Textos de Amizade- Marilyn Monroe
TRIDOZE NATUREX/ 2015
ESTILO CRIADO POR NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
SÃO 3 QUADRAS RIMADAS, FALANDO SOBRE A NATUREZA....
SONHO / SONHO 02 // TRIDOZE NATUREX 01/02
Tridoze Naturex 01
Sonho
Bem cedinho nós saímos
Procurando conhecer
Pedacinhos da Natura...
Animados nós seguimos
Entramos numa floresta
Com cuidado e encontramos
Nascentes tão transparentes
Pra nossa visão, uma festa !
Depois vimos macaquinhos
Que felizes catavam à larga
Sua alimentação farta
Brincando com os filhotinhos
******
Natureza é um reino encantado
Com tão belas variedades
Como é bom uma nascente
Tão fresquinha, reino amado
Os animais seguido a cadeia
Da alimentação bem farta
Aonde há floresta há fartura
Como uma milagrosa teia
Nos algos peixes nadando
Nas árvores pássaros cantando
As maritacas chamando
E o chororó está piando
Tridoze Naturex 02
Sonho 2
Mais adiante apareceu
Um bando de belas aves
Cantando com uma alegria
Do que o habitat não perdeu
Esquilinhos saltitantes
Tamanduás num formigueiro
Íntegras árvores com ninhos
Uma vida pululante !!!
Conversamos bem risonhos
Voltando pra nossa casa
Natureza preservada ...
É beleza ! Mas foi tudo sonho !
Sonho 02
Sim poetisa, foi sonhar
O homem está a destruir
Cortando tantas matas
Deixando animais sem lar
Tantos estão em extinção
De tanta matança e egoísmo
Tirando os pobres de seus lares
Enfiando em gaiolas e alçapão
Muitos lugares são desertos
Sem vida, sem nenhuma água
Mataram as nascentes
E ainda se dizem espertos
.************
Estilo criado pela poetisa Norma Aparecida Silveira
Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 18/05/2015
Código do texto: T5246260
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VIAGEM NATUREX
QUEM BELA VIAGEM
ESTAMOS FAZENDO AGORA
BELAS PAISAGENS CURTINDO
EM CADA PARAGEM
VEMOS VACAS PASTAR
BEZERROS BERRANDO
O CACHORRO LATIR
E O HOMEM CAVALGAR
HÁ POMARES COLORIDOS
DE FRUTAS MADURAS
PÁSSAROS BICANDO
E JARDINS FLORIDOS
_________________________________
O HOMEM SE BENEFICIA
Norma Aparecida Silveira de Moraes
Quando o homem colaborar
E cuidar da mãe Gaia
A vida será mais garrida
Quando da mãe terra cuidar
A natureza mais florida
Viver será mais consciente
A natureza será respeitada
A terra ficará mais colorida
Devemos, pois, a natureza preservar
Na sustentabilidade confiar
Repondo sempre recursos renováveis
E o que dá para reaproveitar reciclar
E A POESIA SORRI E CHORA
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES // JUNHO 2015
A poesia chora diante da injustiça social
No clamor de alam sensível universal
A poesia chora na tristeza que envolve sua sensibilidade
Do poeta alma de tantas e ricas possibilidades
A poesia chora diante de tanta violência e corrupção
Pois tenta sempre ver na ética sua realização
A poesia essência visa todo o bem
Pois está na beleza intrínseca a paz também
A poesia consegue ver o belo em toda natureza
Sua alma sabe tirar a essência mais pura supra realeza
A poesia é flor em botão é sol, é mar
É o que há de mais iluminado inspirar
A poesia é uma grande contemplação
É no silêncio uma grande meditação
A poesia declama, tem tantos estilos e diversidade
Ela enfeira, aceita, floreia, nesta modernidade
A poesia canta em seus versos e encanta
Ela produz suspiros, é lirismo, de saber imanta
A poesia quando necessário grito bem alto
Repudia o mal, para o bem dá seu salto
A poesia e verdade em palavras certas
Com preocupação da alma, nas palavras corretas
