Texto palavras

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Quem tem alma pura, tem delicadeza nas palavras.
Gentileza nos gestos.
Bondade no coração.
Destila amor, humildade
Tem tranquilidade.
Sorri com facilidade
Alma limpa e coração aberto.
Quem tem alma pura, vive despreocupado
Estende a mão sem preocupação.
Quem tem alma pura, tem brilho, tem força, tem proteção. !! Simone vercosa

"...O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o voo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
- Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.”

Quem eu sou:
Uma sonhadora, uma menina, uma mulher, alguém que escreve sua vida em palavras e que demontra emoções em sorrisos. Alguém que já chorou muito nessa vida mas que procura sempre restaurar cada caquinho quebrado,com sonhos e conquistas...Sorrisos e abraços... Com batalhas diárias,corro atrás dos meus objetivos!
Sou criativa,alegre, sou uma amante da Poesia.
Adoro música agitada ou o velho MPB para acalmar. Sou apaixonada pelas crianças e acredito muito nelas de que nos trarão dias melhores e investir na Educação delas será a nossa saída!
Sou estudiosa, sou exigente e procuro ser perfeccionista em tudo que eu faço! Sou estilosa para uns e extravagante para outros.
Tenho mil defeitos,mas tenho muitas qualidades!
Sou Leonina! Pertencente ao elemento de fogo, as leoninas são autoritárias, ambiciosas, idealistas, orgulhosas, extrovertidas e têm uma energia daquelas. Líderes natas, são ótimas
idealistas !!! Enfim...Sou bem assim!!!

Mulher de verdade não
Se contenta com migalhas
Não se ilude com palavras
Não espera, vai a luta.
Mulher que é mulher
Tem um sexto sentido
A sensualidade aguçada
Os gemidos explícitos
Mulher que é mulher não tem
Medo de amar,não recua,ataca
Tem a auto suficiência
Despreza a auto penitencia
E busca incansavelmente
A hora certa de ser feliz.

Para te descrever num poema
Minha linda morena
Palavras hei de achar...
De mulher menina pequena
De voz suave serena
Dessa boca gostosa
Que quero beijar...
E poder te amar
Em quatro letras
Te descrevo...duas vezes...
A.M.A.R
A.M.O.R
Minha doce morena...
Minha mulher menina pequena...John.

Vagarosa

Em todos os cantos encontro um soneto,
Palavras lapidadas, de amor,
Adjetivos que esquentam o corpo,
Numa forma ardente, como uma porção
De sensações, indo ao mesmo encontro.
Mulheres, que apaixonam a vida de um homem,
É capaz de torná-lo um cavalheiro,
Um grande buquê para a querida amada,
Uma pitada de vinho para adoçar o dia.
Escuta o cantar dos jograis,
Que cantam as composições dos trovadores,
Poemas a se espalharem por todos os cantos,
Sensibilizando no ar, todo o relento
Que vaga para o coração dos humanos.
Bate no peito, o calor profundo,
Um corpo em forma de escrita,
Curvos traço, corto palavras
Para mostrar a vida,
Os jovens podem viverem mais,
Eles sabem buscarem o amor,
E transformar tudo em poesia.

Somente ela

Quando ela penetra o olhar
Para meu ser errôneo, e pede desculpa
Perco as palavras, e ela abraça-me
E eu muitas das vezes estático
Sinto todo o conforto
Que tanto necessitava.
Com ela pude todos os dias
Acordar e sentir em cada manhã
O aroma de café,
Que fazia-me enlouquecer
Em cada momento, em cada êxtase,
Loucura de amor, para um
Ser apaixonado, elevando-se
Em cada aurora,
Que a vida oferece,
Entrego-me a ela, assim
Como a natureza,
E somente ela cura-me
Em cada momento doloroso,
Massacrante, sufocante...
E sempre quando parto
Para a batalha, não vejo a hora
De regressar e receber o seu beijo
De despedida novamente.

Bom dia
Boa sexta-feira,
... tem dias que faltam palavras e sobram pontinhos,
aquele espaço pequenino, que tem entre eles,
proporciona uma fértil imaginação
de quem lê e interpleta,
trazendo para sí próprio suas verdades e interpletações.
Ahhh... pontinhos se tu falasses não teria graça nenhuma e não seriam três ou mais, e sim apenas um colocando final no papo. Teria pouca graça, né...
O encanto do papo e deixar sempre aquela margem de segredos e imaginações, como um desafio de visão, do quadro que ora ali se apresenta em forma de palavras.
Arre... os três pontinhos dão "pano prá manga" (assuntos em quantidades)
Mas usei-os como tema, apenas para dizer que quando me faltam palavras...
sobram afetos, carinhos e atenções
que as vibrações como vento, com certeza, farão chegar até você!
Lindo dia para você anjo de amor e luz!!!

O que são as palavras
De um coração?
Palavras de um coração
Sem direção?

O que são os desejos?
Senão os efeitos
Senão os efeitos desta paixão

Não tem como escapar
Então vou mergulhar
E se eu não encontrar
Eu juro esperar você

Não há o que fazer
Então não vou temer
E ouvir o meu coração
Minha decisão
É amar você

E seja quando for
Seja como for
No tempo que vier
Haja o que houver
Lá estarei.

Sem palavras..
Atitude de uma pessoa ciente e convicta do que quer fazer!
Me surpreendeu, eu confesso que fui pego de surpresa.
Minha reação, não tenho como explicar! Não sei o que mudou ou o que te fez mudar! Mais você está diferente, isso é indiscutível.
Dessa vez, nossa conversa fluiu do jeito que deveria ser!
Sem nada para esconder. Eu posso dizer e afirmar para você que sim, eu tenho desejo em estar com você! E eu sinto o mesmo de você! Eu sei que você não gosta de falar sobre esses assuntos!
Mais aos poucos você foi se soltando, e conseguimos conversar.
Estou sem palavras. E sinto de verdade que você mudou o jeito de pensar, ou alguma coisa que estava lá no fundo do coração, alguma coisa que estava quieta imóvel, começou a se manifestar em você, começou a queimar!
Eu estou aqui, você pode me ver, quando conversamos eu sou o mais transparente possível!
Eu gosto muito de você!
Não sei como.
Não sei o porquê!
So sei que tenho muito medo de um dia não acordar, e percebe que tudo o qua a em mim, desaparecer e provavelmente ficar apenas em sua memória! Tenho medo de não ter tido tempo de estar com você, de viver para você, sentindo o seu calor, o seu cheiro, o doce mel de seus lábios!
Fico com medo sim! Mais a vontade de viver me faz mais forte!
A vontade de está ao seu lado é inevitável!
Te amo mesmo!
Tudo o que eu já sentia por você, só aumenta..

Palavras nunca virão para mudar nossas vidas. Escritas por quem quer que seja. Vindas de onde for. Nem pra bom, nem pra ruim. Palavras não têm o poder de ser algum tipo de magia que transformará nossas vidas de um momento para o outro. Nada vai ser tão fácil quanto alguém diz vai ou que você lê e pense que sim. Palavras, talvez, só lhe indiquem um bom caminho. Uma mudança de caminho. Um melhor caminho. Outra direção. Uma lição. Elas podem te pegar num dia triste e te alegrar, mas jamais te trarão felicidade. Elas podem te pegar chorando e te fazer sorrir, mas jamais eliminarão os motivos de cada lágrima. Palavras nunca irão te trazer um grande amor, nunca te farão mudar de vida, nunca te deixarão rico, nunca te farão ganhar o mundo...

MAS, PALAVRAS, PODEM TE FAZER ABRIR OS OLHOS!

