Texto Amigos de Luis Fernando Verissimo
O bem está acima do mal, a verdade, a alegria, a inocência, a pureza de uma criança adulta.
Mas existem maneiras de você trazer para si o bem interior, pense consigo, pois você é capaz.
Cure o mundo, talvez, desta forma, você estará fazendo o bem e alguém estará vibrando por você em outra dimensão.
Hoje entendo o motivo de não discutir a respeito da existência ou não de um deus arbitrário. Não dá pra provar sua (in)existência e a fé basta para os teístas.
Tanto religião quanto ciência não têm todas as respostas, a diferença crucial, na minha singela opinião, é que os cientistas não mandam pro inferno quem se atreve a questionar.
A maioria das pessoas, e nelas me incluo, tende a idealizar tudo e todos que lhes são mais próximos, íntimos e caros. Grande erro! Erro reiterado, mania difícil de mudar... A idealização dá início a um processo de destruição que, ao final, invariavelmente, gera dor! Tenho clareza que o problema não está no outro por nós idealizado, o problema é nosso, só nosso! Idealizamos para nos sentirmos bem, nos sentirmos mais amados, queridos, etc. Quando a idealização dá lugar à realidade, surge a dor.
Sei que devemos trabalhar a aceitação e termos consciência das diferenças, que podem ser saudáveis, entre nós, seres humanos, únicos, com suas inúmeras qualidades e defeitos. Mas se tudo aceitarmos talvez venhamos a incorrer no erro de nos aproximarmos cada vez mais daqueles que, embora próximos, nos são mais distantes e estranhos! Minha confessa burrice na insistência em idealizar talvez se deva à necessidade que tenho de reciprocidade... Maldita necessidade da qual não abro mão!
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança...
O homem criou religiões e igrejas aos seus proveitos próprios, econômico-financeiros, verdadeiras colônias de exploração ao seu semelhante mais humilde e indefeso, graça a aculturação e ignorância desses coitados, com o desejo de desenvolver prerrogativas do subjugo e na escravidão de suas almas!
Aos governos, segurança é quantidade de policiais, de viaturas, de armamentário, da força estúpida contra inocentes e indefesos!
Ao povo é a educação e o trabalho.
O trabalho como o fim da fome...
O fim da fome como erradicação da violência. E a Educação, qual condutora à cidadania, responsável pelo amor e à paz!...
O LIVRO...
(Homenagem ao seu dia!)
Sem ele pouco se serve
e se eu não me sirvo,
nada se preserve
à História da Humanidade,
que se dilacera no crivo
de toda banalidade.
Um livro é tudo de incrível.
Sem ele não vivo...
Não tenho horizonte,
põe-se a mão na fronte
à falta medonha do saber.
Sem o saber,
tudo se faz em vergonha...
e põe-se tudo a perder.
É como comer pamonha
achando que é canjica!
Se eu fosse do pleno poder
trocaria a moeda, o dinheiro
por tomos de livros,
a fazer circular o conhecer
por todo o mundo inteiro...
Enfim a paz reinaria...
A natureza até vingaria
na plenitude de cada dia,
e pondo-se fim à tristeza,
dar-se-ia vazão à alegria
com fecundidade à riqueza
e o fim, enfim, da pobreza!
O livro – na comédia, na tragédia,
cada página, uma luz
transformada em alegria...
Alegria que seduz tão assaz
a induzir-nos sempre,
a ler-se sempre, muito mais...
SIM, NÃO... SENÃO, SIM!
Dia sim
Num dia assim,
no mesmo é não...
Noutro é não
doutro assim
e é mesmo assim...
É a dinâmica do sim pelo não
em busca, ora de sim,
ora de não...
O verbo é a oração
do sim pelo não
desde que não vença o senão...
Razão de ser de tudo
que se passa ao coração
e perplexidade é um bicho cabeludo...
Diga sim,
não diga não!
Se não, é finita a emoção...
E sem emoção
só se dá bem a razão,
que é a emoção de ser...
Uma razão é uma razão,
uma emoção é uma emoção,
mas há de acasalá-las no coração!
