Textos de Culpa
“As procissões são símbolos de nossa devoção, belas como as flores que enfeitam a charola de Nossa Senhora, abençoando com o seu manto de luz e amor, oferecendo paz e proteção e iluminando nossos caminhos”
Ginaldi Maria de Araújo, Nen Araújo (1920-2015)
Beata e escritora Markenciana
O CORDEIRO E O PAVÃO
Nara Minervino
Estavam o cordeiro e a raposa a conversar sobre beleza e virtudes, quando, de repente, o pavão afronta o cordeiro com suas palavras de vaidade:
- Bem se vê que tu nunca vais arrancar aplausos em tua vida! És tímido e inocente demais para veres que a realização pessoal e o interesse dos outros vêm da vida esplendorosa e da beleza plena! – Disse vaidoso o pavão, cheio de suas penas coloridas, lindas e esticadas.
- Mas não são de aplausos que procuro viver, Pavão amigo e afrontoso. Não preciso de holofotes. Minha vida simples e tranquila é mais do que suficiente para trazer toda a alegria de que preciso. – Respondeu humildemente o cordeiro.
- Não! Não podes dizer uma coisa dessas! Afinal, tu tens a lã mais macia do mundo e é por ela que precisas tornar glamourosa a tua vida. Afinal, se não te tornas cada dia mais belo, quem há de querer tua lã, ainda que seja a mais macia do mundo?
O cordeiro, entendendo que o pavão demonstrava admiração por sua lã, respondeu:
- Pavão, meu querido amigo Pavão, tu me amas e me admiras, mesmo sabendo que eu não tenho vaidade alguma nem me esforço para que minha lã seja ainda mais macia. Por que, então, aqueles que, como ti, me amam e admiram não quereriam o que lhes posso oferecer tão simplesmente: a minha lã naturalmente macia e a minha bondade?
O pavão, ouvindo atentamente as palavras do amigo cordeiro, respondeu-lhe, meio sem graça:
- É verdade o que tu dizes, amigo Cordeiro! Amo-te e te admiro! Tua lã me encanta como teu coração me conquista! Mas te ver tão sem vaidade incomoda a mim, que sou tão esplendoroso e belo!
- Tu te achas esplendoroso e belo porque assim tu és, mas de que adianta tanta beleza, se o teu coração fosse amargo e seco? Não haveria quem te quisesse cheio de glamour, se o que tu tivesses a oferecer não fosse nada além de tuas penas, que há de ficarem velhas e caírem?
O pavão admirou-se ainda mais do cordeiro, desculpando-se pelo que disse.
MORAL: vale menos a aparência bela do que o belo que se tem por dentro.
O COELHO E O RATO
Nara Minervino
Eram um coelho e um rato muito amigos. Saíam juntos. Voltavam juntos. Dormiam e comiam juntos. Era uma amizade para lá de sincera. Acontece que, certa vez, o coelho acreditou que, por ser menor de tamanho, o rato era também menor de valores, e passou a esnobar o rato, andando cada vez mais arrogante e falando barbaridades, sem pensar no quanto de mágoas poderia causar ao amigo.
- Amigo rato – dizia o coelho em tom de brincadeira e dando altas gargalhadas –, não sentes vergonha do que a natureza fez contigo? Não vês que teu pelo, teu tamanho e tua cor são insignificantes perante a beleza da minha cor, do meu tamanho, do meu pelo e da minha representatividade em qualquer jardim? Estou certo de que, se pudesses, teria tudo o que eu tenho para seres feliz.
- Amigo coelho – respondia o rato –, admiro de fato a tua beleza e o teu porte perante o meu, mas não troco a minha agilidade pela tua cor, a minha capacidade de me esquivar dos perigos pelo teu tamanho nem a minha esperteza pelo teu pelo, afinal, de nada valem essas tuas qualidades físicas, se facilmente tu és capturado pelas armadilhas que te impõem e nenhuma das tuas belezas podem te livrar dessa prisão.
MORAL: Todo vaidoso é vencido, se o motivo da vaidade não o livra do perigo.
Eu cansei de querer quem não me queria.
Cansei de dar carinho para quem não merecia.
Cansei de ser bom e não ser valorizado.
Cansei de dar amor e não ser amado.
Não quero, mas fazer o bem para quem só que me fazer mal.
