Texto sobre eu Amo meu Irmao
Eu caio de bossa eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa xingando em nagô
Você que ouve e não fala / Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala / Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
Você que lê e não sabe / Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe / Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
A GRAVIDADE INTERIOR DO EU QUE SE CONTEMPLA.
Do Livro: Primavera De Solidão. ano 1990.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Conhecer a si mesmo não é um ato de curiosidade mas de coragem grave. É um chamamento silencioso que desce às regiões onde a alma se reconhece sem ornamentos. Nesse gesto há algo de ritual antigo como se o espírito precisasse atravessar sucessivas noites para alcançar uma única palavra verdadeira sobre si. Tal travessia não consola. Ela pesa. Ela exige recolhimento disciplina e uma fidelidade austera àquilo que se revela mesmo quando o que se revela é insuportável.
À maneira das grandes elegias interiores o sujeito que se observa descobre que não é senhor do próprio território. Há em si forças obscuras desejos sem nome medos que respiram lentamente à espera de serem reconhecidos. O eu que contempla torna-se estrangeiro em sua própria casa. E é nesse estranhamento que nasce a dor mais refinada pois não há acusador externo nem absolvição possível. O julgamento ocorre no silêncio e a sentença é a lucidez.
O sofrimento aqui não é ruído mas densidade. Ele se instala como uma presença fiel. Há quem o cultive com devoção secreta. Não por prazer mas por hábito. Sofrer torna-se uma forma de permanecer inteiro quando tudo ameaça dissolver-se. Assim o masoquismo psíquico não é escândalo mas estrutura. O indivíduo aprende a morar na própria ferida como quem habita um claustro. Conhecer-se plenamente seria abandonar esse espaço sagrado de dor organizada.
Quando alguém ama e tenta conhecer o outro por dentro rompe-se o cerco. O amor não pergunta se pode entrar. Ele vê. Ele nomeia. Ele permanece. E justamente por isso é rejeitado. Não porque fere mas porque revela. Ser amado é ser visto onde se preferia permanecer oculto. O outro torna-se espelho e nenhum espelho é inocente. Ele devolve aquilo que foi esquecido de propósito.
Há então uma violência silenciosa contra quem ama. Um afastamento que se disfarça de defesa. O amado é punido por tentar compreender. O gesto mais alto de amor torna-se ameaça. Como nos poemas mais sombrios da tradição lírica a alma prefere a solidão conhecida ao risco da comunhão. Pois compartilhar o precipício exige uma coragem que poucos possuem.
Essa recusa não é fraqueza simples. É lucidez sem esperança. É saber que o autoconhecimento não traz salvação imediata apenas responsabilidade. Ver-se é assumir-se. E assumir-se é perder todas as desculpas. Por isso tantos recuam no limiar. Permanecem à porta da própria verdade como sentinelas cansadas que temem entrar.
Ainda assim há uma nobreza trágica nesse esforço interrompido. Pois mesmo falhando o ser humano demonstra que pressente algo maior em si. Algo que exige recolhimento silêncio e um tempo longo de maturação. Como frutos que amadurecem na sombra a alma só se oferece inteira quando aceita a noite como condição.
Conhecer-se é um trabalho lento sem aplausos. Um exercício de escuta profunda em que cada resposta gera novas perguntas. Não há triunfo. Há apenas a dignidade de permanecer fiel à própria busca mesmo quando ela dói. E talvez seja nesse permanecer que o espírito encontra sua forma mais alta não na fuga da dor mas na capacidade de atravessá la com consciência e gravidade.
Noite Menina!!!
Vejo hoje a noite menina ainda
inspirando sonhos
e eu um palhaço, um bobo risonho
acreditando nesta noite tão linda.
Ah! Doce ilusão de um coitado
outra noite dessas enebriantes
fascina meu ser, este esplendor delirante
quais aquelas outras noites do passado.
A lua novamente me encanta, enfeitiça e brilha
meu coração pulsa pleno qual dono de si
mas me encontro só, nesta ilha.