A poesia focaliza no existir toda sabedoria
Apresenta e descreve em grande harmonia
A poesia busca na alegria a satisfação
E no choro a catarse para o sofrido coração
A poesia tem na alma, baú de lembranças
Vive de saudade, e no amor tem esperança
A poesia tem diversidade e cores
Tem também fragrâncias e muito sabores
A poesia levanta a ideia, assume e não foge do perigo
Ela conduz o fio da meada ou acha o elo perdido
A poesia cura, salva, alivia a dor
Porque ela é vida, luz e amor
A poesia nunca pode morrer
Pois é nela que se busca a vida aprender
A poesia cobre os sonhos de esperança
Busca nas oportunidade e fé a confiança
A poesia é SER muito mais do que ter
Ela é alma, não se vende, nem compra, é prazer
Deus do meu coração: Deus de amor e proteção
Autoria : Norma Aparecida Silveira de Moraes 29/09/12
Deus do meu coração: Guarda-me com desvelo e atenção
Deus do meu coração: Ès o afeto e admiração
Deus do meu coração: seja sempre minha luz e direção
Deus do meu coração: com o seu ensinamento me aponta o coração
Deus do meu coração: guia meu comportamento e emoção
Deus do meu coração: que eu seja para o meu próximo de intensa consideração
Deus do meu coração: que das injustiças eu saiba dar o perdão
Deus do meu coração: que seja agradecida a sua criação
Deus do meu coração: que eu tenha em mente a transformação
Deus do meu coração: que tenha dignidade e não dos valores a traição
Deus do meu coração: que eu faça do desilusão o aprendizado
Deus do meu coração: que eu faça da minha vida redenção
Deus do meu coração: que eu seja vitoriosa na minha provação
Deus do meu coração: que eu seja digna de toda superação
Deus do meu coração: que cada dia eu subo as escadas da evolução
O ódio e devastador
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
ZELEMOS PELA PAZ
SEM ÓDIO SE FOR CAPAZ
VIDA BOA EM HAMONIA
UNIFICADA NA SABEDORIA
TEMPOS DE GRANDE EMOÇÃO
SINTOMAS DE AMOR NO CORAÇÃO
RAIVA SÓ VEM ATRAPALHAR
QUANDO NÃO DEIXA PENSAR
PORQUE ELA PODE CEGAR
OS MOTIVOS PODEM MASCARAR
NUNCA DISCUTA DE CABEÇA QUENTE
MINUTOS DE CALMA É INTELIGENTE
LEVEZA E CALMA PODEM AJUDAR
JUNTOS O AMOR VAI INFLUENCIAR
INTENSO E DURADOURO SEJA AMAR
HABITANDO NA ALMA, NÃO ODIAR
GRANDE É O AMOR, JUSTIÇA DEUS SABE FAZER
FAZEMOS A NOSSA PARTE VAMOS VENCER
E O ÓDIO, DERROTAR, É SÓ QUERER
DEUS É JUSTIÇA E FARA O AMOR VENCER
COM BONS SENTIMENTOS A VIDA SEGUIRÁ
BUSCANDO BONS PENSAMENTOS COBRIRÁ
AMOR É O BOM COMBATE DO ÓDIO...
PLANTAR FLORES
ZELO PELO MEU JARDIM
XODÓ DE MINHA ALMA SÉ SIM
VENTO QUE SOPRA, CHUVA CAI
UMAS GOTAS DE ALEGRIA REGAR VAI
TRANSPORTO MEUS PENSAMENTOS
SOU TODA SENTIMENTOS
RESERVADA NA MAGIA DA EMOÇÃO
QUANDO PENSAR, É INSPIRAÇÃO
PEQUENAS LEMBRANÇAS VÊM ATORDOAR
OS SONHOS VÊM PARA MIM RECORDAR
NASCEM DA ALMA JUNTO ÁS FLORES
ME ACALMAM, NA MISTURA DE CORES
LINDAS EM TEXTURAS E COLORIDAS
JASMINS E ROSAS AS PREFERIDAS
INCLINO PARA CADA UMA SENTIR
HABITAM NELAS O PERMUME, ELIXIR
GOSTOSO PASSEAR, NO CONTATO BUSCAR
FORMOSAS FLORES, VENHO BEIJAR
ESSENCIA EM BOTÃO QUE ESTÃO NASCENDO
DEUS CRIOU, E ALEGRIA SEMPRE FAZENDO
CARINHO NOS CONVIDAM A FAZER
BUSCANDO NA BELEZA GRANDE PRAZER
TRIDECANATO DOS ANJOS
NORMA AP SILVEIRA DE MORAES
EU SEI QUE VOCÊ SABE... (EC)
Eu sei que você sabe querido
O quanto és tão importante
Na minha vida, querido amigo
A distância não pode separar
As almas que tanto se amam
Deixando-as na saudade ficar
Seremos unidos eternamente
Nosso querer vem das estrelas
E nesta magia vivem contentes
O amor verdadeiro é para sempre...
