Texto Pai do Mario Quintana
Eu sinto sua falta "Eu acho que é das mais belas frases que podemos ouvir! ... Porque ''eu te amo'' implica um equivoco! Eu te amo: Vou te dizer agora. Posso dizer ''eu te amo'' movido por aborrecimento, mas também por preocupação ou para se lamentar etc... ''Mas eu sinto sua falta'' significa que ficou um vazio da pessoa em questão
A educação é uma vergonha, pois é totalmente compartimentada o que faz com que cada estudante se torne um especialista na área que se formou, mas que negligencie o estudo de todo o resto. Deste modo se cria pessoas que sabem muito sobre um assunto e se vangloriam disso, mas nada sabem sobre outra área do conhecimento humano. As pessoas não são feitas de filosofia, matemática ou química, mas da união destas e das outras disciplinas.
Todos os sentimentos nascem do desejo, portanto o que muda é a forma e intensidade daquilo que você deseja. Veja o amor e o ódio, estes são sentimentos similares por desejarem intensamente algo para uma outra pessoa. O que muda é que no caso do amor deseja-se o melhor para ela, já no ódio deseja-se as piores aflições e dores.
As guerras religiosas são mostradas na mídia como guerras étnicas para que as pessoas pensem que guerra religiosa só existiu na Idade Média, mas vejam a morte de cristãos na Nigéria e Egito ou de muçulmanos na desintegração da Iugoslávia. Tudo isto foi motivado pelas religiões que ao lutarem entre si selam o próprio destino que é desaparecerem da forma como conhecemos.
Vivendo hoje, guardando as coisas boas que já vivemos, não esquecendo os erros (prá não fazer de novo) e seguindo em frente, vendo mais ou menos o que o horizonte nos permite ver (como numa caminhada pelos nossos campos às vezes a gente está dentro de um cânion e só vê o rio, mas podemos estar no alto e vislumbrar todo o horizonte)... Lembrando ainda que depois do que a gente consegue enxergar tem mais coisas...
A erupção do vulcão Kuwaé em 1453 alterou o tempo em várias partes do mundo. Os efeitos de tal mudança fizeram com que Constantinopla, durante o cerco, vivenciasse fenômenos como luzes e nevoeiros que foram interpretados como a retirada da proteção divina da capital do que sobrara do Império Romano.
No Brasil, um policial mesmo aposentado corre o risco de ser morto por um bandido. Isto é uma evidência de que no Brasil policiais e criminosos disputam influência e poder sobre territórios e pessoas que os colocam num ciclo de violência que ignora a aposentadoria do policial e a saída do criminoso da vida de crime.”
A política se torna um jogo quando sai da esfera da vida para se transformar em mera formalidade que será vivenciada com intensidade a cada 4 anos. Que as maiores competições desportivas, Copa do Mundo e Olimpíadas, tenham a mesma temporalidade das eleições é uma evidência do caráter lúdico da política. Ao contrário de tais competições a política se dá no cotidiano.
Para os cristãos medievais era inconcebível aceitar o Islã como uma religião divinamente inspirada, pois para eles a revelação terminou em Jesus de Nazaré. Assim, para os cristãos o Islã não passava de um grupo que seguia as palavras de um falso profeta que tinha deturpado a verdade revelada por Jesus para proveito próprio. Daí os cristãos chamarem os seguidores do Islã de maometanos.
A hipótese central do livro de Pascal Boyer é de que a religião é um parasita dos módulos cognitivos da mente humana. Segundo o autor os seres humanos teriam de qualquer maneira as capacidades mentais que consideramos originárias da religião como rituais, comportamento social, cuidado com os mortos, moral e busca por explicações sobre o mundo, a vida e a morte. Assim, para Boyer não há um instinto religioso e nem a religião é um subproduto direto da evolução cognitiva do ser humano e sim um parasita que se utiliza dos módulos cognitivos para se perpetuar e disseminar-se entre as mentes humanas ao longo do tempo.
A responsabilidade do ocidental pelos povos sobre os quais ele governava - há muito tempo foi rejeitado e tomado por outros. Mas há aqueles que ainda insistem em mantê-lo - desta vez como um fardo, não de poder, mas de culpa, uma insistência na responsabilidade pelo mundo e seus males que é tão arrogante e injustificada quanto as reivindicações dos predecessores imperiais.
A velocidade da ascensão dos turcos seljúcidas no mundo islâmico, longe de ser ressentida, passou a ser amplamente considerada um milagre providencial, trazido por Deus para reviver o fôlego agonizante do Islã e restaurar a unidade dos muçulmanos. Isso coincidiu com a presença de uma dinastia xiita (fatímida) no Egito. Para que os seljúcidas, que haviam escolhido a tradição sunita ortodoxa, pudessem ganhar legitimidade como verdadeiros gazis (combatente da causa de Deus) eles tinham de derrotar os infiéis e os muçulmanos não-ortodoxos. O espírito do Islã militante se adequava perfeitamente ao espírito de luta turco; o desejo de saque foi legitimado pelo serviço piedoso a al-Llah e sob influência turca, o Islã recuperou o zelo das primeiras conquistas árabes e reabriu a guerra santa contra seus inimigos cristãos em uma escala significativa.
