Texto Pai do Mario Quintana
LOS CLAROSCUROS DE PORTELA DESDE RIO GRANDE, BRASIL
Por Ricardo Peró Job (*)
A poesia de Oscar Portela traz o eterno questionamento dos pensadores sobre a razão de ser de nossas vidas e nossas dúvidas sobre o que ocorre após a nosso desaparecimiento. A través de metáforas e em estilo elegante, faz poesia com conteúdo incisivo, indo ao fundo de nossas almas, trazendo á tona nossos sentimentos mais secretos, medos, dores e paixões. Alucidez e a paixão se mezclam em seus poemas, numa harmonia quase inimaginável, deixando marcas profundas em seus leitores.
Com talento e criatividade, Oscar Portela vai da luz ás trevas, do brilho da paixão à escuridãom da morte e, de forma poético-filosófica, questiona aos deuses e a própria razão de nossas existência. Sua obra traz o eterno duelo entre o viver e o morrer, criando um verdadeiro torvelinho de emoções em seus leitores. Claroescuro situa o autor entre os poucos privilegiados com o dom da verdadeira poesia.
(*) : Jornalista e escritor
Catedrático de Literatura de la Universidad Riograndense, Brasil
Meu sistema..
A verdade nos inseri num mundo
que muitas vezes não acreditamos estar envolvidos.
Vivemos em nossas verdades!
Naquilo que pensamos, sentimos e fantasiamos.
Como saber de que forma estamos atuando
no maior “palco de teatro”, a vida?
Nesse chip de memória, o power foi dado
no primeiro respirar fora do velho habitat.
Nem sempre somos o que sonhamos,
Mas sonhamos com aquilo que não somos.
Onde houver possibilidade estarei lá!
Com a crença e intensidade de quem sabe,
Que um dia isso aqui vai “dar pau”
E travar todo o sistema, sem viabilidade
De uma nova formatação.
Sonho Meu
Oh sonho meu...
que exala teu cheiro,
que perfuma meu espaço
e me faz ir além.
Oh Sonho meu...
me faz uma canção,
te faz de meu guia
me recobre de amor.
Oh Sonho meu...
em teus caminhos quero estar,
aprender a sorrir e voar,
perdido no entardecer do sol.
Oh Sonho meu...
deixas de ser meu sonho,
e leva-me onde quiseres
e se assim preferes,
entregar-me-ei aos teus remansos.
Descubro-me.
Descubro em sonhos
todos eles "sem" pérolas
que haviam muitos mais versos
loucos e cadentes, de devaneios
que causam na parte mais nobre,
os mais translúcidos versos
que de saliência curva, desconvexa
e adentra na mais recente
moldura fechada.
Percebo que em cada mundo
tem um pedaço da dor,
que escreve de parte
a parte, como se deixasse
as migalhas ao vento.
Conto até nove,
mas posso chegar até doze
e em números suspirar,
mostrando com quantos
paus se faz a uma canoa.
Ah! Mas o que sou?
Labirintos me escondem
em muros virtuais,
onde as reticências me identificam,...
fotos, textos, meu mundo
e muito mais.
Assim concedo-me...
o que em sonhos pedi,
o que em versos diluí,
e o que incitadamente...
transcrevi.
Latente em ti.
Lembro-me de em teus caminhos
acalando meus pensamentos
e em cada sorriso teu
deixava-me os olhos atentos.
Quanto mais o tempo distancia
sorrateiramente meus passos te persegue
por caminhos tortos que não devia.
Mas quem pode dizer o que deve e não deve?
Oculto em meus sentidos
fluto-me aos remansos de teus braços.
Pra você sou todo ouvidos,
corpo, mente, beijos, amassos.
Inevitávelmente,
caminho em direção ao desconhecido.
Traquejos de historias de vida
me permitem dizer o que digo:
congruente é sorrir,
certo ou errado,
quente, latente
em ti.
Quando Deus anunciou a destruição das cidades de
Sodoma e Gomorra,uma minoria teria feito a diferença
entre a salvação e a destruição delas.
O Senhor nosso Deus está disposto a poupar comunidades
inteiras por amor de uns poucos homens e mulheres fiéis
e tementes à Ele.
Ninguém pode medir o valor real nem mesmo de dez almas
justas diante de Deus e do mundo.
