Texto eu Amo meu Namorado
Ninguém é igual a ninguém, eu sei. Não posso querer que você seja de um jeito que não é o seu. E se eu gosto, tenho que gostar por inteiro. Mesmo com defeitos, mesmo com passado, mesmo com tudo. Eu também tenho a minha história, com partes bonitas e feias. E quando duas vidas se cruzam, com tudo de errado e certo, é a gente que escolhe ficar. E foi essa a escolha que nós fizemos. A gente tinha tudo pra dar errado. Mas demos certo.
"A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo. Contudo, viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências."
Ás vezes quando estou dando aula.. Um menino leva um golpe e então começa a chorar. Eu pergunto para ele " Você se machucou ou se magoou?" Se ele se machucou, eu o levo para casa. Mas se ele se magoou... "levante e volte para o tatame" Você tem que descobrir se está magoada ou se está machucada.
Você vai me dizer que a vida é assim mesmo e me provar que eu sou só mais uma apaixonada patética que não se cansa de testar o limite de sofrimento que suporta. As suas respostas eu sei decor e você não se esforça pra me surpreender. Mostrando que não se esforça mais pra nada que seja por mim. A que ponto cheguei.De novo me atirando nesse esgoto pra tentar consertar as coisas que já foram pelo ralo. Me vejo tão boba. E tão corajosa. E tão insistente. É bom ser corajosa, mas preciso aprender a ir embora. Essas tuas partidas doem tanto. E eu continuo aqui, parada e dolorida te escrevendo minhas loucuras. Vou saber lá em que braços você anda se jogando por aí e que promessas você tem feito por aí. E eu aqui guardando meus braços e promessas pro fim do mundo. Que com certeza vai chegar antes de você. Volta pra mim o caramba. Preciso parar com essa mania de te amar, e começar a me amar um pouco mais.
Quando você não esperar vai doer. E eu sei como vai doer e vai passar, como passou por mim e fazer com que se sinta assim: Como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de cantar. Eu sei que vai ouvir. Eu sei que vai lembrar e vai rezar pra esquecer! Vai PEDIR pra esquecer! Mas eu não vou deixar. Eu NÃO vou deixar!
Quantas vezes eu não senti vontade de sair do corpo e encarnar um objeto sem vida. Um lápis, talvez, ou qualquer coisa inanimada, silenciosa, parada, sem vida. Pois era assim que eu me sentia. Mas passou. Eu chorei, as lágrimas acabaram, tudo acabou. Meus olhos secaram e eu descobri a inutilidade de chorar por coisas que não valiam a pena. A dor é igual um barco que você observa da praia, parece que está parado, você se distrai com outra coisa, e quando vai ver o barco está longe. Se você estava sentindo uma dor quando começou a ler isso, agora ela é menor do que antes. É difícil de acreditar quando se está mal, tudo vira dúvida, mas eu entendo. Você pode não saber, mas supera. Sua cama parece o melhor lugar, então deite, durma, esqueça. Ou não esqueça, mas deite e coloque sua música predileta no fone, escute e ignore um pouco essa sua vontade de sair por aí, gritando aos sete ventos metade das coisas que sente. Não é errado não saber tudo, só não se esqueça de saber o essencial, que é esquecer. Tudo passa, e não são só os momentos perfeitos. Por mais que a dor te lembre e te incomode, ela nunca diz a verdade completa… Ela nunca diz que vai passar.