No Iluminismo se falava bastante da separação entre Igreja e Estado; hoje este tema ainda está em pauta. Contudo, um outro deve começar a ser debatido: a separação entre imprensa e Estado. Nós temos o direito de saber o verdadeiro número de mortos e infectados pelo novo coronavírus. Só assim poderemos ter uma real dimensão do que está acontecendo e nos preparar da melhor forma possível.
Pauline Bonaparte como Venus Victrix (ou Vênus Vitoriosa). Trata-se de uma escultura neoclássica esculpida por Antonio Canova. Apesar do nome, apenas o rosto é da irmã de Napoleão Bonaparte e não se sabe se ela posou nua para o escultor tendo em vista que o corpo se trata de uma versão idealizada do corpo ideal feminino baseado nos valores neoclássicos. Na mão esquerda há uma maçã que lhe foi dada por Páris; ato este que ocasionando a Guerra de Troia. Queriam que Pauline fosse representada como a casta deusa Diana, mas Pauline insistiu em ser retratada como Vênus. Talvez, sabendo de que era vista como promíscua, decidiu tornar a ofensa um orgulho e assim foi retratada como a deusa do amor.
Cronos é costumeiramente retratado com a foice por dois motivos: por ser esta a arma com qual castrou seu pai Urano e por ele estar ligado aos cultos agrários. Cronos é o deus do tempo empírico dividido em passado, presente e futuro. Nem imaginavam o quanto estavam certos em dar uma foice (símbolo do Ceifador) para Cronos, pois a passagem de tempo nos levará para a morte não só da vida como também de todo o universo (morte térmica). O próprio tempo, esta ilusão persistente como disse Einstein, deixará de existir.
Para certos muçulmanos que viviam no Império do Brasil viver numa terra governada por não-muçulmanos e ainda por cima serem perseguidos por sua crença era intolerável. Daí muitos terem migrado para a África quando tiveram a oportunidade ou se rebelado contra o governo. Uma destas revoltas foi a dos malês em que o componente da jihad, mesmo João José Reis dizendo que não, estava presente tanto na revolta em si quanto em seu livro Rebelião Escrava no Brasil: a História do Levante dos Malês (1835).
No século XIX Nietzsche diagnosticou a morte de Deus, mas as armas utilizadas no deicídio (a ciência e a razão) se tornaram objeto de culto. É preciso usar o martelo mais uma vez para destroçar o altar no qual se encontra e depois dar uma marretada na própria cabeça para tirar de si a ideia de crença surgida na mente humana há mais de 12 mil anos.
As conquistas de Alexandre III da Macedônia levaram a cultura grega até as margens do rio Indo. Após sua morte o império por ele construído se dividiu em vários reinos comandados por seus generais. Um deles era o reino Greco-Bactriano (250-130 AEC) localizado no Afeganistão e Paquistão atual. Na região de Gandhara, no norte do Paquistão atual, floresceu a arte greco-budista que depois se irradiou para o resto do resto do subcontinente indiano influenciado a arte gupta e máuria. Algumas das características dessa arte são o Buda de pé em posição apolínea, o nó superior no cabelo, o uso do himation (uma túnica ondulada semelhante a uma toga que cobre os dois ombros), a presença de Héracles como protetor de Buda, o cabelo encaracolado e estilizado, a auréola e o realismo artístico.
É próprio do ser humano querer atribuir características suas para agentes não-humanos. Daí o fato de pessoas dizerem que o vírus veio para nos ensinar a importância do contato humano, aproximar as pessoas, não correr atrás de dinheiro, pensar no próximo e menos em si. O problema é que o vírus sequer pensa; ele só segue uma única diretriz: se replicar o máximo possível.
O cérebro humano, assim como o dos outros animais, evoluiu para lidar com problemas imediatos. O cérebro humano é capaz de simular possíveis realidades futuras, mas não damos o devido valor para tal capacidade. Agimos de forma imediatista, emocional, instintiva, automática e estereotipada. Enquanto o vírus estava lá na China poucas pessoas do lado de cá do globo deram a importância devida. Somente quando o vírus chegou bem perto de nós é que começamos a nos preocupar e tomar medidas para tentar mitigar o estrago feito por nossa inação entre os dois primeiros meses do ano. Não é culpa nossa. Nosso cérebro é deste modo, pois se nos preocupássemos com todo tipo de problema futuro possível não conseguiríamos viver. Contudo, desde os primórdios há grupos de pessoas cuja principal função é tomar as melhores decisões para a comunidade tendo como base alguma tecnologia. Antigamente era o xamã, enquanto hoje é o cientista. O primeiro consultava os espíritos durante o transe, enquanto que o segundo usa modelos matemáticos e inteligência artificial. Desde os últimos dois meses do ano passado médicos e cientistas chineses já sabiam do novo coronavírus, um artigo científico de 2007 alertou concluiu que o consumo de morcegos representa uma bomba relógio e uma IA enviou uma notícia sobre o surto no último dia do ano passado. Enquanto, bilhões comemoravam a passagem do ano uma IA sofria do complexo de Cassandra. A pandemia vai passar, mas quando isto acontecer devemos mudar o modo como pensamos.