Textos incríveis de Autores Desconhecidos
Você é a canção doce de um amanhecer
Desconhecido -
É o lamento dos pássaros
Que cantam sinalizando
Em meu coração descompassado, o amor
Amo-te assim
Neste silêncio contemplativo,
Quase que impassível,
Um tanto cálido
Como o chão quente
De quem pisa e sente
Esse menino espevitado
De sobrenome diligência,
Escala os troncos
Das veias do corpo
E, tenaz,
Na cavidade do peito
Desembuça presença
Agita tudo por dentro
Na incoerência
Que desfaz a razão
Ora, paz,
Ora, torrente,
Dias que me deixa dormente,
Sem mente
Para naufragar em outros barcos
Soltos no mar
Ávida por chegar
Aos braços do nada,
Desmancho-me, ancorada,
Entre fios de água
Que formam contas
de terço,
Difundem-se
Em fé,
Correm pelas bocas castas
Como ladainha de beatas
E rogam
Como quem pede a santos
Ateando-me nos braços da esperança
Que vai de encontro à serenidade do seu corpo
E, assim,
Por fim,
Reencontro-me na lucidez do seu gosto
E no chão firme da sua alma.
TEXTO PARA APRECIAÇÃO DOS AMIGOS "AMADURECIDOS” PELO TEMPO.
(autor desconhecido)
O QUE A MEMÓRIA AMA, FICA ETERNO.
"Quando eu era pequeno, não entendia o choro solto de minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro.
O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis.
Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender.
O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.
É que a memória é contrária ao tempo.
Nós temos pressa, mas é preciso aprender que a memória obedece ao próprio compasso e traz de volta o que realmente importou, eternizando momentos.
Crianças têm o tempo a seu favor e a memória muito recente. Para elas, um filme é só uma animação; uma música, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.
Diante do tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente se despede.
Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis.
Nossos filhos são nossas crianças, os amigos estão perto, nossos pais ainda são nossos heróis.
A frase do título é de Adélia Prado: “O que a memória ama, fica eterno”.
Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente.
Quando nos damos conta, nossos baús secretos_ porque a memória é dada a segredos _ estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.
Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você _ foi a trilha sonora de um amor, embalou os sonhos de uma época ou selou uma amizade verdadeira _ e mesmo que os anos tenham se passado, alguma parte de você se perde no tempo e lembra alguém, um momento ou uma história.
Ao reencontrar Amigos da juventude, do Colégio ,nos esquecemos que somos adultos e voltamos a nos comportar como meninos cheios de inocência, amor e coragem.
Do mesmo modo, perto de nossos pais, seremos sempre “As Crianças”, não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos.
Para eles, a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das histórias contadas ao cair da noite… serão sempre recentes, pois têm vocação de eternidade.
Por isso é tão difícil despedir-se de um Amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas.
Dizem que o tempo cura tudo, mas talvez ele só tire a dor do centro das atenções. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na ferida.
Mas aquilo que amamos tem disposição para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando.
Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que nos tocou pode ser facilmente reativado por novos gatilhos _ uma canção cala nossos sentidos; um cheiro nos paralisa lembrando alguém; um sabor nos remete à infância.
Assim também permanecemos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex amores, amigos, irmãos.
E mesmo que o tempo nos leve daqui, seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram."
A PERDA DE UM GRANDE AMOR
Sinto -me como um náufrago,
Navegando em mar desconhecido.
Uma grande tormenta passou por mim.
As águas estão turvas demais, pois todos os elementos da profundezas vieram a tona.
Navego agora com o que me resta do meu frágil barco.
Olho para o horizonte e não vejo terra firme.
Não há porto seguro, somente medo.
No meu entorno, brumas hialinas me envolvem no terror da incerteza.
Se o sol brilhar, me queimará,
Se a chuva cair, me inundará,
Se o vento soprar, me desabrigará.
E quando o mar se acalmar, inimigos vorazes irão tentar me tragar.
Mas seu AMOR me salvará.
Seja você mesmo. Todas as outras personalidades já têm dono. -- Desconhecido
As vezes você lê um livro, as vezes ele lê você.
