Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo
ESPERA
São noites tristes, sozinho,
De espera de solidão
De meu amor longínquo
Que passou por mim outrora
Amamos intensamente
Cada momento vivido
Com infinita paixão
Eu sei que é loucura
Inda hoje quando recordo
Dos dias passados juntos
Que morro de pensar
Nesta espera fria...
É saudade, é agonia...
Marcado em minhas lembranças
É uma espera...
De esperança...
De voltar ser como antes
No recôndito do abraço
Sonhando ou talvez sorrindo
Querendo e sentindo
A doce realidade...
lluisfe
Lado a lado
Quero-te ao meu lado
Sempre - meu amor...
Encher meus dias com esse querer,
quero teu cheiro, ouvir tua voz,
como uma dádiva mais bela...
Não quero pensar em te perder,
como folha ao vento,
num desencanto, perder-te em vão...
Pois o medo insiste em dizer-me
Que tudo pode terminar...
Todavia eu te amo...
Neste tilintar que é meu coração!
Tu também - me ama como sei!
Então sinto-me vencido por este sentimento.
Sou um homem forte, cheio de beleza infinita,
no raiar do dia cheio de esperança...
Confiante num sonho sem fim...
lluisfe
Vida
Vida...uma Vida
De outras vidas
Vidas de encanto
Harmonia
Vida, alem da razão
Sorrindo amores sem fim
Vida, carinho doação
Emoção, dimensão
Vida, é ver a vida
Vivida...
Das vozes serenas
Sentidas... de vida
de sol...de paixão
Na loucura e na magia
Do tempo e do espaço
Sem medo de ser feliz.
lluisfe
Uma relação termina mas a vida continua, a saudade a dor podem ser profundas mas somos fortes e com o tempo conseguimos mudar tudo, mágoas,tristezas, deixaram marcas mas não impediram que uma nova relação de inicie,talvez não amemos com a mesma intensidade nem com a mesma paixão, mas a vida continua.
Lluisfe
PRESENÇA (Técnica Ancestral de Meditação)
"Na presença nos conectamos com o astral, a força maior (da qual somos parte integrante). É nossa condição natural nata. Você é a divindade (encarnada) e a divindade é você, é uma coisa só.
Para ficarmos presentes precisamos de duas atenções, uma atenção no corpo e uma atenção no foco da visão (de olhos fechados ou abertos), simples assim. Com isso você "aprisiona" a mente no agora (o corpo está no agora) e a partir daí você faz outra coisa, meditar, lavar louça, enfim todos os afazeres do dia a dia.
Perceba que de olhos fechados o fluxo de pensamentos cessa e você entra num profundo estado de paz interior. Experimente.
Irmãos, somente com a presença podemos sair da ilusão, desperte!!!
A felicidade do mundo está em vossas mãos."
Texto redigido por Luís Reis (Juramidan) e trazido ao mundo digital por Lucas Lemos.
Hoje vim te encontrar,
Buscar me acolher na tua sobra.
Colorir o meu Eu com teu colorido.
E com tua permissão te abraçar e sentir o teu pulsar de vida nesse abraço que abraço.
Abraço amigo, fraterno.
Reverência ao ar que respiro, renovado diariamente através de você, razão por minha existência aqui, agora.
E na troca de energia
Gratidão ao Criador, por mais um dia na vida que segue para ser vivida.
*Equilíbrio*
É preciso buscar o equilíbrio no momento presente. Pode ser difícil para alguns diante das tribulações que se apresentam.
Então convido você a olhar para seu interior.
Dentro dele encontrará,
O sossego
O encontro
A calma
A paz
A luz
O amor
A paciência
A humildade
A humanidade
O perdão.
Sim. Tudo está dentro de nós, afinal somos a semelhança do criador.
Olhe a sua volta. O equilíbrio está na natureza, campos, mares, parques, flores.
Tudo pulsa vida.
Pare. Pense. Inspire. Respire e encontre esse equilíbrio, pois ele faz parte de você.
Está em sua alma.
Então...hoje me despi completamente , deixei o que não tem serventia. Agora busco me fortalecer, renascer, me vestir do novo, de boas vibrações e energias. Quero resplandecer e transmutar vida. E logo, logo, estarei vibrante e cheio de vida. Aproveito o ciclo da vida e me reciclo, afinal temos começo e fim. Venho com um novo amanhecer pulsar e transformar todo ar que me envolve. Tenho gratidão por existir em mais um dia no ciclo da vida.
Luis Medina
“Casas comigo?”
És um oceano salgado e proibido;
Um cabo bojador de contradições;
Um grito vão, um choro reprimido,
Que me leva a um mar de emoções!
Se bravura fosse condição minha
E dela não ficasse sempre aquém,
Dar-te-ia o mundo numa caixinha,
O céu, o sol, a lua e mais além.
“Casas comigo?” era o que eu então
Diria, pra que percebesses que tu
És a fonte da minha inspiração!
E deste modo encabulado e cru,
Eis-me aqui entre caneta e papel
A oferecer-te um improvável anel.
Tenebrosos segredos
São noites cálidas, escolhidas a dedo
Em que a lua curiosa, depois floresce,
Porque enxerga o tenebroso segredo
Nosso, e que o mundo desconhece!
Somos tal avidez e vontade cobiçada,
Como culpados que imploram perdões,
Enquanto carne fraca é entrelaçada,
Comungando sigilo e firmes ereções!
Ó tempo, reduz à noite a velocidade,
Pra que entre o pôr e nascer do sol,
Todas as ganas e sedes da saudade,
Sejam acolhidas por baixo do lençol.
Ó tempo, sê nosso amigo e amante
Até c'o dia brote e luz se levante!
O poeta é que sabe!
Ele é dono do que num poema cabe:
Belicosas metáforas ou não, ou então
Atalhos, fina ortografia ou alto calão!
O poeta é dono! O poeta é que sabe!
Enquanto um poeta tem de a sentir,
Um tolo tem de a perceber e explicar!
Poesia é como o rio, a chuva e o mar,
Há que molhar pés para depois sorrir!
Tanta tola criatura que uma razão dá
À poesia que lê, e diz que ela requer
Um preceito, que por vezes não há!
Enquanto versos o poeta compuser,
Ilustre e tola gente nunca entenderá
Que poesia, é o que o poeta quiser!
Amor, desalento e solidão
Queria, quem já não me quer seu,
Que por sua vez não quer ninguém
E quem me quer eu rejeitei também
Por não ser de quem não é meu!
Quantas portas ao amor eu não dei!
De o querer, quantas se fecharam?
Quantas solas e aparas se gastaram?
Quantas poemas e ruas atravessei?
Mas que desalento chato e redondo,
Que se o tento cantar a um canto,
Ele não os tem, e eu lá vou pondo
Nós engasgados num calado pranto!
Não podendo ao amor cantar então,
Vou indo e dando, espaço à solidão.
Amor é antítese
Amo-te porque não sei bem porquê!
Talvez este não sei das quantas amor
Nos veja como quem não sei como vê
Em nós, um vaso a casar c’uma flor!
Amo-te sei lá de que maneira e como,
Se as noites em que te quero amante
São dias em que não sei se nos tomo
Por coisa sólida ou por alarmante!
Amo-te assim e não sei por que raio
Te quero desta invulgar maneira,
Em que não sei se do amor ensaio
O hastear d'alguma bandeira!
Amor é antítese. O amor é assim:
Ora diz que não! Ora diz que sim!
Borboleta iludida
Os teus olhos escondem diamantes
Nas retinas com olhares mortais
Que arremessam flechas ofuscantes
Como se fossem notas musicais!
A lua cheia, num mar de euforia
E eufórica rotação constante
Faz uma escura noite ser dia
E o amoriscado, coisa ofegante.
O coração, de cego, então insiste
No timbre perfeito, que não existe,
Como se o amor lhe desse a mão.
Mas tal como a borboleta iludida,
Que tão curto é seu ciclo de vida
Como o fado duma breve paixão!
Deixe-me só
Uma verdade é cinzenta,
Outra verdade é cor de planeta;
Mas todas as verdades, desde o chão até o chão,
Não valem a verdade sem cor das verdades,
A verdade ignorante de como o homem costuma
encarnar-se na neve.
Quanto à mentira, basta dizer "quero"
Para que brote entre as pernas
Sua flor, que em vez de folhas brilham beijos,
Espinhos no lugar de espinhos.
