Texto Mulher de Arnaldo Jabor

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A sociedade, tão moderna e tão incrivelmente despreparada e inclinada ao machismo como sempre foi. Diz-se uma sociedade reformada, onde a mulher revoluciona, tem seu espaço, compete profissionalmente, faz 1001 coisas ao mesmo tempo. Mas ainda esperam que vivamos presas à um casamento, um relacionamento, um macho, para sermos felizes. Concordo que algumas se tornam iscas perfeitas, cuidam do corpinho e do visual (ou ressaltam sua personalidade), e esperam ser o objeto perfeito de consumo de caras esbanjadores ou ainda a musa dos sonhos dos inspirados sonhadores. Agora tente vc, mulher, dizer que está bem sozinha. Inicia-se uma campanha de moralização, de correção dos seus valores. Não entendem a ausência de necessidade em uma mulher, de "precisar ter" (assim, gerúndio mesmo) um HOMI do seu lado. Querida sociedade, enfie seus conceitos onde lhe convier, menos na minha cabeça! rs... Quando eu sentir falta de um HOMI eu procuro um. Enquanto eu não sentir falta, me desculpem... Mas como muitos HOMENSSSS que priorizam momentos da sua vida, conquistas especiais, e se focam (aquele emprego, aquele concurso, aquela promoção, aquele projeto, o chopp com os amigos, etc), eu tbm nesse momento tenho um projeto de vida, um foco especial, e sinto muito mas nada vai ser mais interessante nesse momento: MEU FILHO!
Sou mãe solteira, não escolhi isso, mas já que aconteceu, então eu terei orgulho!
Mas por favor, não me atrapalhem achando que me falta "relacionamento" quando na verdade quando eu quis, eu não tive... Agora, eu não preciso mais.
Ahhhh... e não se trata de medo, receio, mágoa, tristeza... nada disso, nada ruim!
Quando aparecer alguém que me interesse, tenham certeza que eu pularei em cima com toda vontade. Mas, nesse momento, não sinto a menor falta e prefiro mil vezes ser 'feliz solteira" do que qualquer outra coisa que não seja "feliz".

Bjo no ombro! Me superei! kkkkkkkkkkkkkkk

Quem é? É um Espelho?! Sou Eu?!

Sou linda, como uma rosa, delicada por natureza, gentil como a vida pede para ser,
Sou zangada e valente, ah, tenho espinhos, sou mandona, obediente, sou ciumenta,
Sou simples rosa, no meio de muitas orquídeas, sou rosa de muito valor, sou linda.
Sou margarida vermelha, sou girassol, sou flor de lis que encanta os céus e olhos que me vê.

Sou gentil, charmosa, meu perfume é inconfundível e único, sai de minhas pétalas.
Tenho um sorriso lindo, que o sol me inveja, que às até se fecha quando caminho sobre ele.
Tenho luz própria, não sou vaga-lume, mais a lua és tão bela quanto a mim.
As estrelas brilham para mim durante a noite, enquanto eu, brilho para elas durante o dia.

Sou linda, tenho brilho próprio, tenho lindo sorriso que derruba tropas e impede o sol nascer.
O timbre da minha voz é canção a bons ouvidos, minha pele, minhas pétalas são macias.
Ao me tocar, faço coração tremer, voz ficar trêmula, faço a respiração ficar profunda.
Ao sentir meu perfume, faço ir à via – láctea e ir a Veneza e voltar em segundos.

Sou natural, não sou artificial, sou meiga como toda flor da natureza, sou bem observada.
Sou mais que uma flor, sou mais que uma linda rosa, sou mulher.
Do meu modo de viver normal, encanto, sem enfeite e muitos arranjos,
Sou flor, e bons jardineiros reconhecem-me, sou única, especial! Sou Bela Flor.

