Texto de Amor Ensinamentos de Vida
Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso. Sorria pelo menos cinco vezes por dia para as pessoas a quem você normalmente não daria um sorriso. Faça isso pela paz. Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo de Sua luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda espécie de ódio e o amor pelo poder. Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fácil.
O amor é como uma grande casa que tem que ser construída por você. Ele pode sofrer com as tempestades, entretanto continuara ali. Você não pode deixá-lo morrer quebrar ou vender por qualquer casa que já esteja pronta porque assim não descobrirá o valor de tê-la, assim é o amor. A casa suportara se estiver ali nas alegrias, tristezas, raiva, ciúmes e todos os seus sentimentos tudo o que envolva o coração. Construa esta casa, deixe-a transformar-se em uma mansão, pois esse é o verdadeiro amor o que escuta e compreende e vive dentro de cada pessoa que se deseja amar.
O amor não é um sentimento, é um modo de ser. É um juramento interior de defender o ser amado até à morte, mesmo quando ele peca gravemente contra você. O amor é mesmo, como dizia Jesus, morrer pelo ser amado. Quando a gente espera que o amor torne a nossa vida mais agradável, em vez de sacrificar a vida por ele, a gente fica sem o amor e sem a vida. O amor é o mais temivel dos desafios, porém, quando você o conhece, não quer outra coisa nunca mais.
Talvez eu nunca tenha sentido as coisas assim, tão genuinamente: a raiva, o amor, a alegria, a tristeza, a ansiedade, o afeto… As minhas emoções têm emergido sem qualquer filtro, sem qualquer disfarce. E pela primeira vez eu me permito ficar com elas dando a cada uma a importância que me pedem, porque elas não me governam, são apenas emoções, são a minha transparência.
A respeito do amor, amo loucamente, como se pode amar aos vinte e dois anos, com todo o ardor de um coração cheio de vida. Na minha idade o amor é uma preocupação exclusiva, que se apodera do coração e da cabeça. Experimentar outro sentimento, que não seja esse, pensar em outra coisa, que não seja o objeto escolhido pelo coração, é impossível.
O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia.
ele nunca soube se eu voltaria: chegava sempre alvoroçada, com pressa pra consumar o amor. quando me demorava no abraço, ele fazia eternidades daquele instante. envolvia-me com zelo temendo qualquer movimento que o afastasse, qualquer menção de buscar a roupa espalhada. ele o fazia cheio de delicadeza, não havia como me prender por mais que algumas horas. buscava um brilho do meu olhar em sua direção, uma entrelinha num sorriso breve, uma malícia qualquer na piscada de olho antes da ida para o banho. esperava meu convite, mas eu o tinha com tanta abundância que achava que não o queria. era como se nunca fosse se ausentar porque se doava inteiro e sem pressa. um dia ele chegou antes da hora do meu desejo cru. e ficou contemplando a minha ausência. não me abraçou como sempre, esperou que eu me aproximasse. disponível que estava, mas seguro da sua parte feita, esperou que eu me assustasse, que entendesse que eu poderia não voltar se eu não quisesse, que ele saberia conjugar a minha ida no pra sempre. com alguma dor, naturalmente. mas estava sereno, quase se despedindo, conformado. e eu me sobressaltei. porque nunca tinha imaginado que ele pudesse ir embora. nunca tinha imaginado a ausência do toque dele, a falta do beijo, a serenidade que cabia no desejo. eu esperava alguma coisa mais aflita, uma paixão que gritasse pra eu ficar, um desespero, os argumentos. mas não, ele me contemplou sem falas, sem pedidos, deixou que todo aquele tempo fosse preenchido por grossas gotas de silêncio e calma. naquela hora, naquele meu sorriso sem jeito, naquele olhar cheio de frases, um brilho, um brilho tão forte abraçou todo ele com as minhas retinas. e eu o vi como nunca tinha visto antes. eu o quis como se nunca o tivesse tido entre as minhas pernas. e abandonei o meu corpo no abraço dele, eternizada... ele que sempre esteve ali e era como se tivesse chegado só naquele instante.
CANÇÃO
Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Trenzinho Caipira
Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar no ar no ar no ar no ar
Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
Em plena era nova
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíram na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes como padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhe, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para a frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede os vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
(Psicografada por WALDO VIEIRA. Sobre o CAP. XVIII – Item 9 do ESE)
De qualquer forma, você continuará assim. Vivendo como dá. E enquanto der. Procurando esticar o encontro que alegra e abreviar o que entristece. E a vida que vale a pena? Só pode ser uma. A sua. Esta mesma que você está vivendo desde que nasceu. Mas com tudo. Seus encontros, certamente. Mas também seus sonhos, suas ilusões, seus medos e esperanças e, por que não, suas filosofias também.
Se, à primeira mágoa ou frustração, você se fecha e sai de campo, sua luta não vai durar nem uma semana. Se quer mudar o curso das coisas, prepare-se para engolir não um sapo ou dois, mas infinitos sapos. Leia a vida de Napoleão. Veja como esse homem, um dos maiores comandantes militares de todos os tempos, sabia aceitar humilhações, transigir, negociar. Será você mais importante do que Napoleão?
A vergonha é um tipo particular de tristeza, você se apequena, você se acanha, você brocha, mas tem uma causa particular. Vergonha é uma tristeza específica, é uma tristeza que tem como causa você mesmo, uma tristeza que tem como causa um atributo flagrado por você em você mesmo. A vergonha, portanto, é uma tristeza que não sai da primeira pessoa: é você que observa você, que vê o que você fez, que não gosta do que vê, que não gosta do que fez, aí você se acanha. Você, causa da própria tristeza. Você, criatura envergonhada. Aí eu te pergunto: o que poderia querer dizer alguém sem vergonha?
BEM, ACHO QUE NINGUÉM ACREDITA QUANDO EU DIGO QUE SÓ TENHO 15 ANOS, E ESCREVI ESSE TEXTO, MAS TUDO BEM, EU REALMENTE O ESCREVI .
Talvez, a história não seja verídica.
Talvez, nunca contem a verdade.
Talvez, tudo já esteja acabado, e nós, tolos, ainda não nos demos conta disso.
A única certeza que tenho nos dias conturbados, é que não sei de nada. A única certeza que me cabe, é a certeza de morrer um dia, hoje, amanhã, daqui a trinta minutos ou trinta anos.
As incertezas são formas de vivermos mais intensamente, afinal se soubéssemos o que acontecerá amanhã, isso não seria chamado de vida!
Vida são momentos únicos e especiais, que passam rápido demais para você julgar que conseguiu aproveitá-la o máximo que pode.
Não conheço os limites entre céu e inferno, não sei o que se passa, não sei quem entra e quem sai.
Não sei quem domina estes limites, mas se pudesse dizer que ao chegar em ambos lugares nós pudéssemos lembrar de nossas vidas, sei que nunca nos atreveríamos a dizer que aproveitamos ao máximo.
Poderíamos ter aproveitado muito mais.
Poderíamos ter gastado nem que fossem dez minutos de nossos dias olhando o sol cair ao invés de ficarmos presos em escritórios apertados fazendo horas extras por míseros... Extras.
Poderíamos ter “desperdiçado” um único dia para passá-lo com os amigos ou a família.
Deveríamos ter gastado mais tempo com quem a gente ama e admira.
Tínhamos a obrigação de viver para amar e conhecer a serenidade, mas o que nós nos tornamos?
Monstros! Pessoas sem coração, com ambição, com sede de poder, e cada vez mais e mais.
Pessoas com inveja no lugar da amizade, com ódio no lugar do perdão.
Pessoas com sede de guerra, de sangue, de morte.
Acredito que Deus não nos fez para cometermos tais atrocidades. Acredito que o amor de Deus é que o impediu de matar-nos. Ah! Se fosse eu no Seu lugar, pobres humanos.
Tão sujeitos a falhas, tão sensíveis, tão fracos.
Para onde o mundo vai dessa forma? Pessoas se matando por bens materiais? Pais obrigando seus filhos a trabalhar enquanto eles ficam em casa, esperando que as crianças voltem com o ganha pão.
Mulheres procurando homens. Fazendo tudo por eles. Os papéis estão se invertendo!
E todos estão colocando vendas nos olhos, e aceitando os fatos.
“Os tempos mudaram” – é o que todos dizem.
Onde foi parar o respeito e a dignidade? Onde estão os valores que tanto eram prezados naquele mundo antigo?
Onde estará o afeto e o cuidado? Será que já não é hora de apelar? De dizer que basta!
Os tempos podem ter mudado, mas a vida continua doce e venenosa como sempre foi.
Viva
(Inspirado no texto de Madre Teresa de Calcutá)
"Enquanto estiver vivo, viva o melhor que puder.
Viva de tudo um pouco, para sair da vida com o máximo
de aproveitamento.
Ame como o amor se apresenta e não duvide dele.
Não exija dos outros aquilo que nem mesmo você pode ser.
Não despreze nenhuma forma de carinho.
Não ignore nenhum tipo de atenção.
Um dia pode ser tudo o que você gostaria para sentir-se bem.
Se sentir saudades saiba o que fazer a respeito.
Mas faça algo e não permaneça imóvel diante dela.
Não viva de momentos passados, fotografias amareladas ou projetos futuros, você sequer tem garantias sobre o amanhã.
Nunca pare. Não se detenha. Insista um pouco mais.
Continue, mesmo quando todos esperam que desista.
Não se acomode por medo ou por sentir-se confortável.
Não deixe que enferruje o ferro que existe em você.
Tenha sempre algo pelo que lutar. E lute com todas as forças.
Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você.
Faça com que o vejam como um vencedor em tudo.
Conquiste e se deixe conquistar, prove o sabor de pertencer.
Deixe que sintam o seu cuidado e bem querer.
Não desmereça sentimentos, por julga-los menores.
Não economize emoções, por achar que elas não valem a pena.
Um dia podem ser tudo o que você precise para sentir-se feliz!"
Texto de Introdução/Reflexão: A Experiência da Fotografia
A fotografia não é apenas sobre técnica ou conhecimento; ela é sobre presença, sensibilidade e conexão com o momento. Cada clique é uma escolha, um instante de entrega, uma oportunidade de capturar não apenas o que os olhos veem, mas o que o coração sente.
Ao longo desta série, você encontrará reflexões sobre luz, composição, movimento, cor, narrativa, direção e, acima de tudo, espontaneidade. São textos que unem prática e sensibilidade, conhecimento técnico e olhar poético, mostrando que a essência da fotografia está na experiência, na emoção e na alma que conseguimos revelar através da lente.
Cada imagem é um convite: perceba o instante, sinta o movimento, observe a luz, conecte-se com o assunto. O verdadeiro aprendizado não está apenas nas regras, mas na prática, na percepção e no olhar que se entrega à vida que se desenrola diante da câmera.
Esta série é um convite para explorar, sentir e viver a fotografia de forma completa. Não importa se você está começando ou já tem experiência: cada texto é um passo na descoberta de como capturar o que realmente importa, a essência, a emoção, a espontaneidade que dá alma à imagem.
Espontaneidade: A Alma da Imagem
Texto para mãe falecida
Hoje não estou muito feliz, há sete meses, perdi minha mãe, mais estou fazendo o possível para levar minha vida sem o meu tesouro mais precioso. Sei que nessa vida nunca mais verei a minha mãe, mais sei que mesmo estando tão distante, eu a amo de todo o meu coração, sei que existe vida após a morte, e é isso que me dá forças para seguir o meu caminho até o dia do meu reencontro com minha mãe. O senhor está me dando forças para criar os meus filhos com todo o seu amor. Obrigada Senhor por ter me concedido uma dádiva preciosa, um anjo que veio ao mundo para me ensinar os caminhos do bem, as virtudes do ser humano e o significado da palavra mãe. Hoje eu sei que tive uma mãe, a qual segurou a minha mão na hora em que eu mais precisava, me apoiou nas minhas derrotas e nas minhas conquistas, porque eu acho que mãe é isso. Exemplo em tudo que nos diz respeito. Eu te amo minha mãe querida sempre te amarei mamãe, você é a minha estrela guia, o meu porto seguro.
