Texto sobre eu Amo meu Irmao

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"O Mundo é muito ruim
E a vida não é bonita
Deus é um cara muito distante
e não vê o que eu faço
nem sabe o que eu penso
hoje há de ser um dia
bem pior que ontem
não tenho nada pra agradecer"
E foi por pensar assim
Que passaram-se os dias
E muita gente parou no meio...
a vida seguiu sozinha
tornou-se vazia
Um dia o pano cai
mas a mente não muda
Os sonhos são varridos pela chuva
Os livros que foram lidos...esquece
agora as preces são apenas
pra que o dia não tivesse amanhecido
ou que o rio não tivesse passado
Em momentos assim
Saltam aos olhos as diferenças
Entre a mente aberta e a cabeça vazia
A vida da gente
Chega a ser inexistente
O presente é apenas
Algo que alguém desejou
A cortina se abriu
O rio correu
de gota em gota
pensamento em pensamento
palavra em palavra
o veneno transborda
e não existe outro veneno
pra curar ou ferir
Foi só abrir a janela pra saber
Que novamente não havia Sol
Pois o Sol que irradia mais forte
É o que brilha lá dentro da gente
O caminho tornou-se uma trilha
Perceba
Que as voltas do mundo
vão mudando tudo de lugar
E o passado Deus não muda
Perceba que a paz
não se resume a uma palavra
quem planta mentiras não colhe verdades
e quem semeia ilusão
há de colher desilusões.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Eu hoje acordei mais tarde
Pra falar a verdade
Não sei dizer se eu dormi
E enquanto aqui
Tranquei-me em meu escuro
Apagado em mim mesmo
Sem sentido ou ressentimento
Me anulo
Pensando em palavras bonitas
Que agora não coadunam
Porquanto jamais foram ditas
Nesse instante eu concluo
Que o ouro, em certas horas
Acaba por ser o mais importante
Mas verdade
Isso
Se diz...ou não
Promessas se perde de vista
Coração, se comove ou magoa
Riquezas se acumula
Mas amor ...
Amor se conquista
Uma vez conquistado, se preserva
Pra preservar se respeita
Amor desleal
Pé descalço deslizando em lamaçal
despedaçar joia rara
não ouvir som de lira
Fazer em cacos cristal
Tem coisas na vida
Que transformam beleza em coisa
E enquanto coisa
Torna-se a tudo mais um
Na vala comum
Um mais um não tem diferença
Apesar de tudo que se pensa
Foi-se a graça, não faz mal
Não passa de coisa igual
.
Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu me vejo pensando
Que coisa mais desprezível
Ter nascido na condição Humana
Raça sem jeito
Se olhar direito
Dificilmente alguém se salva
Mas estão todos certos
Nos seus tortos argumentos
Praticamente perfeitos
Se lhes damos ouvidos
Em suas teses e pontos de vista
É uma conquista pessoal
Pra nós mesmos
Qualidades que vão ao longe
dá até pra perdê-las de vista
Pessoas tão desprendidas
Abrem mão de tudo
O tempo todo
Pra logo em seguida
Abarcar a tudo que é seu por direito
E um pouco mais
Usando os dois braços
E mais aquela mão, que estava aberta
Certos das suas convicções
Que quase me convencem
Pois a sua razão
É sempre a razão mais certa
Sabem sempre de tudo
Sempre sabem onde vão
Cobertos de razão
Imbuídos de certeza
Pobre gente
Eternamente perdida!

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

O Livro da Vida.

Eu não conheço
Nem nome e nem endereço
de todos que merecem confiança
Não sei diferenciar
Quem vive calcado em esperança
Daqueles que se vendem por qualquer preço
Sei que existem também
Pessoas que se dão de graça
Pelo apego à desfaçatez
E prazer egoísta em ser um nada
Não conheço o nome das Estrelas
Nem o nome das flores
Elas são Flores e Estrelas do mesmo jeito
A despeito do que quer que se pense
Então procuro não pensar
Tento também viver minha vida
Sabendo que um dia vou prestar contas
Por cada palavra, cada gesto
e cada pensamento
de resto
Pouco importa ao mundo
Aquilo que eu sinto
Cada um segue mentindo
A seu modo
E do seu jeito
Minha vida diz respeito a mim
Mesmo assim
Eu me respeito
Não me dou ao direito
de julgar nada que sei
Não me cabe
Meu compromisso é com Deus
E sei que Ele também sabe
E percebe melhor que eu.
Os dia correm
O tempo passa
Prossegue a vida
Nessas idas e vindas
Tudo prossegue só de ida
Cada gesto e cada palavra
Cada resto de mentira oculta
Escritos no livro da vida
Um dia tudo se desdobra
A cada um
Conforme as sua obras

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Vida sem dor

Faz tempo que venho fugindo
de coisas que se sente
Se as sinto, minto pra mim
Eu não vim a este mundo pra sofrer
Creio ser correto ter receio de amar
Odiar, esperar, confiar e querer
Assim eu não sinto mais dor
Faz um tempo que não sei o que sentir
Não penso em ninguém
Se alguém pensa em mim eu não sei
Não amo, não odeio
Não confio e nem receio
Olho a chuva na janela
Estrelas na madrugada
Luz da Lua na varanda
Não penso nela
Não sinto nada
Quem manda no coração sou eu
Mas ele não mais me escuta
Por faltar uma razão
Meu coração morreu

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Eu olho pro mundo e penso
No quanto me sinto propenso
A não ver
Muita coisa que me alegre
Tempos tristes
Gente sem graça, mérito e nem talento
Tento entregar às estrelas
Todo o crédito dos meus olhares
Milhares de brilhos
Crias de Deus
Emanando alegrias aos pares
Purpurinas com as quais
O Nosso Grande Criador
Põe beleza no espaço
Em nosso derredor
Nos ensinando em silêncio
Que por menos maus um dia sejamos
Jamais faremos nada igual
nem perto de parecido
Me sinto perdido
Nesse pequeno pedaço
de espaço esquecido, em meio ao nada
Satisfeito
e ao mesmo tempo triste
Por saber que existe
Um número imensurárel de quasares,
Incontáveis bilhões de Pulsares emersos
Em um imenso Oceano de Estrelas
Todas elas pra lá de belas
Porquanto inversamente
Permanecem simples e singelas
Quais divinas aquarelas
Retratadas lá no Céu
Antes de fechar minha janela
Eu penso
Que em tamanho e infinitude
Três grandezas serão comparáveis:
A Perfeição do Deus,
Em sua explicação silenciosa
A Beleza do Universo
Justificando a razão de o ser
E a estupidez Humana
Sem razão e nem porquê.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu fico aqui pensando
Pra onde será que vai
E de onde será que veio
Aquilo que compõe a vida
Pois a cada instante que passa
A gente tá sempre
em meio a dois tempos
Não há nada que nos faça
Nem ir junto e nem voltar
Um dia acaba, outro começa
O horizonte sai do prumo
Os assuntos tomando outros rumos
O vento sopra, a folha cai
E qual fosse uma espécie de magia
Haverá de nascer amanhã
Outro e outro e outro dia
Sem se dar conta ou atenção
A gente vai vivendo isso
E, enquanto vivo
Nem tenta entender o motivo
Simplesmente vai vivendo
Com tristeza ou alegria
Tudo depende
Se aprendeu
A enxergar o que olha
Quando vê que lá vem outro dia
Simples e prosaico
Rotineiro e nem por isso, menos raro
Raro, porque não volta
A vida parece
Nem sair do lugar
Mas a cada uma
dessas voltas que o mundo dá
Conta outro dia vivido
Você simplesmente o vive,
mas não compreende a vida
Num momento
Está de chegada
E num instante
Está de partida
Maldito presente
Sempre a dividir o nosso tempo
Em antes e depois
Além desses dois
Há outros dois milhões
de pedaços do seu coração
Que você despedaçou
Ao tentar juntar
As peças que não se encaixam
Tamanha pressa de viver
Os dois tempos
Trocando de lado
Você perdido lá no meio
Sem saber se vai ou já veio
No âmago da questão
Se esconde o encanto, o triste encanto
Em saber que a vida existe
Mas passa depressa como um relâmpago
Um raio que cai distante e de madrugada
Sempre na hora
Em que a janela estiver fechada
E quando decide olhar
descobre que não viveu
E nem há mais tempo pra nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Anoitece outra vez
Acaba mês, começa dia
Se eu conhecesse a verdade
Contava pra todo mundo
O valor de cada segundo corrente
Existente roda do tempo
Onde cada momento
Representa a uma ínfima engrenagem
Um fragmento de fração
Eu penso em nem pensar, mas penso
No silêncio do relógio, que tiquetaqueia
Permeando o bojo da vida
Fortalecendo o fraquejar da vontade
