Texto para a Pessoa que eu Amo
Sou eu. É de mim que tenho medo. Medo de que o Coringa esteja certo sobre mim. Às vezes, questiono a racionalidade das minhas ações. Estou com medo de que, quando atravessar os portões do asilo... Quando eu entrar no Arkham e os portões se fecharem atrás de mim... Vai ser como voltar para casa.
‘Olha, antes de o ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe? Dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? (…) Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e “desamar” era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender (…) Fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas.’
Me desculpe, eu sempre quero falar com você. Sinto muito quando demora muito para responder, eu fico triste. Me desculpe se eu digo coisas que podem te chatear. Me desculpe se eu sair como irritante. Sinto muito se você não quer conversar comigo tanto quanto eu quero falar com você. Me desculpe se eu penso em você muito e muito frequentemente. Me desculpe se eu digo coisas insignificantes. Me desculpe se eu te falar sobre meu drama sem sentido quando você realmente não se importa. Me desculpe se eu sair como sendo pegajosa, mas é porque eu gosto de você.
Eu discordo dessa história de que só é amor se for pra sempre. Digo, o sentimento pode até viver pra sempre, ali quietinho em algum canto do peito. Mas histórias começam e terminam e não é justo dizer que não houve amor. Não é justo achar que elas não deram certo ou que era a pessoa errada. O amor da sua vida, nem sempre é o cara que você casa e forma uma família. Pessoas se perdem, pessoas se encontram, é natural. Eu acredito em amor com alguns poucos meses de relacionamento. Amores mais bonitos do que alguns de anos, amores de outras vidas, escorrendo pelos poros. Sem esse papo de que tudo recente é paixão e amor é rotina. Paixão é carne, amor é alma, independente do tempo. Odeio quem teima em rotular o que o outro tá sentindo, mal sabe o que é quem tem no peito. Tudo que nos faz feliz, dá certo, mesmo que por uma semana, um mês. Tudo faz crescer, deixa o jardim mais bonito no fim das contas. E quem é essa tal de pessoa certa, afinal? Ninguém é errado, somos todos vítimas de desencontros. Seu certo não me agrada e vice-versa. Mania feia de jogar tantos dias incríveis no lixo, depois que a mágoa chega. Te fez chorar, mas te fez sorrir tanto, foi bom enquanto durou, foi certo e só, foi. Só passou e isso não quer dizer nada. Mania chata de relacionar amor com contos de fadas e o maldito feliz pra sempre. Amor se relaciona com feliz, sem complemento, sem prazo. Nem sempre, sem fim.
Eu não tenho medo de voar. Eu tenho medo de estar fechada num lugar e de ter escolhido estar fechada nesse lugar. Tenho medo porque meus pés sentem o chão mas ele é falso. Meus pés sempre me obrigam a sentir a verdade e eu sou obrigada a dizer a eles que aquele chão não dura e nem é de terra. Tenho medo do absurdo que é sorrir e dizer "guaraná normal e sem gelo, grata" enquanto se quer dizer "que merda é essa de estar voando se não sou a porra dum passarinho?". Tenho medo porque quando acabar estarei em outro lugar. Agora, se eu pudesse escolher o maior de todos os medos, eu diria "a chance disso cair agora é muito pequena". Estou sobrevoando, sem inteligência, a água profunda que aprendi a chamar de casa mas também de intervalo. A verdadeira angústia de voar é estar acima da nossa vida. Voar é tornar nossa rotina banal. Estou voando há dias, de primeira classe, com vista para o desenho de um país que não sei o nome. Ao lado de uma pessoa que, até que enfim, não é mais uma barrinha de cereal.
Hoje eu achei que ia conseguir, que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parece que empurram a gente mais para dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse.