Texto dia das mães
Mulheres são mesmo incríveis
Quando elas decidiram assumir o papel de gestoras de suas próprias vidas,
Ninguém mais conseguiu pará-las
Houve uma época em que elas eram apenas
Mães e donas do lar
Hoje elas são
Trabalhadoras
Professoras
Empreendedoras
Influenciadoras
Dançarinas
Chefes de cozinha
Consultoras de beleza
Médicas
Advogadas
E o que mais elas quiserem ser
Ninguém mais para essas mulheres
O que seria do mundo sem elas?
Assim como as flores são diferentes umas das outras, cada mulher com sua beleza, sua forma, sua cor, seu aroma...
Diferenças que se igualam em um puro e verdadeiro amor de mãe, na força que supera desafios, na coragem que transforma decisões, na garra que conquista sonhos, na audácia que espanta gerações...
Elas buscam sempre o melhor, buscam encantar, surpreender, apaziguar... até as que não são mães, querem sempre ensinar.
São de sorrir e de chorar.
De acalmar e estressar.
Podem até reclamar.
Mas é impossível não amar.
O que seria de um jardim sem flores?
Assim seria o mundo sem as mulheres!
E sem as mulheres, quem nós chamaríamos de mãe?
TEXTO::
“Não é o fim do mundo. Você não morreu. Muito provavelmente ele não irá morrer também. Você não está despedaçada como diz estar. Copos de vidro se despedaçam. CDs, celulares, óculos, computadores, aviões e carros, também, são destruídos. Mas você não. Pelo menos, não fisicamente. Pelo menos, não no sentido real. E a vida é real, né? Tem uns pingos de fantasia causados por sessões de comédias românticas e livros do Nicholas Sparks, mas a vida é real.
Você tem a unha a fazer. Tem o cabelo a cortar. Tem aquele vestido novo que saiu no catálogo da tua loja predileta para comprar. Tem a casa para arrumar. Tem tuas amigas para te ouvir chorar e berrar um pouco - ou muito. E tem uns tantos outros amigos para te elogiarem quando você precisar de alguém falando que seus olhos castanhos são tão bonitos quando você não está com a maquiagem borrada por causa de lágrimas desnecessárias. Então, pra quê chorar?
Há muitas garrafas de vodca, também, caso queira dar uns goles na loucura. Tua cabeça irá doer depois. Mas é ressaca. É uma resposta física do teu corpo sobre a quantidade de álcool que você ingeriu na noite anterior. Fique tranquila. Essa enxaqueca não é remorso, nem nada emocional. Chore, vomite e beba bastante água que você irá melhorar. Ou tome mais álcool que dizem funcionar também. A escolha é tua.
A tua vida não se resumia a ele. Eu te juro de pé junto, isso. Você pode até se sentir incompleta, mas está aí, disposta, viva e respirando. Com algumas olheiras e umas ideias loucas a mais, mas está bem. O tempo cura tudo que o tempo pode curar. Daqui a pouco, ele vai ser só mais um rapaz com mãos bonitas e um cheiro gostoso que passou por tua vida. Você vai ver. Enquanto você chora por um cara, há mil outros caras esperando, apenas, uma chance para te fazer sorrir.
Não sou nenhum aspirante a psicólogo-sei-tudo-sobre-as-pessoas. Acho Freud um saco e Jung um louco. Mas sobre o amor e teus sintomas, parece que eu já nasci com diploma e mestrado. Já amei demais quem nem gostou do meu cabelo bagunçado. Já amei de menos quem já sonhou comigo durante noites eternas de inverno. Já chorei como uma criança órfã e perdi dias de sol e noites estreladas. Mas não me destruí. Destruí porta-retratos, pratos, cartas e até aquele conjunto de tulipas do meu time predileto que ganhei no Natal. Mas meu coração ficou intacto. O teu também ficará.
Logo, logo, aparecerá outro cara que gosta tanto de adoçante como você. Outro que também não consegue ficar uma noite inteira sem resolver alguma briga qualquer. Outro que te dará a mão e o mundo inteiro ao redor será anulado. Outro cara com cabelo bom para acarinhar e com olhos infantis. Outro com um sorriso talhado e com gosto musical estranho. Você vai ver. Vai senti-lo. Vai respirá-lo. E vai amá-lo como se fosse a primeira e a última vez. Porque o coração é uma casa forte e espaçosa e sabe, vez em quando, renovar seus moradores.”
