Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao
Grão
Tudo é um grão
A vida, o amor
E o dragão
Do pão ja nem se fala
Pois pra comprar sempre me falta
No bolso algum tostão
Tudo é um grão
A paz, a flor e a compaixão
O medo que aflora
E com o tempo vem o perdão
Aqui agora é assim
Quase tudo vai embora
Até o ladrão
Que entrou no seu jardim
Pra roubar essas amoras
E saiu bem devagar
Porque tudo estava no fim
Tudo é um grão
Até a chuva quando cai
E molha bem esse chão
Pela porta a gente sai
E entra alguém no coração
É quando se conhece o amor
E não sabemos mais o que fazer
Se a gente fica
Ou se a gente vai
E fica assim dividido
Entre a razão e o prazer
O tempo é um grão
Que garoa no telhado
Quando a gente corre pra estação
E não ver ninguém do seu lado
E quase morre de tédio
Tão louco e desesperado
Com medo de perder a ilusão
Quando tudo estiver acabado
E até na farmácia
Não tiver mais remédio
Pra curar a tua solidão
Quando estiver apaixonado.
Ancestral
Chegou veloz como o vento
Assim meio que de repente
Atracou na garupa do passado
E disse, toca pra teu presente
Ele tinha a cara de assustado
E também de um homem valente
Chegou assustando a primavera
E os olhos triste daquela boneca
Deixando de lado
Toda e qualquer quimera
Atracado á minha soneca
É quando tudo parece um fardo
E o meu canto já se encerra
Chegou como nunca se viu
E partiu como nunca chegou
Atracado á meu paladar macio
E o seu corpo não me agasalhou
Chegou como uma barata tonta
Como se estivesse no cio
Por capricho ela só apronta
E o seu olhar logo me abandonou
Chegou,
Como a imensidade do mar
E foi embora na velocidade
De um vôo
Atracado á intensidade do ar
E por ruindade
Aqui nos deixou
Chegou como se quisesse mais
E rezou como se estivesse em paz
Cantou quando queria xingar
E se enfezou
Quando quis se vingar
Chegou pelas beiradas
Assim como quem vem só espiar
Fingindo não querer nada
Mas o seu olhar é de arrepiar
Sua boca parece uma escada
Onde a minha já quer se atracar.
Dom
Todo mundo
Tem um dom
E sempre da voz
Pra aquele que não tem som
Todo mundo
Tem um dom
E há de pintar
Essa vida de verde
Em vez de marrom
Todo mundo
Tem um dom
E isso não é nada comum
Não é estranho
E nem pra ter medo
Pois ele é só mais um
Á apontar o dedo
Mas no fundo também
Acha isso tão bom
Todo mundo
Tem um dom
E com ele há de ir mais além
Destacando-se na multidão
Feito uma mulher
Que se encantou por alguém
Quando ela chega
Te acenando a mão
E com a boca pintada de batom.
Caminhos Da Escola
Escondam a coca-cola
Da boca desse menino
E mostrem pra ele
O caminho da escola
Se ele não quiser
Passar a vida inteira
No sinal pedindo esmola
Leia o jornal pra esse menino
Pra que ele entende
A verdade profana da rua
Fale pra ele desse cruel destino
E que amanhã
Essa mesma manchete
Também pode ser sua
Dê pra esse menino
Lápis e papel
Antes que o destino
Vem e te faça réu
No breu malino
Desse aranha céu
Mostre pra esse menino
Que esse mundo tá cheio
De homem mal
E se te pegam na rua
Em vez de estar
A brincar no recreio
Já é chamado de marginal
E o que te acontece depois
Eu até receio.
O Seu Corpo Moreno
Eu não sei qual é a sua
Mas eu me assumo
Ser todo seu
O seu corpo é o meu consumo
E quando estar perto do meu
Ele logo se insinua
Esse seu corpo moreno
Que é tão esplêndido
E todo esbelto
E também nada pequeno
Eu vejo quando estar despido
E imagino ter você
De uma vez por completo
Quando eu te vi sair do banho
Numa tarde bem gelada
Aqui dentro de mim
Alguma coisa veio á lanho
Eu queria ser aquela água
Que pingava do seu corpo
E deixava os seus cabelos
Com aquela camiseta
Que vestia toda molhada.
