Texto Sobre Silêncio

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⁠Em alguns dias, o coração aperta e a saudade aparece sem aviso. O silêncio se torna barulhento. A menina ora baixinho, pedindo apenas força, paz e a presença invisível que consola. Ela não busca respostas rápidas, apenas um sinal de que Deus está ouvindo.
E ele está!

- Edna de Andrade

⁠Cebolinha
Um silêncio que gritava entre uma garfada e outra, um almoço que mais parecia um velório, uma despedida. Não como as outras que tiveram nascer do sol, abraços, beijos, mas uma despedida sem palavras.. era ali que eu te perdia. Sei que é para o nosso bem, você me disse mas custo a acreditar que não terei mais você só pra mim, entre as 2:30 até 5:40. Que não será mais meu neném, e que não vai mais chorar ao me ver entrar vestida de noiva no por do sol ao som de No fundo do coração.
Mas isso não é uma despedida, são palavras que eu não consegui e não pude te dizer pessoalmente, nessas horas eu me calo e retraio, igual uma ostra ou uma tartaruga, só queria ir para casa e fingir que nada aconteceu. Como dói não poder levantar e ir para o seu colo, sentir seu cheirinho e ouvir você dizer que vai ficar tudo bem, que vai passar.. eu queria tanto ter te conhecido 10 anos atrás, queria ter a oportunidade de fazer você se apaixonar por mim de novo, ah como eu queria viver novamente o nosso dia 08, acordar ao seu lado foi melhor do que ter aquela vista, uma manhã chuvosa, neblina, friozinho.. que dia perfeito, me senti sua, só sua!!!
Obrigada por fazer parte de mim e me lembrar o quanto eu posso ser feliz e o quanto eu posso ser amada, e principalmente obrigada por permitir que eu entrasse na sua vida em 10, 9,8, 7, 6, 5, 4.. Eu tenho tanta coisa a te dizer mas o tempo não permite, se fosse diferente não seria a gente né.. rsrs
Sempre serei a sua neném, a sua cebolinha.. obrigada por confiar em mim e ser quem você é ao meu lado.
Eu te amo 4ever
não esquece de beber agua pelo amor de Deus!!!

⁠BOM DIA

Que o dia chegue mansinho,
como quem respeita o silêncio das primeiras horas.
Que traga consigo aquele café quente,
um abraço sincero
e a esperança de que, apesar de tudo,
a vida ainda sabe ser bonita.

Que a alma não se perca nas correrias,
nem o coração se esqueça
do quanto é forte, mesmo cansado.
Que a gente encontre paz no agora,
mesmo que os planos estejam lá na frente.

E que a luz que mora dentro da gente
ilumine o caminho — nosso e dos outros.
Porque, no fim das contas,
é sempre sobre espalhar o bem…
mesmo nos dias nublados.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Nem todo dia é leve.
Nem toda manhã chega com o sol.
Há caminhos que pedem silêncio,
outros que exigem força além do que se tem.

Mas, ainda assim… eu sigo.
Com o coração cansado, às vezes.
Com os olhos marejados, muitas vezes.
Mas sigo.

Porque dentro de mim mora uma certeza que não desiste:
o tempo pode ser difícil,
mas existe uma esperança em mim
que não conhece o fim.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Tem coisa linda acontecendo no silêncio,
bem onde os olhos ainda não alcançam.

Enquanto você espera, Deus trabalha.
Enquanto você duvida, Ele já prepara.
E mesmo nos dias em que tudo parece imóvel,
há um amor invisível costurando recomeços.

Confia.
O tempo d’Ele é diferente —
mas sempre chega na hora certa.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Bom dia!
Há sonhos que a gente guarda no silêncio…
mas Deus conhece cada um deles.

Confia.
O que hoje é esperança quietinha,
amanhã pode florescer como milagre.

Fale com Deus logo cedo.
Ele ouve até o que o coração ainda não sabe dizer.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Nem todo recomeço chega com claridade de manhã ensolarada.
Às vezes, ele vem no silêncio de uma oração,
na coragem de levantar da cama
ou no simples gesto de continuar, mesmo cansada.