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POEMA CRÔNICO- SONHAR
AUTORA NORMA A S MORAES
ESTILO DE ANA LUCIA S PAIVA
Minha vida é sonhar
Sair e por aí passear
Fico aqui a dormir
Com vontade de sair
Meus projetos eu faço
Tenho que admitir
Neste meu existir
Sem muito assumir
Falta-me a coragem
Para seguir viagem
Nesta vida de aragem
Pois vou sem miragem
Seguindo sempre além
Aposto nas surpresas
Hoje vivo o meu agora
Sem hora para desistir
Vou seguindo nesta hora
Pois o tempo não demora
Vou alegrar o meu viver
Fazer por ainda merecer
O prêmio do prazer
Pela paciência de ser
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BOM DIA JESUS
Nesta manhã Senhor
Venho aqui agradecida
Dar-lhe bom dia
Um belo amanhecer
Está lá fora
O sol entrando
Pela minha janela
Novas esperanças e
Outras motivações vêm
Aqui me orientar
Vem me abençoar
Enxugar meu pranto
Trazendo toda alegria...
CRÔNICA
MORTE DE MEU AVÔ
Estava eu com uns dez anos quando meu avô materno, Marcolino Conde de Paiva morreu...
Falando um pouco de meu avô, era um homem excecional. Muito trabalhador, tinha uma pequena fazenda, na qual vivia de várias formas de trabalho de acordo com cada estação do ano. Tirava e vendia leite, e fazia queijos o ano inteiro, fazia rapadura, plantava e colhia café, tomates, milho, arroz, feijão, banana, engordava e criava porcos, etc., e assim ia vivendo.
Ele era um homem muito honrado e bom para seus empregados. Sempre havia uns oito ou dez. Lembro-me, que ele dava almoço, café da tarde e janta para que os funcionários não ficassem com fome. Alguns moravam longe e dormiam em um local apropriado ou mesmo nos quartos da sala.
Mas vida de meu avô Marcolino era muito corrida, administrando sozinho cada seguimento, sempre correndo atrás dos compradores e ainda trabalhando junto com os empregados na roça de café e outros.
Seu aniversário era no dia 25 de dezembro. Nas férias a casa de meus avós maternos ficava lotada, pois todos os netos iam passar férias lá e mais alguns parentes da cidade.
Quase tudo que consumia ele tirava da mãe terra,
Mas no final de dezembro era uma feste em sua fazenda, casa grande e animada. Ele então ia na cidade para comprar algumas especiarias para colocar no arroz doce, e outros doces, açúcar, farinha de trigo para o bolo, etc. Lembro-me que o glacê do bolo ou cobertura era feita com açúcar refinado e claras em neve, com sabor de limão ou outro. Era uma correria da mulherada, umas limpavam a casa, outras faziam os quitutes como os doces, bolos, broas, biscoitos de polvilho, rosquinhas, etc....
Pois bem o motivo desta crônica meio longa, pois a emoção da saudade me faz escrever, mas para não cansar o leitor vou já contando.
Meu avô nesta viagem trazia ao voltar os bolsos de seu terno cheios de bala, para ir dando para os netos que sabia do horário do ônibus e iam encontrá-lo. Pois bem neste dia estava armando chuva e as crianças ficaram em casa.
