Texto Filosófico

Cerca de 1036 texto Filosófico

A Era da Informação não trouxe a expansão mental esperada. A desinformação sempre concorreu deslealmente com a informação. Ambas “tecem a história da humanidade, como com uma linha dupla, uma branca e outra preta” (metáfora de Jostein Gaarder que aparentemente já não cabe na linguística de igualdade racial rss).
Sonhamos com uma Era de Aquário (onde o “bom senso” prevaleceriá, ou prevaleceria), mas fora dos casos isolados e da fé humanista fica difícil imaginar a prevalência da paz, quando o que mais observamos historicamente não foi muito além de um “caos de sensos”.
Só a transformação pessoal produz transformação mundial. O desafio à fé é ver historicamente a Potência Humana majoritariamente a serviço dos grandes manipuladores de mentes.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠VERDADE RUIM 27/09/18
Cuidado com a verdade
que te agrada ou a mentira
que te protege
e que você estima.
Verdades ruins são maldades
Mentiras boas são bondades
Bem está limitado ao bem
Este limite claro se desenha
em cada feito a ser caro.
As boas novas podem ser
para quem as guarda
não só o significado,
mas também o limite
entende acertas e corrige
até o que te agrada.
Não só reconhecidas,
mas sim estimuladas.
Isso é assim sem deixar
de ser verdade,
mas só enquanto
as verdades forem verdades.
Então sem se tornam menores
ou menos importantes
São as qualidades
que poucos enxergam.
A maioria só vê defeitos e o feio
e do ouro perdem o filão
sem conhecer o ouro, o veio.
Os que nos afastam
Procuram em nós
os defeitos com sua lupa
e para isso colocam seus pés
em nossas qualidades
e nos sufocam sem culpa.
Eu não afasto o teu direito
de tentar me ajudar
com suas críticas à cata de defeitos
só por favor tire o seu joelho
do meio do meu peito.
Dante Locatelli.
https://naquelesegundo.blogspot.com/2018/09/verdade-ruim-270918.html
#ruim, #verdade, #Nietzsche, #Dante, #Locatelli, #poeta, #poesia, #amor, #ama.

Inserida por DanteLocateli

⁠Macacos ocultos

Qual paixão se tem
Quando se sabe
O quão injusto é
Os homens que fizeram tanto mal
Serem agora só pó de ossos
(Se cavar ali encontrara os nossos)
A dor do mundo
Por que quando se contempla
Quando se entende
dentro de nossa essência
Com todo mal
É tão bonita ?
Eu entendo realmente
Mas quero não entender
Quero mentir para mim mesmo
Que não sei o porquê
Alguém será que já conseguiu
Se enganar assim?
Então eu choro e quero ser tudo
E me ver por completo
Sem me separar de mim
Como isso seria possível?

Quanto tempo eu estive penssando
No ódio de quem ama
Nos amores secretos
E dentro deles as verdadeiras
Paixões ocultas
Tão negras quanto verdadeiras
Tão erradas quanto verdadeiras
Tão erradas não por natureza
Mas por seleção
Os erros selecionados por milênios
Em nome das leis
Que defendem tantos outros erros
Ate que enfim
Nos fadamos e aceitamos
Mesmo naquelas noites
Em que tudo vem
Todo o entendimento
E a sensação de injustiça nos apossa
Diante da impotência
Diante desse mundo fraudado
Que não nos liberta
Pelo nosso próprio medo.

Inserida por glauber_manganeli

O paradoxo do estado democrático.
As divergências político-partidárias representam uma disputa (falando de uma forma extremista) entre ricos que querem ser sustentados pelos pobres contra pobres que querem ser sustentados pelos ricos. Grosso modo, são essas duas classes: a dos poucos com muito dinheiro e a dos muitos com pouco dinheiro. No retrospecto histórico evidentemente a primeira classe tem colhido mais vitórias.
Nas democracias existe entretanto uma terceira classe, a “classe política”, que representaria as divergências ideológicas. “Representaria“ porque costuma representar precariamente tais divergências, por estar majoritariamente comprometida com o benefício da própria classe, se associando com a classe rica quando quer dinheiro, e se associando com a classe pobre quando quer poder. Enquanto a sociedade (representada genericamente por essas duas classes), se beneficiaria do acordo social, a classe política colhe dividendos justamente do desacordo, o que a torna potencialmente inimiga das outras duas classes.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠Não quero cantarolar falsas esperanças mas vejo o veganismo como norte sem volta para a humanidade porque os argumentos estão vindo de origem bem diversa (espiritual, ética, ideológica, ambiental etc ). Nesse movimento, muito atrapalha querer que o outro seja vegano pelos mesmos motivos de si, mas isso é da natureza humana. Boicotando a desgraça dos animais já bastaria por ora, diferenças resolveríamosno caminho.
Costumo dizer que a humanidade segue uma linha natural de evolução só alterada em períodos de catástrofe. E quais são as catástrofes que mais se assomam no horizonte? Colapso de recursos e colapso do capitalismo. E ambas as hipóteses tem a tendência de reforçar o veganismo (talvez como nunca antes). Não sei se é pra 2050 ou 2300, mas exploração não tem como prosperar indefinidamente. Estamos chegando ao pico, e dele cairemos.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠Eterno debate

Na vastidão do cosmos eu caminhei,
E dos segredos profundos me alimentei.
Vejo um mundo sem a tua luz,
Um eco de liberdade que seduz.

Deus:
Oh, anjo caído, teu saber é vão,
Ainda que o tempo passe, sou a razão.
Minha existência é além do humano ver,
Um elo eterno, impossível de romper.

Nietzsche:
Escutai, espíritos do além e do céu,
Declarei ao mundo que Deus morreu.
Não é a negação de sua verdade,
Mas um grito de nossa liberdade.

Lúcifer:
Eis que os homens agora estão sós,
Em busca de sentido, em novos nós.
Não há mais correntes, não há mais guias,
A era da autonomia, enfim, se inicia.

Deus:
Mas na busca frenética, o que encontrarão?
Um vazio profundo ou nova redenção?
Sou mais que um dogma, sou a essência,
Na alma humana, a persistente presença.

Nietzsche:
Não temo o vazio, mas o conformismo vil,
Que aprisiona o espírito em um ser servil.
Destruímos os ídolos para nos libertar,
Agora é hora de novos valores criar.

Lucífer:
Então que assim seja, um novo amanhecer,
Onde cada um possa seu próprio caminho tecer.
Que a chama da dúvida e da razão persista,
Na busca eterna, em uma jornada imprevista.

Deus:
Mesmo que neguem, em mim sempre estarão,
Sou a fonte do amor, do medo e da razão.
E enquanto existir pensamento e alma humana,
Minha presença, oculta ou clara, jamais se engana.

Nietzsche:
Assim seguimos, na dança do eterno retorno,
Entre a escuridão e a luz, o real e o sonho.
Que nossa conversa seja um marco, não um fim,
Mas um começo, onde o homem se encontre enfim.

Inserida por EderPrioli

⁠Eterno Retorno

Vivo mil vidas num só instante,
sou chama que ri da cinza.
O tempo curva-se diante
da vontade que não finda.

Deuses caíram por minhas mãos,
ilusões, trapos do medo.
Quem encara o abismo em vão
nunca será o segredo.

Ergo-me além do bem, do mal,
sem bússola, céu ou chão.
O caos — meu berço original,
a dor — minha redenção.

Inserida por higor_capellari

⁠Ecos do Nada

Prometeram sentido — tarde demais.
O altar já estava em ruínas,
e a fé, como um fantasma que jaz,
sorria com suas mentiras finas.

Ergui minha alma como quem cospe sangue
em direção ao céu rachado.
Mas só ouvi o eco que nunca responde
e o silêncio, de novo, ensurdecido e alado.

A moral — um teatro de bonecos partidos,
pendurados em cordas de culpa e dor.
Choram por virtudes que nunca existiram,
rezam por um bem que fede a horror.

O tempo é uma piada repetida
contada por cadáveres em festa.
E a verdade? Uma prostituta envelhecida,
sábia demais para ainda ser honesta.

Nada é profundo. Tudo é abismo raso.
E quem ousa olhar… afunda.
Pois pensar é morder o próprio atraso,
e viver, uma doença sem cura, vagabunda.