Porque recomeçar…
é confiar que Deus ainda tem flores onde hoje só há espinhos.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Hoje, o dia amanhece com uma saudade que não tem nome,
daquelas que apertam o peito em silêncio.

Você lembra do cheiro, da risada, dos conselhos,
das coisas simples que agora viraram eternas.
E embora ela não esteja mais ao seu lado,
ela segue viva… em tudo que te habita com amor.

O amor de mãe é semente que não morre.
É raiz que permanece, mesmo quando o tempo passa.

Neste Dia das Mães, que a lembrança seja colo.
Que a fé seja consolo.
E que o coração encontre um jeitinho de agradecer…
por tudo o que foi.
Por tudo o que ficou.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Deus,
obrigada por este instante de paz.
Pelo silêncio que acalma,
pela fé que permanece,
pelos pequenos milagres que passam
sem fazer barulho…
mas tocam o coração da gente.
Que eu nunca me esqueça:
teus cuidados me alcançam,
até quando me distancio de Ti.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Tem bênçãos que nos cercam em silêncio…
Aquelas que chegam disfarçadas de rotina,
de abraço apertado, de respiração tranquila.
Nem sempre conseguimos enxergar,
mas Deus cuida da gente nos detalhes.
No que não faltou,
no que foi leve,
no que parecia pouco, mas sustentou.
A gratidão começa quando a gente entende
que o invisível também é milagre.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Tem coisa que a gente vive plantando em silêncio.
E Deus… ah, Deus tem visto cada semente lançada com fé,
mesmo quando tudo parecia tão árido por dentro.

Não se espante se, de repente, as coisas começarem a florescer.
Isso não é sorte — é colheita.
É resposta suave ao esforço bonito
de quem não desistiu, mesmo cansando.

A vida começa a dar certo devagarinho,
quando o coração entende que Deus nunca deixou de ver.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Os que confiam no Senhor carregam uma paz que não se explica —
um silêncio que acalma,
um tempo que ensina,
e uma esperança que não se cansa.

Mesmo quando o caminho parece incerto,
eles seguem…
com o coração firme
e os olhos voltados para o alto.

Porque sabem:
quem entrega, descansa.
Quem confia, floresce.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna⁠

⁠Vou fechar os olhos e te beijar
Em silêncio profundo...
Auscultando o pulsar do coração
(como se pulsasse dentro e mim)

Vou te dizer em voz baixa o quanto essa distância dói
Vou sussurrar nos seus ouvidos promessas de um amor impossível...
Dizer-te que a minha vida perdeu o sentido sem a sua voz
(como se você estivesse aqui, diante de mim)

Quero te amar e te beijar sem pudor ou reservas vãs
Quero teu olhar me iluminando...
Refletindo a exuberância deste desejo que se sacia apenas em você
(como se não houvesse lhe perdido para sempre)

Casthoro´C

Cada noite é tempo de silêncio, de oração, de nos conectarmos com Deus e deixar que Ele tome as rédeas da nossa vida, nos direcionando para o bem, a paz, a esperança e a alegria!
Que o seu sono seja leve e tranquilo, que você possa descansar e recuperar as energias para o novo dia que chega!
Agradeça por todas as bençãos que foram derramadas sobre você e aqueles com quem conviveu nesse dia!
Seja Grato! MUITO GRATO!
Pois Deus na Sua Eterna Grandeza transformará toda gratidão em conquistas, sucesso e realizações no novo dia que vai nos preparar como um “PRESENTE!”

Bendita seja da Tua Vida!
Bendito seja Deus!
Que Ele te Abençoe…

Boa Noite!

A noite chega, o silêncio, os pensamentos tomam conta. Que frio é esse? Está tão escuro, não consigo ver a luz, tento procurá-la, mas não a encontro.
Quando os pássaros começam a cantar, percebo que um novo dia está a chegar, mas a mente cansada de tanto pensar, já não consegue mais descansar, e tem q continuar a trabalhar . O corpo dói, os olhos pesam, o cansaço consome, mas é o cansaço físico ou mental? Acho que é os dois.
Quando o termina o dia, e a luz começa a se apagar, mais um vez a noite chega e tudo se repete, como um ciclo sem fim.