Esta noite menina tem mistérios que "inda" não descobri
me envolve, me chama e mesmo sendo armadilha
vou rasgar teu véu, e quando ela se for verei que outra vez me iludi.
Eu Quis Falar de Amor!!!
Um dia eu quis falar de amor
Fui entendido por poucos
Quis também falar de saudade
muitos me chamaram de louco.
Mas vi e ainda vejo tanto sangue derramado em vão
frio suor escorrendo de rostos esperançosos na luta
Vi tantas lágrimas mostrando-me que quem tem coração,
perde, ganha, sonha, vive, mesmo que árdua seja a labuta.
Se os ditos humanos, malditos insanos se expressam calados
algum sentimento ainda os move!
Então eu concluo nestas linhas que tantos dirão:-"Este eu excluo"
que o amor em todo o seu esplendor
ainda deve ser divulgado sim e de forma intensa,
enfim o amor é o combustível que eleva e enleva o ser
até mesmo quem não o percebe em si próprio ali está o amor!!!W. Lira
Antes da curva da estrada
eu sabia bem pouco ou quase nada
então em minha mente se desenhava um quadro
sem formas precisas, nada de exato
então eu me calei, me silenciei mesmo
e como o silêncio foi terrível! Não me fez nada bem
O silêncio trancou até meu próprio riso
que em vários momentos foi o alívio para outros e também para mim!
Mas pelo menos agora ressurjo do "nada"
esperando que após a próxima alvorada o canto dos pássaros me alegre um pouco como antes.
A dor é efêmera, passageira
e não vai ser na estação primeira que vou abandonar a embarcação
conto com você, conto com Deus e comigo
pois sei que somente assim eu consigo
passar por tudo sem me entregar à solidão
Ainda estou na curva da estrada
fazendo minha parte, ou quase nada
mas caminhando sempre, deixarei boas marcas neste chão.
Por isso eu digo:
"o Homem não nasceu para viver isolado"
que chore suas dores, que sofra calado,
mas jamais negue um sorriso, uma palavra amiga à quem disso precise.
WagnerLira
Aquele doce devaneio
Meus pensamentos não são ameaçadores ou úteis
Por que é que eu penso tanto?
Tráfegos de pensamentos constantes
Que coisa mais agonizante
Até que tento uma relação amigável
Afinal, eles moram em mim
Será só parte de minha tagarelice?
Alguns, eu admito, são apenas burrices
São tantos que tive que cataloga-los
Encontrei um tolo por si próprio
Então um fenômeno raro aconteceu
Foi no meio dele que você apareceu
Você é grande demais pra um catálogo
Hooo... mas que caráleo
Um grilo verde grilou na minha mente
Será que estou demente
Cabelos às vezes lisos
E sempre lindamente enrolados
Sorriso doce, tentando esconder os dentes
Olhar meigo, bem diferente
Fiquei grilada
Formiguinhas enfileiradas
Por um instante paralisei
Até na cor do seu esmalte reparei
Eu disse que às vezes é burrice
"Que pensamento tonto", alguns diriam
Sem minha plena atenção
Jamais existiriam
"Não caio na tolice de ser sincera" - Clarice Lispector
Haaa Clarice, quisera eu não ser tão tola
Dizem por aí que a verdade é relativa
A minha é grosseria, presunção e, às vezes, acham que é mentira
Pensando bem, realmente tudo é relativo
Uma mentira altruísta é boa
Seria melhor uma verdade avassaladora?
Te dou a felicidade da mentira?
Ou a dor da verdade?
E fazendo isso, o que eu me dou?
A mentira é penosa para mim
Já a verdade trás leveza
Algumas doem de modo doce
Como um descuido ao tomar uma xícara de café
Quando está muito quente
Perde o paladar por alguns minutos
Mas não deixo de tomar o doce café amargo
E quem diria que neste momento da minha vida eu sentiria que estou aprendendo andar...
Hoje consegui me equilibrar em um móvel e dar um passo sem cair, meus olhos ficaram úmidos por um momento, mas isso não me impediu de ver meus erros.