Não chame de destino as Consequências de suas Próprias escolhas.
Eu não tinha nada e agora tenho vida e uma nova história escrita pelo dedo de Deus. -- Thalles
Eu devia ter lido os termos de uso da minha vida antes de aceita-lá.
MULHER
Um mundo complexo,
Segredos e mistério sem intenção;
Um mundo desconhecido, à vista,
Um mundo surpreendente.
Decidindo ser feliz, cria os meios;
Se quer mudar a historia, virá a página;
Tem argumentos, se diz inocente, a culpa é de outro;
Encontrá-la como esposa é como procurar tesouro.
Depois de amá-la profundamente,
Perde-la é deprimente, tristeza.
Mulher é flor de laranjeira...
É dama da noite, perfumes e arranjos...
É lágrima de emoção, dor, saudades;
Usurpadora, dona de corações e invasora da alma.
Buona fortuna!
Que bons ventos o levem
rumo ao desconhecido
e esses mesmos ventos o tragam
de volta ao lar.
E que na sua volta esteja pleno em experiências
e sabedoria.
Que dos seus lábios apenas escape
aquele sorriso manso de quem viveu
o que havia para ser vivido.
E que embora singrando rotas onde vórtices
de espumas do inesperado retorcem
as entranhas mais viris,
o mar te devolva com os olhos
ainda mais brilhantes.
Reluzentes por ter voltado
e também para nos contar
o que desconhecemos.
Quando pensamos em entrar em território desconhecido sempre temos a ideia que estamos indo muito rápido. E em alguns pontos, isso é verdade. Mas antes de avançarmos, temos que olhar trás para entender o que estamos deixando.
Isso pode ser assustador, porque atrás de nós geralmente há pontos cegos, coisas que queremos ignorar, ou que não podemos ver, coisas que nos prendem. Mas só se você deixar.
Em alguma hora, você tem que deixar o passado, deixar de olhar para trás e abraçar o que vem à frente.
NO INÍCIO...
O medo do novo, do desconhecido, do incompreensível.
NO MEIO...
A descoberta, as possibilidades, as escolhas, a tomada de consciência, a quebra de paradigmas.
NO FIM...
Não existe um final, mas sim, o início de um novo ciclo que se renova a cada dia em função do processo de desenvolvimento proposto, e que caminha gradativamente rumo a novos patamares.
Morte
Devemos abraçar o desconhecido,
E embarcar em uma viagem até o final;
Pode parecer mórbido, mas ouça-me,
o caminho para a morte pode ser divertido, sem dúvida;
Pois a vida é apenas um momento fugaz e a morte, seu final inevitável;
Portanto, vamos viver plenamente, sem nenhum lamento,
abrace cada momento e cada detalhe;
Vamos fazer memória, rir e amar,
Buscar aventura, viajar e explorar;
A morte pode vir, mas não tenhamos medo,
Pois temos vivido uma vida pela qual vale a pena morrer;
Vamos recebê-la de braços abertos, pois na morte, encontraremos a paz,
Enquanto nossas almas voam e encontram libertação;
Portanto, vamos seguir viagem com alegria e graça,
E se divertir com a beleza deste espaço fugaz;
Pois a vida é fugaz, mas a morte é certa,
Portanto, vamos viver corajosamente e sem nenhum ônus;
E quando chegar a nossa hora, vamos com um sorriso,
Ao embarcarmos em nossa milha final;
A morte pode parecer assustadora, mas não é o que parece, pois é apenas uma parte da vida e de seus misteriosos sonhos.
Se doar ao desconhecido,
Amar sem limites,
A coragem de quem ousa sondar o "possivel"!
O preço é alto!? Sim!
Tem dor, tem traição, tem maldade...muitas vezes sim, tem sim!
No fim a lição é:
Seja vc mesmo sempre, pois fazer gênero será mais prejudicial. Essa inconstância das relações "fluidas" torna-se-a ridícula perante a realidade dos fatos.
Sejamos verdadeiros!
O medo!!.
O medo superamos.
O desconhecido pode nós causar ansiedade, tristeza e até insatisfação, por não realizar o que se deseja. Se propoēm.
