Texto de Amor Ensinamentos de Vida
A ilusão das princesas
Nos contos de fadas, dizem,
há um "felizes para sempre"
cravado em ouro nas páginas,
como se o tempo parasse,
como se a felicidade fosse estática.
Mas a vida não é isso.
Ela é um mar inquieto,
onde as ondas beijam a areia
e, sem aviso, recuam,
levando pedaços do instante.
A ficção nos oferece castelos,
promessas de eternidade,
um refúgio onde nada muda,
onde os finais são feitos de vidro
e não se quebram.
Aqui fora, a areia se molda
sob cada novo passo,
as ondas desenham o que o vento apaga,
e a felicidade é um sopro,
leve, fugaz, real.
Aceite: a vida é movimento.
É hoje, não amanhã.
É a gargalhada que explode
entre lágrimas,
o instante roubado à rotina,
o suspiro no meio do caos.
Não existe "para sempre".
E está tudo bem.
Seja feliz agora,
pois o agora é tudo
o que a vida
te oferece.
Quando a vida silencia
Há um dia em que a gente acorda,
e tudo parece igual, mas é diferente.
O café tem o mesmo gosto,
o sol nasce no mesmo canto,
mas algo em nós já não espera.
De tanto esperar e se frustrar,
aprendemos a não esperar mais.
Não é tristeza, nem dor,
é um silêncio que se instala.
Um jeito de caminhar olhando o chão,
não porque se teme o horizonte,
mas porque o horizonte deixou de prometer.
E então, a vida vira rotina.
Os passos seguem por onde devem ir,
as palavras saem porque precisam sair,
o sorriso aparece porque se aprendeu a mostrá-lo.
Mas dentro, tudo é morno.
Não é amargura, é aceitação.
Aceitar que as pessoas não são o que sonhamos,
que o mundo não é justo,
e que o tempo leva mais do que traz.
E é estranho, porque há paz nisso.
Uma paz áspera, que não conforta,
mas alivia.
Como se o coração dissesse:
"Eu entendi. Agora, só sigo."
E seguir é tudo o que se pode fazer.
Até que chegue o fim.
Até que a vida silencie.
Seja leve
mas nem tudo releve
seja leve
mas nem tudo leve
porque a vida é breve
como segurar diante o sol
uma bola de neve
seja leve
pra deixar a vida leve
e leve dela apenas o que for leve
pras tristezas
dê greve
pros sorrisos
se entregue
sinta a tocar
feito flocos de neve
leve
tão leve
e se eleve.
Todos temos metas que podemos ou não cumprir, a vida Muita das Vezes cria obstáculos, paralisia atos e para no momento certo.
Tudo o que temos passa a não ter sentido, as escolhas não são prioridades o futuro se torna incerto. E o que adianta, adiar ou adiantar alguma coisa que dever ser feita de um modo ou de outro sem garantia nenhuma de êxito.
Quando digo que: "A grande inquietude do homem está na existência, em seu interior, do ser absoluto e do nada eterno", me refiro a uma grande dicotomia em meu interior, que preciso alaborar e entender para suavizar a minha estada. A minha visão dessa dicotomia, passo a expor:
Em minha jornada, descobri que a essência da inquietação humana reside na profunda interação entre aquilo que chamo de 'ser absoluto' e a sombra do 'nada eterna' que habita em meu próprio ser. O 'ser absoluto' representa meus anseios mais profundos: a busca por um significado que transcende as trivialidades do dia a dia, a ânsia por uma conexão com algo maior do que eu.É o faról que guia minha busca por propósito e compreensão em um mundo cheio de sentimentos e diversidades.
No entanto, a sombra do 'nada eterno' paira sobre mim, lembrando-me de que toda a jornada é efêmera, que o tempo é implacável e que eventualmente enfrentarei a transição para um estado desconhecido ou inexistente. Essa consciência da finitude traz uma melancolia silenciosa, uma sensação de urgência para dar significado ao tempo que tenho e para deixar um legado que perdure para além de mim. Me agrada o fato de que tenho conseguido. Se assim não o fosse, minha inquietude certamente ganharia mais volume.
Assim, esse fervor interior que experimento leva a uma ebulição constante entre esses dois elementos. A busca pelo 'ser absoluto' me motiva a explorar, a criar, a amar e a buscar conexões verdadeiras. Enquanto isso, a sombra do 'nada eterno' me lembra da importância de viver autenticamente, de apreciar cada momento e de enfrentar a inevitabilidade da mudança com coragem.
Minha jornada é moldada por essa dualidade, e é nesse encontro de forças que encontro a motivação para crescer, aprender e buscar uma harmonia entre a busca por um significado duradouro e aceito da impermanência. A inquietude é minha companheira constante, empurrando-me para além dos limites do conhecimento e da compreensão, rumo a uma maior conscientização de mim mesmo e do universo em meu entorno.
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
A vida é uma dança.
Permita que o corpo fale.
Deixe-se levar pelo ritmo da vida.
Aceite as incertezas.
Aprenda com os tropeços.
Nem tudo sai como planejado.
Há beleza nos imprevistos, nas pausas, nos recomeços.
Tem dias de leveza, outros de intensidade. Mas em cada passo, há vida. Então dance. Mesmo quando chover, mesmo quando doer.
Porque viver é sentir.
E sentir… É a coreografia mais sincera da existência.
Soneto Vida
O grande mistério da vida
Com toda a docilidade
Uma conduta mais atrevida
Nos oferece a crueldade;
A criança alegria e liberdade,
Juventude um encanto e doçura,
Nos brinda com amargura
A sua tão fragilidade,
Ensina - nos a ser forte,
Entendemos que não é sorte,
A felicidade com trabalho merecido;
Dores aprendemos a suportar.
A velhice o amargo esperar,
Num canto talvez esquecido.
Set/01/10
Missias
Seara da Vida
O céu está agora avermelhado
Desesperado talvez envergonhado
Pelos redemoinhos que levaram as sementes para outra estação
Aguardando a brotação
Julho já se passou
E com ele o vento gelado levou
Levou esperanças, levou vidas
Assim como as folhas caídas
Primavera de Fraternidade, Solidariedade e mormente
a liberdade
O bem, o Amor a seara da vida lavrar
A poeira assentada
A terra molhada
Momento de brotar.
🖤 “Enquanto ninguém me escolhe”
Enquanto ninguém me escolhe,
Eu escolho sobreviver.
Entre um gole de saudade e um punhado de silêncio,
Eu vou costurando os pedaços de mim
que a vida insiste em rasgar.
Já dei o melhor de mim pra quem só soube pegar.
Fui abrigo pra gente que só queria descansar,
mas nunca quis ficar.
E no fim…
quem ficou fui eu.
Sozinha,
na encruzilhada entre o que mereço e o que aceito,
entre o que sonho e o que recebo.
Dizem que o amor chega quando a gente para de procurar.
Mas como parar, se meu coração continua gritando por algo que nunca veio?
Se meu corpo ainda treme por um toque que nunca ficou?
Se minha alma ainda chama por alguém que não ouve?
Enquanto ninguém me escolhe,
Eu aprendo a não me culpar.
Não é falta de beleza, nem de amor no peito —
é excesso de entrega,
é medo nos olhos de quem olha e vê o quanto eu sou inteira.
E ser inteira assusta.
Porque ser intensa incomoda.
Porque quem sente fundo, incomoda quem só sabe viver na superfície.
Mas mesmo assim…
eu sigo.
Com os olhos fundos de esperança,
e o coração ainda pulsando, mesmo depois de tanto cansaço.
Eu sou aquela que amou antes de ser amada,
que ficou quando todos foram embora,
que ainda acredita — mesmo ferida —
que o amor de verdade não machuca,
ele sara.
Então, enquanto ninguém me escolhe,
eu me reconstruo.
E quando alguém finalmente chegar…
vai ter que saber:
eu sou casa, mas não sou abrigo pra quem só quer passagem.
Todos os dias quando acordamos temos um dia a mais para viver, para tentamos viver da melhor forma que pudermos, para tomarmos decisões importantes e fazermos escolhas.