Da minha consciência ancestral:

Ontem, sentada frente ao espelho
Ia cuidar dos meus cabelos
Com o creme de alisamento

Abri o pote e o forte cheiro
Adentrou­‐me as narinas tão violento
Fazendo‐me fechar os olhos
Por um momento

Abri­‐os novamente e ela estava lá
Sentada ao pé da cama a me mirar
Pés e mãos acorrentados
A lágrima no rosto a brilhar

De onde vem, sussurrei
Do outro lado do mar
O fedor aqui é tão forte
Já não posso respirar

Ontem, sentada frente ao espelho
Ia cuidar dos meus cabelos
Esperava a chapinha esquentar

Estiquei a primeira mecha
Mas, descuidada queimei a testa
Senti a pele a latejar

Fechei os olhos, contendo a dor e o ódio
E quando os abri, ela já estava lá
Na bochecha uma cicatriz
Quem lhe fez isso? Saber eu quis

Ela levantou‐se e tocou minha queimadura
Depois falou­‐me com ternura:
Agora a qualquer lugar onde eu for
Saberão sempre quem é meu senhor

Ontem sentada frente ao espelho
Resolvi amar os meus cabelos
Sussurrei seu nome com zelo
Esperei ela se sentar

Ela se achegou sem receio
Recostou minha cabeça em seu seio
Começou a pentear

A cada mecha, a cada trança
Uma memória, uma lembrança
Que o medo não pode apagar

Estes homens não sabem o que querem....

Se a gente se insinua, é atirada;
Se fica na nossa, está dando uma de difícil.
Se aceita se entregar no início do relacionamento, é mulher fácil;
Se não quer ainda, está fazendo doce.
Se põe limitações no namoro, é autoritária;
Se concorda com o que o namorado diz, é sem opinião.
Se sai mais cedo do trabalho, é folgada;
Se faz hora extra, é gananciosa.
Se chateia-se com alguma atitude dele, é uma mulher mimada;
Se aceita tudo o que ele faz, é submissa.
Se quer ter 4 filhos, é uma louca inconseqüente;
Se só quer ter 1, é uma egoísta que não tem senso maternal.
Se gosta de rock, é uma doida;
Se gosta de música romântica, é brega.
Se faz cena de ciúme, é uma neurótica;
Se não faz, não sabe defender seu amor.
Se fala mais alto que ele, é uma descontrolada;
Se fala mais baixo, é subserviente.

SEGREDOS

Ela é linda... e ela sabe disso!
Ela é tranquila, educada e tem princípios.
E eu sou tranquilo, educado e um pouco sem vergonha! rs

Bela fruta agradável ao olhar!
O cabelo dela brilha.
E a boca?
Dá sede só de olhar.

Ganha varias curtidas, comentários e elogios sem ser vulgar.
Roupas comportadas, mas muito bem vestida, chama minha atenção.
Faz de tudo para agradar a sua metade que não sou eu.
Tão linda se perde em pensamentos,
Às vezes, parece sozinha por dentro,
mesmo estando acompanhada.

O corpo dela tem curvas, mas sem exageros.
Faz amizade facilmente, delicada, meiga, amorosa e não baixa cabeça pra ninguém!

Ah! Me deixa louco!

Um lindo sorriso e o jeito dela olhar. Wuoouu!
Falamos poucas vezes...
Às vezes cara a cara,
às vezes bate papo.
A voz dela esta guardada em meus pensamentos.
Uma parede circular da cor do ouro que ela carrega no dedo.
Me impede de qualquer estupidez.
Sedução, amor proibido, veneno gostoso!

Segredo guardado em mim. Pecado não consumado.
Talvez ela não saiba...
Que é meu fruto proibido e por eu não poder te ter,
Te quero cada vez mais.

Moça, não prenda essa alegria de poesia dos seus cachos,
solte essa vida ao vento,
não ligue para o que dizem.
Desligue esse medo do mundo
e entre em sintonia com os seus cabelos.
Não importa o que seja
ondulado, cacheado ou encrespado
não se sujeite ao medo de se mostrar,
sinta - se livre pra mudar.
Mas moça, nunca perca
essa sua natureza de amar!

Já corri tanto atrás de pessoas, até que caí na real e percebi que o amor tem que ser recíproco, amor tem que ser somado, e não dividido. Pare de mendigar amor, atenção, carinho ou afeto. Deixe livre para entrar na sua vida, deixe livre se a intenção não for ficar.
Às vezes tentamos manter alguém em nossas vidas e no final nos sentimos como se nós que não prestássemos para ninguém. Dê tempo para si mesmo, se valorize e tudo fluirá naturalmente.
Mas temos que lembrar que só fica em nossas vidas quem permitimos.
Não permita se machucar porque uma pessoa não te aceitou na vida dela.
É vida que segue.

A SPECIAL LADY.

..."Uma mulher especial nunca se diz especial, ela simplesmente é! Ela sabe ser diferente de todas as outras, até mesmo sem querer ser, pois, a graça de uma mulher especial é o rótulo de sua alma e a sua mais pura identidade e essência do seu ser. Seu sorriso é um abraço dado a distância, é um convite direto que entra pelos olhos e se abriga no coração, é um toque sutil e envolvente que penetra em nós sem pedir licença. Ela é sempre educada, gentil, fina, graciosa, verdadeira, envolvente. Ela nunca impõe, ela conquista! A ternura pode se manifestar em uma mulher especial até mesmo quando ela está zangada, tornando-a verdadeiramente cativante! Agente sente quando está com alguém especial quando bate na gente orgulho e segurança e não nos importa que tipo de situação ou momento ela esteja passando ou vivendo, desde que seja com ela e por ela qualquer coisa vale a pena. A mulher especial nunca e nem jamais sairá de moda! Ela é mais que uma referência, ela na verdade é o esteriótipo mais fino e requintado da leveza do ser mulher que deus caprichosamente inventou!"...

Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente.
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "Toque de recolher" publicada em 20/05/2006 no site Blônicas

A mulher que sabe amar é mestra do homem. Jamais governanta.
A mulher que sabe amar não irrompe nem interrompe. Chega suave.
A mulher que sabe amar conhece a sua superioridade e os limites desta.
A mulher que sabe amar sabe ser mãe e ser um furor na cama.
A mulher que sabe amar jamais se deixa subjugar. Nem subjuga.
A mulher que sabe amar sabe que não basta ter razão. Precisa saber ter razão.
A mulher que sabe amar é o ser mais elevado que há na terra.
A mulher que sabe amar cala quando sabe não ser compreendida e fala na hora certa.
A mulher que sabe amar jamais diz: eu não falei que não ia dar certo.
A mulher que sabe amar compreende os filhos e sem pretender ensina amor ao marido.
A mulher que sabe amar por ser superior não se preocupa em mandar.
A mulher que sabe amar não sabe obedecer cegamente: ou compartilha ou se separa.
A mulher que sabe amar sabe tanto de moda quanto de arte.
A mulher que sabe amar educa sem reprimir e orienta sem impor.
A mulher que sabe amar fala baixo, não usa perfumes exagerados e ama a alma.
A mulher que sabe amar conversa com Deus e partilha com a família,
A mulher que sabe amar sente sua máxima realização quando amamenta.
A mulher que sabe amar tem orgasmo, é abençoada pela bondade.
A mulher que sabe amar não faz alarde de sua superioridade sobre o homem.
A mulher que sabe amar é a responsável pela sobrevivência da espécie humana.
A mulher que sabe amar jamais ouvirá de seu marido a frase:
Eu não tenho opiniões: tenho esposa....

Menina mulher, já dizia o Poeta: "todas as mulheres deviam ser meninas".

Mulher menina, mistura perfeita para ser desejada.

Mulher, postura firme, imponente, mas o melhor mesmo, é quando nas horas certas, se deixa, se permite, sentir a menina que tem dentro de você.

Mulher desejada, amada, se protege, difícil de entender, mas sabe que deixa um doido, quando menina se permite ser.

Menina mulher, nas suas mãos, homens pensamos ser, mas na verdade, garotos somos, frágeis, impulsivos ao poder, que tanto nos faz enlouquecer. Enlouquecer de amor, de fazer e jamais cansar de querer.

Depois de muitas travessuras, um merecido descanso as voltas dos meu braços, menina volta a ser, e me permite pensar que tive o poder de fazer você se sentir mulher.

O Homem Nu

Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.

Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:

— Maria, por favor! Sou eu!

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso.

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão.

Fernando Sabino
O Homem Nu. Rio de Janeiro: Record, 1975.

Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo “olha, não dá mais”. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo,mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo?
Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu “mas agora eu to comendo um lanche com amigos”. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim?
Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito. Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve. Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu.
Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.
Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres,rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.
Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar.Resultado disso tudo: silêncio absoluto.
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele. Ele quem mesmo?

