Texto para um Bebe

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Ainda estou na tentativa de achar as palavras exatas para continuar a escrever esse texto. Pois essa foi a melhor forma que encontrei para desabafar tudo que penso sobre você.
Queria ter o poder de descobrir o que você estava pensando enquanto acariciava suavemente meu rosto, quando tocava meus lábios e deslizava suas mãos no meu cabelo. Deixei de dizer tantas coisas naquele instante, talvez tenha sido medo que bateu na hora. Todas aquelas palavras de tons doces e suaves que tanto ensaiei foram ocupadas pelo silêncio quando você me olhou nos olhos. Sinto como se seus braços ainda estivessem tocando o meu corpo, uma espécie de porto seguro.
E aquela vontade de você que tranquei a sete chaves no quartinho dos fundos voltou com tudo. Com mais desejo de ter você perto de mim.
O que será de nós depois dessa noite¿ Os nossos corpos seguiram em direções diferentes¿ Os sentimentos só vão ser expostos quando houver um novo reencontro¿ E enquanto você não me deixa sinais para essas respostas, tento deixar de lado essa minha ânsia de você.

TEXTO:

Sentir falta.

As vezes é inevitável sentir falta de alguém e muitas dessas vezes não vale a pena, é alguém que nos magoou, alguém que mentiu, que omitiu, que fez o que não era pra ser feito ou simplesmente não te amou como você merecia ser amado. Assim como é inevitável sentir falta, também é inevitável perder tempo com pensamentos que deveriam estar bem distantes, e aquela pergunta em querer saber até quando os pensamentos irão atormentar e tirar a tranquilidade de seguir em frente sem precisar desse sentimento, sentimento de sentir falta.

Sentir falta de quem nos faz bem já dói, imagina sentir falta de quem não merece receber nada, muito menos um sentimento tão bom como esse, de saudade. A saudade bate e você apanha até cansar, e quando a gente cansa de apanhar vem a cicatriz que é eficaz, enquanto não sara, dói. Dói chorar pelo tempo perdido, pela mágoa que criamos em quem realmente nos ama, e o arrependimento de ter cedido, de ter feito essas burrices. Eu tenho certeza que seria bem melhor se não tivesse conhecido certo tipo de pessoas, de não ter ido em certos lugares ou ter respondido alguns sorrisos. As pessoas sentem prazer em magoar, elas ferem seu coração sorrindo, te deixam chorando e vão embora numa rapidez que te faz pensar ser o último romântico, o último apaixonado.

Mas agora é tarde, tudo passou e graças a Deus restou o aprendizado. Erros são cometidos uma vez, na segunda é burrice e isso é uma lição, pois ninguém tem o direito de chegar e ter você sorrindo e depois ir embora te deixando a chorar, ninguém pode quebrar assim um coração que sempre lutou pra ficar inteiro, ninguém tem o direito de minimizar o seu sorriso. Siga sempre sorrindo, reze por quem tem fez chorar um dia, peça Deus piedade pra essa gente estúpida e lamentável, peça Deus que seu amor próprio transborde atingindo esse ''ser'' que não sabe o que é ter amor em si.

Finá de ato
Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se!
Ele disse; cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nós se xinguemos

Como se pode axingá:

-Ô, mandinga de sapo seco!
_Ô, baba de cururu!
_Tu fica no Norte
Que eu vô pru sul
Não quero te ver nem pintado de carvão
Lá no fundo do quintá
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!

Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...

Onti, nós se encontremus
Nenhum tentou disfarçá
Eu parti pra riba dele
Cum fogo aceso nu oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaço.

Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Antonce nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separa!

Sabe, tá difícil amar, tá difícil esquecer, tá difícil achar alguém pra amar, mas que não seja você. Tá difícil chorar, tá difícil escrever, porque as lágrimas correm, na carta que escrevo pra você. Lagrimas malditas, que escorrem sem querem, chamam por teu nome, porque o que queria era te ver. Queria esquecer, e nunca mais lembrar, lembrar do teu sorriso, que ainda me faz viajar. Esquecer o teu olhar, queria esquecer você, mas é impossível esquecer, alguém que sempre vou amar, esse alguém sempre será você...

Eu simplesmente acordei hoje e me dei conta de que eu cansei de você, é isso mesmo. Eu me cansei de esperar por um amor que nunca vai ser meu. Cansei de você me beijar com um olhar perdido que me encanta demais e depois beijar outras com esse mesmo olhar. Sim, eu quero você. Quero esse amor, mas você não sabe a importância desse amor, não entende que meu coração precisa de você, você é frio, você me machuca. Mas eu sei que no dia que você se arrepender de não ter me dado valor, você vai chorar, e vai sofrer. Porque nunca vão te amar do jeito que eu te amei, nem te fazer feliz do jeito que só eu sei. E eu? Bem, eu não vou estar nem aí no dia que isso acontecer. Vou olhar pra você, suspirar e pensar: "Passado". Porque vai ter alguém que preenche todo esse vazio que você deixa em mim, alguém que me ame, alguém bem melhor que você.

