Texto com a Palavra Ouse Ousar Ousadia Alma
Minha garota
Quero sentir o calor
Não o do verão agoniante;
Mas o do teu corpo aconchegante
Arrepiando da minha pele à glande
Deitar-me-ei em teus braços
Deixando de lado
Toda euforia de um mundo apressado
Que insiste em deixar-nos cansados
Meu bem
Eu não importaria-me com a tempestade
Desde que você estivesse comigo
Em seu coração
Trancado a sete chaves
Fizeste sentir-me livre
Preso apenas ao amor
Que transborda do teu ser
E que foi capaz de trazer vigor
A quem o mundo despedaçou
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
Há momentos em que eu só queria estar em um lugar distante. Distante das pessoas; das obrigações; das confusões; distante da cidade causadora de problemas. Mas não é tão simples assim. Onde eu poderia ir para sanar esta minha carência de mim mesmo? Por quanto tempo eu aguentaria a minha própria presença? Minha cabeça depois enlouqueceria? Talvez o melhor seria estar distante dos meus pensamentos. Mas isso é impossível.
A longitude entre mim e algumas pessoas ( que antes estiveram coladas a mim) faz-me duvidar da integridade de suas amizades, porquê elas sempre te dizem que estão com você, mas quando a vida aperta, nem sombra delas resta. Elas preferem festas, dinheiro, relações amorosas, e permanecem absortas na vida material.
Quebrado
Noite obscura
Nada perdura
Além de sentimentos de amargura
Silêncio pairando
Tempo encurtando
Flores murchecendo e coração sangrando
Temperatura alta
Endorfinas baixas
Calafrios no corpo e dor na alma
Céu cinza
Espírito escuro
Na solidão encontra-se o refúgio
Humano súdito
Destino pútrido
Um oceano de pensamentos sujos
Noite estrelada
Criatura desalmada
Sonhos em pedaços e solitude acalorada
Cataclisma
Em meio a corpos despejados pelo chão
Vê-se pessoas aos redores caírem em depressão
Enquanto demônios deitam-se em diversão
Condolências distribuídas pela terra
Personificando o sentimento de morte que impera
Espalha pelo mundo um ar de misérias
Indivíduos então condescendem a vontade de Deus
Aspirando um lugar no paraíso que ele prometeu
Esquecem-se da razão pela qual tornaram-se ateus
Expectativas que pela circunstância foram destruídas.
Arvores antes abundantes de frutos da vida
Deram lugar às dores mais sofridas
Devaneios perturbam grande parte das populações
Escuta-se à distancia suas desesperadas orações
Agora toda gente não escondem mais suas emoções
Num arquipélago de ilhas frias e sombrias
Animais e plantas foram aniquilados à luz do dia
Enquanto bolas de fogo sobre seus corpos chovia
Humanos em desespero lotam os centros públicos
Alguns tentam tirar suas vidas deste mundo
Com o novo fenômeno anunciando o indesejado dilúvio
Arrependimento é o que agora todos sentem
Olhando às suas frentes o inevitável final do presente
Onde não permitirá restar ao menos suas sementes
MARÉ DE LÁGRIMAS
No amanhecer do dia novo,
E, no crepúsculo do sol...
Mergulhei, no mar em perspicácia dor!
Nadei em meio ao desespero.
Naveguei, naveguei e naveguei...
Até às trevas mais profundas,
Encontrei_me no alto mar das lágrimas,
E nos espinhos do COVID_19 me assentei...
Como vento, espalhou_se o Corona Vírus,
Invadindo o país como a invasão do exército babilónico em Israel...
E como praga sobre flores verdejantes,
A sua epidemia no tecido humano se estendeu como na cama o lençol.
Num piscar de olhos,
Deixou registrado dezenas de testemunhos oculares!
Nos hospitais locais...
As bancadas ficaram insuficientes!
Face a uma liderança justa: só haverá uma governação pura sem mácula, se a ética política deixar de encarar o agir humano como um projecto individual.
Porque o ser humano enquanto livre e dotado da consciência moral, tomará decisões no seu espaço privado e prejudicando assim a coletividade, isto é, o espaço público.
O GRILO ANOSO
Um grilo cantador, de rimas cheio,
Canta as dores de mim, em plena mata.
Sabe ser companheiro, enquanto canta
O que existe em minh’alma de mais feio.