Ninguem que avançou seja no processo evolutivo, ou qualquer outro , que não passou pelo medo, pela dúvida. Isso é normal.
Mais temos que enfrentar.
Não podemos deixar que o medo nos paralize.
Temos que arriscar, mais com consciência.
De qualquer forma, será sempre aprendizado, mais devemos tb estar preparados para a perda.
Nem sempre ganhamos.
Muitas vezes o que acreditamos estar nas mãos, esta " longe" dela, "ou" mais "perto " que imaginamos.
Este risco temos que correr.
Quem não arrisca, não avança.
Agora, qdo vc se arrepende do que poderia ter feito e não fez, ai é muito pior, porque instala a consciência de :
Porque não tentei?
Não fiz?
E se tivesse dado certo?
O... "se" é muito ruim. Pesado.
Perder algo por medo, é muito desagradavel.
Muitas vezes o momento não volta mais
O tempo não volta.
Perdemos, por não ter tentado.
Muitas vezes perdemos oportunidade de ser felizes, ou outros. Várias coisas.
Viver é um desafio diário.
Que as vaidades possam ser exoneradas, o orgulho, o medo, e acreditarmos que a vida tb não joga para perder, e que meio ao medo podemos nós deparar com milhoes de oportunidades e satisfações, alegrias.
Todos os dias enfrentamos situações que nos desafiam.
Enfrentar é sempre melhor.
Com clareza, consciência, e verdade. !!
Simone Vercosa
Paz e luz 🙇♂️🙏
autor Desconhecido
Um dia acordei bem pensativa
Com a certeza de algo melhor estava por vim
De repente tudo munda em uma só visita
Claramente não era alguém, que eu queria que estivesse aqui
Pra falar a verdade nem todos ficam feliz por você
Por te ver crescer , e se dedicar
Mais dou ouvidos para aqueles que me querem bem
Pois a minoria vem só para criticar
Dedico -me sempre a realizar todas as minhas vontades
Pois sei que um dia eu vou chegar lá
Não duvido nenhum pouco da minha capacidade
Mesmo sabendo que sou falho , mas estou sempre disposta a acertar.
O sofrer se transforma em amar
O sofrimento é algo tão complexo que faz brotar algo desconhecido
Esse algo, com o amor pode ser parecido
Veja só esse paradoxo, para florescer é preciso sofrer
E quem passa por um caminho tortuoso
Pode chegar a um destino brilhoso.
Como a luz que faz o girassol virar
O sofrer até o destino, se transforma em amar.
Mudar dá medo pois convida ao novo e faz parte da nossa natureza temer o desconhecido.
É por isso também que muitos de nós desenvolvemos a “Síndrome de Gabriela” - “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim” e “quem quiser gostar de mim que seja assim!
Difícil, pois a vida nos convida constantemente às mudanças e quanto mais resistimos, mais pesado fica...
O desenvolvimento faz parte da nossa essência e viver não é apenas nascer, crescer e morrer...
"Conheça-te a ti mesmo" dizem que disse Sócrates.
Sob o céu vasto e estrelado,
Sou sagitariana, alma errante,
Busco o infinito, o desconhecido,
Com um coração vibrante e amante.
A flecha que dispara em sonhos distantes,
Persegue horizontes e novas visões,
Com uma paixão que não se apaga,
Explorando mundos e emoções.
A liberdade é meu guia constante,
O vento, meu fiel companheiro,
No caminho das estrelas cintilantes,
Sigo em busca do verdadeiro.
Em cada passo, uma nova aventura,
Em cada curva, um mistério a desvendar,
Meu espírito é uma chama pura,
Que nunca se cansa de sonhar.
Sou sagitariana, e no meu ser,
Arde a chama do sonho e da luz,
Com coragem para sempre viver,
E a esperança que em meu peito reluz.
