Textos da Grandeza do Senhor

Cerca de 20630 frases e pensamentos: Textos da Grandeza do Senhor

⁠SONETO INFORTUNADO

Nas linhas da poesia cheia de gana
Há sempre um nome oculto a saber
Há, no agitado coração, carraspana
Sensação, que se quis e ainda quer
E, numa poética de emoção insana
Sonha, poetiza, deseja tudo a valer
Os versos rimando de forma profana
Pois, o sentimento fica sem entender

E, se vai sonetando o verso diverso
Título a título, num sentido qualquer
E indigente, se estabelece disperso
Triste versar infeliz, e nunca amado
Menciona quantidade no furtivo viver
Privado, carecido, e tão infortunado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2023, 19'00" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SANGRAR EM DOR

Se o verso que escreve, a aflição contida
Na saudade, e fere na inspiração versada
Tudo por ele é pesar, toda alegria perdida
A emoção, tão vazia, se nota desprezada
Pudesse a poesia que na agonia é dividida
Sentir o suspiro duma penosa madrugada
E quanta lágrima, talvez, na poética ferida
Sentiria, em cada estrofe redigida, teatrada

Quanta gente ao ler, talvez, sem conceber
O quanto de desalento, de uma ilusão a ter
Numa prosa de um mal sem rumo de amor
Quanta gente sem estimar, e até imaginou
Somente sensação interina. Pouco passou!
Pois, quem, no seu versejar, sangra em dor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 junho, 2023, 18'52" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CARA NOSTALGIA

Saudade! Da tua voz balbuciando
E o bafejo na nuca dando arrepio
Saudade! Do teu olhar tão gentio
E os nossos sentidos se tocando
Noite de junho, frio, carinho macio
Ao luar e, nosso coração vibrando
Piando ao vento, ao vento brando
Acalmando a alma, doce fascínio

Saudade! De ter-te no sentimento
Sussurros atraentes, tão sedento
O teu toque, tão pleno de paixão
Saudade! Do que era importante
E que agora se senti tão distante
Saudade! Cara nostálgica sensação!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DE INVERNO II

Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado, pouco se aquece
Um calor de momento, o licor oferece
E a alma velada, enrolada no cobertor
O arrepio no corpo, a infusão apetece
Para esquentar a noite até o seu alvor
Acalorando o alento do clima estritor
Num cálido agasalho que o afeto tece

Ah, ó estação de monocromática cor
Tão Agarradinhas paixões, em prece
Os mistérios, os desejos, os sentidos
Assim, embolado nas lareiras, o amor
Regado de vontade, no olhar floresce
Junho, ventos gelados e frios sonidos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG
Início do inverno

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MORRE DENTRO DE MIM

Se eu peço ao soneto dar-me felicidade
A este coração sofrente, sonso e servil
Prosa que sou infortunado, varrido, fútil
Ávido, inútil e cheio de inflada vaidade
Donde vem está falta de simplicidade
Está tua crueldade? mostra ser hostil
Nas entrelinhas és vil, dum saber sutil
No versejar, tosco, e sem a suavidade

A minha inspiração sussurrante, chora
Nos suspiros dentro da ilusão e, assim
Farto de sensação e lágrima, vem fora
Parece que a poética, só quer, querer
Ser, sem piedade morre dentro de mim
Só para sentir o sentimento esmaecer

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 junho, 2023, 20'43" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol


ANTÚRIO NEGRO

O som do vento no cerrado
faz dançar a misteriosa flor

O raio do sol do alvor
veste ela de significado

Que belo tom
mística flor

É um amor perfeito
hipnotizante, um louvor

Anthurio o seu nome
teu fascínio, pronome
- Negra é a tua cor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Junho, 2023 - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DIMENSÃO

Foi a poesia, bem sei. Sua alquimia
A cadência de chegadas e partidas
Que me trouxe, aos poucos, a valia
E a certeza das emoções sentidas
Foi a saudade, bem sei, a nostalgia
Nos versos de pesadas despedidas
Que deixou a minha alma toda fria
E o coração com sensações doridas