Que eu sei, haverão de ecoar
Por toda uma eternidade
Perdidas, irremediavelmente perdidas
Por detrás do vidro convexo
Que expõe pra todos nós
E ao mesmo tempo nos afasta
Dessa relógio gigante, chamado Universo.
Impedindo-nos de tocar nos ponteiros
E parar, nem que fosse por um único instante
O tempo que se vai ...e nos arrasta
Pra algum lugar muito além
de qualquer coisa que talvez
Alguém pense em chamar de fim
E enquanto isso
Amanhece outra vez.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eis que eu aqui
Calado, esquecido
Perdido e desarvorado
Eis que eu
Escondido às sombras
Nas penumbras do passado
do qual eu me escondia
Sem nem saber
Que o presente também sabia
Brincar de pique-esconde
E mais do que todo mundo
Sabe onde procurar
Por certo
Apesar de distante
Diante dos resultados
Agora a gente também sabe
Que ele esteve sempre perto
Pois
Perante a rapidez da vida
Não havia como estar tão longe
ou se esconder
da hora de ir embora
quando a mãe chamar
Só agora a gente vê
A inútil futilidade
do lugar onde se esconde
Eis-me aqui.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Hoje, assim como era antes
Eu cheguei ao lugar
Onde prossegue a espera
Mas agora eu entendo
Que não há como chegar
Ao final da jornada
Simplesmente porque
Ela não tem um fim
Me faltava saber
Que eu só preciso encontrar
O caminho que leva até mim
Neste momento eu contemplo
As dobras que fizemos
Nas mangas do tempo
Pensando em pôr as mãos à obra
Enquanto não sabíamos
Que nos cabia saber
Mas agora eu sei
Que não nos cabe ainda
Porque nunca saberemos
Antes que o tempo derrube
As colunas do Universo
E o Céu desabe sobre nós
E acabe por fazer
O que não foi feito
Do jeito perfeito
Que tanto queremos
Pode ser que ali na esquina
Debaixo daquela escada
Esteja escondido
O segredo da vida.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Agora, assim como era antes
Não posso chegar
Ao lugar que se espera
Hoje eu entendo
Que não vou alcançar
O final da jornada
Porque
O final sou eu
Entre tudo mais que existe
Só o tempo não é eterno
Ele apenas corre eternamente
As fronteiras erigidas
Estão todas em mim
Como o vento
A soprar por sob as asas
A sustentar o voo
Enquanto a vida passa
As dobras que fizemos
Nas mangas do tempo
São apenas pra descobrir
Que existem coisas bem pequenas
Que não nos cabe saber
Nunca as saberemos
Até que o tempo corroa os alicerces
Que sustentam a esse
E a tantos outros Universos
Pra que o Céu desabe sobre nós
E acabe por tornar perfeita
A perfeição corrompida
Pelos nossos olhares tortos
Quero crer que ali na esquina
Debaixo daquela escada
Pode ser que esteja
Escondido
O segredo da vida.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu me lembro
Que quando em criança
Eu morei pertinho
de um pé de pitanga
Eu olho que passou-se
A vida inteira
Mas o cheiro das folhas fica
Se Deus nos fizesse alados
Quem sabe a gente não sofresse tanto
E se Deus nos quisesse atrelados à terra
Teria nos dado raízes
Assim, de certa forma, estariamos bem mais felizes
Mas quis Deus nos dar pensamento
Qualidade irracional
que nos dota de um medo
Medo da mentira e da verdade
E então Deus nos viu
Inventar a pedrada
Criar o machado e fazer a gaiola
Pra depois usar em nós mesmos
Se olhar direito
O resumo da vida é isso
e mais nada
Hoje eu vejo
Passarinho e a pitangueira
Bem mais contentes que nós,
De alguma maneira compreendem
Que a vida é algo mais além
Mas aquilo que eles sabem
Ninguém nunca vai saber
A coisa engraçada da simplicidade
É exatamente perceber
O quanto ela pode ser complicada
Me resta a esperança
de um dia acordar
Novamente criança
E voar como um passarinho
Pro ninho da pitangueira
Sem medo de pedrada
Que não há de importar em nada
E ser feliz por toda uma vida