O passo era curto e ligeiramente desequilibrado, mas ainda assim um passo.
Segurei meu próprio braço, me alimentei com meu próprio sal e desfrutei de meu doce néctar.
Comecei do zero.
E se você vier até mim agora, tentando se edificar com sua vaidade, encontrará um rosto cheio de nada a oferecer, verá o espelho de suas atitudes cheias de si e razões vazias.
Não te ofereço o meu néctar nem o meu alimento, vou lhe dar o que me ofereceu, as mesmas palavras doces sem atitudes... e o mesmo argumento fútil no meio do meu egoísmo.
Precisa haver uma consistência de algo que me mostre que é verdade.
Eu já fiz isso enumeras vezes, me arranquei de espaços sem olhar para trás.
As vezes o espaço que me colocavam era tão grande, que me sentia pequena e outras era minúsculo, nem me encolhendo eu caberia.
Mas desta vez, você que não quis ficar no cantinho que reservei pra ti, também não olhou para trás.
Me fiz amparo, paciência, e peguei no colo seus traumas, como se pega uma criança indefesa, com todo cuidado que pude. Quando você por medo, perdeu sua razão, eu a devolvi.
Quando eu por medo perdi a minha, você se foi.
E acho que tudo bem, vai ficar tudo bem.
Voltei e olhei seu cantinho sem você, só com lembranças... e porra, como doeu.
Parei, pensei e chorei...
Então essa é a dor, falavam mesmo que doía e eu não entendia.
Agora está vindo de dentro de mim, começou pelo estômago, mas no estômago?
Me lembro muito bem, falavam que vinham do coração, que confusão.
Será karma ou minha mente está me pregando uma peça?
Loucura... Será que estou tentando explicar o inexplicável?
A dor de ter levado um soco no estômago, sem o soco, é bem real pra mim.
Eu sei, devemos nos adaptar a diversas situações da nossa vida, criando diferentes versões de nós mesmos, para diferentes momentos.
Mas esta minha cópia corrompida insiste em estar presente em todos.
É como se você não me deixasse sair disso
Porque eu não consigo tirar você da minha cabeça
Vou apagar onde eu ainda consigo
E não há como voltar atrás
Eu nunca voltaria para onde já fui ferida
É incrível como você me fez sentir como se não fosse grande coisa por um tempo.
Minha dança
Eles me dão um roteiro, querem que eu seja um personagem coadjuvante na história deles
Uma rainha quieta que só parece se gabar das conquistas do rei
Querem fazer de mim o que não sou, não sou assim
De rainha virei bruxa, que engraçado
Um simples romance virou uma comédia de terror
Todo mundo ficou em pânico
Mas só porque tentaram me fazer igual
Óbvio que não aceitei
Rainha que recebe em silêncio, que nega todo o seu poder e majestade, para viver na sombra dos fracos.
Mas sinceramente, gosto de ser diferente
Não aceito meio respeito e amores imaginários
Não posso voar com os pés no chão, mas querem me amarrar a uma bola de ferro no tornozelo
Já fui prisioneira
Então não me veem com fórmula de amor, clichês baratos que imitam novelas
Não me mostre o que você quer de mim, eu não faço o que você diz ser apropriado
Sigo meu coração sem uma interpretação ensaiada
Minha vida é uma dança improvisada;
Eu escolho te amar toda manhã,
Nascer e renascer no amor, sem partir.
É viver a beleza que encontrei em teus olhos,
É desfrutar da tranquilidade que recebi em teus abraços.
Porque escolho te amar todos os dias,
Teus sorrisos, tuas lágrimas, nossas alegrias.
No abraço eterno dos nossos corações,
Encontro o significado, a razão que nunca se desfaz.
Te amar é um compromisso com a felicidade,
É me entregar completamente, sem hesitar.
Porque escolho te amar todos os dias,
Amar você é a essência, a poesia eterna.
Quando eu olho para além de mim, busco sonhos e desejos que parecem distantes. No entanto, ao voltar minha atenção para dentro de mim mesma, conecto-me com quem eu realmente sou. É como se eu descobrisse algo essencial sobre mim e sobre a vida.