Pelo testemunho desses poucos,na sua tarefa de ser o
"sal da terra e a luz do mundo",talvez populações
inteiras sejam hoje poupadas de um justo castigo.Quem
sabe você e eu possamos ser os meios de proteger essas
pessoas,somente com a nossa presença e testemunho.
Considere que o nosso papel,como homens e mulheres de
Deus,na sociedade em que vivemos e a nossa missão
junto a ela são de grande efeito e importância.Fazemos
parte de uma minoria que faz uma grande diferença.
"VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA...
VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO" (Mt 5.13,14)
AOS AMIGOS
A Amizade, como ela é
Se revela e se perpetua como o melhor dos amores
Diligente e Industrioza
Compõe a regência e a estrutura de sublimes relações
E como prova de sua autêntica exelência e magnetude
Promove a contínua evolução da humanidade
Assim como a inquestionável imortalidade da alma"
Quisera viver e não chorar,
não cair, nem desistir,
não ser magoado,
muito menos magoar.
Somente sorrir,
seguir em frente,
instantaneamente
a felicidade encontrar.
Entretanto, caio, levanto,
fico triste e sinto alegria.
Vou aprendendo, dia após dia,
que esses elementos
são o fundamento da evolução.
Se caio é para aprender a levantar.
E se levanto, tenho de caminhar.
E que, um certo dia,
depois de um tempo,
entre lágrimas e alegrias,
serei um ser mais evoluído
por ter tido, o grande prestígios,
de ter a vida para me ensinar.
Eu me importo com o sorriso,
por que ele é o maior representante da alegria.
Eu me importo com meus braços
por que são deles que saem a
melhor demonstração de carinho: o abraço.
Eu me importo com a palavra dita
por que é dela que encontro conforto,
bem como, as verdades sobre o meu próprio ser.
Eu me importo com as lágrimas
por que delas lavam minha alma,
das dores que sinto e reflete as
emoções mais felizes da minha vida.
Eu me importo com as pessoas
por que são elas que eu convivo
no dia a dia e à elas quero ser
o condutor da Amizade, da Paz,
do Amor e do Companheirismo.
Eu me importo com Deus
por que ele também se importa comigo,
e como eu, importa-se com todas essas coisas.
É Ele que me proporciona sorrir,
abraçar, falar, chorar, ser amigo,
ser criativo e viver.
É por isso que Eu me importo.
A Falta
A amo justamente por não lhe possuir nos meus braços, a sua falta enche todo o meu ser, tua ausência faz com que sua presença seja constante em minha vida. Tenho sede, quero água, maldito daquele que um dia mate minha sede. Os grandes amores jamais são concretizados, se a falta do outro é totalmente saciada o amor se desfaz...
Àquela idade
Existe uma idade, àquela idade a qual a opinião alheia deixou de ser importante, você aceita sua aparência, mesmo que não seja a melhor que teve, foca na sua essência, evita discussões desnecessárias, pelo simples fato de se poupar de irritações. Aprende a ouvir, começa a falar menos e pensar mais, não se importa com futilidades, mas se ainda se importa, sabe que se importar um pouco nao importa tanto assim, aprende que o básico muitas vezes é o suficiente, já não pensa em impressionar ninguém. Valoriza o ócio, aprende que esse é o momento que você se encontra com você mesmo, aprecia a melhor companhia que pode ter, ou seja, você mesmo...
Sogro, quero por essa mensagem te pedir desculpas por todo problema causado por mim na sua casa, e quero pedir perdão... Espero que o senhor me perdoe, para que possamos estar todos juntos outra vez. 😞
Eu estou há dias ensaiando para falar com o senhor... Estou muito mal por não poder ir aí na casa de vcs, de não poder estar perto, pois amo vcs como meus pais, e peço perdão se faltei com respeito ou fui ignorante com vcs alguma vez... nunca foi minha intenção!
Eu sou meio grossa, meio bocuda pra algumas coisas, mas estou me esforçando muito para melhorar e ser uma pessoa melhor para todos ao meu redor...
Peço de coração que o senhor possa me aceitar novamente como sua nora, que sempre amou tanto o senhor e sempre tentou ser a melhor pessoa, tanto para o Maycon como para vcs! Porque vcs são minha família!