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Pensamento
Eu pego uma porção
Do silêncio que me acaricia
Divido em pequenos momentos
Escolho a parte mais bonita
E depois eu a guardo
No mesmo lugar, onde durante uma vida
Eu sempre procurei guardar
Um sorriso reservado
Pra tantas alegrias sinceras
Que ainda estão ali, guardadas
Divididas
Entre um e outro pensamento
Embrulhadas em porções
de pequenos momentos
À espera do esquecimento
Visitadas amiúde
Tão somente
Pelo som desse silêncio
Que tristemente me acaricia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

No som do silêncio
Eu ouço o ruído
das coisas que penso
Muita coisa faz sentido
Outras apenas se sente
E tanto se sente
Que o corpo fica dormente
O som do silêncio
Se torna um zunido
Uma coisa constante
Como as coisas que penso
E se penso tanto agora
Talvez seja porque não pensei
Quando era hora
A hora voa
Flutua no som do silêncio
Talvez a vida não seja boa
O mente atordoa e se esquece
Talvez de cansaço
Talvez seja entrega
Tarde demais pra pensar na vida
Ouvindo cada vez mais longe
O ruído das coisas distantes
Que mereciam ter sido esquecidas
Adormeço ao som do silêncio.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Veja sim
O Mal em mim
Pés que pisam em flores
Porém
Outros pés
Pisam sementes
Eu ouço a tudo calado
O Mal, por demais ocupado
Lançando fora os pomos colhidos
Chega a ser tão triste
A mesma história repetida
Desencontros marcados
Aquilo que queria
Sem saber que queria
A terra, o Sol, as sementes
Os pés que as pisaram
Hoje, olhei pro Céu
O Sol ainda arde
Hoje, lembrei de palavras
Há muito esquecidas
Ainda guardadas
Nada vai mudar tua decisão
Então
Não pense no mal que há em mim
Olhe pra dentro
E assim
Pés, sementes, tempo, vida
Hoje o Sol ainda arde
Agora é outro dia
O tempo que não se viu
Nem se quis o que se queria
Longe vai
A vida passou
O Sol se põe
Tarde
Agora é tarde.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

O tempo é ferrugem
No metal da vida
A água foi sob a ponte
Um pássaro que eu nunca vi
Cantando perto da janela
Outras flores que surgem
A vida passa
Seja ela
cheia ou vazia
A lenha queima na fogueira
Ofusca a estrela lá no Céu
Um dia
de todas as estrelas que se vê no Céu
Restarão somente cinzas
Outras estrelas surgirão
Outro chão
Outros Céus
Outras vidas
Devagar e lentamente
Mas a gente nunca dispõe
de tanto tempo assim
Pra prestar atenção que nosso tempo
Diante do tempo
é nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

De tudo que sei na vida
Agora eu me pergunto
O que será que sei
Das coisas que eu aprendi
O que será que seria
Se não tivesse sido desse jeito
Dos caminhos onde andei
Onde será que eu estaria
Se nunca tivesse pisado
Nos caminhos onde andei
Sobre os sonhos que sonhei
Não me pergunto nada
Pois cada um de nós
Um dia desejou estar distante
de onde queria estar
E desse imensurável tanto
de nada que assimilei
Uma quantidade enorme de perguntas
Muitas
Cujas respostas
Não sei.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Bastava-me bem pouco
Estava eu pensando
Que tanto sonhei
E tanto fiz pra conseguir
Agora eu compreendo
Que com muito pouco se vive
E com bem menos ainda
Era provável ser feliz
Hoje fez uma tarde tão linda
Mas a vida já passou
Vai longe
Bastava-me bem pouco
A loucura do mundo negou
Por medo, vaidade
Por amor às próprias verdades
À guisa de insanidade
À cata do que não precisa
Creio que nunca saberemos
Viveremos sempre sós e todos juntos
Morreremos, pois a vida mata
Pra num último momento perceber
Que fomos todos loucos
Pois só possuíamos
O tempo que passou
Dizem que somente nessa hora
Percebemos
Que bastava-nos bem pouco
Do pouco que nós quisemos
Nunca tivemos
E jamais teremos.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Pensamentos
Momento a momento
Um novo pensamento
Um mesmo velho pensamento
É como eu puxasse a algo
Que voltasse sempre ileso
E amarrado em um barbante
Monoideista
Coração egoísta
Lealdade insistente
Isso foi ontem
Tudo aquilo foi antes
Mas eu não posso ser eu mesmo
Sendo apenas eu somente
Se o dia de ontem
Não estiver lá amanhã
Nada vai restar de mim
Além desses pensamentos
Instante a instante
Presos insistentes
A um barbante
Invisível
Sempre ileso.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Impossível dizer
Se foi difícil chegar até aqui
Eu fiz tudo do jeito que era preciso
Até não precisarem mais de mim
Então, de repente
Eu olhei e me vi
Percebi um pássaro sem nome
Cantando uma canção antiga
Um cântaro sem água
Uma toalha de mesa
Desenhada de morangos
Uma longa estrada, que ficou pra trás
Meus passos apagados pelo vento
A cada novo passo
Um telhado, uma casa, um passado
O pássaro bateu as asas
Levando consigo
Aquela bela canção
Tão estranha, tão antiga
Não há tarde, não há festa, não há dança
Um desnível na calçada
Uma queda por distração
Impossível dizer
Se foi difícil chegar aqui
Também não há quem ouvir
Além do som da leve brisa
Entrando pelas frestas do telhado
Melhor deixar de lado
Não precisa.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva