Texto Chines de Amor
Um carro
desfilando
leve na rua,
emoção e
pele de flor,
e a tua à
flor em pêlo,
De todas
a mais alta
conspiração
surgida até
para o teu
sono ocupar,
No teu céu
tornei-me
a tua Lua
_suspensa,
em teus
sentidos
_presença,
E total
_sentença
que tuas
mãos não
podem
capturar;
Betelgeuse,
Antares,
e Aldebaran
ao redor
da cintura:
o meu rubi
na boca tua.
Nesta noite de infinita
Lua de Sangue,
prevejo um romance,
te vejo chegando
com um Kadomatsu
nas tuas mãos,
e entregando de vez
para mim a sua paixão,...
Sem você saber
diariamente venho
inventando mil
formas de pedir
mais do que a tua mão,
Escuto a felicidade
em forma de matsu
saudando um sugi,
e diante Monte Fuji
o seu afeto enfeitando
a minha fronte
com o seu amor,
uma coroa de sakura
e sem nos importar
que chamem isso
de absoluta loucura.
Sem você saber
eroticamente venho
testando mil
maneiras de fazer
você cair na sedução,
Através nobres danças
da taiga do arquipélago,
com paciência,
música apaixonada
e poesia da Lua,
o amor arquiteto
com romantismo e doçura.
Não tenho
nada o quê
esconder
de você e nem
de ninguém,
Que eu quero
ser a poetisa
pioneira a colocar
os pés na Lua,
Embora em
sonho já
tivesse ido,
Porque lá
é a residência
dos poetas
que vivem
no mundo
em resistência;
De carro
cor de Capella
e com uma
rosa amarela
na boca,
Você virá
me buscar
de surpresa
como uma
das novelas de Gabo.
Nesta manhã
de luar repleto
no aniversário
da nossa cidade,
Plena em tuas
mãos assim
me vejo em
total lunação:
Como um
tambor selvagem
bate forte
o meu coração,...
Ando vivendo
de imaginação,
te vendo desfilar
no teu carro cor
de eclipse lunar;
Como um
tambor selvagem
faz música
o meu coração,...
O luar matutino
pleno e refletido
nos meus brincos
de mini-luas,
E vendo passar
na minha rua,
Fiquei só arrepio.
Com toda a doçura
que há no meu peito
em silêncio te espero,
e sei que me tens
ocultado do Universo.
Com toda a gravitação
que há em ti
sobre mim pairando
por savanas tropicais
e subtropicais:
a certeza sobre nós
construiu um cais.
Com toda a ternura
que há no teu peito
em silêncio te espero,
e sei que já temos
a Lua por testemunha.
Com toda a redenção
que há para nós
da loucura do mundo
e a tranquilidade
que só o amor possui:
a beleza da canção
trouxe ritmo e paixão.
Com toda a expectativa
do que está porvir
o silêncio é preparação,
e sei que já nos temos
sob a Lua e sua proteção.
Não é preciso
nem me dizer
que você
é super ligado
em mim,
Sim, você travou
as portas
do teu carro
cor de eclipse solar:
Não conseguiu
mais ocultar
a tua fantasia;
E não conseguiu
desviar o olhar
dos meus
lábios pintados
de Betelgeuse,
O rock do bar
da frente
começou a tocar,...
Não faço idéia
onde daqui
para frente
nós vamos parar;
Só sei que
não vamos parar
com o Universo
e as correntes
do oceano
a nosso favor,
embora haja perigo
a nosso seu redor,
o quê nos interessa
mais é o poder de fogo
do nosso amor
nesta noite de luar.
Intuição prístina
de que em algum
lugar do mundo
você foi criado
para se encaixar
na minha vida,
Sem te ver
imensamente
te percebo,
é só questão
de tempo,...
Tu virás inteiro
para mim,
virás livre, leve
e solto como
o sol beijando
os oceanos:
sem nos conhecer
já nos amamos;
Sem te ver
imensamente
te escrevo,
é só questão
de tempo,...
Tu virás cruzando
estradas com
o teu carro
que se confunde
com as cores
das noites de luar;
porque não
haverá nada
mais para te deter,
seremos a festa
por todo o lugar.
Sei que virás
liberto de qualquer
e toda tormenta,
e com o tempo
que tudo ajeita;
do teu destino
será riscado
até o contratempo.
As estrelas fizeram
um flashmob
nesta noite de Lua
em pleno
estacionamento
a céu aberto,
Onde cada carro
tem um nome
de estrela, galáxia,
asteróide, cometa
ou de um planeta,
E o coração fazendo
uma espacial sinfonia,
O Ciclo de Saros
entre nós é algo
que ninguém crê,
Só o nosso coração
em silêncio prevê;
E eu que esperava
por você de forma
precipitada,
Fui presenteada
por tão gentil
dança do Universo,
Não posso deixar
de dizer que
de longe te sinto
como a minha
grata surpresa
e sideral ritmo,...