Eu E Você
Vamos misturar
A nossa loucura
Pra ver quanto tempo
A gente se atura
Vamos misturar
Os nossos pecados
Como quem mistura o recado
Na boca de qualquer criatura
Vamos misturar
Os nossos olhares
Pra ver quem mais longe
Consegue enxergar
A beleza que faz o céu
E a certeza que traz o mel
Pra aquela nossa doçura
Lembrar de um beijo seu
Quero ver uma flor no jardim
E nada de dor nessa vida
E que o amor não seja esse fel
Cruel feito armadura
Quando tudo chega no fim
E aflora a nossa candura
Troca o não pelo sim
Declarando sua despedida.
Subserviência
O que a gente faz
O que a gente pensa
Quando o sonho traz
E a gente dispensa
E o que fazer depois
Pra durmir em paz
Quando o arrependimento chegar
E sem pedir licença
Se acomodar entre nos dois
O que a gente vai cantar
Quando a missa começar
Se até o padre foi se embora
Porque cansou de comungar
Ele pegou logo a sua estrada
E foi tentar sorte em outro lugar
Porque cansou
De casar aos outros
E não lhe sobrava nem risadas
O que a gente faz
Ou deixa de viver
É problema de quem nasce
E um dia tem que morrer
Talvez você
É que não conhece o seu lugar
Pois esquece no fogo o seu doce
E do meu vem se lambuzar.
Televisão
A televisão sempre veta
O que os olhos
Da gente quer ver
Porque está sempre alerta
E toda verdade tenta esconder
A televisão sempre teima
Com a verdade nunca mostrar
Todos os papéis ela queima
E os rastros tenta apagar
A televisão sempre deixa
Você imaginar o que quiser
E enquanto ninguém se queixar
Há de aceitar o que vier
E assim pra sempre vai ser
Se você nada disser
A televisão sempre se enjoa
Quando eu não faço o jogo dela
Ai é que a mentira quer voar
E arrancar o couro da goela
A televisão sempre deixa
Uma voz calada em algum lugar
Com tantas perguntas
Sem respostas
Bailando soltas no ar
Tantas propostas
Vivendo ali juntas
Num faz de conta
Ou deixa pra lá
A televisão me envergonha
E logo eu já passo mal
Ela tira a alegria de quem sonha
E acha tudo muito normal
No final só ela quem ganha
E acha que ninguém é igual.
Uns Braços
Há uns braços
Querendo mais
Que alguns abraços
Pedindo corda em vez de laço
Pra atracar um coração
Que vive agora em pedaços
Há uns braços remando
Sempre contra a maré
E uma boca implorando
O beijo daquela mulher
Há um delírio no seu olhar
Se alimentando com as mãos
Em vez de colher
Há um colírio tentando cegar
Os olhos dessa ilusão
E tudo que é sonho da gente
Tentando pra sempre tolher
Há uns braços
Querendo tocar o céu
E se lambuzar no seu peito de mel
Mas muitas vezes parece de aço
E quer abusar de mim
Um gosto estranho de fel
Há uns braços
Decretando o meu fim
Sentado num banco á direita
Julgado como se fosse um réu
Trocando o não pelo sim
Á me condenar nessa seita
E deixando perdido ao léu.
Acaso
No acaso não me cabe
Apontar o dedo ou julgar
Pois quem veio pode voltar cedo
Mas também pode ficar
Pois o acaso nunca sabe
Quem veio pra lutar
E se não luta é porque acha feio
Ou talvez porque morre de medo
E pra não derrubar
Ele pisa logo no freio
Evitando deixar no chão
Tudo aquilo que o arreio
Um dia não conseguiu segurar
Quando veio correndo
E não segurou o rojão
Tremendo feito vara verde
E quase pifou o coração
O acaso me persegue
E eu finjo que não percebo
Pois a vida é um reggae
E o que ela der eu recebo
Porque assim como a vida
É sagrada
É sacramentado á ela
Também o ocaso.
Os Olhos Da Cigana
Minha vida é uma ciranda
Sempre escrava de quem manda
Me crava no peito uma espada
Aqueles olhos da cigana
Pois de boba não tem nada
E aquela boca não me engana
Minha vida é uma ciranda
E sempre estar na corda bamba
Sempre escrava de quem manda
E quando eu pulo nesse fogo
É como parte de um jogo
No lugar que não tem samba
Minha vida é uma ciranda
Uma cidade enfurecida
Me dar voz de prisão
E faz eu beber formicida
Sempre escrava de quem manda
Esses olhos da cigana
Que são como duas espadas
No meu pobre coração.