O calor de um momento
O delírio nas palavras
O aguçar de um pensamento
O viajar no desconhecido
A intimidade exposta
Uma certeza sem certezas
A ilusão que se propaga
Um conhecer sem se ver
A ternura imaginada
Fantasioso pensar
Declarações mal interpretadas
Ignorância do saber
O ego que transborda
Imaturidade de um ser
Na penumbra da noite
Desejos ocultos
O êxtase de um sonho
Nada mais a dizer
Fica na imaginação fértil
Um gostinho do querer
Pensar o que poderia,
Mas em meio arrogância
Sobrou o desprazer
Frases feitas talvez,
Você nunca me conheceu.
Poesia de Islene Souza
Que eu não me deixe intimidar pelo medo do desconhecido, pela dúvida da escolha, pela dor inerente à mudança.
Pela paralisia daquele frio cortante que percorre nossa espinha de ponta a ponta até se alojar no cérebro ordenando aos neurônios toque de recolher.
Que eu me negue terminantemente a conjugar o verbo parar, antes mesmo de começar.
Que como um soldado desertor eu simplesmente siga, ignorando ordens que vão no sentido contrário do que eu acredito.
Seguir é minha palavra de ordem, sem olhar pra trás, sem parar.
Se é certo ou errado pouco importa. Eu quero apenas seguir. As imperfeições eu vou corrigindo no caminho.
AO DEUS DESCONHECIDO II
Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.
Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.
Friedrich Nietzsche - Oração ao Deus desconhecido.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto em alemão pode ser encontrado em Die schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diogenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-12 ou em F.Nietzsche, Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich 1994.
Queria acrescenta-lhes algo também maninhos e maninhas... Paulo esta em Atenas. Ele estava naquele lugar. Havia muitos ídolos. Ele falava de Jesus Cristo a quem quisesse ouvir. Algumas pessoas o chamaram de tagarela. Paulo foi convidado a ir ao Areópago — um lugar em que os filósofos se encontrava — para explicar mais sobre o Eterno Paulo mencionou o altar dos atenienses que fora dedicado ao "DEUS DESCONHECIDO", e ele pregou sobre o Deus verdadeiro. Ele lhes falou sobre a ressurreição de Jesus Cristo. Algumas pessoas zombaram, outras desejaram ouvir mais, e algumas se converteram.
Mas agora eu queria convida vocês a Grécia antiga com o Escritor Don Richardson, ele escreveu o livro O Fator Melquisedeque — e conhecer a história de Epimênedes, profeta do DEUS DESCONHECIDO...
Os atenienses
Em alguma época, durante o sexto século antes de Cristo, numa reunião do conselho na Colina de Marte, em Atenas...
“Diga-nos, Nícias, que aviso o oráculo de Pítias lhe deu? Por que esta praga caiu sobre nós? E por que os inúmeros sacrifícios realizados de nada adiantaram?”
O impassível Nícias olhou de frente o presidente do conselho e afirmou:
“A sacerdotisa declara que nossa cidade se encontra sob uma terrível maldição. Um certo deus a colocou sobre nós por causa do medonho crime de traição do rei Megacles contra os seguidores de Cylon.”
“É verdade! Lembro-me agora”, disse sombriamente outro membro do conselho. “Megacles obteve a rendição dos seguidores de Cylon com uma promessa de anistia, depois violou prontamente sua própria palavra e os matou! Mas qual é o deus que ainda nos condena por esse crime? Já oferecemos sacrifícios de expiação a todos os deuses!”
“Não é bem assim”, replicou Nícias. “A sacerdotisa afirma que resta ainda um deus a ser apaziguado.”
“Quem poderia ser?” perguntaram os anciãos, olhando incrédulos para Nícias.
“Não posso contar-lhes”, respondeu ele. “O próprio oráculo parece não saber o seu nome. Ela disse apenas que...”
Nícias fez uma pausa, observando as faces ansiosas de seus colegas. Enquanto isso, da cidade enlutada à volta deles, ouvia-se o eco de milhares de cânticos fúnebres.
Nícias continuou: “... precisamos enviar um navio imediatamente a Cnossos, na Ilha de Creta, e trazer de lá para Atenas um homem chamado Epimênides. A sacerdotisa assegurou-me que ele saberá como apaziguar esse deus ofendido, livrando assim a nossa cidade.”