Meu avô desceu do ônibus e esperava os cavalos que iria levar ele e a carga para sua casa. Naquele tempo era muito difícil quem tinha carro, meu avô tinha tropas de burros e muitos cavalos, mas carro não. Como estava um pouco atrasado os cavalos, ele resolveu ir andando a pé um pouco, pois não gostava de esperar e o ônibus adiantou um pouco. Perto do ponto de ônibus havia uma casinha. Ele de repente sentiu muita sede e resolveu parar para beber um pouco de água. O morador já muito conhecido o fez entrar e esperar na sala. Quando o morador voltou o meu tão amado avô estava tombado no chão, e as balas caiam de seus bolsos.
Ele teve morte, um infarto fulminante. A única coisa que disse antes do morador ir na cozinha buscar a água é que estava muito feliz, com a casa muito cheia e que ia comemorar o seu aniversário.
Conta minha mãe que uma árvore, um angico, belo, frondoso e imenso que ficava ao lado da casa e que meu avô adorava, caiu sem motivo nenhum. Todos assustaram com o fato da árvore cair, e em seguida receberam a notícia que meu avô havia morrido. Dizem ser um mistério até hoje, pois a árvore não tinha nada de errado na raiz e nem nos troncos, e havia muitas árvores do lado da casa, na verdade uma matinha com nascentes de águas cristalinas, que ele conservava com muito orgulho. Esta árvore era a preferida de meu avô, e com ele ela teve sua finitude também. Será que habita algum tipo de espirito amigo em árvores ?
TRIDECANTO EM CORRENTES
ENCHER A CARA DE CERVEJA
Ainda tenho saudade guardada
De ir para os bailes e com meu amor
Me divertir e muito dançar
Tomar cerveja e rodopiar
No salão, todo enfeitado
Como era bom então viver
Sair sempre por aí a correr
Nos finais de semana cerveja beber
Era tão bom assim amando
Mas família dele foi implicando
E a inveja já começando
Com nosso amor sempre implicavam
Até com nossos beijos, recriminavam
Até que foram conseguiram
E assim nos afastaram
Pois os beijos se rareavam
Grande foi o sofrimento
Viver pelos conceitos de outros
E até a cerveja deixar de beber
Hoje tenho que de remédios viver
Minha vida ficou assim depois do câncer
Tão cheia de limitação
Mas não adianta a lamentação
Somente a saudade e emoção
Pois vivi muito bem cada inspiração
12/08/2105
SER MÃE *** Poetetra desafios da alma 35 ***
Ser mãe, sincera felicidade
Tristeza quando não há maternidade
Mas adoção maravilhosa solução
Vivendo todos em cumplicidade
SER MÃE *** Poetetra desafios da alma 35 ***
Ser mãe, sincera felicidade
Tristeza quando não há maternidade
Mas adoção maravilhosa solução
Vivendo todos em cumplicidade
Ser alma beleza apaixonada
Por vida presente abençoado
Toda relação completando ser
Ser lágrimas puras dedicando
Ser mãe, única compreensão
Quando todos vão embora, acalento
Não abandona fica rezando
Pés da cama, doença, insistente
Mesmo perdendo a fé, recuperação
Céus e terras, buscando, movimentando
Sabedoria e amor, paz consolo
Torcendo com alma, motivando
Mãe mulher divina abençoada
Sempre no cuidado simplesmente
Almas pequeninas, dependem vidas
Vidas cruzadas na luz intensamente
*********************************
"Te odeio"
Te odeio profundamente
E sabes bem o porquê!
Quero pular de um avião
Do que falar com você.
Ao invês de apertar tua mão,
Prefiro apertar um espinho,
Se um dia me ver na rua,
Por favor, mude o caminho.
Só em ouvir tua voz,
Faz ferver meu coração.
Você não merece nem
Um pouco de minha atenção.
Se te vejo de longe,
De raiva a alma transpira!
Não quero nem respirar
O mesmo ar que respira.
Te odeio intensamente
E muito mais te maldigo,
Prefiro ir à sepultura,
Do que falar um dia contigo.
Pentecoste/CE
O menino corre, pula,
O menino, ele tem a pele escura,
Ele corre e pula, mas sozinho,
Pois ninguém quer brincar com o escurinho.
O menino vai pra casa, chora,
Chora e se pergunta, porque comigo?
Porque ninguém quer ser meu amigo?
Mas que vida injusta!
A vida é injusta? Eis a pergunta,
Porque ninguém quer ser amigo do escurinho?
Só por ter a pele escura, isso lá é motivo de tal tortura?