Que eu possa respeitar opiniões diferentes da minha. Que eu possa me desculpar antes do ódio. Que eu possa escrever cartas de amor de repente. Que eu possa viajar para adorar a distância. Que eu possa voltar para dizer o que não tive coragem. Que eu pense em meu amor ao atravessar a rua. Que eu pense na rua ao atravessar o amor. Que eu dê conselhos sem condenar. Que eu possa tomar banho de cachoeira. Que eu seja a vontade de rir. Que eu possa chorar ao assistir filmes. Que eu não seduza para confundir. Que eu seduza para iluminar. Que eu não sacrifique a confiança pela covardia. Que eu tenha dúvidas, melhor do que certezas e falir com elas. Que eu faça amizades falando do tempo. Que eu possa brincar mais com meu filho sem contar as horas. Que eu possa amar mais sem contar as horas. Que eu use somente as palavras que tenham sentido. Que eu prove a comida nas panelas. Que transforme a raiva em vontade de me entender. Que eu possa soltar os vaga-lumes que prendi em potes. Que eu me lembre de ser feliz enquanto ainda estou vivo.
Eu não tenho medo de perder você, isso nunca foi medo. Nem eu nem você morreríamos se amanhã a gente chegasse a um acordo de que não dá mais pra ficar juntos. A vida seguiria do mesmo modo, do mesmo jeito, com as mesmas contas pra pagar, com o mesmo trabalho nos esperando, o mesmo café esfriando em cima da mesa todo dia, o mesmo jornal com notícias diferente. As programações continuariam as mesmas, os carros continuariam enchendo as ruas, o barulho, a fumaça, as pessoas passando por nós e nos dando bom dia, com a diferença de que faltaria um bom dia na nossa vida. Os amigos continuariam os mesmos, talvez um ou outro mudaria o jeito com você, e nem seria por julgamento, mas por solidariedade para com o outro, mas nada, nada determinaria que a nossa vida terminaria ali, que não seguiríamos em frente, com novos projetos, novos planos, novas experiências, novos amores, mesmo que vez ou outra a memória ainda buscasse algo perdido. Nada sairia do lugar, o giro da terra em 360 graus ainda seria 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos, e dentre todo este tempo, a gente não se veria mais, e é tão estranho pensar isso, porque de certa forma quando você coloca algo como especial na sua vida, você não impõe aquilo, não chega com um revólver no coração e diz: Escolha este! Não, o coração é o nosso órgão mais valioso, e ao mesmo tempo o mais independente e desobediente que existe, é o tal órgão descontrolado, variável, irresponsável, e chega ser engraçado o fato de que o maior responsável por nossas vidas é justamente ele. Quando ele coloca alguém pra dentro, nem dinheiro, nem força de vontade, nem um santo pode ajudar a tirar, isso é coisa de pele, é uma química que não se explica, e sim, o coração é teimoso sim, mais teimoso do que uma porta velha. Coração é fonte de amor, talvez por isso jorre tanto o dia todo. Então, se a gente um dia se cansar, não quer dizer que a vida não vai nos voltar a sorrir, não vai nos fazer ser felizes com o que escolhemos, significa apenas que não podemos mais ficar juntos. Sabe, eu não tenho medo de perder você, eu apenas não vejo sentido do porquê não podemos continuar na mesma estrada, juntos, de mãos dadas, coração com coração. E quer saber mesmo, eu não tenho medo de perder você, eu só não quero perder você, apenas isso.
É isso que eu gosto em você, seu realismo, sua espontaneidade, sua falta de modos. É isso que eu acho bonito numa pessoa, você vive sua vida, aceita suas limitações, não dá muita bola para o que os outros vão achar. Às vezes eu acho as pessoas tão igualmente diferentes, sempre pendurando arengas no pescoço e fazendo um esforço tremendo para parecer legal. Você é você. Estou certo que existem almas formidáveis por toda a cidade, mas se eu fui gostar logo de ti, isso quer dizer alguma coisa.