UM JOVEM LOBO ENTRE NÓS
CRÔNICA
Para quem não sabe “lobo” é um termo que as comunidades evangélicas usam muito para denominar o personagem que se veste de pele de ovelha; surge de fora ou do próprio seio das instituições religiosas, e se aproveita da boa fé dos fiéis, para levar alguma vantagem qualquer.
O "joio" nasce e cresce, juntamente com o "trigo". Há uma informação tipo assim no texto Sagrado.
E, praticamente torna-se muito difícil viver longe do joio, ou evitar um dano que ele causa; o lobo é sempre muito astuto.
Percebi uma particularidade curiosa quanto a esse “intruso”:
quando o lobo é de fora - de lugares distantes -, ao se dirigir a uma localidade qualquer, a sua boa fama vai a sua frente e chega primeiro que ele, a tal destino;
isso facilita muito suas ações de “trapacear” e aplicar seus “golpes” fatais.
Todo lobo têm uma boa “lábia” - como geralmente são os estelionatários-,daí mora o perigo das pessoas serem ludibriadas mais facilmente!
No início da década de 1980, poucos anos depois da minha conversão ao cristianismo e o meu ingresso numa entidade religiosa;
a mocidade era “fogo puro” (muito espiritual),na fé, no evangelismo, nas orações nos ensaios e nos louvores... E dávamos bom exemplo no testemunho cristão.
Uma vez por mês havia um culto sob a direção dos jovens nessa igreja que eu congregava.
Esse evento era muito “badalado” (era anunciado aos quatro cantos) por lá.
Convergiam ao lugar, jovens de algumas cidades da redondeza para participar conosco daquele trabalho.
Alegrávamos muito no Senhor, e na comunhão com os jovens irmãos visitantes.
Era um intercâmbio interessante aquilo!
Eu, naquele grupo de jovens era o mais “erado” (o mais antigo da turma),e já acumulava um pouco de experiência na fé, apesar de ser ainda um novo convertido.
Próximo da edição de mais um desses cultos mensais de jovens, estávamos todos ansiosos e desejosos que chegasse logo aquele dia.
A fama de um jovem “muito abençoado” havia chegado a Campos Belos, exatamente por ocasião do culto que iria ser ministrado por nós, jovens, daquela comunidade;
o mesmo, viria da cidade vizinha de São Domingos-nordeste de Goiás (mas, ele não era morador daquela instância, ninguém sabia sua origem), e poderia sim ter uma chance de ministrar a palavra de Deus naquele evento que iríamos realizar;
pois, já se sabia que ele era “muito usado por Deus com o "dom da pregação”.
Geralmente o presidente da mocidade dirigia aqueles trabalhos religiosos.
Nos dias que antecederam o referido culto; e, fazendo o papel de um conselheiro, orientei o Jamil, que na época estava como presidente da mocidade (posteriormente fora consagrado a presbítero);
que, não seria bom dar muita “liberdade” (no decorrer do culto) àquele visitante; nosso desconhecido, e que apenas permitisse a ele somente a oportunidade de uma pequena saudação.
Fiz tal sugestão pensando evitar um mal maior na seara do Senhor...
No ensaio dos louvores do conjunto de jovens na tarde do dia “D” do tal evento, quem estava lá?!
Exatamente o jovem visitante, tão esperado por toda da irmandade;
o Levigone! "De carne e osso!"
Ninguém imaginaria a que veio. E o que predominava em nós era a inocência.
Ele não perdeu tempo pois tinha urgência...
Levigone nesse ensaio, já teve logo sua primeira oportunidade de dizer alguma coisa;
mas, teria que ser breve as suas ponderações.
Na verdade Levigine nem queria falar naquele momento: pois como uma cobra ele sabia a hora certa de "dar o bote".
Mas, para não “chegar calado e sair mudo”...
Abriu sua ferramenta de trabalho a “arma de dois gumes” – a bíblia, que a usava como facilitadora do cometimento de seus delitos e como esconderijo.
E cravou em minha memória e na memoria de muitos para sempre, as palavras de Deus saída da boca de São Paulo:
"Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu,e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam "(I Cor 2.9).
E baseado no referido texto acima, que lera para nós, fez um emocionante comentário em que muitas lágrimas rolaram dos olhos “simples” daqueles jovens.
E no pouco que falou deu para se vê, que Levigone era mesmo "terrível" na arte da oratória!...
Mas, "suas unhas" só mostraria mesmo, depois...