Ele também é gente, ele também sente.
Solidão, triste solidão,
Ela cria um enorme buraco no peito,
O qual só se preenche, no leito
No leito de morte, mas veja que sorte,
Você não passa por essa tortura, então pense duas vezes antes de desprezar quem tem a pele escura.
.Quando nós conseguimos introjetar o Cristo em nosso coração, a vida muda de significado, nós mudamos de trajetória e surge, em nosso mundo interior, uma emoção completamente nova em que a criatura humana agora se identifica com o Criador e pode manter o intercâmbio de Pai a filho e filho a Pai.
Não lamenteis as dificuldades que ora assolam na Terra. A crise de qualquer natureza é uma experiência evolutiva para o desenvolvimento intelecto-moral da criatura humana.
Examinai a vida do Mundo espiritual para a Terra e não dos efeitos para a causa.
Somente nos acontece aquilo de que temos necessidade para evoluir.
Enriqueçamos, filhos amados, a nossa alma, com a dúlcida paz que vem de Jesus e deixemos que Ele norteie os nossos passos que nos levem pelas estradas difíceis que devemos vencer até alcançar o calvário sublime da nossa cruz de redenção.
Não sofreis sem um motivo justo.
A dor é um divino buril que lapida as imperfeições da alma.
É claro que a benção da saúde, o equilíbrio orgânico, emocional, psíquico, fazem parte também do esquema da vida espiritual, mas é necessário compreender que saímos do instinto para a razão e ainda não conseguimos imprimir a razão no bom tom, no ádito dos corações nem das atividades.
E como consequência, erramos, enganamo-nos, equivocamo-nos a cada passo,com o direito sublime da reparação.
Arrependamo-nos do mal que nos fizemos, expiemos como recomenda o egrégio codificador e reparemos através do amor e da misericórdia.
Jesus, meus filhos, espera por nós.
Que cada um de nós cumpra com o seu dever.
Que cada um de nós realize o mínimo ao seu alcance, esse mínimo que seja, possivelmente, uma grande parte para quem recebe, nada tendo.
A nossa jornada na Terra é uma experiência de libertação.
Não mais tergiversemos, não nos permitamos mais tombar nos desfiladeiros da agonia pela presunção, pelo egotismo.
É ampla a estrada do amor embora a porta redentora seja estreita.
Entremos por ela, atentando para encontrarmos na casa do Pai o lugar de misericórdia que nos está reservado.
Servir é a honra que nos cabe.
Amai, é a oportunidade de autorredenção e confiai infinitamente no amor do Amado em nome do Pai Celestial para que as Suas bênçãos penetrem-nos a alma e libertem-nos das aflições.
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, são os votos do humilde servidor paternal em nome dos amigos espirituais deste templo para todos vós.
Muita paz...
Bezerra(*)
Preciosos segundos de paz...
sonhava que estava a sonhar,
onde todos seus desejos poderia realizar,
chegava ao fim de todas suas dores
que alimentavam uma dor profunda,
ao menos uma única vez,
encontrar o dia de não olhar pra trás,
cronologia das marcas de amarras e âncoras,
dos medos que sempre o impediram de ir
a todos lugares com gentes de todos os cantos do mundo,
em que as lágrimas de sofrimentos se transformariam
em rios d'água cristalina a desembocar no mar,
aonde tudo se transmuta, numa espécie de magia,
os vestígios permaneceriam, não mais para lembrar e sofrer,
mas para lá buscar a energia sem fim,
sutil, delicada, a do amor que cresce seguro,
fechando feridas que não param de sangrar,
aquietando mente e coração ansiosos,
apropriando-se de preciosos segundos de paz...
Tempo...
...tive uma conversa amistosa com o Tempo e acordamos,
aceito a deleteriedade do corpo,
os cabelos brancos, não importa quantos,
as limitações no andar,
todas as rugas no rosto,
a audição, visão, tato, olfato e paladar precários,
mas, preserva-me a lucidez,
um mínimo de independência e autonomia,
a imprescindível sensibilidade para não ferir ninguém,
que possa perdoar e pedir perdão,
sentir alegrias, tristezas e amor,
derramando assim, espontaneamente,
as lágrimas que aliviam,
o completo desapego de tudo que não me fará falta
na vida que se seguirá,
aceitar e sofrer a indiferença sem o ser,
reconhecer os velhos amigos e,
por fim,
que tenha a humildade,
que me permita uma serena desconstrução e reconstrução a cada novo
saber, até o último suspiro, ainda com todo o amor...