Lá sarcástico, carpe o pranto alheio
Dos amores, dos sonhos… do que resta!
Faz mais bela a canção, demais funesta,
Do desdenhado amor que trago ao seio!
Por calvários da vida, lastimoso,
Quem me alegra é somente o grilo anoso
Que a cantar me traz paz, embalo e sorte!
Bem-fadado é este grilo venturoso
Que mais nada lhe importa para o gozo…
E em paz canta aguardando a doce morte!
.....
António Chaúque / 2007
(In: Fímbrias do Mar de Amor)
Há duas configurações psicológicas que historicamente têm causado muitos males as igrejas. O Idealismo (Puritano) e o Liberalismo (secular)
O Puritanismo é o ideal inalcançável da fé que em consequência nega a realidade e a natureza humana(Idealismo platônico). Já o Liberalismo é a imanentização da fé que em consequência prioriza as sensações humanas e a matéria negando o espírito (Materialismo ).
Já dizia Tomás de Aquino " A Virtude está no meio".
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Gálatas 5:22
Então, ficou, naquela porta, que por muitas vezes havia batido, ouvia apenas o eco do "toc-toc", o rangido da madeira, o suspiro do vento...
Tipico de uma casa vazia, assombrada do vazio de quem já não mais ali habitava...
Mesmo sabendo da ausência, sentido que não seria convidado a entrar, ele insistiu mais dois leves "toc-toc", inclinou ao chão o olhar, arrematou as mãos aos bolsos, virou-se, um leve gesto nos lábios, que diziam sem som, "é", olhou a rua, garoava, mas não ligou, vagarosamente se afastou da porta, fechou o portão sem intenção de retornar, escolheu uma direção na calçada, e partiu, enchendo os pulmões daquele úmido ar de garoa...
Amaldiçoada és medusa, mas ela poderia escolher esconder tal maldição , porém errante escolheu transformar homens em pedra, fruto de sua maldição, o que ela nunca fez em sua triste escolha, foi olhar para dentro do herói da história, que talvez só quisesse admirá-la em sua plena beleza, talvez por dentro daquela maldição houvesse alguma, mas outrora, maldição maior de sua errada escolha, fez de medusa por fora, por dentro medusa.
Perseus que curioso arriscou, a olhou, de costas, como quem olha para o passado, através do reflexo no bronze de seu escudo, sem saber que tal visão anularia os efeitos de medusa em si, lembrando da lenda, triste fez o que ela o obrigou, retirou medusa da maldição, porém teve que lhe tirar a vida também, pobre Perseus, não sabia que mesmo retirando a medusa de sua maldição, a maldição de medusa estava para todo o sempre, em sua face.
Perseus, aquele curioso Perseus, não existia mais, ao compreender as razões do que fez, não lhe restou muito, a não ser a razão, temendo estar errado, mas confiante que não houvesse outra utilidade para aquela maldição, empunhou o escudo de Atena, em seu interior, escondeu a maldição, que agora lhe servia como proteção.
Como folíolo imarcescível e fole incansável,
Assim, é a esperança também que é imperecível,
Sonhos vão_se nas asas do ateu,
Sonhos voltam nas asas do jubileu.
O malogrado assim pensa:
O mundo é uma completa utopia,
Contrariamente, a descrença é uma sentença,
Ingualmente, cepticismo como flagelo que manieta.
Juventude, por isso, ergue o teu bramido,
Sirva_te a descrença do fanal bendito,
Guarda_te a recompensa no futuro,
Sujeita_te ao insólito do divino.
E eu, que vivo atrelado ao alento,
Espero também o indulto extraído no desalento,
Na voz de galardão a me clamar:
Êxito!
Tenha amigos que te queiram bem e não o “seu bem”.
Amigos estão aí para dar apoio, conselho, ombro amigo, apresentar oportunidades e ideias inovadoras para o sucesso seu e dele, pois juntos todos somos mais fortes. Mas também com certeza vai dar sermão e críticas construtivas.
Um pessoa que não faz ou nunca fez qualquer umas dessas ações acima com/por você, dificilmente te considera um amigo.
O amigo nem sempre será o bonzinho da história, pois até a verdade mais cruel, por ele, tem que ser dita, não no sentido de te menosprezar, mas sim, de abrir os seus olhos para a realidade!
Quando eu partir...
Quando eu partir, o dia não será mais a mesma coisa, nem a noite também;
O sol não terá o seu calor, e nem a lua o seu brilho.
Quando eu partir, as flores não serão mais coloridas e nem exalarão o seu perfume;
Os beija-flores e as abelhas não farão diferença alguma.
Quando eu partir, a criança não mais chorará, e nem o velho há de reclamar;
O brinquedo perderá seu valor, e a falta de atenção não será percebida.
Quando eu partir, a terra estará a espera ou as nuvens dirão: vem!
E eu irei, pois, de tudo o que importa, e a minha ida.
Por vezes assola-me esta vontade de te querer
Dou por mim a dar de mim por ti
E caio de pé, seguindo sempre o mesmo caminho.
No caminho contemplo o belo
As rosas, os cactos e as acácias
E caio de pé, seguindo sempre o mesmo caminho.
Limpo a seiva que sai dos meus poros
A dor não me assola
E dou por mim a querer dar de mim a ti.
Hoje
Se eu pudesse fazer algo diferente se eu pudesse escolher queria um dia todo para mim, andar descalço, tentar cantar uma musica, brincar com um Karaokê, desfrutar do que tenho e sonhar, sonhar com o que ainda posso alcançar, coisa que não é um privilegio mais uma necessidade, tomar um bom banho, ver um bom filme, tomar um vinho, e seguir, ir ,além do posso tocar.
Ir para onde eu me recupere, para meu quarto secreto entrar profundamente na área de preservação emocional, meu QG, minha base, meu front, lugar que me declaro para mim mesmo(a), que converso comigo, que me escuto, este lugar raramente tenho tempo para frequenta-lo mais quando consigo chegar lá, faço-me um bem enorme.
Eu amo a vida, porém acredito que muitos como eu já em algum momento sentiu o desejo de reescrever á própria história, seria possível fazer correções?
Como passar uma borracha naqueles momentos que sentimos que falhamos como redigitar o que já foi escrito, como reprogramar, seria de fato necessário fazer isso?
Eu diria, não, da mesma forma que os acertos nos proporcionam experiências valiosas, os erros também, eles nos leva a refletir sobre o que seria considerado importante para uma existência no intuito da reeducação, criar a possibilidade de formarmos valores, e especialmente de reconhecer as causas negativas de um erro.
Somos eternamente crianças em meio a uma existência onde estamos continuamente apreendendo, e reaprendendo a existir.
HINO ABORTADO
Um som retumbante e insistente,
Soando com toda a força vivente,
De um coração impávido formado,
Mostrando a coragem de um ser questionado.
Alaridos envolvem meu ser,
Dizendo: ' — ele tem que morrer!'
Mas por que se morrer é resolvido?
Você entendeu que eu não sou o seu inimigo?
Sou um gigante pela própria natureza,
Sou o filho da batalha tenha certeza,
Ainda que a flâmula da minha vida venha ser apagado,
Lembre-se do som do meu coração guerreando o guerreado.
Diga que eu não fujo da luta,
Diga que eu fui intrigo na minha conduta,
Diga que eu erguerei a justiça a clava forte,
Diga que eu lutei contra a minha própria morte.
Pois, a minha vida, no teu seio foi cortada,
Oh! Mãe gentil, idolatrada!
És tu a minha chama, minha morada,
Que um dia se perdeu e nunca mais encontrada!
Que o amor vença obstáculos;
Que seja sempre relevante;
A mais linda prece!
O amor enaltece!
Que a raça, cor, religião ou escolha de gênero não sofra interferência, que seja livre e sempre fonte de inspiração.
O amor é singelo, puro, completo;
O amor enobrece.
É ícone da nossa idealização.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
Poderia, Mas preferi.
Poderia ter falado algo quando tive oportunidade,
Mas preferi calar-me.
Poderia ter fugido quando o medo estava vencendo,
Mas preferi coragem.
Poderia ter ganhado o mundo quando todos estavam cegos,
Mas preferi conquista-lo.
Poderia ter sonhado quando era impossível realizar,
Mas preferi realizar o impossível.
Poderia ter te escutado quando todos te davam ouvidos,
Mas preferi ignora-los.
Poderia ter ficado preso quando fecharam as portas,
Mas preferi derruba-las.
Poderia estar livre quando me deram as condições,
Mas preferi ser açoitado do que ir contra o que acredito.
Poderia ter tido tudo quando eu não era nada,
Mas preferi ser nada sabendo de como tudo era feito.