Ele não teve a receptividade que gostaria de ter, por parte da mocidade e da igreja; foi recebido com uma certa frieza.
Mas, ”tem problema não: se não dá de um jeito dá de outro.” pensava o jovem lobo.
Mudou o foco e já pensava em alguma possível vítima fora da igreja, na sociedade campo-belense.
Então,o joio irmanou-se ao trigo de maneira que não dava para saber “quem era quem”. E, andava com os crentes como se fosse um dos tais.
Para cima e para baixo lá ia ele “enturmado” com os servos do Senhor como se fosse um dos escolhidos de Deus.
O tempo passou...
Não é que o culto estava ruim naquele dia, longe disso. Mas naquela noite não sentimos muita alegria no espírito.
O clima na congregação estava meio tenso, e com poucos “glórias a Deus e aleluias”; para um povo pentecostal aquilo não era muito comum.
Percebi que havia algo estranho no ar...
Após o término do trabalho ofereci uma carona para o primo Jamil, que ainda morava com sua mãe no Brejinho – saída para Brasília.
Parei o fusca na frente da sua casa e ele já foi me dizendo:
- Primo, você não imagina quem passou hoje à tardinha, aqui em frente, dando tchau pra mim!
- Não tenho a menor ideia! Disse a ele.
- Foi o Levigone, o jovem lobo que estava entre nós.
- Como você soube que ele era um lobo?! O interroguei.
- Fiquei sabendo que o mesmo, fora embora, depois de roubar o corcel II de Zé da farmácia.
Sabemos que Deus fala de muitas maneiras...
Então resolvi fazer uma prova disso e lancei um desafio:
Combinei com o Jamil: - vou abrir a minha bíblia no escuro da noite, e você vai pôr o dedo na página da mesma;
e vamos ver qual vai ser a palavra de Deus para esse tipo de pessoas?
- Vamos! Concordou comigo.
E, segundo as sagradas letras “o que for acordado a cerca de uma boa causa aqui na terra será confirmado no céu”.
E assim o fizemos: abri a minha bíblia, e o primo colocou o dedo indicador da mão direita em uma das páginas do livro Santo, e acendi a luz interna do veículo;
e qual foi a palavra do Senhor para o jovem lobo que estava entre nós?!
Fora a seguinte:
"Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior,enganando e sendo enganados" (II Timóteo 3:13).
E São Paulo nos revela o verdadeiro perfil moral e espiritual dos lobos que podem está por aí entre nós:
“... os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo,mas a seu ventre: e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples (Romanos 16.18).
31.08.16
Alguém me perguntou o que é um casamento
exemplifiquei usando duas porções de arroz
coloquei-as lado a lado com uma pequena distância separando-as e disse:
isto pode ser um casamento
então movi a porção da esquerda para o lado da porção da direita e disse: isto não é um casamento
voltei as porções para o lugar inicial, o das possibilidades
agora movi a porção da direita para o lado da porção da esquerda e novamente afirmei que aquela união também não era um casamento
voltando as porções para o lugar inicial, parei por alguns instantes e movi uma porção até o meio do caminho e em seguida movi a outra parte da mesma forma, o que acabou misturando-as...
O embuste perfeito sacudiu a alameda
três garotos gritavam
pega ladrão
mártires das marijuanas a roubarem o sustento
maquina pobre e rala a queimar os lábios
sufoco na fumaça insana o que a alma deseja
corre que a policia vem aí
da poliça tenho medo não
ela grita mas não late, só bate
alicate no cadeado da central
cheio de moedas, fartura
amanhã terá pão com manteiga
no café da manhã
mas só amanhã
depois rala peito na calçada
e vê nos telefones públicos
fotos das madames
princesas sem reinos
a chamar qualquer um
um por um e todos
até o dia amanhecer...
Vale quanto?
tudo isso
não acredito que a inflação voltou
achei que tinha ficado milionário com meu dinheiro
mas agora vejo que dá somente para comprar feijão
faltou para pinga e o limão
que confusão
liga pro Silvio
"" para o mundo que que quero descer""
e se acontecer da coisa mudar
pode me chamar
que nesse pesadelo não acordo mais...
"" foi por ti
que em mim,
transformei os desejos
virei poeta
pois em ti encontrei
a divina poesia
se eternizar, nossa história haverá de ficar
na delicia dos beijos
e foram tantos
que me perdi em versos
bobos e ingênuos
receosos em ofertar
as flores do amor
mas continuei até perceber
que teria que ficar
delirando verdades
as mesmas que sempre levarei
recitadas nessas doces saudades...