Foi a prosa, alada, formosa, curiosa
O toque, o cheiro, e um tal momento
Que encheu de causos e razão nova
Foi a vida, bem sei, ao viver preciosa
Uma dor chorada naquele sofrimento
Que deu cada dimensão a minha trova...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 dezembro, 2023, 19’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INDEFINIÇÃO

Posso lá versar na poética jornada
Ter caução num verso divinamente
Se aquele revés, da amargura rente
Enche de nevoa a poesia inspirada
Se a prosa se torna cantiga agitada
E tenta impor uma sofrença ardente
Tendo suspiros e lágrimas somente
Como regra na imaginação traçada

Posso lá referir, assim, a sensação
Dum agrado, de concórdia e louvor
Seja a hora, sempre, na indefinição
Eu sei lá qual razão, então, a supor
Uma adição ou o apenas supressão
Se qualquer um irá poetificar na dor.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 dezembro, 2023, 14’15” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRENDA

Diga a poesia! A poesia compreenderia
O prazer contido em um poeta a compor
A luz do olhar, da lua, o espectro da flor
Que faz nascer d’alma a imensa magia
Traz os sonhos na noite e doce utopia
A ensopar a prosa com beleza e sabor
Enchendo os versos com alumiada cor
Desenhando as quimeras de cada dia

A cada gota de inspiração, o encanto
Vida que rima com alegria e o pranto
Inda que a lágrima seja para disfarçar
Cala no coração o fascínio tão fundo
Dos mais e entre as graças do mundo
O afago de então, a prenda de poetar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 dezembro, 2023, 15’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PENA

Sensação renhida, deixai-me na paz
Livrai-me do mal e suas dores rasas
Que não rasteje e sege mais capaz
Com sentimentos de alongadas asas
Ou me faça, mais, mais sorte voraz
Onde meu olhar queime em brasas
Leve a desilusão e o amor perfaz
Quando a estima e a alegria casas

Satisfação, de cintilante claridade
Que iluminas a alma e traz sabor
Sê também aquele amigo abrigo
Ó boa sensação! Tem de piedade!
Não me condene tal a um pecador
Ordenando a aflição estar comigo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2024, 16'31" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GULA

Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!

Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ao Pé da Cruz

Ao Pé da Cruz, no suplício do madeiro
Em cujo o pesar move no seu sofrer
Em cujo no teu elemento hei de ser
Penhorado, neste mundo passageiro
Que não seja parte, sim, por inteiro
Pois, te sinto no meu peito a verter
Estais comigo em cada doce valer
Pois é a páscoa, o manso cordeiro

Então! Em tuas mãos o meu espírito
Volvei tua face a este falho pecador
E dá-me o vosso dom, que é infinito
Na cruz, nossa salvação, gentil amor
Que, por tudo que pequei, todo delito
Na redenção em Ti, rogo o Teu louvor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2024, 12'12" – Araguari, MG
*dia de Santo Reis.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠No cerrado, o dia alvorecer

Eu vi o dia alvorecer, no cerrado
Fiz aí eterno voto de admiração
Vi depois o céu rubente, visão
Feérica, igualmente encantado
A qual mais belo, se, ilimitado
Sedutor, este, aquele, sei não?
Cada qual com a sua emoção
Cada qual com o feitiço privado

Ah! que este instante inebriante
Sabe a sensação o quão cativa
Cá no cerrado é cena constante
Raia, cerrado, rebenta num viva
Ou faze do show ímpar instante
Surgindo em poética tão festiva.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 janeiro, 2024 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEPOIS QUE TI SENTI

Depois que te senti, só depois, sentimento usual
Notei que o agrado d’alma é bem sem ter preço
A maior felicidade, emoção, singeleza virginal
E, se um dia há igual, eu ainda, não o conheço
Doçura ardente e casta, à Deus, afim, eu peço
Ó sentimental ponto, faz deste poetar divinal
Desejo sem igual, cujo certo e único endereço
É a paixão, que faz da sensação tão especial

Depois que te senti, só depois... vivi a cortesia
O espírito junto da alegria e cheio de ventura
É que a mente me invade uma emotiva poesia
Com versos imersos no prazer, assim, estavas
Cada rima, provando está minha suave ternura
Na entrega do amor rudimentar que me davas!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 janeiro, 2024, 14’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Fragilidade

