Texto Pai do Mario Quintana

Cerca de 11507 frases e pensamentos: Texto Pai do Mario Quintana

⁠QUANDO EU, TRISTURA, EM TI DRAMA PONHO

Quando eu, tristura, em ti drama ponho
Sinto o que não senti nunca, nem desejei
Que houvesse cá, a apertura que nem sei
E, que vou tresvariando em algo medonho

Isto incomodando, e passando, suponho
Me quero risonho, fausto, e então serei
Pronto pra haver poética, e leve estarei
Entre choro e riso, e não me avergonho

Que, um sofrente ante ti, ó tristura, tal
Um moribundo d’alma e emoção muda
De que me valerei se não viver visceral?

Esperando que ti, causar, então acuda
E o amor me acode, em um sentir total
Assim, na sensação, não mais me iluda!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho, 2021, 26, 10’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SE VOS SENTI...

Ah! Tempos idos! Ah! ido Fado!
Quão duro a sorte por ti decidida
O tempo passa, fugaz, de partida
A candura. Acrescendo o passado

Deixaste-me na ilusão apaixonado
Pranto e choro tu encheste a vida
Então, resta haver a alma garrida
Deixando o êxito, feliz e dobrado

Ah! quanto mais se poetar querer
Se quer mais uma afeição querida
Que fico duvidoso se vos senti...

Então, aquela sensação de perder
Na garganta, na impressão ferida
Lacrimejo o que tolamente pedi!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Araguari, MG - 15/07/2021 - 09'28"

Inserida por LucianoSpagnol

⁠HORA MARCADA

Um amor que já nasceu predestinado
Pra ter emoção, paixão e romantismo
A quem sempre se teve sem egoísmo
Inspirando sempre e sempre ideando

Num sentimento abrasado, desejando
Tendo no coração agrado e idealismo
Sem nunca chorar ou haver um cismo
Na sorte da ventura, assim, venerando

Esse que fica, que na sensação é amor
Tanta luz a brilhar e tanto é a seu favor
Da poética mais linda dos versos meu

Tem hora marcada, e tem a saudade
Sede tão cheia duma doce felicidade
É, somos nós, apenas nós, você e eu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 22/07/2021, 09’35”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O que é sermos humanos?

Nossa capacidade é de ser humano
Mas o que é ser humano?
Matar, roubar,extorquir e exigir
E por trás nem sequer agir?

Ou talvez amar,compartilhar e desfrutar para que quem sabe um dia todos nos possemos das mesmas oportunidades e vontades desfrutar?

Podemos não saber como fazer o que fazemos ou viver o que vivemos
Mas cá estamos nós
Depois de bons e ruins
Vivos e respirando
Agindo,destruindo e remodificando
Sem sequer ligar para o motivo
Mas continuamos operando.

Ser humano é viver essa insanidade de mundo todo dia e voltar para contar relato
Por mais que tudo pareça perdido
Sempre há alguém lutando em algum lugar

Porque ser humano
É agir e não só falar
Dar o bem no lugar do mal
Ter orgulho de quem é e quem se tornou
E não se arrepender pelo que já passou

Viva o presente
Viva o hoje
Você é incrível e nunca deixou de ser
Pare de ligar para a sociedade
Ela não liga pra ninguém
E esse ciclo só pode ser desconstruído por um alguém
E esse alguém
É você.



Inserida por miguel_prado

⁠SONETO SORRINDO

Aqueles versos que escrevi apaixonado
Os contentes versos que escrevi amando
Várias sensações na emoção sussurrando
Que falei de afeto, de prazer enamorado

A cada trova a ventura aumenta ao lado
Numa poética doce, leve, e até quando
Haver o sentimento, estarei esperando
Cada inspiração ao coração, bom agrado

Alguns – versos tão cheios de quimera
Outros – falas belas como a primavera
Mas, todos fartos de amor e de paixão

Então, vou, cuidadosamente, repetindo
Repetindo, verso a verso, numa canção
E dizer-te: que a satisfação está sorrindo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 09’58”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE ANTIGA

Há qualquer coisa de saudade antiga
na poesia que suspira e chora agora
alguma coisa tal uma sensação amiga
na trova o brilho de sol posto, outrora

Há a razão de toda a agonia, que diga:
pesar que estrangula e vai noite afora
no sentimento, pensamento, ó urtiga
que pinica, intriga e não vai embora

É dor com alma, é dor humana, dor...
ó Senhor, preenche este verso incolor
com mais agrado e agrado possa ter

