Textos de Caio Fernando Abreu

Cerca de 709 textos de Caio Fernando Abreu

Foi numa dessas manhãs sem sol que percebi o quanto já estava dentro do que não suspeitava. E a tal ponto que tive a certeza súbita que não conseguiria mais sair. Não sabia até que ponto isso seria bom ou mau — mas de qualquer forma não conseguia definir o que se fez quando comecei a perceber as lembranças espatifadas pelo quarto. Não que houvesse fotografias ou qualquer coisa de muito concreto — certamente havia o concreto em algumas roupas, uma escova de dentes, alguns discos, um livro: as miudezas se amontoavam pelos cantos. Mas o que marcava e pesava mais era o intangível.

(...)

Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo.

Inserida por marianebm

Quero um amor que assista um
filme comigo mexendo no meu
cabelo, que quando eu chorar me
faça rir, que me chame de linda
quando eu chamá-lo de idiota, que
ande de mãos dadas comigo, que
me beije na chuva e quando eu
falar de mais, que durma de
conchinha e me esquente nas noites
frias de inverno, que me mande
rosas com um cartão, que eu goste
do seu perfume. Um amor que
passe as tardes comigo dormindo ou
simplesmente fazendo nada, apenas
deitados na cama, eu que quero um
amor que me entenda quando não
estou nos meus melhores dia,
resumindo: eu quero alguém que
com pequenas coisas me faça feliz.

Inserida por AnaliceGaspar

Carta Para Além do Muro

Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse.

Caio Fernando Abreu

Nota: Trecho de "Carta para além do muro" de Caio Fernando Abreu

Inserida por taeminnie

Eu todo doído. Minha vida tá toda errada. Bodes em vários níveis, às vezes me sinto bombardeado de — sei lá o quê: em casa, no trabalho, afetivamente, financeiramente. Poucas vezes a barra esteve tão pesada. No país, é isso que você vê. Cada vez pior. Ai, Emediato, pra onde a gente tá indo?

Carta a Luiz Fernando Emediato

Inserida por carlinharios

Pare de ter medo do que poderia dar errado e pense no que poderia dar certo.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser infinito. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

"Um amor deveria existir para duas pessoas se tornaram melhores juntas, amor deveria se resumir em uma grande admiração, eu gostaria que o sorriso dele fosse capaz de me fazer completamente feliz mesmo que esse sorriso todos os dias fosse para outra pessoa, mas agora... Não sou mais de dar um tempo, não sou de vai e volta, não sou de brincar com os meus sentimentos e muito menos me aceitar sendo um brinquedo, aprendi a valorizar as pessoas enquanto é tempo, mas também não acreditar facilmente nelas, eu não procuro mais perfeição, apenas com certeza um pouco de maturidade. Se você me deixar sofrendo com a intenção de que eu sinta sua falta, bom... Talvez VOCÊ que acabe sentindo a minha a falta..."

Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras. Desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida, mas, infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Nó aperta, laço enfeita. Simples assim.

Inserida por luannamendes

Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.

É fácil morrer. A toda hora, em todos os lugares, a morte está se oferecendo. Mais difícil é continuar vivendo. Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será.

Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.

O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga.

Inserida por luannamendes

Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você.

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.

O amor é lindo sim, e ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos e os medos do outros. É querer estar com a pessoa independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de estar junto.

Só uma coisa era fundamental (e dificílima): acreditar.

Ei, só vim avisar que estou desistindo, ok? Acho que assim será melhor, com ou sem você, já não importa mais. Venho vivendo em um permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. Prometo esquecer-te. Aprendi a lembrar de ti a todo momento, agora bastará lembrar de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar do quanto te amei e o que isso significou pra você. Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu “eu”. Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.

Vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.

"E da janela do quarto, vendo uma vida de estrelas passarem por seus olhos, algo lhe dizia: - Tá vendo aquele mundo lá fora? É seu, vai pegar."

