Texto sobre eu Amo meu Irmao
Meu amor
Pelo meu amor
É amor lindo e profundo
Daqueles que dá vontade
de levantar de madrugada
E amanhecer fazendo versos
Nasceu em menos de segundo
E cresceu maior que o mundo
Amor que foi criado
Pelo mesmo Deus
Que criou o Universo
Amor daqueles que a gente
Sente medo de acabar
E é um medo tão gelado
Quanto morrer
lá no fundo no Mar
Meu amor
É amor que me faz sorrir
Me faz feliz por amar
Amor de pintar aquarela
Vontade
de dividir a vida
Com tudo que houver dentro dela
Amor gostoso
Até quando rude
Amor que ama
Amor de atitude
Amor perfeito
Pois, meu Amor
Não possui defeitos
Eu amo a tua completude,
A luz
Que se espalha do teu sorriso,
A doçura que me invade.
Meu amor
É amor de amar
do jeito que ama, quem ama
Meu amor pelo meu amor
é amor completo e bonito
na sua plenitude
Amor de amar de verdade
...e pra sempre
Amor que faz amar até
O amor que a gente sente
Edson Ricardo Paiva
Existem momentos
Em que meu coração se agita
Porém, minha alma
Imutavelmente estática
Não geme e não chora
Não diz a verdade
e não mente
Não sussurra...não grita
Não suplica, não implora
O Fleumatismo da calma
Vem somar ao coração
Essa tortura
O coração se revolta
nas suas fibras mais íntimas
A alma,
com a sua costumeira indiferença
Não dá a mínima
E eu
No meio disso tudo
Me guardo o direito
No final de cada dia
Permitir que a alma
Escondida em algum canto
chore o pranto dos perfeitos
E o coração
Repleto de defeitos
Carregado de tristeza
Carente de paz
Ria
Ria até não poder mais.
Edson Ricardo Paiva
"Desde muito cedo
Antes mesmo de nascer meu Sol amigo
Me prestei e esquecer meus medos
E me emprestei a um ser só
Que era eu
Trazendo nas mãos, nada mais que dez dedos
Escondi no coração muito mais que vinte medos
Do lado da minha paz
Minha paz, há muito esquecida, espalhei
Meu Sol se pôs
Meu medo escondido, só pra mim guardei
Pra depois do fim da vida."
Edson Ricardo Paiva.
Hoje, surge meio que atalhado
Creio que seja esse meu jeito
Esse jeito meio que imperfeito
De olhar sempre de lado
Para as coisas do horizonte
Surge um Sol minguante, meio alaranjado
Emerge uma luz meio apagada
Iluminando meio que quase nada
Na fresta por entre as telhas
Restando um pouquinho pra cada telhado
Era o ventre do mundo, era uma luzinha assim...de nada
Reflete no espelho, me olhando de esguelha
Repetindo a imagem de alguém que hoje sou
Mas que ontem não era eu
Esse é algo que eu resgatei
Antes que se perdesse por completo
Pode ser que seja ainda alguém
Quem sabe ainda tenha uma alma
Eu sei que, ao caminhar na chuva, se molha
E, que ao pisar na folha, chega quase a barulhar
Mas elas farfalham também ao vento
Quem sabe todos nós, sejamos folhas que arremedam gentes
Hoje, surgiu meio que atalhado, o Sol
E eu olhei-o meio de soslaio
Percebi como sou diferente das folhas
As folhas são filhas de Deus e se quedam
Eu caio.
Edson Ricardo Paiva.
Ilusão.
Acontece numa tarde linda
de um tempo que talvez
Não tenha vindo ainda
Meu mirante é o alto da colina
e de lá eu posso ver a todos os lugares
Lá, vivemos todos
Uma coisa que eu creio que esteja
um degrau acima, talvez dois
da mera esperança em todos sermos
Algo que a vida obrigou
a deixar pra depois
Eu vejo o início da estrada
E também onde termina cada uma
Posso ouvir desejos e orações
Sentir a dor no coração de quem detém cada pedido
E cada medo
Cada medo de viver a vida a esmo
Consumidas no miasma que as consome
O medo em libertar a dor guardada
Aquela que em cada manhã lhes invade
Enorme e em segredo
Medo até do fogo eterno
Enquanto a chama interna os queima em vida
Cada imagem de espelho
Todo dia tem lhes revelado
A miragem refletida atrás de si
As almas não se reconhecem
Por receio de olhar-se
Se fogem de molhar na tempestade
E todos vão vivendo a própria vida
Em seu mundo perfeito
Aqui nesse lugar a noite nasce feliz
Cada estrela onde quis estar
A lua, linda, vem dizer
Que esse dia não chegou
e novamente eu desço
ao degrau da esperança
esperando que algum dia seja realmente
Essa tarde tão linda
de um tempo que talvez
não tenha vindo ainda.