Me perdoa! E desculpa por todos os problemas que eu causei! 😞❤️
Havia um homem que habitava numa aldeia, denominada Montes de Alvor. Ficava situada no concelho de Portimão. Esse homem era agricultor tinha vacas, as quais ele tratava. Certa vez disse à sua mulher, que no próximo dia tinham que ir ao mercado do Odiáxere comprar um bezerrinho, para dar em adoção a uma vaca, que tinha parido. Ele pensara que a vaca podia muito bem criar dois bezerrinhos. No dia seguinte foram para feira de gado, levando a sua carroça com a mula, como meio de transporte. Compraram o bezerrinho e voltaram para casa, com o animalzinho, dentro do "carro de Besta". Quando vinham na estrada, encontraram outro homem a conduzir outra carroça. E nesta carroça ia um vaca atada atrás da mesma, do lado esquerdo do meio de transporte . Então o homem do bezerrinho vendo o que se estava a passar e temendo que um veículo a motor batesse na vaca, deu um conselho ao dono da vaca, "Amigo ponha a vaca no outro lado do carro, pois não é tão perigozo" O homem mudou a vaca para o lado direito da carroça. Entretanto o homem do bezerrinho passou à frente, mas mais à frente voltaram a encontrar-se. O que tinha dado o conselho perguntou ao outro " Amigo foi bom o meu conselho?" O outro respondeu: " Sou do concelho do Odemira" O homem do bezerrinho nunca esqueceu esta história "do concelho do Odemira" , sempre que recordava, recordara também o muito que riu quando o outro não entendeu o que lhe foi perguntado.
Mário Dias
Mudam-se os tempos, mudam-se os ventos.
Mudam os homens e vêm os tormentos,
neste continuo grande muito mudar ...
Porquê ao mundo tantá mudança dar?
Se ao bem nós fossemos parar,
isso seria certo e de muito louvar.
Mas os homens mudam no seu mandar,
mas só vêm isto, mesmo só estragar!
De mal vai-se para pior, no estar,
para onde vamos nós caminhar?
Com mudança que não descansa.
Eu queria mas era ao céu chegar!
Aí não há mal algum a nos tentar.
E do bem ninguém se cansa!...
de profundis amamus
Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
Estação
Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove
miudinho
Muita vez
vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça
you are welcome to elsinore
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
Uma certa quantidade de gente à procura
de gente à procura duma certa quantidade
Soma:
uma paisagem extremamente à procura
o problema da luz (adrede ligado ao problema da vergonha)
e o problema do quarto-atelier-avião
Entretanto
e justamente quando
já não eram precisos
apareceram os poetas à procura
e a querer multiplicar tudo por dez
má raça que eles têm
ou muito inteligentes ou muito estúpidos
pois uma e outra coisa eles são
Jesus Aristóteles Platão
abrem o mapa:
dói aqui
dói acolá
E resulta que também estes andavam à procura
duma certa quantidade de gente
que saía à procura mas por outras bandas
bandas que por seu turno também procuravam imenso
um jeito certo de andar à procura deles
visto todos buscarem quem andasse
incautamente por ali a procurar
Que susto se de repente alguém a sério encontrasse
que certo se esse alguém fosse um adolescente
como se é uma nuvem um atelier um astro
Da minha janela…
Poderia falar das nuvens que com as suas cores e formatos diferentes, vão passando mudando a paisagem. Mas decidi falar das saudades que sinto da liberdade.
Não falo da liberdade de poder ir por aonde quero sem estar preocupado com o vírus que circula por aí ou em espalha-lo. Falo da liberdade de poder beijar a minha mãe, de tocar na pele das mãos macias ou secas, dos meus amigos ou das pessoas que alegremente quero conhecer. Nos dias de hoje, reflito no verdadeiro sentido do amor, ele nunca teve nas nossas conquistas financeiras ou intelectuais, porque neste momento de nada nos valem. O amor está nas pessoas, está num simples telefonema a perguntar como estás, num simples meme enviado pra alegrar-te, está em estarmos sentados com a nossa família sem a preocupação de amanhã termos que sair cedo pra trabalhar. Nestes dias a família ganha, porque quando as notícias da TV e as publicações nas redes sociais são sempre as mesma, resta-nos desligar-nos do que é material e colocar a nossa atenção no que essencial, as pessoas e como elas são e o que têm pra nos oferecer. Da minha janela, penso num futuro aonde daremos mais importância a liberdade de não estarmos sós.
"As injeções de psicotrópicos com as quais o coração inunda a mente, quando se está apaixonado. A burrice. O abandono da lógica, da coerência. O desejo de pular de um penhasco se, lá embaixo, estiver o ser desejado. As borboletas…"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
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