Nesse movimento, encontro o centro do meu ser, aquilo que muitas vezes fica esquecido na busca por coisas exteriores. Esse olhar interior me traz clareza, revelando o que genuinamente importa, despertando-me para uma compreensão profunda da vida e do que me faz plena.
Assim, esse mergulho interior me leva a uma jornada de descoberta, onde encontro minha verdadeira natureza, aquela que vai além das aparências e me conecta com algo maior, algo que transcende o passageiro e me ancora na essência pura do ser.
Às vezes, a dor da perda chega antes mesmo do adeus final. Eu lutei, tentei segurar, mas chegou a hora de soltar. Não foi por falta de amor, foi porque entendi que continuar seria me perder junto.
Dizem que, depois que alguém se vai, só lembramos das coisas boas. Talvez seja verdade, porque ninguém é só sombra, sempre há um pouco de luz em cada um de nós. Ele teve os seus momentos também, mesmo que não tenha enxergado o quanto o amávamos e desejávamos o seu bem.
Por amor, me afastei. Nem sempre estar perto é o melhor que podemos fazer. E eu sabia que, se ficasse, poderia causar mais dor do que cura. Foi difícil, mas necessário.
Eu orei para que Deus mostrasse o caminho, mas sei que cada um de nós escolhe a sua própria estrada. Ainda assim, acredito que, em algum lugar, em outra vida, vamos nos reencontrar, mais sábios, mais em paz. E quando isso acontecer, vamos olhar para trás e ver que, apesar de tudo, viver valeu a pena.
Dezembro, é você de novo.
Chegou devagar, como quem não quer nada, mas eu já esperava. Você sempre vem, com esse jeito meio manso, meio cruel, trazendo memórias que eu tento esquecer e esperanças que mal sei onde guardar. Tipo um amigo que senta do seu lado e pergunta: "E aí, como foi?" Foi um ano pesado, sabe? Não vou mentir. Tropecei em mim mesma mais vezes do que consigo contar. Teve dias em que levantar parecia inútil, porque tudo doía. A alma, o corpo, até o silêncio.
Eu perdi pessoas que pensei que seriam eternas. Perdi sonhos que eram meu chão. Perdi partes de mim que eu achava fundamentais. E, no meio de tudo isso, descobri uma coisa: perder é também um jeito de encontrar. O que sobrou é mais forte, mais vivo. Sobrou o essencial.
E agora você vem, dezembro, me encarando como se esperasse respostas. Eu não tenho. Tenho cicatrizes, tenho histórias, tenho um cansaço bonito que me lembra que sobreviver é, em si, uma conquista. Não quero grandes coisas de você. Não quero promessas, pedidos de desculpas, nem luzes piscando, nem palavras vazias. Quero o que é real. Quero viver cada dia como se fosse um ensaio desajeitado pra algo maior.
Quero sentar no chão da sala com quem importa e sentir o peso das risadas verdadeiras. Quero andar descalça pelo que resta de mim, descobrir se ainda há espaço pra algo novo. E, principalmente, quero parar de segurar o que já não cabe mais. Mágoas, medos, esses fantasmas insistentes que não pagam aluguel... Vou abrir as janelas, dezembro. Eles que saiam.
Você é o fim, mas também é um começo disfarçado. Me dá coragem pra abrir as portas certas, fechar as erradas e trancar bem. Me dá a chance de existir com menos pressa, de sentir sem medo, de ser sem pedir desculpas.
Então vem, dezembro. Não corri atrás de você nem te esperei de braços cruzados. Estou pronta pra fechar essa página com dignidade, com aprendizado, e com o coração mais cheio de mim mesma.
Encarar 2024 de cabeça erguida foi o gesto mais corajoso que consegui entregar a mim mesma.
Chuva de Domingo na Antena
O mundo era em tom pastel
e a tarde durava um mês.
Eu desenhava aviões no caderno
enquanto o ventilador cortava o verão.