Não vou mais querer colocar uma virgular onde deveria ter um ponto final.
Eu já me doo, eu já fui inocente, mas hoje eu sei e eu avisei que cansaria e eu cansei.
A Penumbra do Âmago Melancólico.
Novamente volto à penumbra, um local onde meu âmago melancólico, que um dia virá a ser eu novamente, como uma força brutal da natureza, me obriga repetidamente a ser aquilo que mais me causa náuseas. Essa força me compele a contemplar gritos tenebrosos presentes em signos e códigos indecifráveis que ecoam aflitamente na imensidão oca que habita em mim.
Em vão, tento buscar uma alternativa, mas como Drummond disse, "os muros são surdos". Sinto-me forçado e aprisionado em um quarto decaedro que me puxa em direções opostas o tempo inteiro. No centro desse quarto, onde os gritos dão espaço ao vácuo, aquele ser tão deplorável dá lugar a apenas uma imagem: o "POR QUÊ?".
Mas meu caro Filósofo, afinal quem é DEUS?
- Meu discípulo, encerre a pessoa de DEUS em uma única palavra: DEUS!
- Como assim, Filósofo?
-Você querendo qualificar DEUS com palavras, estarás apenas diminuindo-O.
DEUS não é bom, DEUS é DEUS!
-Ainda não entendi...
-Não são palavras ou títulos que O qualificam, entendeu?
Mas, contudo, se o adjetivo é dar a qualidade ao sujeito, o sujeito e os adjetivos de DEUS se encerram apenas em uma só palavra: DEUS!!!
Talvez não seja apenas uma questão de fé e, sim, ainda a surdez e a cegueira!
Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.
Mateus 13:15
Não há duas vezes o mesmo algo no original.
As leis naturais respeitam a lógica.
Assim a vida na sua singularidade,
É uma só e , se morta, já não voltará a existir.
Requer-se portanto, necessariamente, a sua eternidade;
Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem, e atentassem para o seu fim!
Deuteronônio 32:29
"OS DOIS PRISMAS DA REALIDADE"
Todos ocupados, construindo através de suas vidas "impérios", que estão prestes a tornarem-se cinzas..."
(...) Como uma grande construção, que vai por terra, e toda aquela grandeza torna-se pó levado pelo vento..."
(...) "Tudo é ilusão", um dos registros de Eclesiastes. Não veja anos à frente, que Deus nos ajude a ver uma "eternidade" à frente. Qual a diferença dessas visões? É que quando eu vejo anos à frente, tudo o que me resta é crescer na vida, ser uma cópia de todos os outros e morrer. Mas quando enxergamos no Prisma da Eternidade, reconhecemos a Grande Ilusão que este mundo representa e que o melhor caminho é "buscar ajuntar riquezas nos céus, e não aqui, onde a traça e ferrugem e o ladrão podem destruí-las." - "buscar em primeiro lugar o Reino do Céu e a sua justiça" - JESUS tinha consciência absoluta do que estava dizendo, e o motivo era porque ELE enxerga no "Prisma Eterno"...
(...) E você, ou melhor, e NÓS, em qual prisma estamos enxergando? Naquele que as trevas injetam nos olhos da nossa mente a ilusão das riquezas do mundo, ou nas visões que o Espírito Santo de DEUS nos dá, na alma, coração, mente e espírito? Que o SENHOR abra os nossos olhos... Busquemos a DEUS, ELE é o Maior e Verdadeiro tesouro, CRISTO não é uma ilusão, e isso quem nos testemunha é o Espírito de DEUS em nossos corações, forte selo de nossa salvação e convicção em todas as Promessas de DEUS!
“Avante, Brigada Ligeira!
Atacai com as armas!” disse ele:
Para o vale da Morte
Cavalgavam.seiscentos soldados
“Avante, Brigada Ligeira!”
Por acaso um homem amedrontado havia?
Não, embora soubessem os soldados
Que alguém a verdade não falava:
Eles responder não podiam,
Eles argumentar não podiam,
Eles obedecer e morrer podiam apenas:
Para o vale da Morte
Cavalgavam .seiscentos soldados
À direita, canhão,
À esquerda, canhão,
À frente, canhão
Atiravam e rimbobavam;
Com tiros e granadas fulminados,
Sem medo audazmente avançavam
Da Morte para as garras,
Do Inferno para a boca
Cavalgavam seiscentos soldados.
Num átimo, os sabres desembainhavam.
Os quais, no alto, cintilhantes,
Canhoneiros ali golpeavam,
Um exército atacando, diante
De um mundo atônito:
Da bateria pela fumaça sufocados;
Cossacos e russos,
Vacilantes ante os sabres dos golpes,
Destroçavam-se e partiam-se.
Recuaram em seguida, mas não –
Não os seiscentos soldados.
À direita, canhão,
À esquerda, canhão
Atrás, canhão
Atiravam e atroavam;
Por tiros e granadas fulminados,
Enquanto caem cavalos e heróis,
Logo eles, combatentes aguerridos,
Nas garras da Morte cair foram,
Da boca do Inferno de regresso,
Foi tudo o que restou
Desses seiscentos homens.
Pode, algum dia, sua glória se apagar
Oh, temerário esforço despendido!
O mundo inteiro se pergunta.
Honra à luta travada!
Honra à Brigada Ligeira,
Nobreza de seiscentos heróis!
A vida é um grande jogo,
Na qual fazemos acontecer,
Pois os momentos passam logo,
E a derrota vai suceder.
Marilina Baccarat
A vida em suas circunflexas, folheia as páginas do tempo, mostrando-nos, que ela é um jogo de momentos...As nossas atitudes, os nossos sentimentos, são como pétalas de um mal-me-quer...
Quando permanecíamos com uma margarida em nossas mãos, que fora extraída do jardim, lá íamos nós, desfolhamdo-a arrancando pétala por pétala, e cada uma que tirávamos, dizíamos: mal-me-quer, bem-me-quer, até chegarmos ao final, onde ficava somente o miolo da flor...
A cada novo dia, surgem novos desafios, cabe somente a nós, transpô-los...Ninguém fará isso por nós...
A vida é como um jogo de momentos. É impossível ser jogada sozinha...
Todos somos jogadores e cabe a nós sermos adversários ou companheiros, nesse jogo de momentos, onde não se pode perder a calma...
Todos os dias, aprendemos algo diferente, que funciona como regra desse jogo. As nossas palavras, os nossos experimentares, fazem parte do jogo...
São como pétalas de um mal-me-quer, ora vão com o vento, ora vêm com a chuva e murcham com o sol...Mas, quando a noite chega, se refrescam com o orvalho, que cai sobre elas...
Precisamos decidir se queremos, ou não, respeitar e seguir as regras desse jogo de momentos...
A sensação de saudade do que já se viveu, saudade de brincar com uma simples flor, na brincadeira do mal-me-quer, bem-me-quer, gira em nossa memoria constantemente, num vaivém sem parar...
Saudade da canção que o tempo prometeu e não tocou para nós... Saudade dos outros tantos risos, que a brincadeira do mal-me-quer nos arrancou, quando o pôr do sol surgia no horizonte...
A vida, como um jogo, um dia se acaba...Mas, tanto nela, quanto em um jogo, é a forma como agimos, que vai determinar a conquista, por muito pouco, ou quase nada...Nós é quem determinaremos...
Como numa parábola, tal como a do mal-me-quer, seremos desfolhados se não nos encorajarmos, para vencermos o jogo...Pois do oposto, desfolharemos...
A vida desfolhar-nos-á, pétala a pétala... Mas, ficaremos na expectativa, de que conseguiremos vencer o jogo do mal-me-quer, quando a última pétala for a do bem---me-quer...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Nas Curvas do Tempo" página55
Uma mensagem de Deus
Se minhas palavras te fizerem se emocionar
Eu vim pra te contar que Deus pediu pra te falar
O quanto Ele te ama
E torce por você
Ele te quer ver vencer
Ele te ama
E torce por você
Ele te quer ver vencer
Enxugue as suas lágrimas
Lenvante está cabeça
Junte as suas mãos aos céus
Se ajoelhe e agradeça
Agradeça a Deus por sua vida
Ele te ama
E torce por você
Ele te quer ver vencer
Deus deixou está mensagem pra você
Ele está aqui junto de mim
E me pede pra te dizer
O que quanto Ele te ama
E torce por você
Ele te quer ver vencer
Ele te ama
E torce por você
Ele te quer ver vencer
(Áudio disponível no YouTube)
Passagem do Tempo
O flamejar de uma flama,
Que foi acesa no caminho,
No tempo certo que aclama,
O Sumo que ficou no tempo.
Marilina Baccarat
Dando a volta por cima, temos orgulho de nos reinventarmos, aguerridas, que somos...
Jogando, pelas veredas, o dissipar-se que restou do tempo inútil...
Isso é o reverberar de uma chama dourada, que foi acesa em nossas vidas, flamejando, em nós, a luz de uma tocha, que um dia foi crescida e, jamais deveremos deixa-la expirar...
Na passagem do tempo, seguimos assim, carregando, em nossas mãos, uma archote, com a expectativa de alcançarmos o pódio e vencermos o andamento...
Um facho, que, ao passar pelas mãos de todos, ao chegar em nossas mãos, continuamos levando-o, e ele chegará ao pódio com a vitória do sucesso, vencendo o momento em nós mesmos...
Nós mulheres, quando nos olhamos no espelho, vemos como estamos lindas, não há uma que não se ache bela, radiante, pronta para uma nova vida, repleta, plena de amor próprio, como merecemos, fulgurantes e lutadoras, sempre...
Ao vermos o lampadário aceso, nosso olhar fica mais brilhante, nossa luz irradiante, a cada vez que sorrimos, pois é o reflexo dessa chama, que, um dia, carregamos e jamais poderá apagar-se...
Ao olharmos o dia nascendo, com todos os seus lampejos, é motivo de muito orgulho e imensa alegria e gratidão, à vida, por termos o cintilar de uma tocha, que um dia apagou-se, mas, novamente, se acendeu...
Daí para frente, não permitiremos que a chama feneça, seguiremos firmes, sem jamais deixar que a luminosidade, desse candelabro, se apague algum dia...
Esse lampadário sofreu alguns acidentes, quando alguns obstáculos surgiram em nossas veredas, nos quais poderia ter-se esvaído...
Mas não feneceu, seguramos firmes nele e seguimos pelos sentidos da vida...
Mas, após esses empecilhos, recuperou-se e voltou a ser uma tocha maravilhosa, de uma luz radiante...
Que, ainda, vai iluminar, por muito tempo, os nossos caminhos, na passagem do tempo, que nos deu tempo, para podermos seguir adiante...
O resplandecer, dessa flama, é como se fosse um novo dia, onde realizamos um sonho, que já era acalentado, há alguns anos, a passagem do tempo...
Sem vacilar, corremos, para podermos chegar ao pódio e colocar a tocha na pira e sermos produtivas, com o tempo, que a nós foi dado...
Esse tempo, que nos deu tempo, para seguirmos, com o brandão em nossas mãos, até chegarmos ao pódio do tempo e lá colocá-lo, sem que apagasse...
Ali chegamos...Com a chama em nossas mãos, lutadoras que somos...
Colocamos a tocha na pira do momento, como vencedoras, que sempre fomos....
Agora, é só aguardar para que a luz dessa tocha ilumine nossos caminhos...
Para o desfecho, que já vislumbramos e temos a certeza de que tudo se firmará...
Pois a chama dessa tocha alumiará nossos passos e chegaremos bem sucedidas ao final...
Assim como o rio, que reverbera o reflexo do sol, nós, também, reverberaremos o nosso amor pelo tempo, com essa tocha, que, em nossas mãos, estava e conseguimos vencer o tempo, chegando lá...
Ela, para nós, representa nossos luzires, graças ao rebrilhar dessa chama...
Soubemos vencer todos os percalços da vida com sua luz, a alumiar os logradouros...
Saímos mais fortes de qualquer conjuntura, pois vencemos o tempo e chegamos até o final da luta, vitoriosas...
Pois, sempre, fomos lutadoras, e, ali, chegamos...
Não deixamos a chama, dessa tocha, fenecer...
Essa luz, que um dia quis se apagar, mas, agora, reverberá-la-emos...
Pois ela acendeu, em nós, a chama da esperança, que se havia enfraquecido...
Passamos, pelo tempo, mas, o tempo não passou por nós...
Pois, desviou por outra trilha, poque tínhamos a chama acesa em nossas mãos, justamente para enfrentarmos o tempo e sermos vencedoras...
Na passagem do tempo, somente as corajosas saberão enfrentar...
Atiramos, pelo caminho, as horas inúteis do tempo, agrerridas, que somos...
Sabemos que o valor da chama não está no tempo em que dura, mas na intensidade com que tudo acontece, em nossas vidas...
Saímos mais fortes de qualquer conjuntura, pois vencemos o tempo e chegamos até o final da luta...
Assim fizemos: jogamos pelo caminho, as folhas douradas do tempo, e, corremos para atingirmos o pódio o mais cedo possível...
Pois, recebemos, tudo isso, de quem reverberou em nós e acendeu a tocha, para iluminar nossos caminhos... E, seguindo pela passagem desse tempo, jamais deixaremos que essa chama feneça...
A crônica da curiosidade
Aos trinta e um dias do mês de julho de dois mil e dezenove, um helicóptero sobrevoava aos redores da escola e eu esperava meu esposo, que havia acabado de me ligar dizendo que o trânsito estava tumultuado. Sentada em minha cadeira giratória estava em silêncio quando de repente a curiosidade:
- Já bateu o sinal, você não vai embora? Indagou a diretora.
- Estou sem o carro hoje. Respondi - lhe. Ela como se quisesse dar - me atenção começou argumentou se eu estava igualmente a ela:
- Como assim? Questionei.
Ela continuou e dissera que estava sem o carro dela e que no último dia dezenove havia se envolvido em um acidente na avenida São Paulo - Rio. Um senhor portando de muletas atravessava a rua à frente de um carro na frente ao dela. Ele freia bruscamente e ela bate e vai parar num poste, um carro que vinha atrás, sem ter como desviar bateu na traseira do carro dela. Outros carros foram batendo, ocasionando um efeito dominó. O carro dela havia dado PT. Ouvi curiosamente o relato que ela fazia e acrescentei algumas perguntas se houvera vítimas, se estava sozinha. Na graça de Deus nada lhe acontecera, exceto o susto e uma dorzinha no peito. Depois da narrativa disse - lhe que sorte que não se ferira. É. Disse ela e foi embora. Eu ainda a aguardar meu esposo, fui ao banheiro, depois peguei a minha bolsa e fui aguardar no portão da saída. O helicóptero ia e voltava. A vice diretora da tarde e a coordenadora estavam lá e comentaram que deveria ter acontecido alguma coisa, se eu estava a par.
- Não, mas sei que está tudo parado na avenida Ítalo Adami, meu esposo ligou e disse que está preso lá. Argumentei. Logo meu esposo chegou e ela disse:
Se tiver novidade era para contar para ela, mas meu esposo não sabia, então eu nada disse. Entrei no carro e um senhor estava junto, apenas cumprimentei e seguimos ao som do helicóptero que sobrevoava ainda o local. Soube que o homem era o funileiro que fez um reparo no arranhão de nosso carro, ocorrido em uma rua em Caraguatatuba. Uma moça simplesmente veio em nossa direção batendo a bicicleta do lado da porta do motorista. Desequilibrou - se. Prestamos socorro, mas fora somente um susto. Ocorreu no verão do ano passado. Deixamos o funileiro próximo a padaria e voltamos ao local do trabalho de meu esposo, para pegar nosso filho que havia ficado no salão de cabeleireiro. Nosso filho entrou no carro e meu esposo foi pagar o corte: R$ 45,00, cabelo e barba. Mas, por curiosidade lá ficou por dez minutos e voltou com a seguinte narrativa:
- No posto em frente à escola Nova Itaquá, um funcionário do posto estava trocando o óleo de um carro, estourou o compressor e a plataforma desceu esmagando o funcionário. O helicóptero sobrevoava para transmitir ao vivo na televisão.
Vazio
Nas noites eu insisto em chamar o seu nome
Um dia você se senta silenciosamente
Como uma ilha deserta
E uma quietude de celofane fica presa na boca
O lamento da noite anterior
enterrado
sob os beirais baixos
Pela manhã quando as folhas verdes levantam suas cabeças
Vazio
Você vem correndo direto para mim
Na forma de luz solar recém limpa
A janela entediada
Puxa e empurra as nuvens o dia inteiro
E eu, que estou ainda mais entediado,
Puxo e solto as nuvens pelos chifres
E pelas entrelinhas do meu poema
Espalhando como tinta,
Você vem
Vazio.