Ah! aflijo sem nome, ah! aflijo infrator
que o fado verse com cuidado e amor
prosa suave e, assim, sossego no viver!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 18’58”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GÉRMEN

Eu te lanço ao coração, ó pequenina semente
de força, germina, surge à sensação, e então
aguardo o sentimento vivo e o anseio ardente
de um amador que na sede deseja a floração

Se desta esta vontade o meu agrado já sente
prazer em te cantar. Eleva desta suave canção
a mais amável emoção na emoção da gente
tal a alegria de um poeta em sua inspiração

Hás de ser a triunfal sedução enamorada
aquela gestação de sonhos, aquele abrigo
a quem vem procurar nesta cortês estrada

Cumprirás com justeza o poético preceito
do amor, fazendo do amor aquele amigo
florescendo uma paixão no açorado peito...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 12’45”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AFLIÇÃO

Pulsa no cerrado o horizonte imenso
Num entardecer purpúreo candente
No desanimo surges, tão lentamente
Lembranças, molesto e tédio denso

Que eterniza a agonia e sentir tenso
De um passado caprichoso e ardente
Embora aqui presente, está ausente
Na emoção. Turrão ainda é extenso

E o pôr do sol é tormento e nostalgia
Em um acre perfume, árduo expiro
E a uma sensação aflitiva me contagia

Nesse anseio a saudade n’alma arde
És um passado de amor feito suspiro
Suspiro e caro pesar no cair da tarde!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 18’00”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ESQUECER-TE NÃO PUDE

Ah, esquecer-te não pude, é que quem diria?
teimosas lembranças evocam a finda paixão
as angústias de uma noite, lágrimas na poesia
relembram na prosa infinda suspirosa sensação

Teu amor! em um tempo a que eu amaria
fez pulsar de amor o meu confiante coração
depois, vieram gestos que eu não conhecia:
- o silêncio, a distância, em um feito vilão...

Dói, mas vivem em um presente passado
pulsando desejos que quer ser apagado
insistindo no dia que me deu aquela flor

Ontem, chorei, sim, e me foi tão cruciante
cada saudade me fazia dum eterno amante
marcante... não pude esquecer desse amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 28/07/2021, 18’19” -

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Airosa Paranaguá.
Paranaguá, bem-apessoada cidade romântica banhada por águas que por ali nadam muita história e tradição.
Tens o tão deleitoso e gentil Rio Itiberê onde navegam os barcos coloridos e as mais felizes famílias.
Abriga o pulcro Rocio, fonte das bênçãos da Santa e admirável Nossa Senhora do Rocio.
Possuí um clima tropical e amarelo que faz os moradores esboçarem um belo sorriso toda manhã.
O caloroso e amigável sol cobre os coloridos e variados casarões onde lá pertencem os clássicos e antigos museus onde contam as mais velhas estórias.
Parabéns Paranaguá, pelos seus 373 anos.

Inserida por mariapitella

⁠POR QUE

Por que, em vez do silêncio, não me arraste?
Por que foste tu alvo, a emoção enamorada?
Por que sempre, na lembrança, és tu citada
E em cada verso o teu doce cheiro deixaste?

Por que no olhar aquele olhar com desgaste
Do desejo? por que, ó minha singular amada
Poeto, e suspira uma sensação tão desolada
De uma solidão, ó tomento, amargoso traste

Foste, e no perder não sabia o que perdia
Hoje chora no peito está resistente certeza
Que não teve intuição no que o amor dizia

Agora, vazio e poética sóbria, uma tristeza
Imaginado em que parte estás de cada dia
E, tenho a saudade numa nostálgica dureza

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 29/07/2021, 19’06”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANDO

Quando poeto o amor, as saudades são
estórias n’alma, nostálgico sentimento
a sensação de cada passado, momento
a doce quimera dos tempos que se vão

Quando poeto o amor, saudade em vão
é que nada importou, apenas o fomento
gemido de ocasião, sem um juramento
amor que é amor fortunas no amor são

Quando poeto o amor e, existe um vão
a poética chora, e a recordação aporta
lastimando aquele sentimento tão são

Ah coração, o amor, o que mais importa
um olhar, carinho, o que bem comporta
são versos de amor, que na poesia vão! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 30/07/2021, 06’06”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEPARO COM O AMOR

O seu amor varou-me a sensação amada
Fundiu-se ao coração, e tão meu sentia
Que não sei se aquela qualquer ousadia
Seria mais apaixonada ou mais alucinada