Felicidade é uma vibração intensa, um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim, e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela situação. Aliás, felicidade não é um estado contínuo, felicidade é uma ocorrência eventual. A felicidade é sempre episódica. Você sentir a vida vibrando, seja num abraço, seja na realização de uma obra, seja numa situação, por exemplo, em que seu time vence, seja porque algo que você fez deu certo, seja porque você ouviu algo que você queria ouvir. É claro que aquilo não tem perenidade, aliás, a felicidade se marcada pela perenidade seria impossível. Afinal de contas nós só temos a noção de felicidade pela carência. Se eu tivesse a felicidade como algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos. A ideia de felicidade sozinha ela teria que ter uma questão anterior: se é possível viver sozinho. Que como a felicidade pelo óbvio só acontece com alguém que viu ou está e viver é viver com outros e outras, como não é possível viver sozinho? A possibilidade da felicidade isolada, solitária é nenhuma. Pra que eu possa ser feliz sozinho eu teria que ser capaz de viver sozinho. Mesmo a literatura, como Robson Crusoé, por exemplo, que lida com um homem que está só, mas ele está só depois de ter vivido com outros. Ele trás as outras pessoas na sua memória, na sua história, no seu desejo, no seu horizonte. Não há, não há história de ser humano em que ele tenha sido sozinho da geração até o término. Se assim não há, não há possibilidade de se ser feliz sozinho. Nos últimos 50 anos do século XX, nós tivemos mais desenvolvimento tecnológico do que em toda história anterior da humanidade. Todos os 39.950 anos anteriores, desde que o homo sapiens era sapiens, sapiens sapiens na classificação científica, foram menos do que os 50 anos finais do século XX. Seria a redenção da humanidade. Uma questão: as questões centrais permaneceram. Quem sou eu?, pra que tudo isso?, porque eu não sou feliz apenas quando possuo objeto?, porque o mal existe?, porque que eu não tenho paz em meio a tanta convivência? Nesta hora, não só a religiosidade, ela sofreu um revival, como a filosofia passou, de novo, a ser interessante. E aí claro, a filosofia como autoajuda, a filosofia como autoconhecimento, a filosofia como auto capacidade, a filosofia como prática sistemática. E de repente a gente tem no final do século XX, em vários lugares do mundo e no Brasil também, casas pra estudar filosofia; procura de cursos de filosofia. Nós somos o único animal que é mortal. Todos os outros animais são imortais. Embora todos morram, nós somos o único que além de morrer, sabe que vai morrer. Teu cachorro tá dormindo sossegado a essa hora. Teu gato tá tranquilo. Você e eu sabemos que vamos morrer. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, pra que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena. Nesta hora, eu preciso ser capaz de fazer falta. No dia que eu me for, e eu me vou, quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante. Há uma diferença entre ser famoso e importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante. Importar; quando alguém me leva pra dentro, importa. Ele me porta pra dentro, ele me carrega. Eu quero ser importante. Por isso, pra ser importante, eu preciso não ter uma vida que seja pequena. E uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que é apoiada só em si mesmo, fechada em si. Eu preciso transbordar, ir além da minha borda, preciso me comunicar, preciso me juntar, preciso me repartir. Nesta hora, minha vida que, sem dúvida, ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena.
Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim: eu o estaria lendo e de súbito, a uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: “Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!”
Se vocês e eu ficarmos completamente ocupados no zelo por Deus, com o desejo de conquistar almas, nada nos atemorizará. Suportaremos toda e qualquer coisa, e não nos parecerá que estamos aguentando coisa alguma; escutaremos calúnias como se nem as ouvíssemos, e suportaremos as adversidades como se não existissem.
Eu posso me vestir de uma aparência de santidade, eu posso me ornar uma falsa espiritualidade... É fácil mudar o exterior! Não leva tempo, é só você falar o que é certo, é só usar a saia no comprimento certo, é só você deixar de cantar as músicas do mundo e a gente vai construindo a nossa casa na areia! Quando a gente cuida da aparência, nós nos tornamos especialistas em julgar o outro!
“Eu percebi que as lições espirituais mais profundas não são aprendidas quando Deus nos deixa ter tudo o que queremos no final, mas quando Ele nos faz esperar, suportando-nos em amor e paciência até que sejamos capazes de honestamente orar o que Jesus ensinou Seus discípulos a orar: Seja feita a Tua vontade.”