Eu quero o teu beijo, tua boca na minha inteira. Tua língua madura enroscada na minha, numa busca sem tréguas e sem caminhos. Eu quero teu hálito perfumado invadindo meu gosto. Eu quero engolir o teu desejo, colar teu corpo no meu e num abraço sem fim, olhando nos teus olhos, dizer que tudo o que quero na vida é ter você só pra mim, como numa poesia. Eu me despeço e sigo trôpego ao sabor do vento. A madrugada escura envolve com seu nevoeiro a minha alma e o meu coração segue apertado, batendo descompassado e chorando a tua ausência, gritando a distância dos teus beijos e deixando escorrer uma lágrima vermelha que se misturou ao escuro da noite, enfeitando a saudade e o sofrer de mais uma espera com a cor escarlate. E vento soprou forte cortando o meu rosto triste, carregando-me para cada vez mais longe. O vento sibila em meus ouvidos e congela os meus lábios que agora já não sentem o calor dos teus. Vento cruel, irresponsável, que veio não sei de onde com a missão de nos separar. Mas que ele não saiba que enquanto soprava com sua volúpia indesejável, ele trouxe para mim o teu perfume. E eu aqui calado, sorrio pela felicidade de guardar na distância o teu cheiro, que é o meu cheiro que me invade tirano ao sabor do vento.”




Cinzentos.

INVENTO

Poucos conseguem ver, mas o vento não é estéril. Ninguém consegue ver, pois o vento é um mistério. O sopro que sai da boca, transpassa os lábios e vira vento. A força que move caravelas é a mesma força que move pensamentos. Pensamentos sopram o tempo. Há gracejo pesado na alma que não se nutre de vento. Ar, gracejo, há leveza por dentro. Os ventos que penteiam o teu cabelo são os ventos que desembaraçam os sentimentos, são os ventos que criam redemoinhos, são os mesmos que giram os cata-ventos. Escapa à vista do que é feito o eólico. O vento é dos tempestuosos, dos fleumáticos e dos bucólicos. O vento é inventado. Tudo é vento.

A morte não tem preconceito
Rica, pobre, branco, negro...
Todos ela vem, todos ela pertence
Semelhante a uma faixa
Sua visão se ofusca
Mata de olhos cobertos
Nada sente, nada busca
É moral e Imoral
Além do bem ou mal
Que cure a última doença
Seja o médico do espírito mais leve
Pois o meu está pesado
Ficarei mais um pouco
Se me permitir, é claro.

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).

...Mais

A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.

Fernando Pessoa
Bernardo Soares, "Livro do Desassossego", 1982

Escrevi uma vez que era um cético que só acreditava no que pudesse tocar: não acreditava na Luiza Brunet, por exemplo. Cruzei com a Luiza Brunet num dos camarotes deste Carnaval. Ela me cobrou a frase, e disse que eu podia tocá-la para me convencer da sua existência. Toquei-a. Não me convenci. Não pode existir mulher tão bonita e tão simpática ao mesmo tempo. Vou precisar de mais provas.

Sábio é quem monotoniza a existência, pois então cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha. O caçador de leões não tem aventura para além do terceiro leão. Para o meu cozinheiro monótono uma cena de bofetadas na rua tem sempre qualquer coisa de apocalipse modesto. Quem nunca saiu de Lisboa viaja no infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte. O viajante que percorreu toda a terra não encontra de cinco mil milhas em diante novidade, porque encontra só coisas novas; outra vez a novidade, a velhice do eterno novo, mas o conceito abstracto de novidade ficou no mar com a segunda delas.

Não sei o que possa parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente.

A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!

Florence Nightingale
NIGHTINGALE, F., Una and the Lion‎, Riverside Press, 1871

A alma, ao contrário do que tu supões, a alma é exterior: envolve e impregna o corpo como um fluido envolve a matéria. Em certos homens a alma chega a ser visível, a atmosfera que os rodeia tomar cor. Há seres cuja alma é uma contínua exalação: arrastam-na como um cometa ao oiro esparralhado da cauda - imensa, dorida, frenética. Há-os cuja alma é de uma sensibilidade extrema: sentem em si todo o universo. Daí também simpatias e antipatias súbitas quando duas almas se tocam, mesmo antes da matéria comunicar. O amor não é senão a impregnação desses fluidos, formando uma só alma, como o ódio é a repulsão dessa névoa sensível. Assim é que o homem faz parte da estrela e a estrela de Deus.

Existe uma crença hindú em que cada pessoa vive em uma casa de quatro cômodos: um físico, um mental, um emocional e um espiritual. A maioria de nós tende a viver em um dos cômodos a maior parte do tempo, mas a menos que entremos em todos os cômodos todos os dias, mesmo que somente para mantê-los arejados, nós não estaremos completos.

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incumum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado.

As pessoas com as quais nos relacionamos são sempre um espelho refletindo nossas próprias crenças, e simultaneamente nós somos espelhos refletindo as delas. Assim, o relacionamento é uma das mais poderosas ferramentas para o desenvolvimento - se olharmos honestamente para nossos relacionamentos, nós conseguiremos ver muito sobre como nós os criamos.

Por mais que a vida tenha um sentido, só conhece o combate eterno que os deuses travam entre si, ou, evitando a metáfora, só conhece a incompatibilidade dos pontos de vista últimos possíveis, a impossibilidade de regular os seus conflitos e portanto a necessidade de se decidir a favor de um ou de outro.

Max Weber
A Objectividade do Conhecimento

Se nos cai nas mãos um volume, por exemplo, de teologia ou de metafísica escolástica, perguntamo-nos: contém alguma argumentação abstracta sobre a quantidade ou os números? Não. Contém alguma argumentação experimental sobre questões de fato e existência? Não. Então, que seja jogado ao fogo, pois contém apenas sofismas e ilusões.

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