“Não existe alguém suficientemente sábio aqui em Atenas?” esbravejou um ancião indignado. “Temos de apelar para um... um estrangeiro?”
“Se conhece algum grande sábio em Atenas, pode chamá-lo”, disse Nícias. “Caso contrário, cumpramos simplesmente as ordens do oráculo.”
Um vento frio, frio como se tocado pelos dedos gélidos do terror que varria Atenas, fez-se presente na câmara de mármore branco do conselho na Colina de Marte. Aconchegando-se mais em seu manto de magistrado, cada ancião refletiu sobre as palavras de Nícias.
“Vá em nosso nome, meu amigo”, disse o presidente do conselho. “Traga esse Epimênides! Se ele atender ao seu pedido e livrar nossa cidade, nós o recompensaremos.”
Os demais membros do conselho concordaram. O calmo Nícias, de voz suave, levantou-se, inclinando-se diante da assembléia, deixando a câmara. Ao descer a Colina de Marte, ele se encaminhou para o porto de Pireu, que ficava a 13 km de distância, na Baía de Falerom. Um navio achava-se ali ancorado.
Epimênides desceu agilmente para a terra, em Pireu, seguido de Nícias. Os dois homens encaminharam-se de imediato para Atenas, recobrando aos poucos a força das pernas depois da longa viagem por mar, desde Creta. Ao entrarem na já mundialmente famosa “cidade dos filósofos”, os sinais da praga eram vistos por toda a parte. Mas Epimênides observou outra coisa:
“Nunca vi tantos deuses!” exclamou o cretense para o seu guia, piscando surpreso.
Falanges ladeavam os dois lados da estrada que saía do Pireu. Outros deuses, centenas deles, adornavam um terreno íngreme e rochoso, chamado acrópole. Tempos depois, nesse mesmo lugar, os atenienses construíram o Partenon.
“Quantos são os deuses de Atenas?” inquiriu Epimênides.
“Várias centenas pelo menos!” replicou Nícias.
“Várias centenas!”, foi a exclamação espantada de Epimênides.
“Aqui é mais fácil encontrar deuses do que homens!”
“Tem razão!”, riu o conselheiro Nícias. “Não sei quantos provérbios já foram feitos sobre ‘Atenas, a cidade saturada de deuses’. Com a mesma facilidade que se tira uma pedra da pedreira, outro deus é trazido para a cidade!”1
Nícias parou repentinamente, refletindo sobre o que acabara de dizer. “Todavia”, começou pensativo, “o oráculo de Pítias declara que os atenienses precisam apaziguar ainda um outro deus. E você, Epimênides, deve promover a intercessão necessária. Ao que parece, apesar do que eu disse, nós, atenienses, ainda precisamos de mais um deus!”
Jogando a cabeça para trás e rindo, Nícias exclamou: “Realmente, Epimênides, não consigo adivinhar quem poderia ser esse outro deus. Os atenienses são os maiores colecionadores de deuses no mundo! Já saqueamos as teologias de muitos povos das vizinhanças, apoderando-nos de toda divindade que possamos transportar para a nossa cidade, por terra ou por mar.”
“Talvez seja esse o seu problema”, disse Epimênides com um ar misterioso.
Nícias piscou os olhos para o amigo, sem compreender, como quem deseja um esclarecimento desse último comentário. Mas alguma coisa na atitude de Epimênides o silenciou. Momentos depois, chegaram a um pórtico com piso de mármore, junto à câmara do conselho na Colina de Marte. Os anciãos de Atenas já haviam sido avisados e o conselho os esperava.
"Epimênides, agradecemos sua ... " começou o presidente da assembléia.
"Sábios anciãos de Atenas, não há necessidade de agradecimentos." Epimênides interrompeu. "Amanhã, ao nascer do sol, tragam um rebanho de ovelhas, um grupo de pedreiros e uma grande quantidade de pedras e argamassa até a ladeira coberta de relva, ao pé desta rocha sagrada. As ovelhas devem ser todas sadias e de cores diferentes - algumas brancas, outras pretas. Vocês não devem deixá-las comer depois do descanso noturno. É preciso que sejam ovelhas famintas! Vou agora descansar da viagem. Acordem-me ao amanhecer."