Silêncio...
O silêncio suscita,
uma mera expressão de desprezo,
se passa indiferença, com certeza doída, deixa ferida,
não duvides, quiçá um grito de socorro,
talvez um medo que paralisa,
muitas interrogações,
acusações, cumplicidade
ou um carinho,
uma das mais puras expressões de amor,
quem sabe um apelo,
mas, por certo,
acredite,
não será jamais
apenas silêncio...
Um dia qualquer à sombra do cajueiro..
Vivia o mesmo sonho misturado a despertares onde a tristeza, angústia e solidão se faziam companheiras, afastando-o mais e mais de um dia distante onde conhecia o seu lugar e sua gente.
Onde estavam seu canto, suas coisas, seu quarto, sua cama, a cômoda onde ficavam alguns porta-retratos?
Essa vaga lembrança o deixava confuso.
Porque seu olhar se fixava no chão quando, vez ou outra, alguém passava?
Quanto tempo mais daquela rotina, como se vivesse horas e horas, dias e dias, numa insossa repetição de nadas, sem sentido, aturdido em seu permanente estado de confusão e melancolia?
Alguns instantâneos faziam-no acordar inquieto e perdido, num outro lugar, ambiente simples, de conversas, da varanda, da sombra do cajueiro onde pessoas animadas conversavam e riam tanto, quanto tempo?
- O senhor não comeu nada hoje, vai ficar doente, pode ser que hoje alguém venha vê-lo...
- Precisa parecer melhor, vamos fazer a barba, cortar esses cabelos, trocar esse pijama, tomar um banho, cheirar melhor, o que vão pensar...
- O senhor não está me ouvindo...
- Não tenho mais tempo...
A água fria, por instantes, o desperta desse torpor, sente às costas a parede úmida onde se escora.
- Quem é você?
- Maria, já me esqueceu de novo...
- Onde estou?
- Na sua casa nova...
- Carla?
- Tá vendo, sua filha não pode vir, mas telefona sempre para saber do senhor...
- Chama a Nê...
- Sua esposa foi fazer uma viagem pra bem longe, vai demorar...
- Tome seu remédio, mais tarde volto com seu chá....
- Que dia é hoje?
- Tá mais esquecido, é sábado, dia de visita, por isso tem que ficar bonito...
- Carla..., Nê..., que dia é hoje...
Apenas um dia qualquer na vida de alguém esquecido que se lembra de uma vida distante e que ainda quer seu canto, sua gente, sua memória, seus amores...
Algo ainda a fazer...
sinto ainda o cansaço e o desânimo,
forças invisíveis ameaçam alguns poucos sonhos,
sussurram insistentemente,
chega, não dá mais,
o tempo de hoje e de amanhã,
totalmente incerto,
se ainda está em aberto,
é porque há algo ainda a fazer nessa vida,
está comigo desde sempre,
a percebo viva,
em muitas das vezes, de tão perto,
inspira o quê, quando, aonde e o porquê,
outros sons trazidos pelo silêncio,
estão a dizer,
continue a olhar, sentir e
escutar...
Reflexões para velhos de amanhã...
Quem serei velho?
Quem estarei velho?
Quando serei velho?
Quando estarei velho?
Como serei velho?
Como estarei velho?
Onde serei velho?
Onde estarei velho?
Quem serei nesse lugar?
Quem estarei nesse lugar?
Quando serei nesse lugar?
Quando estarei nesse lugar?
Onde serei nesse lugar?
Onde estarei nesse lugar?
Terei lugar nesse lugar?
Terei nome nesse lugar?
Nenhum tipo de onde, como, quando, quem e ter deveria preocupar ninguém,
Nem o recém-nascido,
Nem a criança,
Nem o adolescente,
Nem o jovem adulto,
Nem para o adulto velho?
Será sofrido para os velhos enquanto os escondermos e deles nos esquecermos...
Não há fim...
