Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao
As amoras
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Telha de vidro
Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...
A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...
Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.
Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!
Contemplação
Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...
Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...
E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido
Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...
Mors Amor
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Sonho Oriental
Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...
O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...
E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,
Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.
(Trecho de A Máquina do Mundo).
SONETO
Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era a mais bela! Seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Criador inefável,
Tu que és a fonte verdadeira da luz e da ciência, derrama sobre as trevas da minha inteligência um raio da tua claridade. Dá-me inteligência para compreender, memória para reter, facilidade para aprender, sutileza para interpretar, e graça abundante para falar.
Meu Deus, semeia em mim a semente da tua bondade. Faz-me pobre sem ser miserável, humilde sem fingimento, alegre sem superficialidade, sincero sem hipocrisia; que faça o bem sem presunção, que corrija o próximo sem arrogância, que admita a sua correção sem soberba, que a minha palavra e a minha vida sejam coerentes.
Concede-me, Verdade das verdades, inteligência para conhecer-te, diligência para te procurar, sabedoria para te encontrar, uma boa conduta para te agradar, confiança para esperar em ti, constância para fazer a tua vontade.
Orienta, meu Deus, a minha vida, concede-me saber o que tu me pedes e ajuda-me a realizá-lo para o meu próprio bem e o de todos os meus irmãos. Amém.
O Menino Que Carregava Água Na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.
Soneto da mulher inútil
De tanta graça e de leveza tanta
Que quando sobre mim, como a teu jeito
Eu tão de leve sinto-te no peito
Que o meu próprio suspiro te levanta.
Tu, contra quem me esbato liquefeito
Rocha branca! brancura que me espanta
Brancos seios azuis, nívea garganta
Branco pássaro fiel com que me deito.
Mulher inútil, quando nas noturnas
Celebrações, náufrago em teus delírios
Tenho-te toda, branca, envolta em brumas.
São teus seios tão tristes como urnas
São teus braços tão finos como lírios
É teu corpo tão leve como plumas.
Lise Bourbeau disse “O que Pedro pensa de Paulo diz mais sobre Pedro do que Paulo", essa frase diz não somente o sentido próprio dela. Diz também que quando falamos do outro, existe algo de muito nosso naquilo. Em partes isto é óbvio, mas nem sempre nos damos conta.
Nem sempre a compreensão nos alivia de nossos medos, talvez só os intensifique. A verdade é que somos um saco sem fundo, sempre querendo mais. Quando nos sentimos assim, há uma tendência gritante de se importar com a opinião alheia, nos deixando inseguros quanto ao próprio direcionamento.
Talvez um olhar de ternura e bondade ou como digo sempre "bons olhos" e amor ao outro resolva o olhar que precisamos ter de nós mesmo. Indira Gandhi escreveu "O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce a vingança."
Já tentei te esquecer.
Mas isso seria impossível, tudo que escrevo, tudo que penso é sobre você.
Não adianta eu fingir que sou forte e que supero tudo.
Não adianta fingir que está tudo bem porque na realidade não está.
Quando a magia entre nós começou acreditávamos que seria pra sempre, que éramos os mais perfeitos do mundo.
Acreditávamos que nem a morte separaria a gente.
Mas não foi bem assim.
Um pequeno descuido e foi tudo embora.
Relembro nossos tempos em sonhos, cartas,históricos de conversas.
Minha meta de vida é encontra um outro alguém que me faça feliz como você me fazia.
Mais infelizmente não é possível.
Tento te encontrar em outro alguém...
Porém meu sentimento é mais forte, não posso tentar esconder, ou até mesmo esquecer que um dia ja fui feliz.
A ausência de sua presença me faz mal, sinto que sem você nada será como era antes.
Minha vida nunca será a mesma sem você.
Você é a razão do meu viver.
Necessito de sua presença ao meu lado, preciso de você !
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".
Pálpebras de Neblina
Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar.
Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da Praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos 'Cânticos': "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram / que era sofrer?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto que alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi.
Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja. E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo.
Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos.
Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: Carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo?
Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "por quê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?
Parabéns para você, nesta data querida, muitos anos de vida.
Está ficando velhinha, né, miga?
Você é chatinha, mas te adoro!
Amiga conselheira. Eu queria dar um discurso, mas discurso é muito pouco para dizer o quanto você é especial. Sempre brigamos por coisa boba, rimos nos momentos bons e choramos nos momentos ruins. Eu não sei o que escrever, pois você é muito especial.
NAMORAR É TEMPO PERDIDO?