Todos os dias em que acordamos, temos mais um dia, mas, também temos menos um dia...
Nosso tempo está acabando...
Seu tempo está acabando...
🕊️ “Entre o que fui e o que serei”
Carrego no peito um tempo que passou,
Mas que nunca saiu de mim.
Um beijo roubado,
Um coração partido,
E um "eu te amo" que ficou pelo meio do caminho.
Voltei tantas vezes no pensamento,
Pra aquela escola, praquelas amigas,
Praquele amor que parecia destino…
Mas era só desatino.
Fui mulher antes da hora,
Descobri o amor sem manual,
Aprendi a sorrir com lágrimas nos olhos
E a esconder a dor num “tá tudo normal”.
Sou feita de pedaços de mim que ninguém viu,
De sonhos que calei,
De vontades que não vivi.
Mas ainda tô aqui…
Firme, mesmo frágil.
Doce, mesmo machucada.
Já me disseram que eu sou intensa demais,
Mas quem sente muito, vive profundo.
E mesmo ferida, eu não deixo de amar o mundo.
Hoje eu não procuro mais por alguém que me salve.
Procuro por alguém que ande ao meu lado
— e se não vier, tudo bem —
Eu aprendi a me levantar sozinha,
Mas com poesia, fica mais leve também.
🌹
A luz e o calor estão presentes em nossas vidas, sequer paramos para reparar o quão bem nos fazem.
Precisamos de forças para continuar nesta trajetória tão dolorosa, tão vazia, tão monótona.
As respostas? Não temos para a maioria de nossas dúvidas, isso nos intriga a continuar, para sabermos se um dia seremos respondidos.
O amanhã é assustador, o futuro é um campo, quanto mais tenta correr, mas você percebe que está atrás. O fato de não desistir é um dádiva.
Vivemos dentro de um carrinho de montanha russa, subimos, descemos, ficamos de cabeça para baixo, rodamos, voltamos e seguimos para esta mera vida; esperando pelo o dia que este carrinho vai parar e vamos chegar ao nosso destino: insignificante, dolorosa, confusa; morte!
O que me move nessa viagem
Autoria: Andrea Domingues
Me interessa, nessa viagem,
Gente que olha no olho,
Que espalha o brilho do sol,
Mesmo em dia chuvoso.
Me interessa, nessa viagem,
Quem é reciprocidade,
Que sabe ser empatia,
Que vale a minha intensidade.
Me interessa, nessa viagem,
Quem me faz sorrir,
Que, com todo cuidado,
Não me deixa desistir.
Me interessa, nessa viagem,
Quem só planta carinho,
Que, mesmo quando ausente,
Deixa enfeitado o caminho.
#Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 14/04/2025 às 14:00h
Manter créditos de autoria original
Muitas pessoas que projetaram suas vidas
Hoje estão no caixão.
Vários sonhadores à deriva,
Prejudicados pela vida, morreram em vão.
Projetar sua vida é um desperdício,
O coração perdido em meio à ilusão.
No vício, com carência, à beira do precipício,
Querendo vencer, mas esperando alguém segurar sua mão.
O propósito da vida é aquilo que nos motiva e nos faz sentir vivos, pertencentes e gratos. É uma consequência do autoconhecimento e deve ser encarado como um legado que queremos deixar. Como encontrar o propósito da vida? Olhe para o que te incomoda, estabeleça prioridades, entenda o que é importante para você, observe o que você já faz, compreenda que é um processo e encontre sentido naquilo que faz. Propósito e fé!
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
Tenhamos fé!
Finitude: a arte de viver o agora
A lucidez sobre a fragilidade da existência, pode ser interpretada não apenas como fonte de tristeza, mas também como um convite a uma libertação paradoxal. Ao reconhecer que a vida não se sustenta em grandiosidades épicas ou em felicidade perene, descobrimos que sua beleza reside justamente na efemeridade e na imperfeição. A consciência da finitude não precisa ser apenas um peso, mas pode ser o que nos ensina a valorizar os "pequenos momentos insignificantes" como únicos e insubstituíveis.
Se o amor não é um conto de fadas, sua fragilidade o torna mais precioso — não porque dura para sempre, mas porque, justamente por ser passageiro, exige presença e cuidado. Se a felicidade é fugaz, sua raridade a torna mais intensa quando surge, como um raio de luz em meio à escuridão. A solidão do entendimento, por sua vez, pode ser o preço da autenticidade: ao nos afastarmos das ilusões coletivas, ganhamos a chance de viver com maior profundidade, mesmo que isso nos separe superficialmente dos outros.
Nesse sentido, a tristeza de saber demais não é o fim da experiência, mas seu verdadeiro começo. Ela nos tira do automatismo e nos coloca diante da vida como ela é — frágil, transitória e, por isso mesmo, digna de ser vivida com atenção e coragem. A melancolia não é um beco sem saída, mas um portal para uma existência mais consciente, onde cada instante, por mais breve que seja, ganha um significado precioso porque não durará. A verdade pode doer, mas também nos liberta para encontrar beleza no efêmero e significado no que, de outra forma, pareceria insignificante.
O GATO DE ALICE
A deriva e sem destino,
Assim passamos a vida,
Como Alice que perdida,
Pergunta ao gato felino.
Qual o caminho a seguir?
- Se não se sabe onde ir,
- Qualquer estrada é saída,
- Qualquer rota é guarida.
Mas o caminho é escolha,
É traço, é linha, é trilha,
É a busca que se compartilha,
É a vida que se recolha.
E na dúvida do traçado,
No enigma do destino,
Segue o passo, peregrino,
Que o caminho é revelado.
Cada curva é descoberta,
Cada passo, uma lição,
Na jornada, a direção,
É a vida que desperta!
(livremente inspirado em Alice
no País das Maravilhas de Lewis Carroll)
Pensar na vida e na Velhice!
Quando Somos criado através da concepção (gravidez), não temos ideia do e que ser um ser humano, e no nascimento começamos mesmo sem saber o que e a vida a perceber de alguma forma isso, no decorrer da vida aprendemos o que e viver, seja da forma correta ou não, aprendemos que nem tudo são flores e nem tudo são espinho, que ser feliz depende de nós e que a mesmo quando somos criança, adolescente, jovens e achamos que a velhice nunca chegara, estamos enganado, devemos sempre pensar nisso e como passamos essas fases para chegar ao final que se pensarmos bem, nascemos precisando de cuidados e morremos precisando de cuidados.
Vivo em eterna reflexão do julgamento à si próprio, para tentar melhor julgar aos outros. Já fui injustiçado, já causei injustiça e sinto-me injustiçado constantemente, mas nem por isso eu busco a justiça com a injustiça que recebo. Agora é um dia propício à esta reflexão, onde se diz "está escrito" que "o bem venceu o mal" sem mal causar, sem revidar, sem ao menos desejar aos outros o mesmo mal assim recebido.
Eu, condicionado a me defender, a sobreviver à todo o mal à eu direcionado, preso à este "jarro" frágil e cheio de limites, buscando essa eternidade "prometida" e pensado o fim deste "jarro" como o fim de todas as grandes possibilidades para bem lutar, bem fazer e assim justificar a eu mesmo, sempre foi quase que impossível nada fazer.
Já corri de muitos males, corri para não apanhar, corri para não morrer, me escondi do mal a me perseguir. Banhado de verdade já calei-me para a mentira, mas nunca, nunca consegui fazer como Ele fez, entregar-me sem realmente nada fazer, ainda que para muito, para muitos e muitas situações eu já fiz e ainda faço assim, exatamente nada, apenas confiando, mantendo as esperanças e a fé de um dia ser recompensado.
Ser perfeito nas condições em que me encontro é impossível. O mal sabe disso e apesar de também saber que não vou desistir, insiste em tentar me ganhar, ainda que saiba não me vencerá e isso tudo apenas para tornar essa de muitas outras de minhas jornadas exatamente assim, um sacrifício a ser vencido, a ser superado.
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