...olhando para o céu de todos.
onde encontramos um canto nosso,
iluminado pela lua,
a clarear nossos olhares, risos e silêncios,
testemunha de todas as promessas e renúncias,
em especial a de nunca deixar que o amor se perdesse,
mesmo que nossos caminhos
nos levassem a caminhos opostos ou
fosse abreviada uma das jornadas,
então, peço agora que siga e quando olhar para o nosso lugar,
esteja certa, lá estarei, com o mesmo amor...
Deixar partir...
Ante o sofrimento daqueles que amo, quando todo o possível já tiver sido feito, por amor eu clamarei, não sofras mais, de nada adianta ver definhar alguém que amo, rogarei a Deus a libertação das amarras que a matéria simboliza.
A morte física é prenúncio de uma nova vida, verdadeira e plena, afinal, o que nos impede de continuarmos nos amando?
A ausência não deve nos remeter à dor sem fim, ao vazio ou ao desespero do não desapego.
Sentiremos a falta um do outro em todos os cantos por onde tenhamos andado, revivendo nossos cheiros, afagos e nossas lágrimas compartilhadas.
Permanecerá vivo o sabor de nossos lábios.
Ao lembrarmo-nos do mar, do por do sol, e daquela vez em que a chuva repentina nos fez correr às gargalhadas teremos a certeza, será egoísmo não deixar partir.
Para que prolongar um sofrimento sem razão?
A escolha não pertence a quem quer sair de cena na frente, ao chegar à nossa finitude que saibamos estar com aqueles que mais amamos, os que nos antecederam e os que ainda precisam continuar.
Compartilharemos nossas lágrimas mais uma vez, sem desespero...
Esquecidos nas metrópoles...
Ao acordar pela manhã sentiu algo diferente, os raios de sol invadiam o quarto que lhe parecia o mesmo, a cama não lhe era estranha, bastava um leve mexer para se ouvir o ranger conhecido das molas do colchão, continuava só, como já há muito tempo, desde quando, não se lembra bem, ainda jovem, perdera quem amava para uma doença agressiva e intratável.
Ela havia sido a única pessoa que amara de verdade, sua amiga, companheira, confidente, se conheciam intimamente, detalhe por detalhe, todos os medos, os defeitos, as dores do corpo, da mente e do espírito.
As virtudes diferiam um pouco, ela sorria mais, delicadamente vaidosa destinava bom tempo no cuidar dos longos cabelos que chamavam a atenção naquela face quase juvenil.
Ele, totalmente descuidado, cabelos e barba por fazer, achava perder tempo nesses cuidados, só os fazendo vez ou outra para lhe agradar.
Ah, como gostavam de relembrar como se encontraram.
Havia sido num retiro, desses onde muitos vão à busca de silêncio e paz quase que sempre para acalmar algumas das muitas inquietações que lhes incomodavam e, o mais incrível, ambos, de forma tão semelhante, não deveriam estar ali, fora uma decisão de última hora, deixando amigos que partiriam para mais uma festa qualquer.
Diversão igual àquela já não lhes chamava a atenção, até iam, mais para satisfazerem aos outros do que a si mesmos, mas, daquela vez, algo maior os fez mudar de ideia, uma certa intuição, como se fosse uma clamor.
Ao saírem daquele lugar de calma e tranquilidade nunca mais se separaram, continuaram trabalhando, mantendo os laços familiares, frequentavam um lar de velhinhos sem ninguém e um orfanato repleto de crianças de várias idades.
Tinham a vida social que aquele lugarejo permitia, deixaram a vida seguir seu curso, não fizeram planos, só a promessa de que viveriam um para o outro, e assim foi até quando aquele mal interrompeu suas jornadas de felicidade plena.
Porque então acordara e se sentia deslocado nessa manhã e que razões o fizeram percorrer mais uma vez esse percurso que em sua lembrança estava cristalizada?
Algo diferente ocorria, as mãos que trouxera ao rosto eram sensíveis, pele fina e com feridas, as unhas compridas, tentou levantar-se rapidamente, dores sentia pelo corpo que não lhe obedecia.