Absolvendo o amor
Duas historinhas que envolvem o amor.
Uma mulher namora um príncipe encantado por dois meses e então descobre que ele não é príncipe porcaria nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga que não dá mesmo para acreditar no amor.
Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa por esses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar vivendo. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para dar sabor, para ser feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, com os contatos todos, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque este estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor para sempre é azar ou incompetência. Mas não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão para existir. Não me venha falar de amigos e filhos e cachorros, essas compensações amorosas sofisticadas, mas diferentes. Estamos falando de homens e mulheres que não se conhecem até que um dia, uau. Acontece.
Segunda história. Uma mulher ama profundamente, é amada profundamente, os dois dormem embolados e se gostam de uma forma indecente, de tão certo que dá a relação, e de tão gostosa que são inclusive as brigas. Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tiquetaque excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa. Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de quê, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquele mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro-ou bobalhona foi ela, nunca se sabe. Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto essa criatura feliz e apaixonada, é ao mesmo tempo infeliz e temorosa porque sente aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.
Uma mulher infeliz por amar de menos, outra infeliz por amar demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Ele, coitado, sendo acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplemente por ter acontecido na nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí nem se fala. Qualquer amor-até aqueles que a gente inventa- merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, somos nós.

Você sabe o que é ser mulher?

Ser mulher é entender as fases da Lua por ter suas próprias fases.
É ser "nova" quando o coração está a espera do amor.
Ser "crescente" quando o coração está se enchendo de amor.
Ser "cheia" quando ele já está transbordando de tanto amor.
Ser "minguante" quando esse amor vai embora!
Ser mulher é hospedar dentro de si o sentimento do perdão.
É voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas.
Ser mulher é cicatrizar feridas de outros e, inúmeras vezes, deixar as próprias feridas sangrando.
É ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda.
Ser mulher é conseguir encontrar uma flor no deserto, água na seca e labaredas no mar.
É chorar calada as dores do mundo e, em apenas um segundo, já estar sorrindo.
Ser mulher é subir degraus e, se os tiver que descer, não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar.
É saber ser super-homem quando o Sol nasce e virar Cinderela quando a noite chega.
Ser mulher é ter sido escolhida por Deus para colocar no mundo os homens.
É, acima de tudo, um estado de espírito. É uma dádiva, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo!
Você, mulher, entende bem essas palavras...
Você, homem, ame e respeite todas as mulheres.

Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto

Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura
Quando chegar aos 30
Serei uma mulher de verdade
Nem Amélia nem ninguém
Um belo futuro pela frente
E um pouco mais de calma talvez

E quando chegar aos 50
Serei livre, linda e forte
Terei gente boa do lado
Saberei um pouco mais do amor
E da vida quem sabe

E quando chegar aos 90
Já sem força, sem futuro, sem idade
Vou fazer uma festa de prazer
Convidar todos que amei
Registrar tudo que sei
E morrer de saudade

Tenho urgência de tudo
Que deixei pra amanhã

Acho que não sou daqui
Paro em sinal vermelho
Observo os prazos de validade
Bato na porta antes de entrar
Sei ler, escrever
Digo obrigado, com licença
Telefono se digo que vou ligar

Não sou querida, me atrevo
A cometer duas vezes o mesmo erro

Espelho, espelho meu
Existe no mundo alguém
Que reflita mais do que eu?

Mesmo tendo juízo não faço tudo certo
Todo paraíso precisa um pouco de inferno

Ser bela e calma, quanta inutilidade
Mais vale um bom olhar profundo
E uma vida de verdade

Me corrijam se eu estiver errada
A realidade é nossa maior fantasia

Pudesse eu viver tudo o que imagino
Nem sete vidas me dariam tanto fôlego...

Martha Medeiros

Nota: Mistura de poemas retirados do livro "Poesia Reunida"

Outra pessoa

Sou fã da Gloria Kalil, uma mulher elegante em sua despretensiosa simplicidade e que consegue ser feminina e categórica ao mesmo tempo - combinação rara. Pois é ela que dá graça e leveza ao quadro Etiqueta Urbana, que apresenta junto com Renata Ceribelli no Fantástico, aos domingos. No último programa (22/07), o assunto era etiqueta nas relações amorosas: o que a intimidade permite e o que não permite. Todos deveriam nascer sabendo, mas há quem se atrapalhe, normal. O que é difícil de acreditar é que ainda exista, como o programa mostrou, mulheres que atendam o celular do parceiro para checar quem está ligando pra ele. Uma moça explicou que faz isso porque se sente no direito de saber quem está atrás do seu marido, e justificou: "se fosse outra pessoa, eu não faria". No que Gloria Kalil, abismada, alertou: "mas ele é outra pessoa".