Pra quem diz que namorar é tempo perdido,
não sabe o que é ganhar um carinho, um abraço ou
um beijo, sem precisar pedir por isso
Não sabe o que é sentir falta mesmo sem estar
tão distante
Este alguém não sabe o que é compartilhar
de momentos de alegria e sorrisos com quem
ontem você nem imaginava que pudesse ser
tão importante em sua vida
Amar é para poucos. É integrar a sua vida
a vida de outra pessoa, registrar seu
nome não só no pensamento dela,
como também em seu coração, pois por mais
que ela vá embora, um dia ainda
lembrará de você
É construir uma história sem medo de
se perder pelo caminho, pois se isso acontecer,
ao menos você irá se perder ao lado de
alguém que você aprendeu a gostar e passou
a dedicar uma grande parcela de sua vida
Namorar não é para quem quer e sim para
quem está preparado! E se depois de tudo
isso você acha que namorar é tempo perdido,
você definitivamente não está preparado!
Pessoas tem medo de amar, porque consequentemente
tem medo de sofrer, de se ferir... Mas afinal
isso faz parte da vida, você precisa disso para
crescer. Todos são amáveis em suas mais variadas
formas... de pensar, de agir, de sentir, de viver. Então
sempre existirá alguém pra preencher aquele vazio
que você julga inexplicável no seu coração
E se você se sente preparado, pense no amor como
um jardim, afinal de contas a primavera sempre irá chegar!
ELA É BRUTA, ELA É DOCE
Ela é bruta como uma pedra que precisa ser lapidada e frágil como uma flor.
Ela é braba feito um touro, mas seu coração é cheio de amor.
Ela é orgulhosa, marrenta e até às vezes meio agressiva, mas sabe admitir quando passa dos limites e, quando erra pede desculpas, vai atrás, deixa parte de seu orgulho de lado e ouve seu coração.
Ela é meio louca, gosta de aventuras, de cantar, de adrenalinas, mas também gosta de sossego. Nesse meio a meio ela sabe tirar o sorriso de qualquer um. Ela pode ser antipática pra quem não conhece, mas quem convive com ela sabe que ela é um amor de pessoa.
Ela parece ser fria, durona, insuportável, irritante e metida. Mas no fundo ela é doce, simpática e gosta de ajudar e estar perto de quem admira.
Ela parece ser doida varrida, psicopata, um tanto esquisita. Mas ela só é totalmente diferente do que já se viu por aí, uma dessas pedras brutas em processo lento de lapidação.
Ela cuida de quem ama e dá sua atenção a quem merece.
Ela pode ser cheia de problemas, mas nunca vai negar um sorriso, não vai virar as costas pra um amigo, ela não vai fazer nada que machuque outra pessoa.
Ela não é perfeita, mas faz o melhor que pode para ser a melhor pessoa para alguém.
Ela pode ser cabeça-dura, mas sabe ouvir, conversar e dar conselhos a quem precisa.
Ela é cheia de qualidades, mas também cheia de defeitos que sozinha é complicado de se mudar, mas mesmo assim, sabe usar ambos para trazer conforto e paz às pessoas.
Ela tira qualquer um do sério, mas sabe a hora de brincar e de parar, sabe a hora de dar bronca e de receber o alerta, sabe a hora de segurar uma mão e o momento de soltar.
Talvez ela seja bipolar, uma hora está bem, outra não, mas ela nunca vai deixar de ser ela mesma por causa dos outros, ela já cedeu demais á opiniões e hoje só faria o mesmo por uma causa nobre.
Ela é menina por dentro e mulher por fora.
Ela é única, peça rara bruta precisando ser lapidada.
Ela é atrevida, ousada, criativa, vai até onde consegue e não fica calada.
Ela briga pelo que quer até esgotar sua capacidade, mesmo que assim, saia machucada.
Faz o que tem vontade, já sofreu uns bons bocados, já sorriu da barriga doer, agora ela só vive um dia de cada vez... à espera...
Ela é tudo isso e mais um pouco, talvez o pouco que poucos conheçam, talvez o pouco que ninguém vai conhecer, ou talvez o pouco que só alguns merecem conhecer...
AMOR!
Não é falácia nem falatório..
Não é rir nem gracejar..
São complexas ideias, pontas de lança, apontadas, certeiras, muitas ja trespassadas.
Magoam, contristam, mas é o que me segura de pé.
Quero persistir de pé, erguido, com este intuito final.
Nada me vai Sustar, nada me vai deter.
Sou inditoso, sou afortunado, nao é contraditório, é fiel.
Eu digo,
mas do mal o mais.
Sou.
Continuo.
E sangro o nosso sangue.
Que muito sangue se verte,
Que muito tempo sustenha,
Que pouco espaço nos separe,
Há pouco... há muito.
Sinto que há muito pra sentir.
Não sou digno nem dono do julgar.
Dê o que demorar, estarei aqui de teu lado.
Amor ou amigo, só serei teu.
Jamais viverei sem te ter.
Jamais...
Sem ti não sou ninguem.