Os membros do conselho trocaram olhares curiosos, enquanto Epimênides cruzava o pórtico em direção a um quarto sossegado, enrolando-se em seu manto como num cobertor e sentando-se para meditar.
O presidente voltou-se para um dos membros jovens do conselho'. "Veja que tudo seja feito como ele ordenou", disse ele.
"As ovelhas estão aqui", falou o membro jovem, humildemente.
Epimênides, despenteado e ainda meio dormindo, saiu de seu descanso e seguiu o mensageiro até a ladeira que ficava na base da Colina de Marte. Dois rebanhos - um de ovelhas pretas e brancas e outro de conselheiros, pastores e pedreiros - achavam-se à espera, debaixo do sol que nascia. Centenas de cidadãos, desfigurados por outra noite de vigília cuidando dos doentes atingidos pela praga e chorando pelos mortos, galgaram os pequenos outeiros e ficaram observando ansiosos.
"Sábios anciãos", começou Epimênides, "vocês já se esforçaram muito ofertando sacrifícios aos seus numerosos deuses; entretanto, tudo se mostrou inútil. Vou agora oferecer sacrifícios baseado em três suposições bem diferentes das suas. Minha primeira suposição ...”
Todos os olhos estavam fixos no cretense de elevada estatura; todos os ouvidos atentos para captar suas próximas palavras.
" ... é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga - um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade. Segundo, vou supor também que este deus é bastante poderoso - e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda."
"Invocar um deus cujo nome é desconhecido?" exclamou um dos anciãos. "Isso é possível?"
"A terceira suposição é a minha resposta à sua pergunta", replicou Epimênides. "Essa hipótese é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância - se reconhecermos a mesma e o invocarmos!"
Murmúrios de aprovação misturaram-se com o balido das ovelhas famintas. Os anciãos de Atenas jamais tinham ouvido essa linha de raciocínio antes. Mas, por que, perguntavam eles, as ovelhas deviam ser de cores diferentes?
"Agora'" gritou Epimênides, "preparem-se para soltar as ovelhas na ladeira sagrada! Uma vez soltas, deixem que cada animal paste onde quiser, mas façam com que seja seguido por um homem que o observe cuidadosamente." A seguir, levantando os olhos para o céu, Epimênides orou com voz profunda e cheia de confiança: "ó, tu, deus desconhecido! Contempla a praga que aflige esta cidade! E se de fato tens compaixão para perdoar-nos e ajudar-nos, observa este rebanho de ovelhas! Revela tua disposição para responder, eu peço, fazendo com que qualquer ovelha que te agrade deite na relva em vez de pastar. Escolha as brancas se elas te agradarem; as pretas se te causarem prazer. As que escolheres serão sacrificadas a ti - reconhecendo nossa lamentável ignorância do teu nome!"
Epimênides sentou-se na grama, inclinou a cabeça e fez sinal aos pastores que guardavam o rebanho. Estes vagarosamente se afastaram. Com rapidez e voracidade, as ovelhas se espalharam pela colina, começando a pastar. Epimênides ficou ali sentado como uma estátua, com os olhos baixos.
"É inútil", murmurou baixinho um conselheiro. "Mal amanheceu e raras vezes vi um rebanho tão faminto. Nenhum animal vai deitar-se antes de encher o estômago e quem acreditará então que foi um deus que o levou a isso?"
Epimênides deve ter escolhido esta hora do dia deliberadamente!" respondeu Nícias. "Só assim poderemos saber que a ovelha que se deitar o fará em obediência à vontade desse deus desconhecido, e não por sua própria inclinação!"
Mal Nícias terminara de falar quando um pastor gritou: "Olhem!"
Todos os olhos se voltaram para ver um carneiro dobrar os joelhos e deitar-se na relva.
"Eis aqui outro!" bradou um conselheiro surpreso, fora de si por causa do espanto. Em poucos minutos algumas das ovelhas se achavam acomodadas sobre a relva suculenta demais para que qualquer herbívoro faminto pudesse resistir - em circunstâncias normais!