"Eu não vou transcrever para vocês as tolices adoráveis que a gente fica trocando um com o outro ao longo das noites, nem descrever a maneira dele de recolocar as minhas mechas atrás da orelha, a suavidade do rosto dele contra o meu, o seu olhar mergulhado no meu. Como estão vendo, eu caio rapidamente nos piores clichês. Rostos grudados, olhos nos olhos, mão na mão... Como a gente fica babaca quando apaixonada."
Vou inventar avós que nunca morrem… e cachorros também. Eu vou inventar uma verdade sem problemas e um caminho doce pra poder voltar e catar todos os caramelos que tiraram de mim. E mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim...
Você não existe. Eu não existo. Mas estou tão poderoso na minha sede que inventei a você para matar a minha sede imensa. Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos um ao outro, porque éramos tudo o que precisávamos, para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado. Então e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito num só, esse é o eterno.
Você quer alguém que caminhe ao seu lado. Eu preciso de alguém que corra comigo. E apesar de estarmos na mesma direção, a gente não se acompanha. É a ironia da vida. Amar alguém que apesar de me completar, não me entende. Nem por isso eu amo menos. Mas nossas vidas seguem separadas. Cada vez mais. Daqui a pouco é tarde demais.
Eu sou aquela enganada, que diz que te esqueceu mas daria a vida por mais um beijo seu. aquela segura, que muda de opinião toda hora. aquela perfeição, que tem mil defeitos. aquela quieta, que adora conversar. aquela vingativa, que te perdoa. aquela malandra, que cai feito patinha. aquela insegura, que sabe o que quer. aquela apaixonada, que ama com medo de se arrepender e ignora pra não sofrer mais. aquela indecisa, que vai embora quando quer ficar. aquela fácil de acreditar em promessas, que acredita nas suas palavras, mas não tem certeza. aquela confiante, que confia no hoje e desconfia do ontem. aquela só, que se sente sozinha quando há tantas pessoas ao seu lado. aquela esperta, que entende quando precisa ser entendida. aquela decidida, que de vez em quando volta atrás. aquela cantora de chuveiro, que canta músicas pra tentar esquecer. aquela corajosa, que tem medo. aquela diferente, que não te vê do jeito que todos veêm e percebeu que o comum não a atrai. aquela que sempre quer um começo, mas tem medo do fim...
Desculpa por não ser suficiente; por fazer tudo errado, por tão idiota como eu sou. Eu sou assim, toda errada, toda cheia de defeitos. Me desculpa por todas as vezes que não pude estar do seu lado, que não te ajudei quando você precisou, me desculpe por errar tanto assim com você; com nós. Eu tento de todas as formas ser a pessoa que você tanto sonhou, a que mais te faz sorrir, que está do seu lado sempre, mas também dói em mim não ser assim. Porque dói ter esse vazio aqui, sem ter você pra preencher, sem ter nada, sem sentido, sem vontade de viver. Olhar pra trás e ver o que éramos, e o que podíamos ser por minha culpa; por ser tão idiota e conseguir acabar com tudo. Com que a gente era um pro outro, com o que significávamos, porque realmente o que eu mais quero é você. Sabe, é difícil passar por cima desse meu orgulho, abaixar a cabeça e mostrar o verdadeiro lado que tá doendo por sua falta. E metade dele é ciúmes, junto com medo de te perder e o peso na consciência de não ser “desse jeito”. De não poder te abraçar toda noite e dizer o que eu sinto de verdade, de não poder te beijar, de não poder te tocar. Desculpa amor… por te amar tanto e depender tanto de ti, desculpa esse meu jeito idiota de ser, de garota mimada e boba. Mas saiba antes de tudo que eu não desisti, que pode ter um novo começo; um novo “nós”. Me permite ser só tua, sua princesa, ser o motivo do teu sorriso. Me permite, entrar na sua vida e nunca mais sair? Eu te amo .