Edson Ricardo Paiva
Meu coração ficou lá
Deslumbrado, à beira da enseada
Vendo naus e o mar
Minh'alma, de certa maneira
Vida inteira a olhar
Pássaros velozes, de olhares felizes
No ar, com ares de alegria
No nascer de mais um dia, assim, do nada
Um pedaço de céu
Que passa pelo espaço
De um pedaço de papel
Que eu faço de outro céu
A vida em folhas mortas
Espalhadas pelo vento
Esperando a vida nova, renovada
Sentir o que se sente
destarte, sem querer
Assim se passaram os dias
Sem saber quais horas eram
Tudo sempre era momento
O tempo não tinha idade
Acima da linha do olhar
O que fica de verdade
É em parte invisível
Além do fim do caminho
É a arte de ver a luz
Que reluz ao redor
Meu coração ficou lá
Creio que será melhor
Esperar outro dia
Que vai sim, nascer do nada.
Edson Ricardo Paiva.
Hoje amanheceu chovendo
O pássaro dormia, ele partiu
Meu dia amanheceu calor
Olhando o mesmo mundo
O vejo mais distante
Desejo ao pássaro
Uma boa viajem somente
Não tem como sentir
A dor de fazer tudo igual, diferente
Meu dia amanheceu
Tão quente
Sem motivo pra calar
Não faz mal estar tudo bem
Quando estar tudo bem
Não é, nem de longe, importante
O ar quente do balão
O vento forte contra a asa do avião
O tempo breve, cuja vida abrange
A grandeza do anjo
A beleza do jardim lá fora
O pássaro que há muito adormecido
Fez uma curva no céu
Acenou-me um adeus
Era a hora de partir
A corda do violão
Arrebentou, quando eu não estava perto
Se fez algum ruído ou não
Não sei
Somente o anjo, coração deserto
Decerto estava lá pra ouvir.
Edson Ricardo Paiva.
Meu Poema pra Lua
Lua pequena
Brilha lá no céu, tão só
Sozinha, deserta
Traz a tua luz pra minha
chega um bocadinho aqui
Pra perto
Alumia de furar telhado
Alumia meu também deserto
Pássaro noturno
Pia o seu piar incerto
Fez seu ninho no coturno abandonado
De um soldado que lutou
Nalguma guerra boba
Lua solitária, esconde
Onde foi que a loba abandonou filhotes
Onde foi que tanta gente viu
Nessa derrota inglória, a vida
Com o passar do tempo, a noite a esqueceria
E se transformaria numa espécie de vitória
Lua guardiã da Terra, irmã
Cuida de cada semente que germina
E continua triste, infértil e em silêncio
Observa, calada, a tanta incoerência
Toda vez que mês se vai
A cada geração, que aqui termina
Sempre elas terminam
Lua só, perene
Perante a eternidade que desfila
E trilha teu caminho em teu silêncio
Daqui nós a temos, linda!
Como um sorriso de filha, que nunca envelhece
Lindo, de amor verdadeiro
Profundeza da existência
Tendo a escuridão ao fundo
Fria é a ciência do mundo
No seu triste olhar distante
Admira a beleza sem brilho da tua presença
Depois que o Sol nasceu
E os poetas, cujas almas bem trajadas
Na calma de quem traz o coração em trapos
e os grilos, os pássaros noturnos, os sapos e as lobas
E cada sentinela vigilante
Ao longo das eras, ao longo dos turnos
A cada povo a sua vez
Porque sempre existirão coturnos
E farão novo
Meu Deus, que gente boba!
