricórnio?
-Sou. Eu sabia.
-Eu sabia também.
-Combinamos: terra.
-Sim. Combinamos.
(Silêncio)
-Amanhã vou embora para Paris.
-Amanhã vou embora para Natal.
-Eu te mando um cartão de lá.
-Eu te mando um cartão de lá.
-No meu cartão vai ter uma pedra suspensa sobre o mar.
-No meu não vai ter pedra, só mar. E uma palmeira debruçada.
(Silêncio)
-Vou tomar chá de ayahuasca e ver você egípcia. Parada do meu lado, olhando de perfil.
-Vou tomar chá de datura e ver você tuaregue. Perdido no deserto, ofuscado pelo sol.
-Vamos nos ver?
-No teu chá. No meu chá.
(Silêncio)
-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.
(Silêncio)
-Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.
-Você quer dormir comigo?
-Não.
-Porque não é preciso?
-Porque não é preciso.
(Silêncio)
-Me beija.
-Te beijo.
Foi a última pessoa que viu ao sair. Tão bonita que ele baixou os olhos, sem saber sabendo que ela também o tinha visto. Desceu pelo elevador, a chave do carro na mão. Rodou a chave entre os dedos, depois mordeu leve a ponta metálica, amarga. Os olhos fixos nos andares que passavam, sem prestar atenção nos outros que assoavam narizes ou pingavam colírios. Devagarinho, conquistou o espaço junto à porta. Os ruídos coados de festas e comandos da madrugada nos outros apartamentos, festas pelas frestas, riu sozinho. Ria sozinho quase sempre, um moço queimado de sol, com a barra branca das calças descosturadas, querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.
Mordeu a unha junto com a chave, lembrando dela, uma moça magra de cabelos lisos junto à janela. Baixou outra vez os olhos, embora magro também. E suspirou soltando os ombros, pés inseguros comprimindo o piso instável do elevador. Só porque era sábado, porque estava indo embora, porque as malas restavam sem fazer e o telefone tocava sem parar. Sorriu olhando em volta.
Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.
Levemente, para não chamar a atenção de ninguém, apertou os dedos da mão direita na porta aberta do elevador e atravessou o saguão de lado, saindo para a rua. Apoiou-se no poste da esquina, o vento esvoaçando os cabelos, e para evitá-lo ele então levantou a cabeça e viu o céu. Um céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Visto assim parecia não um moço vivendo, mas pintado num óleo de Gregório Gruber, tão nítido estava ressaltado contra o fundo da avenida, e assim estava, mas sem compreender, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco, a moça debruçou-sena janela lá em cima e gritou alguma coisa que ele não chegou a ouvir. Parado longe dela, a moça visível apenas da cintura para cima parecia um fantoche de luva, manipulado por alguém escondido, o moço no poste agitando a cabeça, uma marionete de fios, manipulada por alguém escondido.
De repente um carro freou atrás dele, o rádio gritando "se Deus quiser, um dia acabo voando". Na cabeça dele soaram cinco tiros. De onde estava, não conseguiria ver os olhos da moça. De onde estava, a moça não conseguiria ver os olhos dele. Mas as memórias de cada um eram tantas que ela imediatamente entendeu e aceitou, desaparecendo da janela no exato instante em que ele atravessou a avenida sem olhar para trás.
Decepção
Cansada desse mundo de mentiras. As pessoas se fazem de amigas, mas são as que mais te decepcionam. Às vezes, acreditamos nas palavras só porque elas vêm de quem se diz amigo. Amigos que, muitas vezes, não passam de ‘falsos amigos’. No começo, achamos que essas palavras têm valor, mas, depois de brigas e momentos ruins, descobrimos que eram apenas mentiras. Essas pessoas eram apenas indivíduos sem o mínimo de escrúpulos, tentando mostrar caráter — algo que não se compra nem se imita. Caráter, ou você tem ou não tem. Alguns têm um bom caráter, outros, um caráter ruim.
Não estou aqui para julgar ninguém, mas para mostrar minha total decepção com as pessoas, com este mundo! Essas pessoas são como leões que escondem suas garras e, quando menos esperamos, atacam, machucam, ferem, magoam, e deixam feridas que nem o tempo apaga. Hoje em dia, raramente os “eu te amo” que ouvimos por aí são de verdade. Precisamos filtrar quem está ao nosso redor, escolher com quem conviver, quem fará bem, quem será verdadeiro. É difícil, porque não somos videntes; não temos como nos proteger totalmente dessas pessoas que, com apenas um erro, uma má escolha, podem transformar nossa vida em um inferno, nos fazer sofrer, chorar e, no final, nos perguntar: "Como pude acreditar naquelas palavras que pareciam tão verdadeiras, tão puras, mas que só me machucaram?"
Devemos refletir sobre nossos atos. Muitas vezes, quem você diz amar pode ser quem você mais faz sofrer. Esse amor que você diz ter pode se tornar, para quem você magoou, uma grande mentira. Pense milhões de vezes antes de falar ou agir de maneira que possa ferir alguém que você ama, porque as palavras, muitas vezes, machucam muito mais do que ações. Pense hoje, pois amanhã pode ser tarde demais. E no final? No final, quebramos a cara, sofremos demais, choramos muito, e o que acontece? Tentamos aprender, mas, às vezes, acabamos errando de novo, acreditando nas pessoas. E assim vivemos e levamos a vida.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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