"Se apenas uma deitasse, teríamos dito que estava doente!" exclamou o presidente do conselho. "Mas isto! Isto só pode ser uma resposta'"
Com os olhos cheios de reverência, ele se voltou, dizendo a Epimênides: "O que faremos agora?"
"Separem as ovelhas que estão descansando", replicou o cretense, levantando a cabeça pela primeira vez desde que invocara o deus desconhecido, "e marquem o lugar onde cada uma se acha. Façam depois com que os pedreiros levantem altares - um altar em cada ponto onde as ovelhas descansaram!"
Pedreiros entusiastas começaram a fazer argamassa e no final da tarde ela já havia endurecido o suficiente. Todos os altares se achavam preparados para uso.
"Qual o nome do deus que gravaremos sobre esses altares?" perguntou um dos conselheiros do grupo mais jovem, excessivamente ansioso. Todos se voltaram para ouvir a resposta do cretense.
"Nome?" repetiu Epimênides, como se refletindo. "A divindade, cuja ajuda buscamos, agradou-se em responder à nossa admissão de ignorância. Se agora pretendermos mostrar conhecimento, gravando um nome quando na verdade não temos a menor idéia a respeito dele, temo que vamos apenas ofendê-la!".
"Não podemos correr esse risco", concordou o presidente do conselho. "Mas com certeza deve haver um meio apropriado de - de dedicar cada altar antes de usá-lo."
"Tem razão, sábio conselheiro", declarou Epimênides com um sorriso raro. "Existe um meio. Inscrevam simplesmente as palavras agnosto theo - a um deus desconhecido - no lado de cada altar. Nada mais é necessário."
Os atenienses gravaram as palavras recomendadas pelo conselheiro cretense. A seguir, sacrificaram cada ovelha "dedicada" sobre o altar marcando o ponto em que a mesma havia deitado. A noite caiu. Na madrugada do dia seguinte os dedos mortais da praga sobre a cidade já se haviam afrouxado. No decorrer de uma semana, os doentes sararam. Atenas encheu-se de louvor ao "Deus desconhecido" de Epimênides e também a este, por ter prestado socorro tão surpreendente de um modo verdadeiramente engenhoso. Cidadãos agradecidos colocaram festões de flores ao redor do grupo despretensioso de altares na encosta da Colina de Marte. Mais tarde, eles esculpiram uma estátua de Epimênides sentado é a colocaram diante de um de seus templos.
Com o correr do tempo, porém, o povo de Atenas começou a esquecer-se da misericórdia que o "deus desconhecido" de Epimênides lhes concedera. Seus altares na colina foram negligenciados e eles voltaram a adorar centenas de deuses que se mostraram incapazes de remover a maldição da cidade. Vândalos demoliram parte dos altares e removeram pedras de outros. O mato e o musgo começaram a crescer sobre as ruínas até que ...
Certo dia, dois anciãos que se lembravam da importância dos altares pararam diante deles a caminho do conselho. Apoiados em seus bordões eles contemplaram pensativos as relíquias ocultas por trepadeiras. Um dos anciãos retirou um pouco do musgo e leu a antiga inscrição encoberta por ele: " 'Agnosto theo'. Demas - você se lembra?"
"Como poderia esquecer?" respondeu Demas. "Eu era o membro jovem do conselho que ficou acordado a noite inteira para certificar-me de que o rebanho, as pedras, a argamassa e os pedreiros estariam prontos ao nascer do sol!"
"E eu", replicou o outro ancião, "era aquele outro membro jovem e ansioso que sugeriu que fosse gravado em cada altar o nome de algum deus! Que tolice".
Ele fez uma pausa, mergulhado em seus pensamentos, acrescentando a seguir: "Demas, você talvez me considere sacrílego, mas não posso deixar de sentir que se o "Deus desconhecido" de Epimênides se revelasse abertamente a nós, logo deixaríamos de lado todos os outros!" O ancião barbudo balançou o bordão com certo desprezo na direção dos ídolos surdos e mudos que, em fileira após fileira, cobriam a crista da acrópole, em número maior do que nunca antes.
