Textos curto de Tristeza
Dor é boa quando necessita ser sentida. Mas quando o amor em si vira só dor. Não sei se a beleza existe nisso.
Quadros pintados com sangue podem ser belos. Mas ainda assim sua matéria-prima veio do sofrimento.
A dor de amar e não ser amado é linda na poesia, escrita, músicas, pinturas e afins. Mas é torturante pro coração que sente
O que eu faço ?
Eu simplesmente me vejo assim todo dia.
Sem rumo, sem chances, sozinho.
Toda minha vida se resumiu em eu acabar destruído.
Amores, paixões, amizades, Ambas possuem o mesmo final para mim.
Um péssimo final, por que ?
Por que fez o que fez comigo ?
Por que se importou somente com você ? você acabou comigo.
Foi como retirar as asas de um pássaro que desejou a vida toda poder voar.
Mas não pode, mesmo assim eu bato minha asas.
Na esperança de poder um dia alcançar o céu.
Aos 19 conheci uma garota, eu pensei que ela significava o mundo pra mim, então eu a dei tudo que eu tinha. Mudei meus gostos minhas roupas, meu cabelo, tudo que eu queria era a ver feliz, estava disposto a ser o que ela queria.
Num dia qualquer ela simplesmente se cansou, disse que encontrou alguém melhor, e me deixou.
Agora tudo que faço é chorar pelos bares, pedindo sempre mais uma dose, pra tentar esquecer você.
Se você tivesse uma escolha
O que você escolheria fazer?
Eu posso viver sem dinheiro,
Eu posso viver sem a fama e
Se todo dia fosse ensolarado, eu posso viver
Sem a chuva e se por acaso eu
Subisse ao paraíso, eu cairia logo de volta
Essa vida não seria viver,
Pois você é a única sem a qual não posso viver
Será que assim é a loucura?
Essa confusão? uma dor estranha, dor sem causa, pelo menos não física, e ultimamente me perder dentro de mim tem se tornado comum, rotina.
E longe meus pensamentos vão, sem sentido, sem causa, e só o mal me vem a cabeça, uma mente perturbada por ela mesma, temo sucumbir, e me deixar vencer, por forças estranhas e indomáveis, temo perder o meu ser, e pra trás o sorriso deixar, doce sorriso, inocente, um dia aberto e feliz um sorriso de criança.
Calaram o poeta
e o poeta se calou...
Cortaram seu desejo de poeta
e aquele seu grande amor!
Engoliu o seu talento
e fez clamar em sofrimento.
a solidão daquele ser,
e no silêncio da tristeza,
e na calada da noite,
ele grita por um poema
e com tanta sabedoria,
ele rima o proprio lema.
Mas pra onde foi o poeta?
que no coração lamenta,
o grande amor que perdeu.
E espera na janela,
a sua amada que é tão bela,
mas sabe que não mais
beijará os labios dela!
Lados da vida
Por que complicamos tudo?
Ao bem somos mudos
Enquanto louvamos o mal
Não parece normal
Levamos os problemas a sério
E prendemos as alegrias
Com todo o nosso mistério
Pioramos nossos dias
Adoramos o errado
Reprimimos o certo
Estamos do outro lado
Do fundo estamos perto
A vida depende de nós
Pode ser leve ou atroz
Escolhemos a nossa visão
Que seja a clara então
Somos nosso próprio mestre
Se escolhermos o melhor lado
Por mais que a vida nos teste
Teremos sempre a amado.
Estrada vazia
Como se escuta o coração
Se ele é mudo e sem beleza
Como se segue a razão
Se ao coração ela está presa
Ó grande treva
Que meus olhos cobre
Talvez não seja nobre
Digno de uma trégua
Seguindo essa estrada
Meu sonho se apaga
Incerto a caminhar
Talvez chegue a algum lugar.
Homem bom
O grande homem
Cujos anos não morrem
De filósofo a razão
De poeta o coração
A mão do escultor
Os olhos do pintor
Profundos os valores
Verdadeiros os amores
Coragem de um leão
Céus de um falcão
Crepúsculo do conhecimento
Aurora do tempo
Uma nova ilusão
Uma bela invenção.
Podridão
Falsos profetas
Enviados a sua vida
Cumprindo suas metas
Alegria prometida
Cobras imundas
Amam na presença
E odeiam na ausência
Pouco profundas
Podres megeras
Com um sorriso pior
Que o coração de pedra
De sangue e suor
A mão da besta
Vestida de branco
Acaricia a cabeça
Num torto encanto
Tentam o afastar
Do seu nobre caminho
Sua defesa é lutar
Quebrar os espinhos
Tome muito cuidado
Não caia nas graças
Do mal tão amado
Das malditas traças.
Não sei quem sou.
Nunca soube quem eu fui.
Mas agora sei quem eu hei de ser!
Serei o vento soprando na noite fria.
Serei o canto dos pássaros traduzindo a tristeza do mundo.
Serei as lágrimas que escorrem sobre o rosto de uma triste menina.
Serei as águas quebrando na beira da praia.
Serei os olhos tristes de alguém descontente.
Serei a boca clamando piedade.