Elas podem te fazer tomar uma boa decisão. Elas podem te fazer perceber uma outra alternativa pra cada coisa. Elas podem te fazer ter uma percepção de algo melhor. Podem te mostrar aonde entrar. Podem te levar a uma saída. Elas podem te guiar pra uma nova vida. Aprendi que as palavras têm poder. Algumas são tão intensas que machucam. Outras, de tão fortes, podem curar. Algumas aproximam, outras excluem. Palavras que anunciam verdades, outras que propagam maldades. Algumas ficam guardadas para sempre, outras são para esquecer. Algumas valem ouro, mais algumas nem de graça. Loucas, que envergonham. Tímidas, que quase não saem. Expressões que fazem sorrir, outras que fazem chorar. Expressões que lemos, escrevemos, ouvimos, dizemos. Algumas que queríamos tanto ouvir de novo. Versos que incentivam, que silenciam, ecoam, corroem, apaixonam. São canções, poemas, declarações, que como tatuagens, ficam na mente, no coração, na alma. Palavras são fontes abundantes de saber, com o poder de mudar o seu dia, seu viver. Mas, a decisão de pôr em prática aquilo que leu é somente sua. Ler e continuar na mesma, só te fará entender que o problema está em você e não no mundo que te rodeia e nem nas coisas que te cercam. E não adianta esperar por essas mudanças tranquilo embaixo da sombra, escondido dos medos, sentado no sofá, com medos das derrotas. Só considere a derrota perfeita, quando dela não aprender nada. Compreenda que as vitórias só acontecem depois que aprendermos com cada ensinamento que soubermos tirar dos fracassos.

Ler coisas positivas é um processo terapêutico. Encontrar em uma leitura a grata surpresa que aquilo veio direto para você, é uma cura, é um afago espiritual vindo de Deus, por meio de certeiros versos. É Deus te ensinando a ganhar as batalhas e não viver se iludindo com as vitórias pequenas e passageiras. Não se desmotive ao encarar as grandes perdas. Não pense que tudo está perdido. Aprenda com cada lição que a vida te traz. Olhe seu passado e procure sentir orgulho de cada passagem, mesmo as ruins, pois foram elas que te fizeram forte e te trouxeram até aqui. Lamentar o que ficou no ontem, é sofrer pra sempre. É preciso ir em frente, caminhar seguro rumo ao futuro. É preciso sair ao sol, dar a cara a tapa, arriscar os erros, levantar. Tentar voar compreendendo que pode cair. Sentir o frio na barriga perto de cada momento decisivo. Não ter mais medo de se machucar. Precisamos encarar os ventos que trazem as coisas novas e saber que esse mesmo vento levará o que não nos serve mais. Cada vez que você lê algo, é preciso entender que tudo é somente um recado. Use como um trampolim para reagir e agir.

É preciso abrir os olhos e olhar lá na frente, entender que somente se pode chegar a algum lugar, se sair de onde está. Omissão, covardia, acomodação e vitimismo são características de pessoas derrotadas e fracas, daquelas que podem ler o mundo, podem ouvir de tudo, mas nada vai fazê-las mudar, estão sempre a esperar que alguém as puxe pelos braços, estão sempre a esperar que alguém as pegue pelas mãos e as conduza. Não queira ser esse tipo, queira ser alguém que determina sua própria vida, queira ser alguém que sabe a hora da ação, queira ser alguém que faça valer a pena os conselhos que Deus, por meio de das tantas palavras abençoadas, faz chegar a ti. Não procure entender tudo o que lê. Não procure decorar nada. Procure somente perceber a força que Deus tira de cada verso e coloca dentro de você.