Extra, extra! Notícia quente para quem está chegando agora da lua: nossos namorados, maridos e esposas são outras pessoas. Eles dizem que nos amam, e tudo indica que é verdade, mas isso não significa que o amor possua o dom de fundir o casal. Este ser com quem você divide o teto e as contas continua tendo amigos próprios, clientes próprios, vida própria. Você não vai acreditar: até pensamentos próprios! Pois é, criatura. Seu grande amor nasceu de uma família que não tem nada a ver com a sua, teve uma infância muito diferente da que você teve e viveu muito bem sem sonhar que você iria atravessar o destino dele - claro que, se ele for romântico, vai negar esta última parte e dizer que simplesmente não existiu antes de você aparecer. Como é que você tem coragem de xeretar a privacidade de um sujeito tão sedutor?

Celulares tocam numa tarde de domingo e isso não quer dizer que do outro lado da linha esteja um ricardão ou uma manteúda. Mas pode ser que esteja também, quem aqui tem bola de cristal? Só que não é esta a questão. O assunto em pauta é civilidade, lembra? Tem que ter! Educação segue sendo necessário até pra quem está casado há 82 anos, sem contar os sete de namoro. Se não houver gentileza e respeito, vira barraco. Baixaria. Fiasco. Portanto, pare de achar que está sendo traído e de ficar procurando evidências. Siga o conselho do sábio psiquiatra suíço Adolph Meyer: não coce onde não está coçando.

As relações amorosas seriam muito menos traumatizantes se os envolvidos tivessem a consciência de que estão vivenciando um excitante encontro entre adultos, e não um projeto de mútua adoção. Ninguém é criança, ninguém agüenta monitoramento constante. Morando em casas separadas ou na mesma casa, ele é uma pessoa, você é outra, e é aconselhável que cada um respire com o próprio nariz, pra não acabar em asfixia.

Mulher borboleta, pequenina e voraz
Tem um voo que seduz, uma beleza que satisfaz.
Possuidora de uma leveza que conduz, de uma força que induz
Sua fragilidade lhe traduz uma mulher que reluz!
Precisa de arte, precisa que invada
Que o coração dispare, que a saudade mate.
Não a prenda, traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um
Ela é da natureza
Ela é dela!
Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento que ela vai.
Mas espere...
Pois ela volta!

Um dia eu sou menina, no outro sou mulher. Há dias em que o espelho é meu amigo, outros, meu pior inimigo. Hoje eu amo, amanhã eu odeio. Sou capaz de dar mil conselhos sobre a vida de alguém e incapaz de resolver os menores problemas da minha vida. A cada dia aprendo com meus erros, mas por mais q aprenda, nunca deixo de errar. Hoje, vivo cada dia como se fosse o primeiro e o último !
- Jeito de menina levada, reação de menina encantada, estilo de menina mimada, pensamentos de menina destrambelhada e coração de menina apaixonada...

Coisas que só uma mulher consegue...


Passar a vida inteira, lutando contra o próprio cabelo...
Comprar uma blusa que não combina com mais nada, só por que o preço estava irresistível.
Ser tratada feito idiota pelo mecânico na oficina.
Fingir naturalidade durante um exame ginecológico.
Se "enfiar" numa calça jeans para rediagramar a estrutura do corpo.
Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade, crise de nervos e ataque de riso tudo num dia só!
Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada, mãe do marido.
Lavar a calcinha no chuveiro. e depois pendurá-la na torneira, para horror do sexo masculino.
Escutar que: mulher no volante perigo constante; homem do lado perigo dobrado...
Depilar a perna de 15 em 15 dias (com cera!)
Rasgar a meia na entrada da festa.
Sentir-se pronta para conquistar o mundo, quando está usando um batom novo!
Chorar no banheiro, se olhando no espelho para ver qual o melhor ângulo.
Achar que o seu relacionamento acabou, e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual.
Nunca saber se é para dividir a conta, ou se é para ficar meiguinha.
Colocar uma cinta para disfarçar a barriga.
Ficar completamente feliz, por que ele ligou.
Dizer não, para ele insistir bastante, e aí ter que dizer sim!
Sorrir gentilmente para o cliente enquanto uma cólica louca te rasga como se fosse uma bazuca...

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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