CUMPRINDO O "IDE" DE JESUS
CRÔNICA
“Quem ganha uma alma sábio é...”
Segundo os evangelistas do NT, Jesus orientou seus discípulos a irem pregar o Evangelho da paz, por todos os lugares, por onde fossem.
“Em tempo e fora de tempo”.
Isso nos remete a duas situações: "Ir" a luta (ação) ao encontro das almas perdidas, como Jesus foi; e o fato de se “criar” situações para falar do amor de Deus a determinadas pessoas,como Jesus fez no caso da mulher samaritana.
Essa ordenança do Mestre aos discípulos, para que fizessem mais discípulos (ovelha gerando ovelha), foi uma ordem extensiva também a todos àqueles que abraçarem a fé cristã; e continuará a perdurar até a sua volta.
Pregar e ganhar as almas para o reino de Deus, não é um privilégio dos anjos ( e olha que eles gostariam muito de terem essa missão,mas isso não foi possível), do pastor, dos obreiros; mas, é uma obrigação de “todos” os salvos em Jesus.
Então, a obra de Deus conta com esses “trabalhadores” para crescer e frutificar.
Imagina só!... "Trabalhar para Deus!..." Que bom não é?! Mas...
O salário é o "amor".
E sempre há vagas!
“Como ouvirão se não há quem pregue, e como entenderão se não há quem explique”?
Portanto, "Ele nos impôs essa obrigação" e, "ai de mim se negligenciá-la" disse o apóstolo Paulo.
Quando convertido à fé cristã, eu queria falar de Jesus para o mundo inteiro ouvir; queria que todas as pessoas servissem a Deus, como eu estava servindo.
Havia um prazer incomensurável e incontido no meu coração, e eu só queria mesmo era compartilhar aquele júbilo com mais alguém.
Aquela satisfação era com certeza resultante da liberdade que o Espírito Santo encontrava na vida da gente.
No nosso relacionamento havia uma “folga”; e era bom está com Ele. E quando a alegria no Espírito aflorava dava para sentir que “a recíproca era verdadeira”.
Mas, eu não andava devagar com “o andor” como diz o ditado: era meio fanático, quanto a maneira de pensar,de agir e de falar das "boas novas" de Cristo.
Certa vez tentei proibir minhas irmãs de assistirem suas novelas preferidas, lá em casa; mudava de canal ou desligava a TV. Aí, o “caldo engrossava...”
Às vezes tinha que sair numa velocidade!...e evitar um problema maior.
Eu estava totalmente equivocado: pois, não é “por força ou violência”, que a gente vai fazer as pessoas entender o que deve ser melhor para suas vidas.
Mas, somente o Espírito de Deus pode trabalhar no coração do homem.
Admito meus erros em dados momentos, ao cumprir o “ide” de Jesus:
pois na tarefa de falar do seu amor, eu realmente incomodava muito, às pessoas.
Porque me faltava mais qualificação, ou mais sabedoria, para isso.
Como mensageiros de Cristo, não devemos levar as coisas a "ferro e fogo" ou sobrecarregar as pessoas pelo muito falar.
O alimento da palavra de Deus deve ser dado com moderação;
assim como se deve observar as leis da nutrição quanto a quantidade, a qualidade...
Para que o nutriente cumpra sua função de dar a vida e não a morte.
Mas só soube dessas verdades muito depois.
Tudo deve ser no tempo de Deus, na vontade Dele. Aprendi que a persistência e a prudência é o segredo do sucesso de quem faz a obra do Senhor.
Certa vez, fiz um “pacotão” contendo bíblia, harpa Cristã, revista da escola dominical, jornal Mensageiro da Paz;
folhetos evangelísticos, e uma carta com oito laudas e trinta e sete referências bíblica e o enviei ao amigo João, fiscal da Receita Estadual; que havia sido transferido para uma cidade no estado do Tocantins;
pois desejava muito que ele aceitasse Jesus como Salvador; éramos muitíssimos amigos e parceiros de jogos de damas e xadrez.
Tempos depois, João regressou a minha cidade,e fiquei sabendo dele ter dito a uma pessoa, que eu estava meio "chato"com aquele “negócio de Jesus”;
mas a mim, fez uma declaração diferente e interessante:
disse que a bíblia que eu o havia lhe dado, e a carta que recebera, iria acompanhá-lo pelo resto da sua vida.