Inserida por luannamendes

Deus é naja

Estás desempregado? Teu amor sumiu? Calma: sempre pode pintar uma jamanta na esquina.
Tenho um amigo, cujo nome, por muitas razões, não posso dizer, conhecido como o mais dark. Dark no visual, dark nas emoções, dark nas palavras: darkésimo. Não nos conhecemos a muito tempo, mas imagino que, quando ainda não havia darks, ele já era dark. Do alto de sua darkice futurista, devia olhar com soberano desprezo para aquela extensa legião de paz e amor, trocando flores, vestida de branco e cheia de esperança.Pode parecer ilógico, mas o mais dark dos meus amigos é também uma das pessoas mais engraçadas que conheço. Rio sem parar do humor dele- humor dark, claro. Outro dia esperávamos um elevador, exaustos no fim da tarde, quando de repente ele revirou os olhos, encostou a cabeça na parede, suspirou bem fundo e soltou essa: -”Ai, meu Deus, minha única esperança é que uma jamanta passe por cima de mim…” Descemos o elevador rindo feito hienas. Devíamos ter ido embora, mas foi num daqueles dias gelados, propícios aos conhaques e às abobrinhas.
Tomamos um conhaque no bar. E imaginamos uma história assim: você anda só, cheio de tristeza, desamado, duro, sem fé nem futuro. Aí você liga para o Jamanta Express e pede: -”Por favor, preciso de uma jamanta às 20h15, na esquina da rua tal com tal. O cheque estará no bolso esquerdo da calça”. Às 20h14, na tal esquina (uma ótima esquina é a Franca com Haddock Lobo, que tem aquela descidona) , você olha para esquina de cima. E lá está- maravilha!- parada uma enorme jamanta reluzente, soltando fogo pelas ventas que nem um dragão de história infantil. O motorista espia pela janela, olha para você e levanta o polegar. Você levanta o polegar: tudo bem. E começa a atravessar a rua. A jamanta arranca a mil, pneus guinchando no asfalto. Pronto: acabou. Um fio de sangue escorrendo pelo queixo, a vítima geme suas últimas palavras: -”Morro feliz. Era tudo que eu queria…”
Dia seguinte, meu amigo dark contou: — “Tive um sonho lindo. Imagina só, uma jamanta toda dourada…” Rimos até ficar com dor na barriga. E eu lembrei dum poema antigo de Drummond. Aquele Consolo na Praia, sabe qual? “Vamos não chores / A infância está perdida/ A mocidade está perdida/ Mas a vida não se perdeu” — ele começa, antes de enumerar as perdas irreparáveis: perdeste o amigo, perdeste o amor, não tens nada além da mágoa e solidão. E quando o desejo da jamanta ameaça invadir o poema — Drummond, o Carlos, pergunta: “Mas, e o humour?” Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada. Dark, qual o problema?
Deus é naja — descobrimos outro dia.
O mais dark dos meus amigos tem esse poder, esse condão. E isso que ele anda numa fase problemática. Problemas darks, evidentemente. Naja ou não, Deus (ou Diabo?) guarde sua capacidade de rir descontroladamente de tudo. Eu, às vezes, só às vezes, também consigo. Ultimamente, quase não. Porque também me acontece — como pode estar acontecendo a você que quem sabe me lê agora — de achar que tudo isso talvez não tenha a menor graça. Pode ser: Deus é naja, nunca esqueça, baby.Segure seu humor. Seguro o meu, mesmo dark: vou dormir profundamente e sonhar com uma jamanta. A mil por hora.
Caio Fernando Abreu

Inserida por DouglasClayton

Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- Mastiga a ameixa frouxa. Mastiga, mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca.

Caio Fernando Abreu

Inserida por katiacylene

“Então, que seja doce.
Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce.. repito sete vezes para dar sorte:
que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada.” .
Caio Fernando Abreu

Inserida por berepasin

E a moça? De que lugar teria vindo? Que caminhos teria pisado? Que insuspeita das descobertas teria feito? Tu olharias a moça mas, as perguntas não acorrendo, o mistério que a envolveria seria desfeito - uma moça vestida de azul, sentada no chão de uma praça sem lago. Não poderias saber nada de mais absoluto sobre ela, a não ser ela própria. Fazendo perguntas, tu ouvirias respostas. Nas respostas ela poderia mentir, dissimular, e a realidade que estava sendo, a realidade que agora era, seria quebrada. pois, não fazendo perguntas, tu aceitarias a moça completamente. Desconhecida, ela seria mais completa que todo um inventário sobre o seu passado. Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando essas perguntas não são feitas. Que a maneirar mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa se ria justamente não falar, não perguntar - mas ver! Em silêncio.
(Conto: Ponto de Fuga)

Não é que eu seja orgulhosa, mas tem coisas que realmente não tem a necessidade de serem ditas. Caio F. Abreu disse; ''Esse negócio de sentimentos demonstrados demais meio que estraga'', e eu concordo com ele, porque quando se expõe seus sentimentos demasiadamente, você fica vulnerável e é bem nessa hora que algumas pessoas fazem disso uma oportunidade para elevarem seus egos.

Heteros ou homos (?) a médio prazo iremos todos enlouquecer, se passarmos a ver no outro uma possibilidade de morte. Tem muita gente contaminada pela mais grave manifestação do vírus — a aids psicológica. Do corpo, você sabe, tomados certos cuidados, o vírus pode ser mantido a distância. E da mente? Porque uma vez instalado lá, o HTLV-3 não vai acabar com as suas defesas imunológicas, mas com suas emoções, seu gosto de viver, seu sorriso, sua capacidade de encantar-se. Sem isso, não tem graça viver, concorda? ...