(Aprendizado é ação. Do contrário, é só informação - Albert Einstein)

ÁRVORE DOS SALMOS

No dia em que minhas palavras forem terra…
Serei um amigo para o perfilhamento do trigo
No dia em que minhas palavras forem ira
Serei amigo das correntes
No dia em que minhas palavras forem pedras
Serei um amigo para represar
No dia em que minhas palavras forem uma rebelião
Serei um amigo para terremotos
No dia em que minhas palavras forrem maças de sabor amargo
Serei um amigo para o otimismo
Mas quando minhas palavras se transformarem em mel…
Moscas cobrirão
Meus lábios!…

“... As pessoas se proíbem as verdades. Como ser honesto
se excluímos palavras por serem impróprias ou perigosas?
Falamos dos “ismos” impregnados de ideologias censurando alguns. Falam de Fascismos, mas não falamos do Sionismo.
Falamos do Terrorismo de forma parcial como se houvesse uma única forma de praticá-lo...!”

Erros que rodeiam, palavras que cortam, atitudes tomadas e escolhas feitas, caminhos sem volta.
Alma que grita, corpo que em cansaço, cai.
Já não mais um jardim de flores, um panamá inteiro, não, agora a sua alma se encontra em caos.
Quando olhava para dentro se sentia mais viva, quando imaginava sua alma se via como uma edição melhorada do jardim de Keukenhof , um jardim botânico, um casarão dos anos 60 ou até mesmo como o jardim de fadas de Elianor, a sua personagem favorita de seu livro favorito
Ela exalava vida
Exalava amor
Talvez não o tempo todo transmitisse
Mas o tempo todo estava lá
Ela era uma mistura de cheiros, texturas e sabores
Amável, forte, corajosa e delicada
Um turbilhão
Ela era ela
Esta provavelmente é a melhor forma de defini-la
Ela. Era ELA e ponto, por que igual a ELA nenhuma outra haveria
Ela pulsava de dentro pra fora
Ela tinha algo que surtia de dentro dela
Era como aroma, ou senão brilho, quem sabe não era até mesmo uma imagem
A imagem do seu sorriso, que quando aberto espremia os olhos, e eles pareciam que iam mais para baixo para tentar alcançar a sua palpável alegria, só para aumenta-lo mais
Era um vendaval
Uma tempestade
Um furacão
Uma desordem bonita
Como quem espalha 100 tipos de sementes diferentes em um mesmo canteiro que mais tarde vem a se tornar um muro colorido
Ela tinha todo o tipo de vida em si
Se precisasse de esperanças, a melhor pessoa para buscar era ela
Ela te olharia e sorriria com olhar furtivo, suspiraria e soltaria uma pequena gargalhada, talvez a sua voz saísse até mesmo mais suave, era um poço de paciência por que sabia que brava ninguém jamais a levaria a sério.
Tinha gostos simples
Tinha aquela beleza simples que hoje em dia é tão rara
Como aquela flor que nasce sem ser cultivada e ninguém da valor
Ela era isso, era uma dessas coisas simples da vida mas que fazem toda a diferença, era como um detalhe que ninguém nota, mas faria falta se não estivesse ali,por que o que é a vida, senão um amontoado de detalhes?
Ela era sim, um pequeno detalhe
Mas então ele veio.
Como uma praga que inundou seu jardim
Como quem coleciona borboletas em potes para vê-las sufocar até morrer
Retirou dela o sentimento de vida
Ela agora tão somente existia, tão somente respirava e agia como uma pessoa controlada pela sociedade
Ele veio com o extermínio, com o fim, ele veio com o machado que decepou furtivamente todas as cerejeiras de seu coração
Seu olhar de menina, ele arrancou
Retirou dela brutalmente sua singela pureza
Acabou com tudo
Acabou com as tulipas
Ela já não sonhava mais com canteiros de hortênsias
Nem se via em casarões dos anos 60
Ela se dilacerou
Ele a dilacerou
Ao olhar para dentro de si agora, substituindo toda a vida
Ela via um cemitério
Um perfeito cemitério de esperanças
De sonhos
De feitices
De vontades
Um perfeito cemitério do que lhe significava tudo
Ela precisava de vida
Inutilmente gritava pela vida dentro de si
Sentia-se sufocada
E flores sufocadas morrem
Cada segundo a mais que ela sentia seu pulmão ser cheio e esvaziado de ar era como se menas vida ela tivesse
Devastada
Ele por prazer, ao avistar a terra mágica dentro dela, tão virgem e sã, desejou devastá-la
Sentiu-se bem em certificar-se de que resquício de vida algum haveria dentro dela mais uma vez
Ah, ingênua
Ingênua foi ela
Que loucamente caiu apaixonada nos braços de seu assassino
Ele que tornou até mesmo a terra donde a vida nascia infértil para a felicidade
Fez dela uma terra de osso secos
De fontes secas
Sorriso superficial
Olhar vago
Sentimentos irrelevantes
Um coração vermelho vivo, pulsante
Agora encoberto de fuligem estava
Apagada, murcha
Ela não era mais ELA
Agora apenas mais uma
E da alma subiu a consciência
Acusadora consciência
Que rouba teu sono
Que rouba tua paz
Que rouba teu domínio próprio
Que furta tua dignidade para o mais obscuro você.
Ele foi o fim
Ela se fez de final
Mas descobriu que para todo fim há um recomeço e que para toda morte há uma probabilidade de nova vida
Tratar da terra não é difícil
Espalhar sementes muito menos
Cultivá-las é um prazer
E velas florescer é sentimento de vida
Ela se tornou um caos
Mas descobriu que até no caos a vida pode ressurgir de novo
Hoje, ela é o caos mais florido que já pudi conhecer
Se depois da desgraça ela recuperou seu jardim?
Não, jamais
Porém, um bosque germinou nela, com flores silvestres e arbustos verdes escuros, arvores com copas altas e bem no meio, uma clareira
Não era mais alma de menina
Era alma de mulher
Pessoa forte que faz das suas dores insumo pra nutrir o amor.