Lembro do barulho do clique
ao devolver o fone ao orelhão.
A espera por um sinal de vida
que vinha através de um fio.
Agora o silêncio é diferente.
É um zumbido de tela vazia,
um feed que rolo sem destino,
procurando o cheiro de terra molhada
que anunciava a tempestade.
Pai, eu não sou pai, mas sei o que é ser um pai, pois eu cheguei ver o amor que ele tinha por mim, o meu pai não foi apenas uma figura mas o homem que me causou disciplina, e toda reverência eu fazia à ele, estava disposto à entrar na frente de uma bala por mim, o incentivo à lutar, e a busca por informação e educação, encarar as adversidades da vida e como ele dizia "a vida vai te bater doído, mas por favor não caia" ele falava olhando dentro de meus olhos, começou à apertar as lições conforme fui crescendo. Uma vez fiz uma pergunta incisiva: pai, por que o meu treino é mais puxado? Ele sorriu de leve mas não mudou a expressão séria e foi enfático: "porque você é o último, e vai precisar muito mais que os outros, deve andar com seus próprios pés em um terreno espinhoso e pedregoso que é este mundo, e em muitas vezes estará sozinho".
Essa foi uma das falas mais poéticas de meu herói, me falava às vezes com metáforas, mas sempre direto, precisei criar calos, e em seu leito de morte ele confessou estar orgulhoso de mim e que eu subi um nível acima dele, me disse que eu estava cheiroso e perguntou sobre meu trabalho, e que talvez não estaria em minha formatura, derramou uma pequena lágrima e sorriu, disse que eu estava pronto e que a luta estava prestes à começar, no dia seguinte partiu o herói viúvo, o homem que fez minha mamadeira e trocou minhas fraldas, desde meus dois anos e oito meses até quase os dezesseis.
Pai, acima de ti, Deus o fez para me ensinar e viver o melhor dessa vida, lhe agradeço por toda minha vida, muito obrigado mestre.
Desejo à todos os papais a maior longevidade, muita saúde e paz, pois o melhor da vida é ser um pai de uma família muito amada, que respeitem suas esposas pois elas são a causadora de sua harmonia, e seus filhos o seu maior tesouro.
ÁRVORES, NOSSAS ÁRVORES
"Eu penso muito nas árvores, da pureza delas, fiéis sentinelas da paz e do caos. O escândalo do Silêncio delas, o ar que nos renova, o verde alaranjado de um punhado de luz do fim do dia.
Algumas tem espinhos, mas entre eles frutos.(à de valer a dor dos espinhos?).
Algumas tem flores, mas não vão além da sua beleza.
Algumas são amargas, mas nelas á o poder da cura, como são necessárias!
Algumas em sua grandeza, tocam o céu. (consegue ver? e aplaudir daí de baixo?)
Árvores nossas árvores, cuja sombra é livre da fome e da miséria.
Em suas raízes encontrei morte e vida. Em seus galhos lar e proteção para os que voam, que por tamanha gratidão, entoam canções em teu nome, toda manhã.
Felizes os que encontram paz e vigor, em tuas sombras."
Eu seria um privilegiado
se estivesse contigo na praia ignorando o passar do tempo, desfrutando de momentos agradáveis num dia lindo, ensolarado,
repletode calorosos sentimentos, começaríamos cedo
e iríamos até o final da tarde
com o sol se despedindo.
Ah! Quem dera que isso se tornasse verdade, certamente, seria inesquecível.
Quiçá, eu já esteja acostumado
com a tua dualidade,
apesar da dificuldade
de compreender-te de verdade
com as tuas mudanças
repentinas de ânimos,
quase sempre, um mistério
a ser desvendado,
minha mente é perturbada,
sinto-me instigado,
os sorrisos e outras reações intensasque tenho provado
mostram que tenho acertado
mais do que errado
tanto que, mesmo com meus erros,
tu mostras interesse,
a tua intensidade é evidente
e eletrizante,
mantém a chama
da minha vontade acesa,
sei que é arriscado,
mas tem sido minha agradável surpresa.