Eu só queria te lembrar que foi amor. Não esses amores de filmes ou novelas, mas foi um amor real. Um amor que, de tão real, teve até fim. Porque eu sei e você sabe, nada dura pra sempre e nada é tão digno da perfeição. Isso só prova que a nossa história não foi uma farsa. O sentimento foi verdadeiro, vivo, gritante. Eu te amei tanto que o meu coração era capaz de abranger o mundo, mesmo sabendo que o mundo era incapaz de compreender o tamanho desse amor. E isso era lindo. Você era lindo. Éramos lindos juntos. Qualquer um dizia, comentava, elogiava. Tínhamos aquele ar de casal que duraria para sempre. E eu queria te lembrar que, por mais duro e difícil que seja aceitar, a verdade é que o para sempre não existe. Mas isso não quer dizer que eu ou você tenhamos lutado menos, se entregado menos ou se arriscado menos. Algo, de algum modo, nós fizemos muito certo. Porque eu sei que, assim como eu, você também deita a cabeça no travesseiro e deseja que tivesse sido diferente. Não foi, eu sei. Mas foi amor. Um amor bom, feliz, puro, sem cobranças, livre, saudável e delicioso como uma barra de chocolate. Talvez a vida tenha sido injusta com a gente. Talvez o destino invejou tanto amor habitando apenas dois corações famintos de felicidade. Talvez o tempo não tenha gostado da ideia de nós inaugurarmos o eterno. Ou talvez nós devêssemos encarar de peito aberto que os culpados pelo fim fomos nós mesmos. A gente podia ter tido mais calma, sem pisar tão fundo no acelerador. Ultrapassamos a velocidade permitida e fomos multados com raiva, incompreensão e brigas diárias. Erramos feio. A gente devia ter medido as palavras para não magoar o outro. Deveríamos ter segurado a barra, deveríamos ter contornado a situação - deveríamos querer contorná-la. Poderíamos não ter trocado os pés pelas mãos. Poderíamos ter dito algo que mudasse a situação, que trouxesse de volta o que sempre fomos, que resgatasse de uma vez por todas aquilo que um dia foi tão forte e único. Eu só queria te lembrar que a gente tinha tudo pra ser. E que se não fomos, talvez não era o nosso tempo. Um dia, quem sabe, a gente se reencontra no tempo certo. Iremos tomar um café, falar amenidades, comentar sobre os planos frustrados e sonhos realizados, como a sua barba cresceu, como está a minha mãe e tudo mais. Sorriremos sem saber do quê ou porquê, abaixaremos o queixo e sentiremos tudo aquilo voltar outra vez. Músicas românticas não irão tocar, nem cupidos aparecerão arqueando as suas flechas, mas dentro de cada um algo mais forte irá pulsar e só então nos daremos conta de que chegou o tempo - o tão majestoso tempo onde as coisas foram feitas para ser. Mas talvez a gente não se dê conta disso e apenas se despeça com dois beijinhos na bochecha, como velhos amigos que se reconhecem de longa data em um dia corriqueiro qualquer. E talvez não passe disso. Ainda assim, eu só queria te lembrar que as nossas músicas nunca sairão de moda e que o teu perfume ou o teu nome nunca passarão despercebidos por mim, não importa o tempo que passe. E que é nessas horas, quando eu me pego escrevendo sobre você, olhando as suas fotos e torcendo pra que a gente ainda possa dar certo algum dia que eu me dou conta de que realmente foi amor. De que realmente tocou a alma, o coração e todas as artérias do corpo. E que, independente de qualquer coisa, já valeu a pena por isso.
Por não compreendermos a significação das palavras, nem eu nem meus amigos, uma coisa se tornou muito clara: que há maneiras de não compreender e que a diferença entre a não compreensão de um indivíduo e a não compreensão de outro cria um mundo de terra firma ainda mais sólido que as diferenças de compreensão. Tudo quanto outrora eu pensava ter compreendido desfez-se e eu fiquei como uma lousa limpa. Meus amigos, por outro lado, entrincheiravam-se mais solidamente na pequena vala de compreensão que haviam escavado para si próprios. Morreram confortavelmente em sua pequena cama de compreensão, para se tornarem cidadãos úteis do mundo. Senti pena deles e sem demora abandonei-os um a um, sem o menor pesar.
Quando tá tudo indo bem, eu sempre tenho a sensação de que alguma coisa, no fundo, tá muito errada. Sei lá, é como se um relacionamento saudável fosse impossível no meio dessa merda toda, e quando eu não posso ver os erros, eu fico com essa certeza de que estou sendo enganada. E fico procurando, investigando, revirando o mundo pra encontrar os vacilos, mentiras, motivos pra terminar.
O "eu"é uma relação que não se estabelece com qualquer coisa alheia de si, mas consigo própria. Mais e melhor do que na relação propriamente dita, ele consiste no orientar-se dessa relação para própria interioridade. O "eu" não é uma relação em si, mas sim o voltar-se sobre si própria depois de estabelecida.
Eu sempre dei muito valor a ele. Porque ele era sincero, diferente. Sempre passei por cima de muitas coisas porque, apesar dos vacilos, ele era especial. Até o dia em que eu entendi que eu também era incrível e que se alguém teria que ter medo de perder entre nós, definitivamente não era eu. Foi aí que eu parei de engolir desculpas nunca acompanhadas de arrependimento. Foi aí que eu abri a porta e deixei ele ir. Quer liberdade? Boa sorte. Quando voltar e outro cara te atender, não sei, fica feliz por mim e tenta ser livre.
Eu torço pra não fazer Sol, eu torço pra não chover, eu torço para acordar no meio do dia, eu torço para o dia acabar logo. Eu torço para ter alguma coisa que me faça torcer, que me diga que eu ainda sei torcer por algo mesmo sem torcer pela gente. Minha dança é queda equilibrada, minhas roupas novas são fantasias, meu sorriso é espasmo de dor, minha caminhada reta é um círculo que sempre me traz até aqui, meu sono é cansaço de realidade, minha maquiagem é exagerada, meu silêncio é o grito mais alto que alguém já deu, minhas noites são clarões horríveis que me arregaçam o peito e nada pode me embalar e aquecer, o frio é interno, o incômodo é interno, nenhum lugar do mundo me conforta. Minha fome é sobrevivência, minha vontade é mecânica, minha beleza é esforço, meu brilho é choro, meus dias são pontes para os dias de verdade que virão quando essa dor acabar, meus segundos são sentidos em milésimos de segundos, o tempo simplesmente não passa.