Inserida por higor_capellari

Amigos. — Apenas pondere consigo mesmo como são diversos os sentimentos, como são divididas as opiniões, mesmo entre os conhecidos mais próximos; e como até mesmo opiniões iguais têm, nas cabeças de seus amigos, posição ou força muito diferente da que têm na sua; como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil. Depois disso, você dirá a si mesmo: como é inseguro o terreno em que repousam as nossas alianças e amizades, como estão próximos os frios temporais e o tempo feio, como é isolado cada ser humano! Se alguém percebe isso, e também que todas as opiniões, sejam de que espécie e intensidade, são para o seu próximo tão necessárias e irresponsáveis como os atos, se
descortina essa necessidade interior das opiniões, devida ao indissolúvel entrelaçamento de caráter, ocupação, talento e ambiente — talvez se livre da amargura e aspereza de sentimento que levou aquele sábio a gritar: "Amigos, não há amigos!". Esta pessoa dirá antes a si mesma: Sim, há amigos, mas foi o erro, a ilusão acerca de você que os conduziu até você; e eles devem ter aprendido a calar, a fim de continuar seus amigos; pois quase sempre tais laços humanos se baseiam em que certas coisas jamais serão ditas nem tocadas: se essas pedrinhas começam a rolar, porém, a amizade segue atrás e se rompe. Haverá homens que não seriam fatalmente feridos, se soubessem o que seus mais íntimos amigos sabem no fundo a seu respeito? — Conhecendo a nós mesmos e vendo o nosso ser como uma esfera cambiante de opiniões e humores, aprendendo assim a menosprezá-lo um pouco, colocamo-nos novamente em equilíbrio com os outros. É verdade, temos bons motivos para não prezar muito os nossos conhecidos, mesmo os grandes entre eles; mas igualmente bons motivos para dirigir esse sentimento para nós mesmos. — Então suportemos uns aos outros, assim como suportamos a nós mesmos; e talvez chegue um dia, para cada um, a hora feliz em que dirá:
"Amigos, não há amigos!" — disse o sábio moribundo;
"Inimigos, não há inimigos!" — digo eu, o tolo vivente.

Amigos. — Apenas pondere consigo mesmo como são diversos os sentimentos, como são divididas as opiniões, mesmo entre os conhecidos mais próximos; e como até mesmo opiniões iguais têm, nas cabeças de seus amigos, posição ou força muito diferente da que têm na sua; como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil. Depois disso, você dirá a si mesmo: como é inseguro o terreno em que repousam as nossas alianças e amizades, como estão próximos os frios temporais e o tempo feio, como é isolado cada ser humano! Se alguém percebe isso, e também que todas as opiniões, sejam de que espécie e intensidade, são para o seu próximo tão necessárias e irresponsáveis como os atos, se
descortina essa necessidade interior das opiniões, devida ao indissolúvel entrelaçamento de caráter, ocupação, talento e ambiente — talvez se livre da amargura e aspereza de sentimento que levou aquele sábio a gritar: "Amigos, não há amigos!". Esta pessoa dirá antes a si mesma: Sim, há amigos, mas foi o erro, a ilusão acerca de você que os conduziu até você; e eles devem ter aprendido a calar, a fim de continuar seus amigos; pois quase sempre tais laços humanos se baseiam em que certas coisas jamais serão ditas nem tocadas: se essas pedrinhas começam a rolar, porém, a amizade segue atrás e se rompe. Haverá homens que não seriam fatalmente feridos, se soubessem o que seus mais íntimos amigos sabem no fundo a seu respeito? — Conhecendo a nós mesmos e vendo o nosso ser como uma esfera cambiante de opiniões e humores, aprendendo assim a menosprezá-lo um pouco, colocamo-nos novamente em equilíbrio com os outros. É verdade, temos bons motivos para não prezar muito os nossos conhecidos, mesmo os grandes entre eles; mas igualmente bons motivos para dirigir esse sentimento para nós mesmos. — Então suportemos uns aos outros, assim como suportamos a nós mesmos; e talvez chegue um dia, para cada um, a hora feliz em que dirá:
"Amigos, não há amigos!" — disse o sábio moribundo;
"Inimigos, não há inimigos!" — digo eu, o tolo vivente.

O que em geral se consegue com o castigo, em homens e animais, é o acréscimo do medo, a intensificação, o controle dos desejos: assim o castigo doma o
homem, mas não o torna ‘melhor’ – com maior razão se afirmaria o contrário. (‘O prejuízo torna prudente’, diz o povo: tornando prudente, torna também ruim. Mas felizmente torna muitas vezes tolo.)

