Texto Amigos de Luis Fernando Verissimo
Queria que você tivesse um coração igual ao meu,
Pra poder sentir o que sinto, quão magnífico amor...
Amor não correspondido, onde as lagrimas é companheira,
e a tristeza de não poder te ter, deixa de ser dor...
e torna-se amiga, ta junta, sempre quando penso em ti!
Então que seja o Fim, pois não aguento o ato ou o efeito de sentir...
S. da S.C. , EU
Poderia te falar tudo
E você poderia não entender nada
Poderia fazer mil caras e bocas
Te dar mil presentes
Ainda assim, não te convenceria de nada
Poderia simplesmente te roubar um beijo
Que poderia fazer com que você mudasse
Tudo que você pensa sobre mim agora
Mas sei que melhor do que roubar
Posso te mostrar o que realmente é amar
E isso, isso realmente está além de uma palavra
Ou desse poema que com tanto carinho
Busquei palavras para criar
Mas o amor, esse não se faz com palavras
Mas sim, com atitudes
Posso te dizer agora: 'Te Amo'
Mas o meu amor, esse eu prefiro
Te mostrar não com palavras
Mas com atitudes que mostrem o que realmente é amar.
Mesmo não sendo correspondido, mesmo que você não me ame.
Só te peço uma coisa,não sinta repugnância por este meu
jeito descontrolado, um dia você vai entender o porque
destas palavras...
Pilotagem
E os meus olhos rasgarão a noite;
E a chuva que vier ferir-me nas vidraças
Compreenderá, então, a sua inutilidade;
E todos os sinos que alimentavam insónias
hão-de repetir as horas mortas
só para os ouvidos da torre;
E os outros ruídos abafar-se-ão no manto negro da noite;
E a mão alva que me apontava os nortes
e ficou debruçada no postigo
amortalhada pela neve
reviverá de novo;
E todas as luzes que tresnoitaram os homens
apagar-se-ão;
E o silêncio virá cheio de promessas
que não se cansaram na viagem;
E os caminhos se abrirão
para os homens que seguirem de mãos dadas;
E assim terão começo
os sonhados dias dos meus dias!
A minha poesia é assim como uma vida que vagueia
pelo mundo,
por todos os caminhos do mundo,
desencontrados como os ponteiros de um relógio velho,
que ora tem um mar de espuma, calmo, como o luar
num jardim nocturno,
ora um deserto que o simum veio modificar,
ora a miragem de se estar perto do oásis,
ora os pés cansados, sem forças para além.
Que ninguém me peça esse andar certo de quem sabe
o rumo e a hora de o atingir,
a tranquilidade de quem tem na mão o profetizado
de que a tempestade não lhe abalará o palácio,
a doçura de quem nada tem a regatear,
o clamor dos que nasceram com o sangue a crepitar.
Na minha vida nem sempre a bússola se atrai ao mesmo
norte.
Que ninguém me peça nada. Nada.
Deixai-me com o meu dia que nem sempre é dia,
com a minha noite que nem sempre é noite
como a alma quer.
Não sei caminhos de cor.
Minhas mãos
- duas chamas débeis de vela
unidas no mesmo destino.
Minhas mãos
derretidas em cera
que vai escorrendo,
gota a gota,
ao longo do corpo hirto
da vela moribunda.
Que vai escorrendo,
lenta,
na calmaria falsa e densa
da luz delida e mortuária do meu quarto.
E o livro de Anatomia,
grave e inútil,
aberto em frente.
E todo o mundo,
que me espera
e desespera,
nas páginas inúteis e graves
do livro de Anatomia.
E as horas
morrendo, morrendo,
como uma vela que se vai derretendo
no quarto frio de um morto.
Ai! minhas mãos, minhas mãos
- duas chamas débeis de vela
unidas no mesmo destino!
- Que horas serão?