A verdade, a mentira,
Como lábios azuis,
Uma disse, outra disse;
Mas nunca pronunciam verdades ou mentiras
seu segredo torcido;
Verdades e mentiras
São pássaros que emigram quando os olhos morrem.
Não dizia nada
Não dizia nada,
aproximava apenas um corpo interrogante,
Porque ignora ser o desejo uma pergunta
Cuja resposta não existe,
Uma folha cujo ramo não existe,
Um mundo cujo céu não existe.
A angústia abre caminho entre os ossos,
Remonta pelas veias
Até romper-se na pele,
Provedores de sonho
Feito carne em interrogação volta às nuvens.
Um roce de passagem,
Um olhar fugaz entre as sombras,
Bastam para que parta o corpo em dois,
Ávido de receber em si mesmo
Outro corpo que sonhe;
Metade e metade, sonho e sonho, carne e carne,
Igual em desenho, iguais em amor, iguais em desejo.
Mesmo sendo apenas uma esperança,
Porque o desejo é uma pergunta cuja resposta ninguém sabe.
Alguns corpos são como flores
Uns corpos são como flores,
Outros como punhais,
Outros como fitas de água;
Mas todos, cedo ou tarde,
Serão queimaduras que em outro corpo se engrandecem,
Convertendo em virtude do fogo uma pedra em um homem.
Mas o homem se agita em todas as direções,
Sonha com liberdades, compete com o vento,
Até que um dia a queimadura se apaga,
Voltando a ser pedra no caminho de ninguém.
Eu, que não sou pedra, mas caminho
Que cruzam ao passar os pés nus,
Morro de amor por todos eles;
Dou-lhes meu corpo para que o pisem,
Mesmo que lhes leve a uma ambição ou a uma nuvem,
Sem que nenhum compreenda
Que ambições ou nuvens
Não valem um amor que se entrega.
TIC TAC, ESTOU EM MEU PESADELO
Aqui de novo voltei, pra onde poderei ir desta vez? De novo não, não posso excitar em cometê-lo, esse poderia ser um enorme erro. Sem pânico, conte comigo, é uma fase, pensei, não há pra quê tanto exagero!
Meus pulmões se enchem, respiro fundo, nada adiantou. A lâmina me cortou. 1,2,3, eu deveria tentar outra vez? Não pensei, aí eu irei. Sangue, onde há um pano para me limpar? Aqui no quarto não há nada para me ajudar...
Estou no escuro, no mais profundo secreto, onde ninguém me vê. Ninguém sabe da situação, e se souberem será em vão.
Então é esse o fim? Eu realmente preciso estar aqui?
Não consigo olhar prós lados, estou com o olhar fixo prós meus pulsos ensanguentados, que horrível. Tic Tac. Com um impulso consigo larga-la mas não é isso que eu queria, você sabe.
Socorro, não consigo gritar nem dizer, o que me resta é esconder. É como estar mudo mas ouvir, ou até mesmo saber fingir sorrir. Mas o mais engraçado sou eu estando aqui.
É hora de retornar
De recompor
De se dispor
E de ser decepcionado novamente
É hora de reiniciar a busca
Hora de olhar pro lado
Pro outro
Pra frete
Hora de não se apegar as lembranças boas
Hora de chorar e enxugar as lágrimas sozinho
Hora de limpar o peito, o coração e os pensamentos
Tome uma dose de esquecimento por dia
Fuja das chantagens emocionais
Pule as pedras do passado
viva
Não plante expectativa
mas acredite
nas pessoas
nos sentimentos
Não minta pra você
não se faça sofrer
se não agora ?
Quando será você mesmo?
O próximo minuto não é uma certeza
O anterior não define o próximo
você só tem o agora
E não, se não quiser não decida nada
ou decida tudo
você sabe exatamente o que quer?
Por que eu
sinceramente
não sei
perco em mim
não encontro em você
vivo procurando
um dia eu encontro
enquanto isso, vou vivendo
(Sobre o uso do português como língua oficial nos países africanos)
Sem esquecer raízes o importante é valorizarem o português - que já não é a língua do colonizador mas, cada vez mais, dos descolonizados - como instrumento valioso na construção, unidade e progresso de cada um dos países africanos.