Serei o coração sangrando e pedindo igualdade!
Espada de prata
A coroa de prata
Segue a irmã
A espada sonata
A espada imortal
Maior que um clã
Mancha o vitral
O elmo de ouro
Ao sol reluz
É luz do tesouro
Reis sucumbem
Fazem os deuses
Que as terras inundem
Marchando e matando
A estrela do dia
A espada voando
Os homens do mar
Doce ironia
Na água a tombar
O homem dos céus
Bebe o vinho
E cospe o mel
No inferno sozinho
Clama os tronos
Herdeiro de Chronos.
seus olhos que me afogam em brilho
seus olhos que já não me olham mais
a necessidade de saber de você
a necessidade de deixar você
gostaria apenas de uma dose de silencio,
seria possível?
da última vez foi me servido amor...
e só me fez afogar...
quem sabe uma garrafa de ódio, bem batido com raiva de si
a ressaca será dura, porém não será dolorosa
dominando a arte de matar tudo de bom que o cerca,
de destruir tudo q lhe tem afeição
simplesmente tudo....
E em meio às incoerentes linhas dessa vida desordenada vou caminhando me contorcendo entre mais espinhos que flores...
Atiro-me ao primeiro choro, me arrisco ao primeiro soluço, me reviro na cama à procura de algo que nunca tive ou esqueci que tive ou quem sabe tenho e não sei conviver com tal.
Entrego-me a primeira música, sem abreviações me faço completa e pergunto a mim mesma que negócio é esse de ficar assim sempre nessa melancolia de doer. Aonde ando que não me encontro?
Mais um dia à procura de mim mesma nos estreitos vãos da vida.
Ainda não encontrei o lado doce da vida.
Ainda não senti o açúcar melado.
Açúcar pelo qual faria meu paladar.
Sinto o gosto forte do amargo.
O sol nasce cinza
E se põe preto.
Não ouço a benevolência do meu pensamento,
Ouço o fúnebre alarde, um horrível barulho.
Sozinha no escuro,
Sem amparo nem ventura,
Aqui no meu quarto passando apuro,
Deitada na cama tornando-me perjura.
e a chuva chegou,
limpando as lágrimas ocultas
escondendo-as para melhor dissipá-las
e a chuva chegou
limpa, sem trovoadas,
Somente um pequeno estrondo no horizonte
a marcar a sua presença
e a chuva chegou
despida de suor
sem cheiro
sem aroma
sem avisar
assim como você se foi
sem previsão
sem aviso sem compaixão
e a chuva chegou
e com ela a esperança
é que a tristeza e desesperança
sejam tragadas por suas águas,
e limpe nossos mentais e
nossos corações das tristezas e desamores
e a chuva chegou...
Se a lua nossa desce o canto no alpendre
eu sobre o som daquela noite triste
escorro em prantos - uma dor que existe -
a melodia que me sai do ventre.
Canto a certeza de só ter em mente
O que nos braços o desejo clama.
Há dor maior que essa, de quem ama,
que emudece o ato que se sente?
DOR DE POETA, DOR DE PALHAÇO
Eu amo ao ponto de me dar ao sim,
de me vestir de ais, de ser o nunca,
o todo, o meio, começo... enfim.
Eu amo ao tanto que não cabe em mim,
Sonho o instante que não chega; junca.
Meço o começo, mas o que tenho é fim.
SÓ UM PINGO
Um pingo de chuva pode predizer uma tempestade;
Um pingo na pia, virar insônia;
Um pingo no i, esclarecimento ou satisfação.
Um pingo de gente, pode vir a se formar um grande líder;
Um pingo de molho, na camisa branca, fim de festa;
Um pingo de perfume, repulsa ou sedução.
Um pingo de lágrima, expressar alegria.
Um pingo de lágrima, exprimir tristeza.
Um pingo de lágrima, significar saudade.
Um pingo de lágrima, traduzir solidão.
Vou beber uma pinga com mel, gelo e limão.
Lágrimas da Alma
(Jelres Freitas - Dezembro/2012)
Lágrimas da alma,
Se traduzem em pensamentos.
Quão grandes sentimentos,
Quão puros sofrimentos.
Oh Alma Porque Choras?
É uma pena que as palavras sejam finitas
Por mais que sejam bonitas
Me encontro em situação aflita,
Jamais encontrarei guarida
Ao tentar me expressar.
Sentimento que tenta desabrochar,
Mente que hesita em pensar,
Medo de que possa eclodir,
Será que vou eu resistir?
Oh, o que decidir?
Decisão? Difícil de se tomar!
A quem declamar?
Penso, por que preocupar?
Se tudo passa, isto há de passar.
Livro da Estante
Livro velho
Da estante
Faltando páginas
Não é mais
Como antes
Amado
Elogiado
Admirado
Disputado
Mudou
E O mundo
Girou
Aqui estou
Jogado
Amarelado
Amassado
Isolado
De romance
Para drama
Na estante
Ou debaixo
Da cama
Aos poucos
O tempo me acaba
Por dentro
Entre as páginas
Até a capa
Sempre aberto
Agora fechado
Tristeza constante
Como um livro
Jogado na estante.