"Se Ele jamais vier a revelar-se", disse Demas pensativamente, "como nosso povo saberá que não é um estranho, mas um Deus que já participou dos problemas de nossa cidade?"
"Acho que só existe um meio", replicou o primeiro ancião. "Devemos preservar pelo menos um desses altares como evidência para a posteridade. E a história de Epimênides deve, de alguma forma, ser mantida viva entre as nossas tradições."
"Uma grande idéia a sua!" entusiasmou-se Demas. "Olhe! Este ainda está em boas condições. Vamos empregar pedreiros para pô-lo e amanhã lembraremos todo o conselho dessa antiga vitória sobre a praga. Faremos passar uma moção para incluir a manutenção de pelo menos este altar entre as despesas perpétuas de nossa cidade!"
Os dois anciãos apertaram-se as mãos para fechar o acordo e, de braços dados, seguiram caminho abaixo, batendo alegremente os bordões contra as pedras da Colina de Marte.
— Aos que me acompanharam até aqui, nessa leitura entusiasmada, oque diremos nós maninhos e maninhas, oque nós diremos, eu você, e todos aqueles que segui a Jesus Cristo com a consciência que nEle o Pai depositará todas coisas, diante desse relato magnifico, desse DEUS DESCONHECIDO, não tenho muito a fala não — A não ser, falar oque o próprio Paulo, Apostolo de Cristo pela vontade do ETERNO disse; Ora, todos os atenienses, como também os estrangeiros que ali residiam, de nenhuma outra coisa se ocupavam senão de contar ou de ouvir a última novidade. Então Paulo, estando de pé no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos; Porque, passando eu e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais sem o conhecer, é o que vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou prata, ou pedra esculpida pela arte e imaginação do homem. Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:21-31
Medo do desconhecido
Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu […] e partiu sem saber aonde ia. —Hebreus 11:8
Alguma vez Deus pediu para você fazer algo sem sentido? Algo que o levou à região do desconhecido? O que seria se Ele lhe pedisse para recusar uma promoção muito esperada ou que resistisse a um relacionamento muito desejado? E se Ele o chamasse para ir a um lugar longínquo da terra ou lhe pedisse para liberar seus filhos para servi-lo em um lugar distante?
O desconhecido é cheio de questões que nos perseguem: “E se…”. No entanto, em nossa caminhada com Ele, Deus frequentemente nos chama para mapear território desconhecido. Obedecer a Seus mandamentos de perdoar; dar nossos tesouros aos outros, ou renunciar à algo que nos dá segurança e prazer, nos coloca muitas vezes em território assustador, de resultados desconhecidos.
Imagine como Abraão se sentiu quando Deus lhe pediu que se mudasse com toda a sua família, sem lhe dizer para onde eles estavam indo (Gênesis 12:1-3). Deus também pediu a Abraão para perseverar — para ficar na terra desconhecida, mesmo quando a sedução do conforto de tempos passados ameaçava atrair ele e sua família de volta à sua zona de conforto em Ur.
Começar um novo ano é como entrar em um território que ainda não foi mapeado. O medo do desconhecido poderia paralisar nossa capacidade de seguir a liderança de Deus nos dias adiante de nós. Entretanto, como Abraão, quando nos apegamos àquele que conhece todas as coisas, estamos em boas mãos — não importando para onde Ele possa nos guiar.
Nunca tenha medo de confiar o futuro desconhecido ao Deus onisciente.
Joe Stowell
Talvez o desconhecido nunca tenha-me chamado tanta atenção...
Seria o seu perfume? Que mesmo não podendo sentir, posso imagina-lo.
O desconhecido é um lugar maravilhoso, difícil de entrar e incrível para se permanecer.
Lá as horas passam voando, o seu céu é incrivelmente peculiar, mesmo ao dia, ofusca os olhos dos que o veem com o brilho de suas inúmeras estrelas.
O desconhecido nos traz um sorriso lindo e verdadeiro, suave mas intenso, ademais, intensidade é o termo descrever precisamente o que o desconhecido és.
Vou ao desconhecido, sem medo de me perder, nesse lugar maravilhoso que eu imagino ser.