⁠Você talvez tenha dito:

_Bati em diversas portas, mas nenhuma se abriu, só o silêncio respondeu. Será que ninguém me ouviu? E agora, o que faço? Devo desistir e permanecer no vazio? Não!
Bata à porta de Deus, pois jamais terá o silêncio como resposta. Você ouvirá UM GRANDIOSO PODE ENTRAR.
Permita que Deus seja a sua prioridade e nunca mais precisará bater de porta em porta.

O amor
O amor
Esse silêncio maduro da temperança
Do exagero na confiança
Do saltar vendado
Só para sentir
O amor
Esse velho desordeiro insone
Que arruma o que nos consome
Que nos paira acordados
Só para sorrir
O amor
Esse macio que até machuca
Sempre escolhe ser o nunca
Viver intenso eternizado
Só para suprir
O amor
Que tanto cala quanto prende
Quanto mais usado mais se estende
Ocorre de viver acorrentado
Só para sumir

nos desvaneios da noite, onde o silêncio dança,
guardo segredos profundos, como notas numa pauta.
palavras que se escondem nas sombras do meu ser,
como rios subterrâneos que buscam o mar a renascer.

no vazio do meu peito, habita uma melodia,
revelando sonhos ocultos, teias da fantasia.
segredos que me envolvem, como um manto a me guiar,
num labirinto de mistérios que só eu posso desvendar.

em cada suspiro, em cada olhar que não se vê,
são segredos silenciados, histórias que não pude dizer.
nos traços da minha face, em linhas esculpidas pelo tempo,
reside a alma inquieta, um segredo em cada momento.

e sigo adiante, com sorrisos e máscaras no rosto,
escondendo do mundo as chagas que ainda não foram expostas.
mas na verdade mais íntima, na essência que me faz pulsar,
os segredos se agitam, clamam para se libertar.

e se um dia a coragem me invadir como um vendaval,
desnudarei minha alma, soltarei cada segredo nesse ritual.
para que a verdade, enfim, desabroche como uma flor,
e revele ao mundo inteiro o que guardo com fervor.

pois na escuridão do segredo, há uma força a se erguer,
um fogo que arde e anseia por se fazer conhecer.
e quando finalmente eu abrir o livro do meu ser,
descobrirei a paz que tanto busquei e nunca soube onde obter.

então, envolto em coragem, desvendarei cada véu,
e na música dos segredos, encontrarei meu eu.
pois no fundo de todos nós, há histórias por contar,
e nas entrelinhas da vida, os segredos estão a se revelar.

⁠Na solidão da noite, a alma a sofrer,
A depressão me faz gemer em segredo,
Grito em silêncio, ninguém pode entender,
A dor profunda que carrego, sem enredo.
No eco vazio, minhas lágrimas caem,
Como gotas perdidas, sem destino ou abrigo,
Ninguém ouve meu pranto, os sonhos se desfazem,
Na escuridão da alma, onde me perco e persigo.

Mas há luz na escuridão, ainda posso crer,
Que um dia, alguém irá me entender,
A depressão cederá, e o sorriso irá renascer,
E finalmente, a esperança florescerá no meu ser.

Hora absurda

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso...

Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte...
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto...
Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia..., e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte...

Abre todas as portas e que o vento varra a ideia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões...
Minha alma é uma caverna enchida pela maré cheia,
E a minha ideia de te sonhar uma caravana de histriões...

Chove ouro baço, mas não no lá-fora... É em mim... Sou a Hora,
E a Hora é de assombros e toda ela escombros dela...
Na minha atenção há uma viúva pobre que nunca chora...
No meu céu interior nunca houve uma única estrela...

Hoje o céu é pesado como a ideia de nunca chegar a um porto...
A chuva miúda é vazia... a Hora sabe a ter sido...
Não haver qualquer coisa como leitos para as naus!... Absorto
Em se alhear de si, teu olhar é uma praga sem sentido...