Inserida por gtrevisol

“... Dentre aqueles que respeitam o pai, a mãe e os irmãos, são poucos os que realmente desobedecem aos próprios superiores! E ainda não se viu um homem que, não querendo desobedecer aos superiores, provocasse desordem. Para o senhor, tudo isso é fundamental: de fato, é a partir disso que nasceu a ‘norma’. O respeito para com os pais e os irmãos é à base da superioridade...!”

Tédio e Trabalho
A necessidade nos obriga ao trabalho, e com o produto deste a necessidade é satisfeita; o contínuo redespertar das necessidades nos acostuma ao trabalho. Mas nos intervalos em que as necessidades estão satisfeitas e dormem, por assim dizer, somos assaltados pelo tédio. O que é o tédio? É o hábito do trabalho mesmo, que se faz valer como uma necessidade nova e adicional; será tanto mais forte quanto mais estivermos habituados a trabalhar, e talvez quanto mais tivermos sofrido necessidades. Para escapar ao tédio, ou o homem trabalha além da medida de suas necessidades normais ou inventa o jogo, isto é, o trabalho que não deve satisfazer nenhuma outra necessidade a não ser a de trabalho. Quem se fartou do jogo, e não tem novas necessidades que lhe deem motivo para trabalhar, é às vezes tomado pelo desejo de uma terceira condição, que está para o jogo assim como o pairar para o dançar, e o dançar para o caminhar, uma movimentação jubilosa e serena: é a visão da felicidade que têm os artistas e filósofos.

Toda arte, toda filosofia pode ser vista como remédio e socorro da vida em crescimento ou em declínio: elas pressupõem sempre sofrimento e sofredores. Mas existem dois tipos de sofredores, os que sofrem de superabundância de vida, que querem uma arte dionisíaca, e desse modo uma perspectiva trágica da vida – e depois os que sofrem de empobrecimento de vida, que requerem da arte e da filosofia silêncio, quietude, mar liso, ou embriaguez entorpecimento, convulsão. Vingança sobre a vida mesma – a mais voluptuosa espécie de embriaguez para aqueles assim empobrecidos!

Se pudéssemos ter conhecimento exato e completo de todas as causas naturais de cada evento, constataríamos que cada acontecimento passado, presente e futuro ocorreu de forma necessária. O livre-arbítrio, o acaso, e o próprio passar do tempo são quimeras cabíveis a nossa interpretação limitada.

A única relação entre os seres que faz sentido ser trabalhada é a ética, e o caminho para a ética é a simplificação, não a complexificação. Nossa animalidade se estrutura bem em grupos restritos e isolados (ou conforme intuiu Epicuro, "em pequenos grupos de mesma opinião"). Essa possibilidade (como via geral) já se extinguiu há muitos séculos, e por mais que ignoremos, desde então nossa espécie se transformou numa praga fora de controle, progressivamente concentrada em urbes, consumindo recursos naturais num ritmo irrestituível, e causando sofrimento extremo e diário a bilhões de vertebrados, em escala industrial.

“Pressuponho que seja inviável o homem alcançar a felicidade, sem anteriormente, ter vivenciado o mais autêntico e profundo estado de sofrimento humano; sem ter conhecido si próprio em sua verdadeira essência, e conseguinte, compreendido o sentido de sua existência. De fato, o sofrimento é um estado de auto-conhecimento do homem."

Inserida por DudaEskildsen

Se você é um enrolador compulsivo e incurável, como eu, tenho um recurso que aumentou bastante minha produtividade: mudar de tarefa sempre que estiver entediado. O segredo é: nas mais importantes, voltar a elas mais vezes. Nas menos importantes, voltor a elas menos vezes. A mudança de tarefa combate o tédio, que é a grande causa da minha enrolação.

Inserida por AntonioMatienzo

Convívio harmonioso. Para desfrutá-lo, as pessoas desejam pares que pensem como elas próprias. Mas encontrar essas pessoas, além de ser no máximo metade da solução, requer esforço. A outra metade da solução está em ser si próprio agradável, o que também requer esforço. Disso concluímos o que? Que a principal suspeita da desarmonia é a preguiça.

Inserida por AntonioMatienzo

A hiperpopulação, aliada à era da informação trouxe à tona o caos de opiniões humanas. Hoje somos ratos furiosos apertados dentro de uma caixa. Diante disso, me parece bem mais sensato olhar com honestidade para minhas próprias atitudes do que tentar convencer os outros das minhas vãs opiniões.

Inserida por AntonioMatienzo

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp