Textos da Grandeza do Senhor

Cerca de 20632 frases e pensamentos: Textos da Grandeza do Senhor

⁠Esse ano pode não ter sido o ano das realizações que você tanto esperava, mas deixa eu te dizer algo: Deus viu quando você se manteve pelo que acreditava, viu sua queda, seu recomeço, todo peso que você trouxe carregando sozinho e, mesmo assim, Ele permaneceu ao seu lado sustentando você em cada passo; mesmo quando parecia que ninguém estava vendo. Deus enxugou suas lágrimas em silêncio e colocou força no seu coração para continuar.
Saiba que seu esforço, sua fé e sua perseverança não passaram despercebidos. Às vezes, o silêncio de Deus não é ausência e sim preparação. Ele está moldando sua vida para algo maior, algo que você talvez ainda não consiga enxergar. Pois, aquele que começou a boa obra em você é fiel para completá-la.
2025 pode ser o ano em que você verá a colheita daquilo que plantou com lágrimas. Então confie, persevere, e lembre-se: em todas as coisas Deus está trabalhando para o bem daqueles que o amam.

Inserida por jonatas_santos_4

⁠Eu não gosto dos otimistas.
São o avesso do que um homem deveria ser. Fracos, como flores nascidas no asfalto. Hipócritas, porque a esperança que carregam é emprestada e sabem disso. Não há virtude no sorriso de quem foge.
Todo homem conhece o peso do que o espera. Cada segundo é uma vírgula no discurso do fim. Por que fingem não saber? Por que disfarçam? Andam pela vida como se a tragédia fosse um acaso, não uma certeza, e enchem a boca de palavras leves, como quem tenta vender um barco furado ao próximo náufrago.
A verdade é dura, cortante. Vem como o som surdo de uma porta trancada para sempre, como o baque de um corpo ao chão. A verdade não se curva nem espera. É uma lâmina que vive no silêncio, e os otimistas... Ah, os otimistas são os que tentam cegar-se diante dela.
Mas o mundo não é gentil. Nunca foi. E os que riem à beira do abismo só prolongam a vergonha da queda. Não há dignidade no engano. Não há beleza na negação. Eu prefiro os que não mascaram o rosto com sorrisos. Os que olham para o escuro e dizem: “Eu sei.” Esses não se vendem à ilusão. Esses são os únicos que, de alguma forma, resistem.
Otimistas são traidores da própria condição. Não há coragem em esconder-se atrás de promessas fáceis. Só há mérito em encarar o inevitável de frente, sem artifícios. A vida exige muito mais do que sorrisos; exige força para carregar o peso de saber.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Minha Presunção

Na poesia e na escrita,
Se acaso eu tivesse uma meta,
Uma ambição insana,
Não seria superar Homero,
Nem Shakespeare, nem Cervantes.
São mitos e lendas,
E há sempre uma sombra de dúvida
Quanto a se existiram de fato.
Mas há um espírito,
Um poeta maior que Dante,
Que não se alcança facilmente.
Seu eco de loucura fascinante
Ecoa além dos sonhos ou delírios,
Um poeta que é a soma de todos eles.
Eu, se fosse poeta,
Ou quem sabe um louco,
Em meus devaneios,
Só almejaria uma coisa:
Escrever como um tal Fernando,
Um esquizofrênico consciente,
Que, em meio à solidão,
Se superou e deu vida a tanta gente.
Um homem que, fragmentado,
Se multiplicou em vozes e versos,
Fez de sua dor uma constelação,
E do vazio, um universo.
Se eu fosse poeta,
Ou então um sonhador perdido,
Minha presunção seria esta:
Ser digno de ser chamado
Uma sombra,
Um eco de Pessoa.

Inserida por EvandoCarmo


Oração do Silêncio

Ouvi o som do vazio, meu amor,
o eco de mundos suspensos no espaço,
como se o universo guardasse um segredo
no instante em que tua prece tomou forma.
Era um murmúrio antigo,
feito da respiração das estrelas,
um canto sem voz
celebrando a existência
num espelho onde o infinito se reflete.
Nos teus lábios, senti o renascer da matéria,
não como milagre, mas como fluxo,
como se o beijo fosse a maré se entregando ao vento.
Era a força que tudo move,
o gesto eterno que o cosmo repete
quando o dia se dissolve em sombras
e a noite se abre em promessas veladas.
Na reverência do teu gesto,
teu amor, meu amor,
era mais que oferenda:
era força que unia nossos mundos,
era órbita e atração em harmonia,
era o corpo compreendendo os ciclos do tempo
no instante em que se curvava.
Tu me tocaste com a alma entregue,
não em servidão,
mas na dança de corpos celestes
que encontram equilíbrio na troca.
Fomos constelações em convergência,
não por acaso,
mas porque o universo escolheu
aquele momento para ser eterno.
E ali, onde o vazio tornou-se canção,
onde a matéria renasceu em ternura,
aprendi que amar é dançar com o cosmo,
sem nunca precisar de respostas.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Fico pensando: será que realmente se importam comigo? Acho que todos já tiveram esse pensamento. A vida parece uma caixinha de surpresas, sempre trazendo novos desafios, novas pessoas ou até mesmo trazendo o passado de volta. Às vezes, me pego refletindo na janela do meu quarto. Fico pensando em como o tempo passa rápido, em como as estações mudam, as pessoas mudam, e eu também. Parece que ontem eu tinha 15 anos, e agora já tenho 18.
Já terminei a escola, saí do meu emprego, amei, me machuquei, enfrentei traumas. Passei por tudo isso sozinha... mas aqui estou eu, escrevendo novamente. Hoje já é 5 de janeiro de 2025, e parece que o ano novo ainda não começou de verdade, como se estivesse preso em um longo "recomeço". Às vezes, sinto que estou tão perto do sucesso, mas ao mesmo tempo sinto uma sombra de perigo por perto. É estranho.
Uma coisa que sempre ouço é: "Ninguém sabe o dia de amanhã." E é verdade... ninguém sabe. Fico imaginando: e se todos soubessem o que vai acontecer amanhã? Será que alguma coisa mudaria? Ou a vida continuaria do mesmo jeito, repetindo os dias, como hoje, ontem, anteontem e os anos que já passaram?
Não estou tentando dar conselhos, só estou seguindo os meus pensamentos e sentimentos, aqueles que guardo dentro de mim e raramente compartilho. Enfim, como será o meu amanhã?

Inserida por rosadocampo

⁠O sabiá

Um sabiá canta no meu quintal.
Toda manhã ao pé da minha janela,
Um canto melancólico, ele parece contar
Uma história triste, porém singela.

Às vezes penso, que o sabiá que canta o dia inteiro
No meu pé de laranjeira é um lobo solitário,
Que vive entre as estações
E canta pra sobreviver, não porque é necessário.

Eu o vejo pela vidraça da Janela,
Por vezes embaçada de neve ou de poeira.
O sabiá, assim como eu,
Escolheu a solidão como companheira.

O sabiá sabe, assim como eu sei
Que o que era sublime e tão bonito
Ao mudar de estação se perde tudo
Seu canto fica mudo...Tudo cai no infinito.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A verdade sobre a vida e a existência não precisa ser decorada com promessas de transcendência ou adornada por conceitos de pecado, redenção e salvação. É um alívio quase indescritível, um regozijo íntimo, perceber que podemos viver fora dessa discussão — desse embate interminável sobre inferno e paraíso, sobre continuação ou fim.
Se o homem morre e tudo se acaba, não há culpa a carregar, nem redenção a esperar. A vida, como já afirmou Pessoa, é apenas a vida. As coisas são o que são, e não precisam se estender para além de si mesmas para serem válidas ou reais. É doloroso, confesso, ver tanta gente boa presa nesse engano, acreditando que a existência só se completa se for continuada noutro plano. Não percebem que a busca pela eternidade os arranca do agora, do que realmente existe.
E, no entanto, essa necessidade de crer no eterno, de imaginar que a vida continua depois da morte, é profundamente humana. Talvez seja mesmo inevitável. A ideia de finitude parece insuportável para muitos. Mas, paradoxalmente, o reconhecimento dessa finitude pode ser uma forma de eternidade em si. Se tudo se encerra aqui, o agora se torna absoluto — e, nesse sentido, infinito. Não há mais o peso de uma vida além desta; só resta o fluxo contínuo do que somos.
É nesse entendimento que encontro paz. A vida é suficiente em sua simplicidade. Não precisa transcender para se justificar. A eternidade que tanto buscamos pode ser encontrada no momento presente, nesse "agora" que se alonga indefinidamente enquanto vivemos. Tudo está aqui, neste instante, e isso basta.
Assim como Pessoa escreve, com sua visão desarmante e lúcida: não precisamos de outros mundos para validar este. A existência não requer continuação ou transcendência para ser plena. O desafio é aceitar essa simplicidade — e, talvez, essa aceitação seja a liberdade suprema.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Pedras de Silêncio

Quantas pedras no caminho,
silêncio de granito a bloquear os passos,
abismos do não dito,
vácuo entre as palavras,
o incômodo que reverbera na ausência,
pausa que pesa mais que o grito.
São pedras que travam a jornada,
despertam o torpor,
adormecem a razão e o afeto,
e nesse deserto sem verbo,
brotam vermes na casa, na alma,
no corpo, na mente, na relação,
consumindo o que não foi pronunciado.
Quando a comunicação se cala,
o verbo, exilado,
deixa órfãos os sentidos,
e o silêncio se torna cárcere,
sepultura do diálogo.
Mas quem haverá de quebrar as pedras?
Que mão será martelo
e trará do eco do silêncio
uma palavra nova, inteira,
capaz de reconstruir o espaço vazio,
onde a pausa se transforma
em ponte,
e o verbo renasce,
vivo e perfeito?

Inserida por EvandoCarmo

⁠Nicotina

Poesia crônica, cigarro cubano
Prosa de Neruda, lascívia de Caetano
Um canto, lugar único no mundo
Um tenor no máximo da sua entonação
Um acorde perfeito, música de Wagner
Encantamento de Isolda e Tristão
Sonoridade efêmera que apetece
Destoa, enlouquece alma em combustão
Meu espírito demente sem ação.
Um perfume cítrico e agreste
Nicotina que impregna o coração.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Quando a injustiça emana justamente da instituição que carrega o peso de garantir a justiça, o coração do advogado se parte. É um paradoxo doloroso: lutar em nome do Direito e, ao mesmo tempo, testemunhar sua negação. Em momentos assim, parece que a balança da justiça se inclina ao avesso, oferecendo amparo àqueles que ferem e desamparando os que juraram proteger.

Para o policial militar, que carrega nos ombros o fardo da ordem pública, a sensação de abandono pelo próprio sistema é uma ferida que o Direito deveria sanar, mas frequentemente ignora. Quando a lei, que deveria ser imparcial e firme, parece pender para o lado de quem desrespeita suas regras, o sentimento de impotência é inevitável.

E o advogado, que deveria ser a ponte entre o indivíduo e a justiça, encontra-se questionando seu propósito. Como acreditar no Direito quando ele falha justamente para aqueles que o defendem com a própria vida? No entanto, é nessas horas que a verdadeira essência do advogado é testada. Ele deve se lembrar de que, por mais que o sistema seja falho, sua luta não é vã.

O Direito não deve servir apenas ao papel. Deve existir, sobretudo, na prática, para todos — sem distinção. Ainda que a estrada seja árdua, é a persistência em buscar a justiça que mantém a esperança viva. Afinal, a injustiça que hoje sangra o policial militar deve ser combatida com a força de quem ainda acredita no ideal de um mundo mais justo.

Inserida por italo0140

⁠Ser o que sou

Sou o universo em tons diversos, em mil cores,
no balé eterno das estrelas finitas.
Sou o todo de ontem e a soma do agora,
o peso e o voo, o fardo e a febre,
medo e desengano entrelaçados.

Sou luz que arde, sombra que dança,
ferida que abre, navalha que estanca.
Sou você, sou o outro,
estou por dentro, estou por fora.
No espelho me vejo — sou cais e mar,
o que resta e o que há de faltar.

Sou abismo, sou pranto, sou riso de insânia,
sombra que resiste à indomável aurora.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Ela é a dama da noite, envolta em mistério e perfume intenso. Surge como uma aparição etérea quando a lua repousa sobre a cidade adormecida. Seu brilho não precisa de testemunhas, pois há algo divino na liberdade de desabrochar apenas para a escuridão. Tal como a flor que floresce uma única vez ao ano, ela não tem pressa — sabe que a intensidade é mais bela quando breve.

Curte a noite como quem dança com o tempo, sem medo de que o amanhã a encontre. Sua presença é um convite à ousadia, um instante que não se aprisiona. Tem o perfume das aventuras mais secretas e o coração marcado por uma certeza inabalável: viver intensamente vale mais do que durar eternamente.

E quando a aurora desenha seu contorno no céu, como a flor que se despede com a chegada da manhã, ela recolhe seu encanto. Não por fraqueza, mas por sabedoria — a beleza rara reside justamente no instante em que desabrocha. Ela sabe: ser inesquecível não é resistir ao tempo, mas marcá-lo com um aroma que ninguém jamais esquecerá.

Inserida por italo0140

Canto e Abismo

Me sinto perdido,
arrebatado,
quando escuto tua voz.
O som que de tua boca sai
me guia—
e sempre me lança ao abismo.
Espanto e desespero me perseguem.
O violino,
o mais metafísico dos instrumentos,
ressoa sobre uma base de piano.
Teu canto lírico, suspenso no ar,
é fôlego e esperança.
Caminho sob a sombra
de um passado que não esqueço.
Morro, adormeço,
mas não sonho.
Vivo a realidade cruel do abandono.
Ah, que cão sou eu,
esquecido na noite chuvosa!
Meu destino é árido,
minha cova, rasa.
Não há salvação para quem ama,
nem para quem perdeu
a hora da partida
e o encanto da chegada.
Ah,
minha triste figura,
minha desventura,
minha sorte desalmada.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Era uma vez um homem que amava uma mulher... e o sorriso dela era um mistério ao qual ele desejava dedicar toda a sua vida desvendando. Cada curva daquele riso iluminava sua alma, como se o universo o convocasse a eternamente buscar essa resposta doce e infinita.

Mas o tempo, com seus desentendimentos e desencontros, os separou. Ainda assim, ele manteve sua promessa, gravada nas linhas do seu peito. Possuiu outros corpos, é verdade — breves respiros de uma ausência que nunca se curava — mas jamais os amou. Seu coração, teimoso e fiel, permanecia ancorado naquele amor primeiro, que nem a distância dos anos conseguia apagar. Amar aquela mulher não era uma escolha, mas um destino que o tempo não soube desviar.

Inserida por italo0140

⁠Na vida, tudo demais quer existir,
mas é preciso saber reverter,
transformar, como arte de ofício,
e buscar o que liberta, que alivia.
Pessoas de vida, pessoas de morte,
uns merecem pérolas, outros não,
como diz o provérbio:
não jogue pérolas aos porcos.
Mas há quem, em sua total apatia,
não mereça poemas, nem flores,
tão imunes ao amor, tão cegos nos desamores,
que não aplaudem, não batem palmas.
Essas pessoas não devem ser tratadas bem,
mas ainda assim, tratamo-las com gentileza,
porque nossa conduta não é deste mundo,
falamos do belo, mostramos o que é puro,
mesmo que o mundo fique mudo.
A minha maldição é ensinar poesia aos brutos,
filosofia aos estúpidos, amor aos indultos.
Amor em forma de indulto, talvez,
não sei, só sei que o gesto de amar
se faz com quem sabe receber.
E quem não sabe, recebe o silêncio.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Tudo é Hábito

Tudo é hábito, costume que gera vício,
e o que se faz demais nos faz refém.
O vinho aquece, adoça a alma,
mas em excesso, curva o homem,
faz da taça uma jaula invisível.
O amor é luz quando livre,
mas quando prende, queima, fere,
e o ciúme, sombra de seu brilho,
se arrasta lento, como fera à espreita,
pronto para devorar.
O amante apaixonado, se não contido,
pode se tornar destino e maldição.
Já não ama, exige,
já não sonha, vigia,
transforma o desejo em sentença.
A busca pelo saber ilumina,
mas quem vai fundo demais
pode perder o chão,
trocar a dúvida pelo vazio,
e o mistério pela descrença.
Até a fé, se imposta,
deixa de ser fonte e vira peso.
Crer demais sufoca,
crer de menos nos faz naufragar.
E a criação, que deveria ser alívio,
se torna cárcere do próprio pensamento,
se não houver pausa, respiro,
se não houver o equilíbrio
entre a chama e a brisa.
O paladar se perde na fartura,
e o desejo se esvai no excesso.
Tudo demais vira veneno,
e o que era doce, sereno,
transforma-se em sal no próprio ventre.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Há sentimentos que desafiam o tempo, sobrevivem ao vento impiedoso dos anos e se escondem nas sombras do inconsciente, florescendo inesperadamente em um suspiro ou em uma lembrança fugaz. O amor que carrego por ela é assim: uma chama que arde, mesmo sem combustível aparente, alimentada por memórias que já não sei se são reais ou apenas fragmentos embaçados pela saudade.