Verdade ou não, isso não importava muito para mim; eu queria mesmo ser “chato” e falar das boas novas de salvação a todos que cruzassem o meu caminho.
O certo é, que nos foi “imposta essa obrigação” tão sublime (ganhar almas para o reino de Deus), não pode ter uma honra maior do que essa.
Cumprindo com as obrigações de Jesus, eu fui falar do seu amor a uma alma que estava internada na "Casa de Saúde" de Campos Belos.
Convidei a tia Lídia Vieira, para me assessorar nessa tarefa;
ninguém melhor do que ela na cidade para essa tão nobre missão:
pois, além de ser uma das fundadoras e lideres da instituição religiosa a qual eu fazia parte:
era (é) também a própria mãe do paciente que estava em tratamento naquele hospital, que estava na pauta dessa visita.
O primo Jamil estava mesmo muito debilitado.
Havia contraído uma terrível febre amarela no estado do Pará, quando se aventurava nos garimpos de ouro, daquela jurisdição, em companhia do seu velho pai, o tio “Vieira” como era conhecido.
O Jamil pensava muito em morrer sem Jesus e sem salvação.
Quando comecei a lhe falar do plano da salvação, que Deus traçou para o homem, parecia que ele bebia aquelas palavras.
Antes de despedi-me dele, fui ao carro e peguei uma literatura cristã, “O Coração do Homem” para que ele lesse.
Pronto!
Era tudo o que o Espírito Santo precisava para concluir a obra de salvação em sua vida.
Disse-me depois que desde o primeiro momento que começou a leitura daquele livreto; seu coração “ardia” de coisas boas.
E a partir de então nunca mais foi o mesmo: “as coisas velhas passaram e eis que tudo se fez se novo” em sua vida.
O Espírito Santo o convenceu do pecado da justiça e do juízo.
Aceitou Jesus como único e suficiente Salvador de sua vida! Numa igreja mais próxima da sua casa, naquela igrejinha que fora demolida na Vila Baiana..
E, não parou mais de caminhar com os salvos, para a Canaã celestial.
Até hoje, o Jamil da tia Lídia, têm dado um bom exemplo cristão;
e sempre cooperou grandemente na obra de Deus:
foi presidente da mocidade, diácono e atualmente é presbítero da Igreja Assembléia de Deus em sua cidade.
E nesse caso e noutros, me senti muito honrado de cumprir com o "ide" de Jesus, nosso Senhor!
04.09.16
Dissipou-se o barulho do mundo,
Percebi que o doce era amargo,
Percebi que não era dali.
Que o sonho era pesadelo,
Que o sorriso era choro,
Que a festa era um enterro.
E de dentro eu vi o pecado,
E do mundo eu queria fugir.
E do mundo, imundo, clamei.
Pela fé, destroçado, orei.
E das cinzas de mim se formou,
Um soldado do Santo Rei.
Empunharei as armas do Senhor,
E o mundo irei enfrentar,
Meu escudo é o Seu Amor,
O meu Deus irá me sustentar.
Nele confio minha vida.
Ainda que não ver, irei crer.
Ainda que não sentir, clamarei.
Ainda que não queira, obedecerei.
Que todos os dias o pecado faça luto por mim.
Que todos os dias haja anseio e não receio do fim.
"" Acabou o dominio
agora somos os donos do mundo
herdeiros por natureza
de toda beleza, imensidão
ninguém pode cercear o direito do outro
o poder antes podre, agora agoniza
sabendo que não pode intervir
somos senhores de tecnologias a postos
apenas botões, como os da mala do terror
da guerra,
que agora virou caçada
de Pokémon...
muito cuidado senhores políticos
para vocês
o mundo está virando uma caixa de descarga...
Já não me cabe ser potencial, há certo eu saciando-se exclusivamente do alheio.
Pois que pensarão de mim? Pois quem me desejará? O que há de ser? O que há de não ser?
Não os culpo, certo estou de que contemplam a tangente, quem amará o que se não vê?
Benditas sejam estas palavras que transparecem o invisível e a fé que raros têm no amor.
Pois certo estou de que o amor é uma imensurável montanha,
Se tentares feri-la, odiá-la, blasfema-la o farás em vão.
Se tentares move-la, destruí-la, esconde-la o farás em vão.
Enterra à beira dela o sentimento suplício.
Abriga-te em uma de suas cavernas, e seco estará das lagrimas do céu.