O Estado de S. Paulo, 25/3/1987

Caio Fernando Abreu

Nota: Trecho de "A mais justa das saias".

Inserida por FernandaTR

Se cuido do meu intelecto para meu desenvolvimento pessoal, falam de mim.
Se cuido de minha aparência para criar uma imagem pessoal, falam de mim.
Se cuido do meu corpo para fins estéticos, falam de mim.
Se cuido de mim mesmo, alguém acha um defeito e querem cuidar da minha vida por mim.
Agora vou cuidar do meu espírito e, por favor gente, deixa Deus tomar conta dele por mim.

Inserida por kaioabreu

"...Temo que seja outra vez aquela coisa piedosa, faminta, as pequenas-esperanças, mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias..."

"...dançar de rosto colado, pegar na mão à meia-luz, desenhar com a ponta dos dedos cada um dos teus traços, ficar de olho molhado só de te ver, de repente e, se for preciso, também virar a mesa, dar tapa na cara, escândalo na esquina, encher a cara de gim, te expulsar de casa e te pedir pra voltar."

Já repararam que o amor normalmente não vêm no frasco que queremos? Ou que esperamos? Quantas pessoas namoraram loiras de olhos claros e casaram com morenas ou vice versa? Porque o cara troca a morena linda pela tímida ruivinha? E aquela linda, que troca o saradão malhado pelo pequeno e tímido? Eu respondo, conteúdo. Não somos apenas frascos, somos conteúdo. Quantos casais vocês conhecem que não se falavam, se odiavam, não se toleravam mesmo… antipatia pura. E que hoje, são casadinhos e andam de mãos dadas, se tratam por apelidos, erguem famílias lindas e felizes. Essas pessoas trocaram os frascos pelo conteúdo. Quando somos jovens imaginamos a mulher (ou o homem) perfeito. Idealizamos uma alma gêmea perfeita. Que atenderá todos os nossos desejos e sonhos. Algumas pessoas realmente encontram os seus “pares” idealizados. só pra descobrir que não era aquilo tudo. As mulheres sonham com o dia que cruzarão com o homem perfeito, aquele príncipe que as levarão para viver em seu castelo cor de rosa. Mas aí, tudo muda quando o homem conhece aquela mulher que é legal, que o compreende, cheirosa, com um sorriso lindo. E a mulher? Quem nunca esteve com aquele carinha que não aparentava muita coisa, “descombinante” mesmo, e se arrepiou toda com um simples toque na pele? O amor não reconhece frascos, o amor quer conteúdo. Aquela mulher com aquele sorriso de fazer o Sol sair por detrás das nuvens. Aquele cara que cuida, mima e dá colo. Que arrepia só no toque. Aquela mulher que não sai da sua cabeça. Aquele cara de quem você se lembra quando acorda de um sonho ruim. Aquela mulher que você quer ouvir. Aquele homem com que você quer falar. Que se danem os príncipes e as princesas. Que venham as pessoas reais, aquelas que se doam. Que sofrem, que choram por um amor. Aquelas que abraçam travesseiros e suspiram. Que têm milhares de defeitos mas o que conta mesmo é “aquela” qualidade que te fez apaixonar. Achar essas pessoas não é tão difícil, a gente as reconhece logo de cara. O problema é que às vezes a gente pensa demais e complica as coisas.

Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina – ela repetiu olhando-se bem nos olhos, em frente ao espelho. Ou quando começa: certo susto na boca do estômago. Como o carrinho da montanha-russa, naquele momento lá no alto, justo antes de despencar em direção. Em direção a quê? Depois de subidas e descidas, em direção àquele ponto seco de agora. Restava acender outro cigarro, e foi o que fez.

Não existem segundas chances, porque, na verdade, nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado, sempre vão existir marcas que provarão que algo, em algum momento, esteve errado. Não existem segundas chances quando um coração é magoado. Não existem novas oportunidades para algo que se deixou passar, ou perdeu. Depois que o encanto acaba, não há mais nada para ser feito. A não ser lamentar seu erro.

Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo. Não se preocupa nunca em dar amor, sem esperar reciprocidade. (...) A gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega. Eu nunca vi por que evitar a fossa. Se a fossa veio é porque ela tinha que vir, o negócio é viver ela e tentar esgotar ela. A gente, quando tenta analisar qualquer problema, sempre vai aprofundando, aprofundando, até que chega nesse fundo que é amor sempre. (...) A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho.

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