Jamais existirei.
DESCULPAS OU ORGULHO...
Ninguém é perfeito, todos nós já erramos um dia, todos já fizemos alguém chorar, todos somos culpados por algo que não deu certo em algum relacionamento ou algo do tipo.
Ninguém é perfeito, mas todos podemos ser um pouco melhor, se colocar no lugar da pessoa que amamos e se perguntar, e se eu fosse ela, como gostaria que me tratassem? O que gostaria que me fizessem? Como gostaria que me agradassem?
Assim como o orgulho te faz mal e bem ao mesmo tempo, pedir desculpa também faz, esquecer o orgulho também faz.
Às vezes, mesmo não estando errado, pedimos desculpas só para não ficar brigado com a pessoa que gostamos, porque vamos nos sentir um pouco melhor, porque é chato brigar e porque o orgulho vai embora e é terrível ficar se sentindo culpado mesmo não sendo.
Mas algumas pessoas abusam dessas desculpas e sempre continuam errando, acham que você vai atrás, que você vai pedir desculpas e que vai ser o mesmo trouxa de sempre.
Algumas se enganam e algumas não, mas como nem tudo na vida é orgulho, esquecemos de algumas regras da vida, e vivemos atrás de quem amamos, nos humilhando, pedindo perdão por algo que não fizemos, chorando pelos cantos e até entramos em depressão.
A vida não é fácil, e se fosse não teria graça.
Sim, é chato ficar pedindo desculpas por algo que não fizemos. Sim, é horrível ficar correndo atrás mesmo não precisando, mas o pior é perder quem gostamos por causa do orgulho, e por isso acabamos machucados.
Vale a pena esquecer o orgulho? Sim, às vezes e com quem realmente vale a pena.
Vale a pena pedir desculpas mesmo não estando errado? Sim, às vezes e com quem vale a pena.
Vale a pena ficar correndo atrás e se humilhar por alguém? Não, todos somos iguais, se tem amor os dois vão ceder e automaticamente vão correr atrás juntos.
Se algum dos dois não foi atrás, é porque o orgulho falou mais alto, ou porque não ama mesmo.
Vai de você e do seu coração ficar atrás de alguém que você acha que vale a pena ou ser feliz e parar de correr atrás na hora certa, antes que seu coração se quebre por inteiro, e você acabe se machucando mais.
Antes de amar alguém, se ame mais.
Antes de correr atrás de alguém, veja bem se realmente vale a pena.
Antes de se humilhar para alguém, pense muito bem e veja se é isso mesmo que você quer para a sua vida.
Antes viver sozinho e feliz do que viver a vida toda se rastejando ao lado de alguém, achando que um dia tudo pode mudar.
Algumas pessoas não mudam e quanto mais você rastejar e implorar um pouco de amor, mais elas vão fazer você sofrer.
Tem gente que vive de aparência, vaidade e orgulho, mas, para ser feliz, é preciso amor, cumplicidade e respeito.
ENTRE PAREDES DE HOSPITAIS
Paredes de hospitais já ouviram preces mais honestas do que igrejas, já viram despedidas e beijos mais sinceros que em aeroportos. É no hospital que você vê um homofóbico sendo salvo por um médico homossexual, uma médica patricinha salvando a vida de um mendigo. Na UTI, você vê um judeu cuidando de um racista, um paciente policial, e outro, presidiário. Na mesma enfermaria, ambos recebem os mesmos cuidados. Um paciente rico na fila de transplantes hepático pronto pra receber um órgão de um doador pobre.
São nessas horas que o hospital toca na ferida das pessoas, que universos se cruzam com um propósito e nessa comunhão de destinos nos damos conta de que sozinhos não somos ninguém.
A verdade absoluta das pessoas na maioria das vezes, só aparece no momento da dor ou da ameaça real a perda definitiva.
Hospital, o local onde os seres humanos se desnudam de suas máscaras e mostram como são em sua verdadeira essência.
Essa nossa vida passa rápido, não brigue com as pessoas em vão. Não critique tanto seu corpo, não reclame. Não perca seu sono, nem deixem que tomem sua paz. Não deixe de beijar seus amores, não se preocupe tanto. Ame seu Deus, sua família, seus amigos. Ore/reze por aqueles que você imagina não merecer. Bens e patrimônios devem ser conquistados por cada um, não se dedique a acumular herança.
Espera-se muito o natal, a sexta feira, o outro ano, quando tiver dinheiro, quando o amor chegar, quando você achar que tudo será perfeito. Na realidade, não existe nada perfeito. O ser humano não consegue atingir isso porque simplesmente não foi feito pra completar aqui...
Aproveite e ame mais. Perdoe mais. Abrace mais. Viva mais intensamente.
E deixe todo o resto na mão de Deus! 🙏🏼❤️
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