O Ciclo de Saros
entre nós é algo
que carregamos
com devoção,
Somos um único
apaixonado coração;
Sei que me conhece
mais a mim do
que eu mesma,
O quê está escrito
para nós dois
pelas estrelas,
Não há pandemia,
inveja ou intriga
que nos afaste,
Tu há de ser meu
e eu tua além
da Lua, do Sol
e de todas as galáxias.
Quero fugir
na frequência
de Júpiter,
os anéis dele
estão todos
nos meus dedos
e o tamanho
do sentimento,
e assumo que
desejo todo dia
reaver o tempo
que perdemos
porque não
tivemos mesmo
a oportunidade
do verdadeiro
amor conhecer,...
O mundo todo
está em crise,
estou no meio
do tumulto,
fazendo planos
e sonhando junto
com você
assistir a eclipse;
Num refúgio
longe de tudo,
quero te levar
a flutuar,
para contigo
viajar no giro,
louco rodopio,
lado a lado
e cada um
sob duas rodas
das nossas
Alpha Centauri A
e Alpha Centauri B,
e esta ânsia doida
de tanto querer você.
Eu sou nacionalista romântica
que ama as suas
tropas mesmo quando
está feliz ou triste,
porque do Brasil jamais desiste.
Eu sou nacionalista romântica
de um Brasil de heróis
que são povos originários
resistindo a prolongada ocupação.
Eu sou nacionalista romântica
que nunca vai brigar
com os seus artistas
e todos os dias saúda
este país com muitas poesias.
Eu sou nacionalista romântica
que ama esta terra
que nasceu repleta de esplendor,
meu amado Brasil Brasileiro
te entrego o peito e todo o meu amor.
A partida física é apenas uma mudança de rota confundida com a morte.
Morremos quando deixamos de acreditar em tudo aquilo que é necessário para manter e a obter a paz.
O amor que portamos é aquilo que nos leva a iluminar onde for preciso e a única comunhão com a eternidade.
Os verdadeiros mortos são aqueles que acreditam na guerra.
Deus Forte, Santo e Imortal permaneça conosco e com
todos aqueles que amamos
onde quer que eles se encontrem.
Porque creio que o amor ensinado por Ele sempre será mais forte do que a morte.
Narrativa Inspirada no Conto Sufi.
Fragmentos do Infinito.
Conta um antigo conto da tradição sufi, atribuído a diversas escolas do Oriente Médio, que a Verdade em sua pureza integral desceu à Terra e os homens não puderam contemplá-la em sua totalidade. Para que não se perdesse por completo, Deus partiu a Verdade como se fosse um espelho, e lançou seus estilhaços ao mundo.
Desde então, cada ser humano carrega em si um pequeno fragmento desse espelho divino, refletindo uma porção da Verdade, mas jamais o seu todo. Aqueles que tentam impor seu pedaço como sendo a totalidade do espelho, sem reconhecer os fragmentos que os outros portam, caem na ilusão do orgulho e da cegueira espiritual.
DEVANEIO DA PAIXÃO
A paixão qu’eu vou viver
É uma belíssima poesia!
Que sempre me protege
Muito além da flama fria!
É uma amainada alegria
Que afeiçoa meu querer;
É uma fogosidade vivida
Que faz o tempo reviver!
É o esplendoroso querer
Que retoma a primavera!
É uma vivente formosura
Mui próximo da quimera!
Ó desejo precioso e vão!
És céu do ébrio coração!
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Texto da obra Literária: NO DESERTO
ISBN: 978-65-86408-68-3
~ SERENA MAGIA ~
Escumas surfam no mar,
Em tons de terna poesia,
No serpentear d’alva lua,
A alma amena da magia!
Era o sonho que aquecia
O belo anjo sem pecado,
Ao fervor das ondas frias
Esse resplendor doirado!
Qu’arrefece as fantasias,
D’ardente e doce poesia,
Neste cortejo encantado!
Detalhes
Seus cabelos aloirados,
Ao sol, sempre dourados…
Lembram o trigo em seco prado,
Perfumado eagitado
Pelo vento em meu jardim!
Como o cheiro do amor
Que novamente se eternizou
Aqui, dentro de mim!
EXPLICAÇÃO ESPÍRITA SOBRE A INCORRUPTIBILIDADE E A IMPOSSIBILIDADE DA RESSURREIÇÃO DO CORPO.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro .
A Doutrina Espírita aborda as passagens citadas com critério racional, fidelidade ao ensino moral do Cristo e respeito absoluto às leis naturais estabelecidas por Deus. Nada é interpretado de modo literal quando a razão, a lógica e a própria evolução do pensamento humano demonstram que o ensinamento foi transmitido por linguagem simbólica, pedagógica e progressiva.
Comecemos por 1 Coríntios capítulo 15 versículos 53 a 57. O apóstolo Paulo afirma que o corpo corruptível deve revestir-se de incorruptibilidade e o corpo mortal de imortalidade. À primeira vista, a leitura literal pode sugerir a ressurreição do corpo físico. Contudo, o próprio texto, quando analisado com rigor, exclui essa possibilidade.
Paulo declara expressamente que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus. Essa afirmação é decisiva. Carne e sangue designam o organismo material, sujeito à decomposição, às leis biológicas e à morte. Se esse corpo não pode herdar o Reino de Deus, é logicamente impossível que ele ressuscite para nele ingressar. A transformação de que Paulo fala não é da matéria grosseira, mas do princípio inteligente que a anima interligado ao corpo espiritual qual seu denomina perispírito.
A incorruptibilidade não se refere à carne, mas ao ser espiritual. O corpo físico nasce, cresce, envelhece e se desagrega. Isso é lei natural observável é fato inegável. Ressuscitá lo significaria anular as próprias leis divinas que regem a matéria e leis essas que o próprio Jesus afirmou com sua autoridade não ter vindo para derrotá-la, mas sim dá-la cumprimento. A Doutrina Espírita ensina que Deus não se contradiz, nem revoga suas leis para atender interpretações humanas.
Quando Paulo utiliza a expressão revestir-se, ele não afirma retornar ao mesmo corpo, mas assumir outra condição. O Espírito, ao desprender-se do corpo físico, conserva sua individualidade, sua consciência e seus atributos morais. Ele passa a utilizar um envoltório fluídico mais sutil, o perispírito, que não está sujeito à corrupção material. É esse envoltório que Paulo, por limitação conceitual da época, denomina corpo espiritual.
A vitória sobre a morte, mencionada no texto, não é a reanimação do cadáver, mas a certeza da sobrevivência da alma. A morte perde seu aguilhão quando o ser humano compreende que ela não extingue a vida, apenas modifica seu modo de manifestação. O pecado, entendido sob a ótica espírita, é o atraso moral. A lei, quando mal compreendida, escraviza. O Cristo, ao revelar a lei do amor, liberta.
Essa leitura harmoniza-se plenamente com o ensino do Evangelho segundo o Espiritismo no capítulo primeiro intitulado Não vim destruir a lei. Jesus não veio abolir as leis divinas, mas explicá las e conduzir a humanidade à sua compreensão espiritual. Ele jamais ensinou a ressurreição da carne como retorno do corpo ao túmulo. Ao contrário, afirmou que seu reino não é deste mundo, indicando uma realidade espiritual distinta da matéria densa.
Nesse capítulo, esclarece-se que a lei de Deus é eterna e imutável. As leis naturais incluem a transformação da matéria e a continuidade da vida espiritual. Ressuscitar corpos decompostos violaria a ordem natural, o que seria incompatível com a sabedoria divina. O progresso ocorre pela evolução do Espírito, não pela perpetuação da matéria transitória.
A distinção feita entre a lei divina e a lei mosaica é fundamental. As prescrições exteriores, rituais e corporais pertencem a um estágio pedagógico antigo. Jesus combateu justamente a fixação na forma e no símbolo, chamando a atenção para o espírito da lei, que é moral. A ressurreição literal do corpo pertence ao mesmo campo das interpretações materiais que ele veio superar.
O Espiritismo, apresentado como o Consolador prometido, não cria nova doutrina, mas esclarece racionalmente aquilo que foi dito de modo alegórico. Ele demonstra que a verdadeira vida é a vida do Espírito, conforme ensinado pelo Cristo. O corpo é instrumento temporário. A alma é o ser real.
O Livro dos Espíritos, ao tratar da lei divina ou natural, ensina que essa lei está gravada na consciência e rege tanto o mundo físico quanto o espiritual, ( 621 L.E.). A morte do corpo não interrompe a vida do Espírito, nem o reduz à inconsciência. Ao contrário, o Espírito prossegue em sua jornada evolutiva, colhendo os frutos morais de sua existência corporal.
Na questão 625, afirma se que Jesus é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo. Ora, Jesus não retomou um corpo corruptível. Sua manifestação após a morte foi espiritual, perceptível aos sentidos humanos por concessão divina, mas não implicou retorno à vida orgânica comum. A Gênese de Kardec , ao analisar a natureza de Jesus, esclarece que sua constituição espiritual superior, lhe permitia fenômenos que não se confundem com ressurreição material.
Portanto, à luz da lógica espírita, a ressurreição do corpo é impossível porque contraria as leis naturais, a observação científica, a razão filosófica e o próprio ensino moral do Cristo. O que existe é a sobrevivência do Espírito, sua libertação progressiva da matéria grosseira e sua ascensão moral rumo a estados mais elevados de existência.
A incorruptibilidade anunciada por Paulo é a conquista espiritual, não a perpetuação da carne. A vitória sobre a morte é a certeza da continuidade da vida consciente. Assim, o Evangelho, compreendido no Espiritismo, deixa de ser promessa fantástica e torna-se lei viva, racional e profundamente consoladora, conduzindo o ser humano ao progresso moral que o aproxima de Deus.
O CHAMADO CREPUSCULAR DA ALMA ANTIGA.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Do Livro: Primavera De Solidão. Ano: 1990.
Manhumirim - MG.
A saudade ergue-se como figura velada que atravessa lentamente as câmaras internas do ser
Arrasta consigo o peso das horas não vividas e o eco das presenças que cessaram de respirar ao nosso lado.
Não possui voz audível.
Insinua-se como sopro que roça o espírito.
Um murmúrio que fere com doçura.
Cada lembrança torna-se pétala escura repousada sobre o peito.
Nesse sentimento não há desespero
Há gravidade.
Uma melancolia digna que se reveste de nobreza por tocar o que houve de mais verdadeiro na experiência humana.
Ela aproxima-se com passos suspensos.
Traz nos dedos o pó das memórias sorrindo aos ares.
Acende no pensamento a chama pálida dos instantes julgados extintos.
No âmago dessa vivência a saudade revela-se fenômeno psicológico e espiritual porque se ama nessa dimensão.
Não deseja destruir.
Deseja recordar.
Deseja restaurar o sentido do que fomos ao caminhar alhures.
Conduz o olhar ao útero distante e íntimo onde repousam as próprias sombras filhas de si mesmas.
É lamento silencioso porque nasce no interior onde a linguagem não alcança somente brinca, também chora e recolhe-se na penumbra.
É lúgubre porque conhece a profundidade do tempo com o seu corte lento constante e implacável amigo.
Quando grita dentro de nós não há violência.
Há convocação.
Como se o interior do ser abrisse uma porta antiga sem a chave certa ou já perdida e ignorada.
Por ela penetra uma presença que não pretende partir é mister ficar um pouco na dor.
Nesse encontro sutil compreende-se que não sofremos pela ausência.
Sofremos pelo significado que ela deixou impregnado por todos os meandros.
Gravado como marca indelével nas paredes do espírito em constante fuga , mas que fica.
E assim mesmo envolta em sombras essa voz crepuscular eleva o ser à dignidade silenciosa de continuar fiel àquilo que o tempo jamais conseguiu apagar.
Eis o epitáfio: " Fiel ao seu gênio , fiel a si mesmo. "
Uma parte da Humanidade
ignora que na Palestina há
vários presépios com manjedouras
transformados em escombros.
Há presépios e manjedouras
reduzidos a pó porque o Mal
de ontem é o Mal de hoje
instalado no coração do Homem.
O Natal continuará mesmo
que tenham feito e tentem
de tudo para que desapareça.
Não há como segurar o ar,
o Sol e nem o Natal porque
sempre haverá alguém para contar.
Escrever
Gosto de escrever...
Enquanto escrevo meus pensamentos vão além
Minha imaginação voa
Minhas mãos deslizam
E sai um poema.
Adoro escrever...
Enquanto escrevo é em você que eu penso
Minha alma canta
Meu coração bate descompassado
Ao descrever o que sinto.
Amo escrever...
Enquanto escrevo a tristeza não chega
A felicidade explode
A vida enaltece
A saudade não bate.
De tanta paixão pelos escritos
Deixo aqui minha vida
Na certeza de nunca ser esquecida.
Já lutei muito para que as coisas dessem certas. Já chorei demais querendo que tudo saísse dentro de um padrão normal. Já busquei formas e formas para que tudo fluísse na paz e na harmonia. De tanto lutar, chorar e buscar, acabei desistindo. Não por minha vontade, mas pelas forças das circunstâncias. Hoje, sobrevivo no meio dessa tempestade, sem que ela interfira no meu Eu interior e no meu bem estar. A paz, a harmonia, a luz e o amor vivem dentro de cada um.
Não podemos interferir no futuro das pessoas. É deixar aflorar e aceitar com sabedoria o que a vida nos reservou. Viemos com uma missão e esta deverá ser cumprida com sabedoria. Só a nossa vontade e a nossa persistência mostrarão o caminho correto que devemos trilhar.
Lutar contra o que não está mais sobre nosso comando, é não aceitar com sabedoria o que já foi determinado.