Um anjo em minha vida

Engana-se quem pensa que somente um poeta tem
O dom com palavras lindas e bem colocadas...
Claro que não...
Esse não é um dom exclusivo dos poetas...
Esse é um dom divino...
E quem tem amor dentro de si...
Tem a poesia escrita na alma...
Quem em sua vida um dia não recitou...
Não escreveu ou rabiscou um papel com poesias de amor para alguém...?
Somos dotados de dons incríveis...
Para alguns é mais fácil...
Eu sou usado pelas palavras para transmitir sentimentos verdadeiros...
Para transmitir sensações e emoções reais...
Para que cada um sinta da sua forma de ver...
Não existe um segredo...
Existe um sentimento vivo...
Pulsante, dentro de cada um que transmite esse lindo sentimento...
Em cada escrita...
Em cada ponto e vírgula... Cada frase...
Uma inspiração eterna carregada de sentimentos...
Emoções... Inexplicáveis...
É como um anjo em minha vida...
Sempre carregado de amor...
Deixando tudo mais belo...
Mesmo nos piores momentos...
Mesmo nas dificuldades...
Mesmo estando certo ou errado...
Sempre haverá um anjo em nossas vidas...
Sinta...
Ouça...
Seu coração sabe...
Afinal somos abençoados pelo amor...

Protesto

Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar

Senhores
Eu fui enviado ao mundo
Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar

Senhores
Atrás do muro da noite
Sem que ninguém o perceba
Muitos dos meus ancestrais
Já mortos há muito tempo
Reúnem-se em minha casa
E nos pomos a conversar
Sobre coisas amargas
Sobre grilhões e correntes
Que no passado eram visíveis
Sobre grilhões e correntes
Que no presente são invisíveis
Invisíveis mas existentes
Nos braços no pensamento
Nos passos nos sonhos na vida
De cada um dos que vivem
Juntos comigo enjeitados da Pátria

Senhores
O sangue dos meus avós
Que corre nas minhas veias
São gritos de rebeldia

Um dia talvez alguém perguntará
Comovido ante meu sofrimento
Quem é que esta gritando
Quem é que lamenta assim
Quem é