Não sei mais por que a amo, mas a verdade é que essa pergunta já perdeu o sentido. Amo porque é inevitável, porque está tatuado na minha alma, como um eco que ressoa mesmo quando o mundo silencia. Ela vive em mim, entre as palavras que não foram ditas, entre os gestos interrompidos e as promessas que ficaram suspensas no ar.

Há dias em que esse amor me aquece, envolvendo-me com um calor suave, quase nostálgico. Mas há outros em que ele me corta, trazendo uma dor sutil e persistente — a dor da ausência, da impossibilidade, daquilo que o tempo levou, mas jamais apagou. A saudade é uma presença constante, um fio invisível que me puxa para o passado, mesmo quando tento avançar.

Quase vinte anos se passaram, mas o coração não entende de calendários. Ele apenas sente. E eu sinto — o amor, a dor, e a saudade entrelaçados em um nó que me mantém vivo, lembrando-me de que algumas histórias não precisam de um final, porque continuam a ser escritas dentro de nós.

Inserida por italo0140

⁠Nômades da Vida

Você me disse que somos nômades, almas errantes que se perderam em caminhos contrários. Cada passo que damos nos afasta ainda mais, tornando-nos lembranças dispersas no tempo, como folhas levadas pelo vento. As escolhas, implacáveis, nos arrancaram dos abraços possíveis, deixando apenas um rastro de memórias que insistem em sobreviver.

Não importam títulos, cidades ou conquistas. Nada disso pesa mais que a ausência que agora preenche os nossos dias. Você não se importa com vaidades; o que te toca é a verdade silenciosa dos sentimentos que a vida tentou sufocar. Entre nós, não há vitórias que compensem as perdas invisíveis.

Você confessou que ainda me ama — com a força de um tsunami avassalador. Mas o amor, sem presença, se torna um poema inacabado, uma melodia sem refrão. E assim, seguimos separados, com corações que ainda pulsam por uma história que jamais será escrita.

A vida nos transformou em estranhos que se conhecem profundamente. Eu não faço parte do seu dia, não ilumino suas manhãs nem aqueço suas noites solitárias. Somos apenas uma lembrança perfeita, uma possibilidade que nunca encontrou seu destino. Talvez sejamos isso: um amor eterno, mas condenado a existir apenas na saudade.

Inserida por italo0140

⁠Poema para Matheus Nachtergaele

No palco, ele não pisa — ele flutua,
entre o sagrado e o profano, entre o verbo e o silêncio.
Carrega nos olhos a vertigem dos séculos,
no peito, a febre dos que fazem da arte um destino.
A dor não o curva, o abismo não o afoga.

Ele dança sobre os cacos da ausência,
recolhe os vestígios de um nome que nunca partiu,
e os devolve ao mundo em cena, em chama, em fúria.
Seu corpo é verso, sua voz, uma carta esquecida,
um eco de todos que amaram sem resposta.

Ele encarna o que o tempo desfez,
e do esquecimento faz rito, faz oferenda.
E quando as cortinas se fecham, a luz permanece,
porque há almas que não pertencem ao mundo,
mas insistem em iluminá-lo,
como se viver fosse um último ato de redenção.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Canto de um Mundo Silenciado

Nas ruas, ecoa um canto, suave e profundo,
Por praças e becos, voa ao vento seu som.
Nos bares, na torre do mundo, um hino imundo,
Ninguém para, ninguém ouve, enquanto o caos toma a razão.

Sua voz, um fio de ouro, se perde no ar,
Melodia de sonhos que se desfaz em guerra.
Nos acordes, a dor de um tempo a desmoronar,
A beleza se desintegra, como um lamento que se enterra.

Os muros, cúmplices silenciosos, não lhe prestam ouvidos,
Seus versos são vapores, dissolvidos na bruma da noite.
No mundo se espalha a discórdia, os gritos, os ruídos,
Enquanto sua canção é um sussurro que se esconde da luz.

No palco dos bares, o eco é um triste refrain,
No silêncio das praças, um lamento esquecido.
O canto se mistura à grita, um trágico desdém,
E o mundo em sua dança de caos, ignora o gemido.

No cume da torre, um eco sem destino,
Enquanto o mundo se parte, ela canta e se desfaz.
Mas sua voz, como um farol, brilha em desatino,
Esperando, talvez um dia, um coração que a abrace em paz.

Inserida por EvandoCarmo

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