Chegou o vínculo, n’alma fincou a espada
Sobre o sentido do cuidado que florescia
No agrado, e foi intenso desde aquele dia
Total completude, não carecia mais nada

Julguei que nunca o teria, ledo engano
O amor ao ver outro amor é soberano
Redigindo nas estrelas um firmamento

Vi a emoção na inteireza, com ventura
Tudo tão sereno, amigo, sedução pura
Cá no amor agora é poético sentimento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02, agosto, 2021, 19’11” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PELO CAMINHO

Eu queria ver no silêncio do escuro
O amor puro, o mais que você quer
Que te agrada, em tudo que quiser
Este o prazimento que eu procuro

Te querer, quero! no olhar seguro
De doce paixão. Poesia a lhe dizer
Ser, estar, para enamorado te ter
Assim, que penso em nós, te juro!

Às vezes eu deixo de pensar em ti
E por aí o pensamento vai sozinho
Pensando se ainda está por aqui...

Neste segundo, você é só carinho
Só satisfação, uma sensação rubi
E, então, levo você pelo caminho!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04, agosto, 2021, 15’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Flores Murchas

Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...

Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...

De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas

Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...

Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠COVARDE

Se, assim, bater de novo à minha porta
Ah saudade! deixai quieta a minha dor
Não mais me traga sensação que corta
Que açoita a emoção com aflitivo ardor
Do pouco o tudo na recordação importa
E nada comporta um gesto tão opressor
Pois bem, cada lágrima pesar transporta

Então, dar-me-ás suspiro pra lhe transpor
Mas, aí! no peito bate forte está aflição
Sussurra em voz alta, em árduo alarde
Avidando um aperto no sisudo coração
Tremo... Sôfrego... E doloroso... sufocado,
... me deixo bater a saudade como covarde
E me ponho a sofrer como um apaixonado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 11’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONVICÇÃO

Por saber que não mais de te versarei
Permita que entre nós só a recordação
Deixada nos versos cheios de sensação
Que existiu um dia, agora, não mais irei
Não que eu quiz, e que ingrato serei
Saiba que te amei em cada emoção
Loucamente, na minha maior paixão
Entendo, que poesia tivemos, eu sei!

Não que a escrita te apagou, narrativo
Vive a saudade, num maçante motivo
Em uma poética evidente e tão picuinha
Mas, neste perseverar em ser presente
Um tormento parece-me tão unicamente
E, sabes que não mais será prosa minha!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 novembro, 2022, 21’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NATAL EM SONETO (dezembro)

24 de dezembro, uma noite tão presente
Noite Cristã, zelo ao Pequeno Nazareno
Um amigo amor, um desígnio tão pleno
A infância em recordação, inteiramente
Nestes veros meu cantar doce e ameno
No pisca-pisca de sentimento inocente
Lépida cantiga, total sensação que sente
Mesa posta, nossa gente, o crer sereno

Ó Menino Nazareno, sentido, confiança
Aquela verdade que nos traz esperança
Aquela inspiração que nos dá devoção
E, no coração o tanger do fervor imerso
Neste emocional, só um pequeno verso:
Dum soneto de Natal em devota canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 19’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CÂNTICO DO CERRADO

Já não ouvem os cantos das seriemas
Estridentes brados vindos do cerrado
Cessaram as sonatas, coaxes e poemas
Dos sapos, tão trêfego e tão sussurrado
Onde andarão as maritacas e as emas
Que nas planícies vinham dar significado
Pela imensidão do sertão e ecossistemas
Onde andarão? Foram apartadas do prado?

Já não ouvem aqueles apelos suplicados
O silêncio invade, os feitiços são penados
Os jatobás e os ipês não sombreiam mais
O chão tão desprezado de cuidados urge
Torna-se escasso a cada alvor que surge
Cala-se o sertão nas urgências essenciais

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2022, 05’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠chove lá fora

acordei
e vi que chove
observei
que não era só lá fora
revestido de breu
minh’alma
também, chora!
dengosa
amorosa
queixando de tudo
do silêncio mudo
da carência
daquela ausência
amargo sentido
coração partido
ah! e o meu amor
na sofrência, na dor...

chove lá fora
cá dentro do alento
também chora!
triste sentimento
sem compaixão
sedento
cheio de ilusão
lamento... dura hora
vão... solidão
chove lá fora!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 dezembro, 2022, 13’37” – Araguari, MG
versão para “Chove”

Inserida por LucianoSpagnol