E eu responderei
Sou eu irmão
Irmão tu me desconheces
Sou eu aquele que se tornara
Vitima dos homens
Sou eu aquele que sendo homem
Foi vendido pelos homens
Em leilões em praça pública
Que foi vendido ou trocado
Como instrumento qualquer
Sou eu aquele que plantara
Os canaviais e cafezais
E os regou com suor e sangue
Aquele que sustentou
Sobre os ombros negros e fortes
O progresso do País
O que sofrera mil torturas
O que chorara inutilmente
O que dera tudo o que tinha
E hoje em dia não tem nada
Mas hoje grito não é
Pelo que já se passou
Que se passou é passado
Meu coração já perdoou
Hoje grito meu irmão
É porque depois de tudo
A justiça não chegou

Sou eu quem grita sou eu
O enganado no passado
Preterido no presente
Sou eu quem grita sou eu
Sou eu meu irmão aquele
Que viveu na prisão
Que trabalhou na prisão
Que sofreu na prisão
Para que fosse construído
O alicerce da nação
O alicerce da nação
Tem as pedras dos meus braços
Tem a cal das minhas lágrima
Por isso a nação é triste
É muito grande mas triste
É entre tanta gente triste
Irmão sou eu o mais triste

A minha história é contada
Com tintas de amargura
Um dia sob ovações e rosas de alegria
Jogaram-me de repente
Da prisão em que me achava
Para uma prisão mais ampla
Foi um cavalo de Tróia
A liberdade que me deram
Havia serpentes futuras
Sob o manto do entusiasmo
Um dia jogaram-me de repente
Como bagaços de cana
Como palhas de café
Como coisa imprestável
Que não servia mais pra nada
Um dia jogaram-me de repente
Nas sarjetas da rua do desamparo
Sob ovações e rosas de alegria

Sempre sonhara com a liberdade
Mas a liberdade que me deram
Foi mais ilusão que liberdade

Irmão sou eu quem grita
Eu tenho fortes razões
Irmão sou eu quem grita
Tenho mais necessidade
De gritar que de respirar
Mas irmão fica sabendo
Piedade não é o que eu quero
Piedade não me interessa
Os fracos pedem piedade
Eu quero coisa melhor
Eu não quero mais viver
No porão da sociedade
Não quero ser marginal
Quero entrar em toda parte
Quero ser bem recebido
Basta de humilhações
Minh'alma já está cansada
Eu quero o sol que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.

Não digas nada!
Fique em silêncio.
Hoje não preciso de palavras.
Só do seu carinho.
Há tanta suavidade
na quietude de se calar.
E com apenas um olhar,
tudo se entender...
Pode ser que em outro dia,
falar seja necessário.
Mas hoje não.
Só me basta estar em seus braços,
saboreando o silêncio de nós dois.

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie - nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.

Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há porém páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa selecta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. «Fabricou Salomão um palácio...» E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais - tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é - não - a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.

Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Lisboa: Ática. 1982

"Custou muito mais aprendi, que o coração não se preenche só com palavras bonitas
que nem todos que dizem te amar estão dispostos a ficar com você ate o fim,
que nem sempre é possível ver o por do sol ao lado de quem amamos...
E passamos a valorizar os pequenos detalhes, os pequenos gestos de amor,
começamos a enxergar os olhares de ternura e paixão, sentimos o corpo
arrepiar ao toque das mãos, aquele beijo suave que tira seu folego sem sufocar,
neste momento você percebe que palavras são levadas ao vento, mais os pequenos
gestos de carinho são aqueles que realmente sempre te amou".

Foi assim mesmo que Capitu falou, com tais palavras e maneiras. Falou do primeiro filho, como se fosse a primeira boneca. Aquela ameaça de um primeiro filho,
o primeiro filho de Capitu, o casamento dela com outro, portanto, a separação absoluta, a perda, a aniquilação, tudo isso produzia um tal efeito, que não achei
palavra nem gesto; fiquei estúpido. Capitu sorria; eu via o primeiro filho brincando no chão...