EIS A PAUTA DE CRISTO
FOME - Pois tive fome, e me destes de comer,
SEDE - tive sede, e me destes de beber;
O DESCONHECIDO - fui estrangeiro, e vós me acolhestes;
ASSISTENCIA - Quando necessitei de roupas, vós me vestistes;
SAÚDE - Estive enfermo, e vós me cuidastes;
EGRESSÃO - Estive preso, e fostes visitar-me;
Hei tu
Hei tu escute aqui
Hoje é um novo dia
Confia no que Deus deixou pra ti
Ele é o seu senhor
Não se aventure na ilusão
Matenha firme seus pés no chão
Uma estrela lá no alto
Aponta - lhe a direção
Hei tu escute aqui
Hoje é um novo dia
Confia no que Deus deixou pra ti
Ele é o seu senhor
Amar a si é um recomeço
Tenha a fé e não tenha medo
O amor te abrirá tantas portas
E a vitória, a sua vida virá abraçar
Hei tu escute aqui
Hoje é um novo dia
Confia no que Deus deixou pra ti
Ele é o seu senhor
Desse jeito é meu jeito
Eu fico aqui só no meu mundo
Você pode entrar nele se quiser
Pode até tentar me compreender
E não me ver como um ser absurdo
Sou autista sim e sou assim
Deus cuida de você e de mim
Me respeita e me queira bem
Eu sou gente e sinto também
Nós somos todos diferentes
Eu sou de tal forma ausente
Até mesmo sou um distante
Mas, me acolhe que existo
Tenho sim esse meu jeito
Mas mereço amor e respeito
A ROSA SONHADORA
A rosa tinha muita inveja das outras flores, pois, quando passava pelos jardins e observava as flores, dançando ao bel-prazer do vento, que ora soprava em brisa leve e, em outras passava com rajadas fortes, fazendo-as rodopiar...
A rosa indócil, somente queria pertencer àquele mundo, que ela admirava, mas desconhecia o porquê de haver espinhos em seu caule e não tinha como dançar com as outras flores, quando o vento chegava...
Certo dia, a rosa determinou, sem muito raciocínio, extrair todos os seus espinhos. E, mirando-se, no espelho, sem perceber o sangue, que escorria, pensou: – Estou com ar mais aprazível, um verdadeiro porte de rainha, agora poderei dançar...
E, assim, aproximou-se das outras flores, toda faceira, com um sorriso. Mas sua surpresa foi grande, quando, todas as outras flores, lhe apontaram os dedos, mostrando-lhe o sangue, que escorria em seu caule. Não era o que ela esperava... Afinal, ela era a rainha das flores, justamente pelo perfume e os espinhos...
As flores, virando-se, para ela, perguntaram, em uníssono: Retirar seus ilustres espinhos, por quê?... Eles lhe faziam, além da sua beleza insólita, a tão respeitada rainha de todas nós...
Agora, somos flores sem reinado e sem rainha, não temos a quem idolatrar e você está ferida!
A coitada da rosa, ferida, agora, sem reinado e sem coroa, por querer ser igual às outras flores, que não tinham espinhos e, sem eles, elas dançavam ao desejo do vento, livres e soltas, como ele gostaria...
Jamais seria igual às outras flores, pois tinha espinhos, mas era a rainha, com certeza, de todas elas... Não perdeu a sua altivez, não mais seria rainha, porque o que a diferenciava, das outras, era o mais importante, aos olhos de todas as flores... Os espinhos, que ela havia retirado é que a tornavam diferente...
Naquele mesmo dia, a rosa, que sentia muita dor, por causa da retirada dos espinhos, morreu... A noite se findou, um novo dia raiou, com um maravilhoso sol e outra rosa nasceu, bela, cheirosa e com todos os seus espinhos, sendo eles a sua coroa...
As flores ganhavam, agora, uma nova e reverenciada rainha... Haviam esquecido a rosa sonhadora...
Marilina Baccarat de almeida Leão, no livro "É Mais oui Menos Assim
Grito de Garra
Essa gincana é de paz
Solidariedade e amor
Nossa escola veio fazer parte
Participando com fervor
Oooh! Somos da paz e do amor
Aaah! Gincana Itaquá
Paulo Nunes vai ganhá
Solidariedade um com o outro
É um princípio de ouro
Com amizade e empatia
Fazemos um mundo novo
Oooh! Somos da paz e do amor
Aaah! Gincana Itaquá
Paulo Nunes vai ganhá