Todas as minhas horas são feitas de jaspe negro,
Minhas ânsias todas talhadas num mármore que não há,
Não é alegria nem dor esta dor com que me alegro,
E a minha bondade inversa não é nem boa nem má...

Os feixes dos lictores abriram-se à beira dos caminhos...
Os pendões das vitórias medievais nem chegaram às cruzadas...
Puseram in-fólios úteis entre as pedras das barricadas...
E a erva cresceu nas vias férreas com viços daninhos...

Ah, como esta hora é velha!... E todas as naus partiram!
Na praia só um cabo morto e uns restos de vela falam
De Longe, das horas do Sul, de onde os nossos sonhos tiram
Aquela angústia de sonhar mais que até para si calam...

O palácio está em ruínas... Dói ver no parque o abandono
Da fonte sem repuxo... Ninguém ergue o olhar da estrada
E sente saudades de si ante aquele lugar-Outono...
Esta paisagem é um manuscrito com a frase mais bela cortada...

A doida partiu todos os candelabros glabros,
Sujou de humano o lago com cartas rasgadas, muitas...
E a minha alma é aquela luz que não mais haverá nos candelabros...
E que querem ao lado aziago minhas ânsias, brisas fortuitas?...

Porque me aflijo e me enfermo?... Deitam-se nuas ao luar
Todas as ninfas... Veio o sol e já tinham partido...
O teu silêncio que me embala é a ideia de naufragar,
E a ideia de a tua voz soar a lira dum Apolo fingido...

Já não há caudas de pavões todas olhos nos jardins de outrora...
As próprias sombras estão mais tristes... Ainda
Há rastos de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora
Um como que eco de passos pela alameda que eis finda...

Todos os ocasos fundiram-se na minha alma...
As relvas de todos os prados foram frescas sob meus pés frios...
Secou em teu olhar a ideia de te julgares calma,
E eu ver isso em ti é um porto sem navios...

Ergueram-se a um tempo todos os remos... Pelo ouro das searas
Passou uma saudade de não serem o mar... Em frente
Ao meu trono de alheamento há gestos com pedras raras...
Minha alma é uma lâmpada que se apagou e ainda está quente...

Ah, e o teu silêncio é um perfil de píncaro ao sol!
Todas as princesas sentiram o seio oprimido...
Da última janela do castelo só um girassol
Se vê, e o sonhar que há outros põe brumas no nosso sentido...

Sermos, e não sermos mais!... Ó leões nascidos na jaula!...
Repique de sinos para além, no Outro Vale... Perto?...
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula...
Porque não há-de ser o Norte o Sul?... O que está descoberto?...

E eu deliro... De repente pauso no que penso... Fito-te
E o teu silêncio é uma cegueira minha... Fito-te e sonho...
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua ideia sabe à lembrança de um sabor de medonho...

Para que não ter por ti desprezo? Porque não perdê-lo?...
Ah, deixa que eu te ignore... O teu silêncio é um leque —
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir, para que a Hora não peque...

Gelaram todas as mãos cruzadas sobre todos os peitos...
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim...
O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim...

Alguém vai entrar pela porta... Sente-se o ar sorrir...
Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgens que tecem...
Ah, o teu tédio é uma estátua de uma mulher que há-de vir,
O perfume que os crisântemos teriam, se o tivessem...

É preciso destruir o propósito de todas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de todas as terras,
Endireitar à força a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras...

Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã — como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...

Suave. como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce...
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito...
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir uma flor murcha a meu peito...

Ah, se fôssemos duas figuras num longínquo vitral!...
Ah, se fôssemos as duas cores de uma bandeira de glória!...
Estátua acéfala posta a um canto, poeirenta pia baptismal,
Pendão de vencidos tendo escrito ao centro este lema — Vitória!

O que é que me tortura?... Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos...
Não sei... Eu sou um doido que estranha a sua própria alma...
Eu fui amado em efígie num país para além dos sonhos...

Fernando Pessoa
Poesias. Lisboa: Ática, 1942.