Se o verso bater de novo à minha inspiração
Inquieto, suspirante, para o meu sentimento
Hei de dizer-lhe tudo quanto for duma razão
O meu afastar, como um vingador momento
O que vir de tal gesto, pouco importa a ação
Não se faz árduo e penoso, tão pouco isento
Quando o versejar compõe para uma solidão
Falham com as duras rimas, sofrem fastiento

E, se for irreverência com uma flor, dor causa
E, se for olhar jogado ao vento, disperso olhar
Ah! borrado verso quando o amor, nele pausa
Tudo se faz tão vazio, ao poema tão aturdido
Sem cor, cheiro, colo, e sem um poético lugar
Onde o canto se põe a chorar num tom traído.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 janeiro, 2024, 04’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sonatina (soneto II)

Não pode ser sempre inquieta poesia
Está morna poética, cheio de torpeza
Os versos tão enevoados de lerdeza
Há de isentar-se desta sensação fria
Num vendaval de solidão e de agonia
O choro apodera da rima em tristeza
Quando a inspiração só quer alegria
E numa sonata vê-se sons da utopia

Hei de subir ao tope da imaginação
Vencer procelas e alaridos, emoção
Ali, triunfante, cheio de doce louvor
Em poema, aclamante, e com intento
O sol da glória há de ornar o momento
E eu, hei de toar: - em versos de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 janeiro, 2024, 20’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Um amante

Num soneto feliz e ímpar, a ternura
Rimando o prazer com uma lucidez
Num sentimento com doce ventura
Que envolve a alma, com parvulez
Enquanto o canto alastra formosura
Em uma poética que a emoção fez
No âmago, o amor, figura brandura
Enchendo de agrado e de solidez

Pela primeira vez, a poesia amada
Uma rosa, um toque, apaixonada
Sensação. Versado o beijo galante
E, o soneto saciado, rico e querido
Outrora pícaro, agora com sentido
Rascunha versos para um amante.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 janeiro, 2024, 18’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

“FELICITÀ”

Estes versos são risadas cheias de alegria
Desfastios que eu acalento no meu peito
São satisfação, são amor, um afável feito
Rimas que ataviam a felicidade na poesia
É o festejo, um conto, sonhos, solenidade
Aquele gesto tão repleto de fantasia terna
A vida! O ser! O maneio na ventura eterna
O enredar da liberdade com a cumplicidade

“Felicità”! Sois o guia pra esse poema existir
A eterna confissão de quando tem o sentir
Que, então, o faz, a toda a gente ao me ler...
São frases que rimam o sorrir e, que acalma
Prosa que ganha o contentamento da alma
O bom agrado da sensação ao perceber ter!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 janeiro, 2023, 14’14” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PROCURANDO

Eu procurei, no íntimo, aquela poesia
Devotada para ti, sôfrego, procurava
Queria encontrar cada sabor, tentava
Nos achar em um verso cheio de valia
Corri fantasias, sonhos, perguntando
A toda a inspiração que me inspirava
Indagava, onde foi parar, investigava
E, assim, aos poemas fui mendigando

E nada deparei, e nem me respondeu
Quase chorando, caminhando no breu
Da saudade, senti minha alma perdida
Então, nesta sensação que eu bem sei
O sentimento disperso não encontrei
Mas, uma nova poética achei na vida!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 janeiro, 2023, 19’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENTARDECER

Que lindo entardecer, cá no cerrado
Rubro o sol, luzidio, indo pro poente
E o céu, imenso, fastígio encantado
Num espetáculo, apaixonadamente
A brisa mansa, crepúsculo veludado
Neste tempo de verão, puro e quente
Duma belezura, o escurecer ornado
Ímpar, de magia e sensação diferente

Pouco a pouco, num cenário intenso
De um perfume agreste, o incenso
Do chão e um fascínio tão inebriado
O pôr do sol, em uma graça sossegada
No horizonte cintila a chama ofuscada
Da noviça noite, cerra o dia no cerrado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 janeiro, 2023, 18’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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