O JOVEM E O VELHO... PENSEM NISSO!...
Novo quer novo,
Velho quer novo,
Velho detesta velho
- Pensem nisso!
Todo mundo assim quer...
O que fazer do velho,
Descartá-lo?...
- Pensem nisso!
Velho não serve pra nada...
Novo vai ser velho
Ou a vida o descartará...
- Pensem nisso!
Se novo que não quer velho,
Vai morrer cedo, ou melhor,
A se descartar de si...
- Pensem nisso!
Se velho não quer velho... Só quer novo,
O que fazer, enfim do velho,
Senão, infelicitar?...
- Pensem nisso!
Sugestão:
Que morram os novos a não envelhecerem...
Que morram os velhos a não mais sofrerem,
A não se incapacitar... A não mais penar!...
- Pensem nisso!
Grão de areia.
Pequeno grão de areia,
que o vento faz deslocar,
atravessa fronteiras
e encontra maneiras,
dos obstáculos superar.
Pequeno grão de areia
Que atravessa o mar,
desvia de tudo ,
e que nada te faz parar.
Pequeno grão de areia,
me ensina como se faz,
de onde vem esta força,
que até o maior obstáculo,
você sabe como contornar.
Hoje realmente eu vejo que para ser feliz voce tem que depender apenas de voce mesmo.Pois depender e acreditar que outras pessoas podem te fazer feliz é um grande engano,mesmo sabendo que algumas podem sim te fazer feliz.
Mas então seja feliz sem elas..Pois se tiver elas,voce sera ainda mais feliz.
Descobri que nos mesmo temos que planejar nossa historia,que nos mesmo podemos fazer a nossa historia,e não apenas esperar que algo aconteça,que na vida tenha sorte,a sorte é apenas a conseqüência de seu trabalho,de seus atos,bons frutos viram por sua mentalidade.
Pelo seu respeito e por tudo que voce faz para voce mesmo.Nos podemos sim sermos bom e vitoriosos,porque sendo bom,com a derrota é ser vitorioso de coração.
Não perca seu tempo lamentando algo que você não fez,mais pense no que você poderá fazer.Pois quando você se lamenta por algo,você esquece do seus sonhos e de suas futuras batalhas.
Procure pensar que o mundo da voltas,mesmo que o tempo não voltei a situação poderá sim voltar e ai sim você fará a coisa certa.
Hoje estou com uma sensação que o amanhã não haverá mais nada.
E começo a pensar no que eu ja ganhei.
Chego na triste conclusão que não ganhei nada.
Prestando bem atenção no que eu fui e no que sou hoje.
Posso ver uma grande mudança de pessoa.
Mais não uma grande mudança de vida.
Será que eu terei algo pra contar?
Será que terei mais dias pra construir uma historia.
Uma historia que eu possa contar com orgulho.
Nesse momento dependeria de muitas coisas.
E de muitas pessoas para que eu possa fazer uma historia.
Uma historia que eu tivesse orgulho e prazer de contar.
Cansei de incertezas
Vou lutar pelas minhas maiores certezas
E a maior certeza que eu tenho é você.
Mesmo não sabendo explicar o meu sentimento por você.
Eu posso ter a certeza que você é tudo para mim.
E é isso que importa.
É isso que me motiva a continuar na vida.
É isso que eu quero pra mim.
Viver com você
E aprender com seus limites.
E mudar por causa de seus limites.
Viver sem ter alguem que realmente eu quero.
Não tem sentido.
Não tem graça.
A unica coisa que eu quero.
É você.
Seja do jeito que for.
De qualquer modo.
Eu quero.
Pois percebi que eu estou buscando a felicidade.
A Maior felicidade.
Que hoje não é nada mais que você.
Apenas Você.
:O
Os dias passam
E eu vejo seus olhos brilharem mais
Vejo o céu se abrir
E a felicidade invadir meu coração
Percebo que a cada instante você se torna mais importante na minha vida
Essa é a direção a seguir.
Essa é a hora de viver feliz.