Dirão poesias
Algumas bonitas, profundas
Apesar das poucas linhas
Outras, exibidas por pessoas diplomadas
Extensas, em seus rapapés e rococós
Com frases intensas, rotundas, longas, rebuscadas
Que, se a amiga Lua as lesse
Pensaria que não dizem nada.
Edson Ricardo Paiva.
Meu coração é uma casa,
uma caixinha, uma praça
Meu coração é um lugar
aonde ponho aquilo
Que tenho de valioso
Mantenho as portas abertas
aonde entram
quem me deixa entrar também
Mesmo assim
Muita gente entra sem pedir
e fica
Mesmo quando pensa
não estar mais lá
Nem nunca ter estado aqui
Eu tento pintá-lo
novamente sempre
Com as cores que encontrar
Tem uns passarinhos voando ali
São aqueles que o Eu menino matou
Eu os deixo lá, esperando o perdão
Tem gente que ofendi
Tem também quem me ofendeu
Há aqueles que não me perdoam
Estão todos aqui...no coração.
Quem prestar atenção
Verá um cachorrinho branco e preto
foi o unico que tive
em toda esta vida egoísta
hoje ele brinca
com um gato que tem aqui em casa
Aqui o Céu nem sempre é azul
Mas a culpa é minha
e não de quem está nele
Tem buracos nas paredes
muitos
Feitos por quem
eu menos esperava
mesmo assim ainda voa
viaja, flutua, passeia
E leva todos juntos
Mesmo quem pensa nem estar lá
Isso é segredo
Tem nuvens e sempre chove
Mas só chove no escuro
aonde choro e ninguém vê
Não é um coração rico
Mas é sincero e verdadeiro
E vocês estão todos aqui
Quem pediu para sair
eu deixei
Partiram e ficaram
ficaram sem perceber
Apesar dos anos passados
e do aparente desgaste físico
é ainda um coração de criança
aonde estão presentes
aqueles que me esqueceram
Mas que eu guardo na lembrança
A Mensagem
Que meu pensamento exprime
Talvez não seja clara
Às vezes, muitas vezes
é muito complicado
Inviável
Inacreditável
Inverossímil
e Mirabolante
enxergar
Aquilo que está assim
tão pertinho da sua cara
a mensagem
Que meu pensamento exprime
Subliminarmente sublime
Comprime a sua mente
Pois tu enxergas somente
Aquilo que vem no escuro
Me diga de verdade
Do alto da tua vaidade
Qual de nós dois está
realmente
Do outro lado do muro?
Final de tarde
Sopra meu rosto
O Vento
O Sol
Pinta de Vermelho
O Céu
O lago à minha frente
Reflete a minha imagem
Quando olho minha cara
Reconheço o olhar sincero
Hoje ainda me resta um sorriso
Só preciso descobrir
aonde está
Minha vontade de sorrir
Acho que ficou
No dia
Em que tua mágoa sem trégua
Levou-te decidir
Que era hora de partir
Não tenho medo da morte
Nunca tive
Meu medo era viver
Esta vida
Na qual não se vive
Nunca tive medo de tempestade
Tenho medo deste Sol que arde
Não Existe apenas a chuva
O problema é a palavra
Que me vem e tanto machuca
São lembranças
Piores que a morte
Que fizeram estes cortes
Sem cura
Não tenho medo do escuro
Meu receio é a claridade
Ela invade a vida
E me impede de esconder
Ou de esquecer
A dor
de ver tanta vida
assim
Perdida
Sou menor que um grão de areia
Inexistente, qual luz apagada
Diante de Tua grandeza, Meu Deus
Sou menos que nada, não sou nada
Mas compreendo que me criaste
E sou hoje e serei sempre
O que pretenderes que eu seja
E cumprirei a missão que trilhaste
Me perdoa, se acaso andei perdido
Mas hoje eu compreendo
Que não fizeste-me para algo relevante
O importante pra mim, agora
Será cumprir o pouco que desejares
Dormirei nas ruas
de migalhas viverei
perderei o orgulho
vou passar em frente às casas
Sem fazer nenhum barulho
Assumirei a minha condição
de ser um nada
e assim vou trilhar um caminho
diferente deste que hoje eu trilho
Me esclarece então, Meu Pai
A missão a mim destinada
Me compreendo teu filho agora
E sei que sou algo mais que nada
Me perdoa, se andei errado
Me ensina, meu Deus
a caminhar ao Teu lado
O que mais me impressiona
É perceber que nesta vida
Nada mais me pode impressionar
Deixei meu viver de lado
Parei de sonhar acordado
Eu, que tanto quis saber
Agora acho tudo assim...