Erguendo-se com dificuldades sentou-se e, defronte a um pequeno espelho na parede, com atenção nunca tida, olhou e percebeu um rosto com os sulcos próprios de uma idade avançada, por instantes, confuso, se perguntava,
Quem era aquele refletido no espelho, alguém tão diferente e estranho, com poucos cabelos e olhar distante?
Com mais atenção percebera não estar sozinho como imaginava, parecia um grande salão, levantou-se vagarosamente e, andando não mais que dois passos, esbarrou numa cama com alguém encolhido, desviando-se, com mais um passo outra cama e outra pessoa, este sentado à cama, com o rosto do espelho se parecia e, com mais atenção, ainda sem entender direito, viu outras camas mais, chegando mais próximo de alguém com fala inaudível e o braço estendido lhe apontava uma jarra de água.
Perguntava-se, como chegara ali e quanto tempo poderia ter se passado?
Preso à memória de um tempo tão feliz, apenas envelhecera, e como os que ali estavam apenas haviam sido esquecidos.
Em memória aos que viveram num "depósito de velhos" escondido no centro de São José dos Campos, metrópole do Vale Paraíba Paulista, com 600 mil habitantes.
Uma reflexão para um país onde os que envelhecem aos milhões estão perdidos e sem memória.
Apenas humano...
Sem que ela percebesse, eu chegaria de mansinho, delicadamente e com todo o carinho me achegaria no mais fundo do seu coração, dele retirando tudo o que a machucou, curando todas e quaisquer feridas que ainda existam, a começar pelas mais antigas, por mínimas que sejam.
À memória ruim eu daria um jeito de apagar, deixando apenas o seu ensinamento, ainda aprendemos mais com a dor.
Pediria que ela sorrisse sem receio abrindo espaço para um novo registro de paz, carinho e amor.
Longe do preceito de que todos somos obrigados a ser "felizes", como se fosse um produto disponível nas vitrines dos megashoppings, eu lhe diria para ser feliz naturalmente, sabendo que por certo surgirão momentos acompanhados de sofrer.
Quando se pensa que hoje não há mais segredos, talvez possamos entender que a maior utopia é sermos apenas humanos, com muitas contradições, melhor que assim seja e sem culpa.
Segredos que não nos pertencem...
O outro é um universo a ser explorado, conhecido, para tanto há que se ter paciência, carinho, acolhimento, e só será possível se ele assim o permitir.
Nenhuma pessoa tem o direito de devassar o interior da outra, ainda que se pense que será para ajudá-la.
Mal sabemos de nós mesmos porque, em geral, ficamos na superfície do que e do porque somos e o que fizemos.
As muitas construções que nos moldaram ao longo do tempo, em uma jornada de incertezas, descobertas e medos, nos pertencem.
O que há em nossas entranhas só descobriremos se o quisermos, daí a partilhar, só se for com alguém especial, que nos queira bem e nos inspire absoluta confiança, com uma dose dupla de amor e sinceridade.
Se formos escolhidos por alguém que queira e precise dividir seus segredos que tenhamos muito cuidado com o que soubermos pois, ainda assim, não nos pertence.
Uma verdadeira história de amor não tem fim...
Enquanto a matéria finda, o amor verdadeiro só transcende e, como energia, se mistura ao cosmos perpetuando a memória dos que amamos e está em nossos corações para uma jornada sem fim, rumo à melhora contínua.
Não há morte neste mundo, apenas uma breve mudança de ambiente a fim de burilar o imprescindível desapego de tudo o que é supérfluo.
Nós, e os entes queridos que nos antecederam, continuaremos na trilha, para que seja em melhores condições do que quando aqui chegamos.
O aprendiz atento observa e ouve mais, fala menos e evita as reações ditadas por impulsos, cultiva o perdão a partir dos seus próprios erros e também daqueles que o feriram.
Não é fácil perdoar, somos humanos e ainda extremamente sensíveis ao orgulho e a vaidade, caldo de cultura onde se nutrem mágoas e ódios.
Perdoar a nós mesmos, bem como pedirmos perdão a todos os que machucamos física, moral e espiritualmente, nesta ou em outras encarnações, não é fácil, mas possível, é semeadura em bom terreno.
Uma história de amor só é possível com a aceitação e renúncias verdadeiras mais o perdão que acalma os corações mais feridos e endurecidos.
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