Se estou assim hoje.
Porque você apareceu.
E me fez mudar a visão da vida.
Tudo aquilo que me fazia mal.
Se torno melhor.
E assim eu vou escrevendo frases.
Descrevendo minha felicidade.
Aonde antes.
Minhas frases se baseava em tristes experiências.
Mais tudo isso passou,logo na hora que eu ti conheci.
E essa felicidade eu vou seguir
Acordo e desacordo em disacordo todos os dias.
Me recomponho e, me escrevendo - e aos tantos outros eus que sou capaz de criar -, faço acordos comigo.
Meus próprios compromissos, minhas próprias promessas, meus próprios juramentos que descumpro.
Compro a briga interna, o desafio.
Os animais sempre buscaram evoluir, a fim de adquirir melhores condições para a sobrevivência.
Evoluo assim.
Sobrevivo assim.
No meu fundo precipício escancarado: fechado em mim, com as portas abertas.
_Eu sei que tenho a chave, mas quem disse que quero abrir a porta?
Talvez eu esteja bem, aqui, vendo os trens passando enquanto a poeira se acumula do outro lado do vidro.
Maculado por todo aquele filme que assisto em tempo real - a dinâmica do mundo -, quem disse que quero participar dele?
Não tenho mesmo vontade de sair
posso levar um tiro
posso perder meu olho
posso amar alguém
Não tenho mesmo vontade
de ser assaltado
de gastar sapatos
de correr tais riscos
Eu sei que tenho a chave e, inconscientemente, como quando a música toca e começo a dançar, abro a porta.
Não tinha mesmo vontade até que aquele corpo passou: seus olhos azuis brilhantes piscaram pra mim; suas formas maravilhosas; parecia ter até um... cérebro...
Ainda que de resguardo, meu coração batucava por trás da porta. E foi ele que, como sempre, me fez dançar. Ele que me fez perder todo aquele imaginário amadurecimento. Quimeras.
O corpo, nunca achei nele neurônios, tampouco um coração.
Eis o que ganhei: mais algumas manchas de lágrimas no travesseiro. Mas ainda guardei a chave e fiquei maquinalmente atento a todos que passaram. Minha alma nunca coube num corpo só, eu não fui feito só para mim.
Canso-me; e exporto-me.
- Fechou o envelope, lambendo-lhe a ponta. A carta que nunca foi lida, esqueceram-na junto às flores amarelas que murcharam tão rapidamente sobre o mármore frio e pálido. Cálido. E calo-me, ainda que não como se calou o homem, sob a lua, o pescoço marcado porque não fermentava. Fulgaz exportar-se. Felicidade transitória.
Numa entrevista, perguntado sobre sua obra, o aspirante a escritor disse, entre batidas de um coração embebido em ansiedade:
_Acho que meus textos têm um quê da sofisticação dos clássicos literários que, já há muito, habituei-me a ler. Essa sofisticação pré-molar, perdida entre repulsas circunscritas, próprios protestos e a necessidade - mais que absoluta - de renovação. Não gosto de trabalhos modernistas em nenhum dos campos da arte, mas absorvo técnicas progressitas como neologismos e excessos, que dão ao texto uma cadência mais intelectual, que não prevê barreiras culturais, contudo. Tento me ater, de forma não muito satisfatória, a um único tema quando escrevo uma primeira palavra; mas eu jamais serei capaz de me ater a algo que não eu mesmo. Essa é uma colocação um pouco egocêntrica para um cronista, mas é fato - mais que consumado - que eu não ajo senão da forma que me prevê a sociedade em que vivo e a qual observo na faculdade de meus trabalhos, literários ou não. E eu não sou um tema de abordagem única.
(...)
(...)
Quiseram, então, saber por que o tal escritor usava tantas metáforas, por que era tão subjetivo na faculdade de seus textos. E ele respondeu.