Você encerrava em mim eu mesma e era uma loucura tudo, como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim até furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o fim, nós, andando calmos, ao lado um do outro, isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da p*** mil vezes pois em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Você faz um favor pra mim existindo. Porque as pessoas reproduzem as palavras que eu te dedico, o que me faz sentir menos boba por te amar tanto mesmo sem nada em troca. Você fez um favor pra mim e pra elas quando um dia me fez tanto bem. Por que tem gente que adora o que eu escrevo. E seria divino se você fizesse o mesmo. Seria realmente magistral se você conseguisse adorar não só as minhas letras como a mim também, com toda a sua incompreensão e neurose. Mas eu nem peço isso nem nada nada, porque mesmo que de um jeito impróprio e intocável, agora eu te tenho meio por perto e te ter de qualquer jeito já é algum troco pra quem até pouco tempo não te tinha de forma nenhuma. E você sabe, você faz um favor pra mim existindo. Porque te esperar, mesmo que inutilmente, ainda é a minha condição mais bonita. E eu e minha tristeza pacífica e minha obsessão excomungada sentem uma vergonha enorme de te pedir qualquer amor porque sabem que você já faz demais estando aqui, no mesmo planeta que eu. E em vez de "te amo", te digo "obrigado". O agradecimento que ofusca todas as paixões do mundo. Obrigado. Você é, ainda, o meu tema preferido.
Assim como o peixe não foi feito para viver na Lua, nós não fomos concebidos para viver envergonhados. Mas o que você faz? Aonde vai? A maioria enterra isso numa lata de lixo no fundo da alma e segue em frente - ou tenta. Mas as coisas que enterramos nos governam. Aquilo que desconhecemos irá nos destruir.
A vida é feita de momentos bons ou ruins, depende do ângulo que olhamos para eles. Podemos fazê-los bons o tempo todo e viver em paz e harmonia, ou ruins e viver infeliz. Assim é a vida, feita de momentos. Cada um com a intensidade que colocarmos nele. Qual momento você escolhe para viver a sua vida?
Insignificantes seriam os dias sem uma razão para comemorar, um sonho para buscar, uma razão para viver. Insignificantes seriam as horas sem um motivo para alcançar, uma intenção para resgatar, um amor para cultivar. Insignificantes seriam os minutos sem ter uma certeza de onde pisar, uma luta para continuar e uma vida sem a magia para sonhar.
As emoções são as cores da alma. São espetaculares e incríveis. Quando não sentimos, o mundo fica opaco e sem cor. A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos partidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas. E todas as nossas “grandes” tristezas reduzem a gama de cores, em nossa vida, para matizes monótonos, cinza e pretos. Por esse motivo, devemos praticar o perdão. Perdoar não significa esquecer, significa soltar a garganta da outra pessoa, entregando-a ao amor do PAI. O perdão existe em primeiro lugar para nós que perdoamos, pois nos liberta de algo que vai destruir-nos, que vai acabar com nossa alegria e nossa capacidade de amar integral e abertamente. Todas as vezes que perdoamos o universo muda. Cada vez que estendemos a mão e tocamos um coração ou uma vida, o mundo se transforma. A cada gentileza praticada e serviço ao próximo, visto ou não visto, nossos propósitos são realizados e nada mais será igual e uma árvore de vida crescerá em cada nós! O universo já está repleto de lágrimas e lamentações e agindo assim, com sabedoria, nos livraremos das dores e nos aproximaremos do amor, transformaremos o que é escuridão em luz e coloriremos, novamente, a nossa existência inteira de emoções e sentimentos singulares.
"Mestre Musashi sabe que é um homem comum e por isso se empenha incessantemente em polir suas habilidades. A agonia por que passa nesse processo só ele sabe. E quando, em determinado momento, essa habilidade alcançada com tanto custo explode em cores, o povo logo diz que a pessoa tem aptidão natural. Aliás, é a desculpa que os indolentes dão para justificar a própria incapacidade.
Todo filme que vemos,toda história contada, nos implora para que esperemos a reviravolta do 3º ato. A inesperada declaração de amor. A exceção a regra. Mas, as vezes, nos focamos tanto em achar nosso final feliz, que não aprendemos a ler os sinais. Como distinguir os que nos querem e os que não? Os que ficam e os que vão embora. Talvez, esse final feliz não inclua um homem incrível. Talvez, seja você. Por conta própria. Catando os pedaços e recomeçando. Se guardando para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja apenas seguir em frente. Talvez, o nosso final feliz seja fazer isto: passando pelas ligações não retornadas e os corações partidos, por todos os erros e sinais não vistos, pela dor e vergonha. Nunca perca a esperança.
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