Sem graça
As emoções me abandonaram
Eu não sinto mais falta de nada
Coração oco
Alma vazia
Não entendo como foi que um dia
Eu pude gostar da vida
E querer bem a este mundo
Que me esqueceu
Assim
Pra mim tanto faz
Por favor, vida
coisa abandonada
Me esqueça no meio da estrada
me deixe sumir em paz
Tem dias em que simplesmente
Minh'alma se eleva
Flutua por breve momento
É como se meu corpo
voasse ao vento, de tão leve
Não trago comigo
remorsos que me lesem
Não guardei na vida
nenhum ouro
e nem nada que hoje me pese
divido o que me caia às mãos
se não houver o que partilhar
partilho a fome
não quero e não desejo
aquilo que não me pertence
e é desta maneira que eu vejo
que devo viver
minha vida de homem
Não pergunto a ninguém
se estou correto
Na verdade, nem quero saber
a leveza que me invade
faz sentir
Que esta é minha única
e intrasferível
verdade.
A vida passa, o vento sopra
Meu cigarro se torna fumaça
As copas das árvores
Que ontem eram arbustos
Adentram pelas janelas
As gotas d'agua da chuva
Contrastando à luz do Sol
revelam cores tão belas
A vida passa, o vento sopra
As belezas, antes viçosas
das pessoas orgulhosas
hoje já nem são mais
assim tão belas
Apenas o Céu e a Terra
permanecem imutáveis
Mas sempre haverá outras belezas:
Aquelas, presentes na alma
Que só de olhar
Dá vontade de estar junto
Pois com a sabedoria do tempo
Souberam cultivar e cativar
um sentimento
Que a beleza passageira
com sua efemeridade
Não possui
A vida passa, o vento sopra
Quase tudo vem a ruir
Exceto aquilo que era bonito
e foi cativado no espírito
Essas belezas não passam jamais
é algo que na história de cada um
Permanecerá pra sempre escrito.
A vida passa, o vento sopra...
Não existem espaços vazios
Nem retratos amarelados
Nas paredes do meu coração
Existem sim, abraços que não dei
Existe em meu passado
Uma coleção de passos
Que não levaram a lugar concreto
Mesmo assim, concretizei de alguma forma
Aquilo que fui fazer
Existe uma infinda coleção de palavras
de gestos, de sorrisos, de objetos
Que aparentemente não alcançaram
o objetivo desejado
Foi a maneira subjetiva que utilizei
Que passa esta falsa impressão
Estas coisas estarão sempre lá
Não houve gesto, palavra ou intenção
que tenha sido em vão
Não houve nenhum segundo
Mal vivido em minha vida
Nada daquilo que fiz foi perdido
Existiram apenas
Quem não os compreendesse
Mas elas estarão sempre lá
Com o mesmo desprendimento
a mesma ausência de pretensão
E nenhum arrependimento.
O que terá acontecido quando o meu olhar morreu nos teus olhos
O que foi que aconteceu quando sua vóz em meus ouvidos desapareceu
O que foi que aconteceu quando soube que era amado
Aconteceu a grande cena, amar o que me foi dado pelo vento, amar os olhos que afundaram os meus sem relutância, amar a sinfonia da voz perdida nos meus ouvidos e a proibir-me a não demonstrar amor sempre sempre que o vento soprar.
vc
O meu amor é espontaneamente liberal, ninguém o força como se se tratasse de desejo de um general ou de um governante ou mesmo de um príncipe. Os generais sobreviventes de inúmeras carnificinas, deixando a podredão de lagoas de sangue não conquistam o coração do amor que não se deixa subjulgar.
Não quero despertar, quero continuar no meu lugar de sonhador, quero lembrar-me dos amores vividos, amores que emprestam o sol aos meus olhos, quero correr o mundo e encontrar o belo que nele se esconde, quero continuar a ver o fundo dos olhos do meu amor e neles achar o belo do infinito, é nos meus sonhos que encontro a alegria que contagia e o amor seráfico se espalhar fazendo o mundo com avidez olhar o beiço.