_As metáforas? (risos) As metáforas são tão ímpares quando bem utilizadas que não sei escrever sem elas. Não digo que sei escrever com elas, nem que sei usá-las, pois - as metáforas - quem as usa são os leitores - bem como cada linha ou entrelinha constituintes de um texto. Habituei-me a metaforizar e exercitar meu léxico de muitos anos como leitor para prolongar períodos e ideias, dificultar o raciocínio, sombrear imagens muito óbvias. Minha alma vem embutida nesse corpo em muito desconfortável, atarefada com as preocupações e tentativas - frustradas - de acomodar-se aqui; sem contar as tentativas de difundir-se, principalmente entre dois corpos, compartilhando, em ambos, o espaço com outra. Eu preciso evadir-me de mim, é o que quero dizer. Para isso figuro em obra abstrata uma realidade tão sóbria, embora tão inacreditável...mente cretina. Minhas palavras edificam quimeras decifráveis a qualquer um que persista. Não sou fácil, nem difícil. Diferença é algo que faz parte de tudo. Fácil é ser clichê!... e difícil é entender por que custa-se tanto a encontrar arte de boa qualidade. O bom-gosto se mudou pra amazônia por falta de uso? Lá: onde tudo se extingue... Minhas metáforas são como disfarces, sim - porque eu mesmo tenho medo de saber a verdade.
(...)
(...)
Demorou um pouco, sim. Isso porque ele pareceu parar para pensar por alguns poucos instantes que fossem - na pergunta que fizeram. Queriam saber se ele amava alguém. Ressaltaram a notória mudança entre textos de sua composição, chamados iniciais, que falavam tão claramente do amor e os mais atuais, que pareciam bem menos ligados a esse sentimento em especial.
_Eu não escolho o tema antes de escrever um texto. Dou à luz períodos frequentemente plenos de anomalias ideológicas exatamente da forma como eles inspiraram-se em mim. É desproposital como sentir sede... Acho que eu procurava muitas vezes o amor quando falava tão incansavelmente dele, como fazem esses religiosos que consagram cada dente de leite que cai ao seu Senhor. E eu achei, mas não por meio dessa busca vã e de seus atalhos desnorteados, atrasos disfaraçados. Se achei algo a que posso chamar de amor, foi muito mais por me deixar encontrar - despido de tudo o mais - do que por procurar. Quando canto com notas muito menos sentimentalistas, não é porque meu coração petrificou-se, mas sim porque derreteu de todo. Escrever é buscar a si e encontrar o outro. E foi por isso que fizemos tanto sucesso, nós, os escritores, quando a maioria das pessoas buscava coisas passíveis da estranheza geral. Agora, com a bizarra harmonia que existe na sociedade, as pessoas têm tantos objetivos em comum que o individualismo perdeu o seu significado e perdeu-se procurando significar. Por esses caminhos de busca ilusória onde ninguém mais costuma voltar agora que todos seguem a trilha.
(...)
(...)
Ao final da entrevista, perguntado sobre as assinaturas jamais vistas em seus trabalhos, respondeu naturalmente, dando, por último, um sorriso:
_Não assino por não saber quem foi que escreveu aquilo que se lê, aquilo que se mastiga entre a língua e o céu da boca, numa decomposição vagarosa e letárgica como a febre que acomete os mais bem trancados depósitos de adrenalina instalados cautelosamente na alma de um ser. Não assino por não ter um nome, não, sim. Sou como a sombra do meio-dia no Equador: eu existo nas profundezas daquilo com que me mascaro, dessa inexistência tão espetacularmente conhecida e ignorada propositalmente - essa inexistência que existe mais do que qualquer outra coisa. Não assino por não ser necessário saber quem agrupou as palavras que se lê, contanto que essas mesmas palavras sejam capazes de ler o leitor. Não escrevo realmente, sinto. E é esse sentimento que escorre pelos meus dedos, deveras inaptos, de mim para todos os que realmente merecem. Codifico o que o mundo me imprime, nada mais. Não assino, portanto, porque não há que se assinar o que não se escreve. Desacredito no que faço tanto quanto na veracidade de fazê-lo. Viver pra mim é um sonho que está sempre beirando o fim; escrever não é diferente. Obrigado.
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