A vida
é uma vela de corpo hirto
que se vai derretendo, derretendo,
na calmaria falsa e densa
de um quarto de morto.
Raro e vazio dia.
Calmo e velho dia.
Os membros lassos debruados deste cansaço sem porquê.
Raro e vazio dia,
assim inteiro e implacável
na solidão grave e trágica do meu quarto nu.
Perdido, perdido, este vagabundear dos meus olhos
sobre os livros fechados e decorados,
sobre as árvores roídas,
sobre as coisas quietas, quietas...
Raro e vazio dia
na minha boca pálida e pouca,
sem uma praga para quebrar a magia do ópio!
a terra é estéril,
a arca vazia,
o gado minga e se fina!
António, é preciso partir!
A enxada sem uso,
o arado enferruja,
o menino quere o pão; a tua casa é fria!
É preciso emigrar!
O vento anda como doido – levará o azeite;
a chuva desaba noite e dia – inundará tudo;
e o lar vazio,
o gado definhando sem pasto,
a morte e o frio por todo o lado,
só a morte, a fome e o frio por todo o lado, António!
É preciso embarcar!
Badalão! Badalão! – o sino
já entoa a despedida.
Os juros crescem;
o dinheiro e o rico não têm coração.
E as décimas, António?
Ninguém perdoa – que mais para vender?
Foi-se o cordão,
foram-se os brincos,
foi-se tudo!
A fome espia o teu lar.
Para quê lutar com a secura da terra,
com a indiferença do céu,
com tudo, com a morte, com a fome, coma a terra,
com tudo!
Árida, árida a vida!
António, é preciso partir!
António partiu.
E em casa, ficou tudo medonho, desamparado, vazio.
Há em todas as coisas
a marca estranha
da minha presença.
Sons, palavras, imagens,
tudo eu desfiguro e torno falso.
As pessoas, à minha volta,
deslizam vagamente como sonâmbulos
- fantoches ocos de lenda...
Os sons,
se logram atravessar portas e janelas,
partem-se
no lajedo frio dos meus olhos.
Vai-se o sol
Onde o meu pensamento das trevas se poisa.
Oh! as minhas ilusões de claridade!
Que ninguém hoje me diga nada.
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao
[mundo.
Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não o afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.
Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.
Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.
Hoje corre-te um rio dos olhos
e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim
e que há certezas, firmes e belas,
que nem os olhos vesgos
podem negar.
Hoje é o dia de amanhã.
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
(...)Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
COISAS SIMPLES DO DIA A DIA.
Estava andando numa tarde qualquer, distraído(como sempre) olhando as paisagens que alí passavam por mim. Logo, passo por um sorriso tão brilhante quanto os raios solares do período mais quente do ano. Aquele sorriso me encantou fez guiar o meu olhar, aquele olhar, que fez aquela tarde comum, numa tarde inesquecível. No outro dia passei novamente, pelo mesmo lugar e mesmo horário e me passa mais uma vez aquela paisagem maravilhosa que fiz questão de aprecia-la e, mais uma vez ela sorriu, e eu mais uma vez me encantei. No outro dia, passei novamente pelo mesmo lugar e mesmo horário, mas uma coisa mudou. Ela não passou naquele mesmo lugar e naquele mesmo horário, neste dia. Fiquei triste, e continuei andando de cabeça baixa, quando levanto a cabeça mais na frente lá vem ela correndo, quando a vejo de longe logo abro um sorriso de um canto a outro da boca. Ela já vem sorrindo e me olhando atentamente até que nos aproximamos e resolvo tomar atitude de chamar para conversar. Ela para, e me concede a proza. Conversa vai, conversa vem. Logo anoitece, e temos que nos despedir vou lhe dar um abraço e beijar o seu rosto, rapidamente ela vira e me beija na boca. Eu afasto e fico surpreso, logo a envolvo nos meus braços e continuamos o beijo de onde paramos. E desse beijo surge uma bela história de amor que já duram 63 anos. -E estou aqui ditando esse texto pro meu neto relatar o quanto o amor nasce de coisas simples e que muitos acham insignificantes e não dão à mínima. Reparem naquele sorriso, naquele olhar, quando recíproco é mais do que válido e promissor o investimento no mesmo. Até uma próxima vez para que eu venha contar mais alguma história da minha vida. Só quero que vocês não se esqueçam de AMAR.
A bíblia nãoo diz que você tem de estar "alegre" pra servir a Deus, ela diz que a "alegria" do Senhor deve ser a sua força.
Jesus disse: Lançai sobre mim todo seu fardo, mas também disse: Tome a tua cruz e me siga.
A vida tá osso né? você servindo a Deus e só tem tempestade. Mais eu quero te dizer uma coisa; a presença de Jesus naquele barco com os discípulos não impediu de entrarem numa tempestade, mais a presença dele impediu o barco de afundar. Você é um barco. Jesus descansa em você ou não? Isso vai fazer toda a diferença no final do dia.
Perder um amor é infinitamente mais delicioso do que nunca ter tido um. Sim, perder doi, mas você por algum momento teve na pele a sensação de ser amado. Teve histórias, teve vivência, teve fim, mas teve começo e meio. E é disso que você é feito.
Pobres os que nunca amaram, pobres os que nunca sofreram por amor. É sob pressão que se fabricam os diamantes e são sob perdas que nos criamos. Antes tomar sorvete uma única vez do que nunca conhecer o seu sabor.
Eis que és Mulher
Eis que és tão bela.
Eis que és tão meiga.
Eis que és tão sorridente.
Eis que és tão Mulher.
Eis que és alegre.
Eis que és linda.
Eis que és pragmática.
Eis que és tão Mulher.
Eis que és forte.
Eis que és inteligente.
Eis que és frágil.
Eis que és Mulher.
Sol de Domingo
Quem diga que uma poesia, só pode ter sintonia, se as pessoas estiverem conectadas.
De certa vez, fui me encantando pelo teu sorriso, teu jeito, teu carisma, e do nada me dei por vencido. Vi aquele sorriso que vai de canto a canto de boca.
Ela prefere as cores, do que as dores, o sol do girassol, ela é intensa como uma corrente elétrica que pulsa energias positivas para as pessoas ao seu redor.
A voz dela é como o canto dos pássaros numa manhã ensolarada de domingo.
O melhor de tudo é quando ela usa a maquiagem de seus olhos lindos que transmite a verdade.
Mulher
Mulher maravilhosa de gosto peculiar, mulher sensível, mulher rude, mulher.
Mulher de inteligência suprema, me causa até espanto, mulher de alma pura, mulher.
Mulher ingênua, mulher charmosa, mulher linda, uma bela mulher de virar o pescoço, mulher.
Mulher guerreira, mulher do dia, mulher dá noite, mulher de todas as horas, mulher.
Quando Eu Não Te Tinha
Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor –
Tu não me tiraste a Natureza...
Tu mudaste a Natureza...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as coisas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
VERDADES DA ALMA
Se hoje for o dia de minha partida?
Preocupei-me tanto com o aquilo que não pude tocar nem tampouco vivenciar, que não vivi o que se esvaia aos meus olhos.
Sou simplesmente um ser fadado a morte, esquecível, mais um ser!
O que fiz durante minha vida?
O que fiz para ser lembrado ?
Simplesmente serei um menino bom, que morreu a mercê de sua própria história, aventurando ama vã felicidade.
Antes da morte permitirei-me sonhar novamente, mudar o curso da minha história, marcar de alguma forma o mundo, ser pelo menos um vago sorriso nos lábios de alguém, e se assim não fora, que seja alguém importante para um ser, saberei assim que está vaga passagem valera apena.
A hora irá chegar, saberei que ao menos não conseguindo tanto, morri tentando.
