Texto a Traga dia Paulo Coelho

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⁠" ESCONDES "

Te escondes como quem teme a paixão
por pura insegurança e timidez,
qual se ela fosse a tua primeira vez
no jogo do querer e sedução!...

Mas, na verdade, tens por lucidez,
sabendo, assim, cuidar do coração
e não lhe alimentar dessa ilusão
por compreender que amar é insensatez.

No entanto, o amor persegue os passos teus
querendo não te dar do seu adeus
qual fosses sua presa favorita…

Tal se temesse o amor nessa armadilha
te pões distante, assim, de sua forquilha
sem dar paixão qualquer à sua escrita.

⁠" A TRIBUTOS "

Assim já é demais! Apelação!
É querer pôr na lona o oponente
sequer sem dar-lhe chance, frente a frente,
de preparar-se pra recepção!...

É golpe baixo, sem ter quem aguente
o impacto de tamanha dimensão
se exposto à área inteira da explosão
quando, a conquista plena, a fera intente.

Devia haver censura a tal artigo,
limitações, barreira e, até, castigo
tamanho o risco todo que isso causa…

Apelação! Eu digo que é demais!
Evoca-nos as pretensões carnais,
abate, suga, geme e não faz pausa!

⁠" FIEIS "

Tu me darás, dos versos teus, a rima
no enredo que te faz poesia plena
conforme, a declamar, teu corpo encena
o que te torna, enfim, uma obra prima!

Assim me exposta, frágil, tão pequena,
poesia da mais alta, minha, estima
te deitarei canção posta por cima
a te exaltar no amor que nos condena.

Daremos, nós, inveja aos menestreis,
nas noites de luar, loucas, crueis,
entorpecidas das almas errantes…

Tu me darás a rima dos teus versos;
eu te darei meus textos controversos
e o tempo nos fará fieis amantes!

⁠" BRINQUEDO "

Eis que a lembrança, ainda, te visita
no teu jardim da alma, em certo instante,
e a emoção que é, disto, resultante
ficar por tempo mais, em ti, cogita!

Te inquietas do momento, relutante,
consciente que o amor real te habita
e, embora exista manchas nesta escrita,
saudades tens de quem te foi amante.

És responsável por quem tu cativas
e é este amor que faz com que revivas
o essencial oculto neste enredo…

Sim! Te visita, ainda, uma lembrança
que, todo o sentimento teu alcança
fazendo, da saudade, o teu brinquedo!

⁠" ANDARÁ "

Hão de ficar lembranças na memória,
imagens, fotos e a recordação
dos tempos juntos, presa ao coração,
marcando o que se fez por nossa história!

Por mais que haja mudanças e a intenção
de se deixar pra lá, fraca, ilusória,
tentando um rumo novo à trajetória
terás, ainda assim, saudade, então.

Que os fatos não te impeçam de ir adiante
mantendo o passo firme, são, constante,
em busca de um futuro aventurado…

Mas, saiba que presente e verdadeiro,
qual se sentisses dele, ainda, o cheiro,
o amor sempre andará, junto, ao teu lado!

⁠" NÃO MAIS "

Eis que um esquenta o outro e vice-versa
quando há sincero amor, cumplicidade,
se o sentimento é forte de verdade
e a alma está, nesse desejo, imersa!

Se aquece, o que é paixão, felicidade,
nos braços, beijos dados, na conversa,
e o frio da solidão, assim, dispersa
mantendo o fogo da sinceridade.

Quando há o afeto puro, uma aliança
de se manter o amor que os afiança,
supera-se as geleiras desta vida…

Pois que um aquece o outro ao próprio peito
num relacionamento assim, perfeito,
não mais havendo frio que lhes divida!

⁠" ANDANTE "

Disse, o destino: Siga! É mais à frente…
Julguei ser insensato ouvir-lhe a voz
e me mantive em meu sofrer atroz
qual fosse, eu, só um mendigo, um indigente!

Prossiga! Ele insistiu. Fez-se feroz
e me agitou por dentro, ardentemente,
de forma que tocou-me o consciente
e andar me pus… Um passo, um outro após.

Tão logo, a estrada fez-se por bonita
e me chegou consolo à alma aflita
mostrando-me horizonte promissor…

É mais à frente! Disse-me o destino
e, assim, me fiz de andante, um peregrino
que irá, bem logo mais, achar o amor!

⁠" EMBIRROU "

Ela embirrou igual mula teimosa
e se fechou negando-me conversa
em meio à tempestade lhe adversa,
fazendo-se difícil, má, manhosa…

A sua mudez se fez razão reversa
e não lhe deixa mais doar-me prosa!
Nem mesmo na poesia ela se entrosa
ficando, para assuntos meus, dispersa.

Pra quê tal pessimismo e mau humor
pra com quem lhe estendeu a mão do amor
e lhe acolheu nas raias da paixão?!

Que desembirre logo, mula brava,
pois, birra, a vida encurta, cessa, trava
e só traz mais sofrer ao coração!

⁠" IMORAL "

Porquê mudastes tanto, ó Mocidade,
e deste um novo rumo ao teu destino
buscando o diferente, em desatino,
em louca busca pela novidade?!...

Não mais és inocente e o libertino
tomou lugar da tua castidade…
O belo deu acento à obesidade
do romantismo, o luxo, o caro, o fino…

Abristes mão de sonhos, da alegria,
pra aqui viver só da tecnologia
ao se isolar nas redes, no virtual…

Mudastes tanto, ó Mocidade! É pena
que a tua escolha agora te condena
por semear nos campos do imoral!

⁠" LUXO "

Ah! Quanto luxo numa curta vida…
Qual se jamais chegasse-lhe de lado
a causa de quem é o necessitado,
o pobre, a mão carente lhe estendida…

Um mundo à parte dá, por entronado,
esse egoísmo teu, alma perdida!
Não vês, em tua soberba, qual saída
daria-te o amor que tem faltado.

Te amoldas a essa insana e vil conduta
que só condenação, não mais, te imputa
e lança-te a cruel e triste inferno…

Efêmero esse luxo sem razão
que, tristemente enfim, teu coração
insiste por querer fazê-lo eterno!

⁠" OUTONO "

Outono… Céu azul, tardes amenas,
bucólicas saudades vindo ao peito
e o dia envelhecendo do seu jeito
querendo descansar ao sol, apenas!

Já deita-se, esse ciclo, no seu leito
cansado dos embates nas arenas,
das lutas, dos combates a centenas;
também, do que na história, se fez feito.

Os meses vão crepusculando o enredo
guardando, só pra si, como segredo,
quaisquer paixão, por eles, concedida…

Bem-vindo, Outono, aos braços desta terra,
ao tempo de labuta que se encerra,
tal qual o outono desta minha vida!

⁠" EXPUNHA "

Não sei se falo ou calo, mas tô rindo
e o fato é que mais cedo saberão
o pensamento aqui, de prontidão,
que me passou na mente, me traindo!...

Se fez por clara a minha reação
que, assim, foi plenamente me despindo
perante o fato, a pouco tempo, findo
e gerador do riso sem noção.

Que me perdoem, mas pensei apenas
e quis guardar, pra mim somente, as cenas
dos fatos que me fiz por testemunha…

Se calo ou falo, não sei bem ao certo…
Quem dera não houvesse alguém por perto
enquanto, o riso meu, sem dó, me expunha!

⁠" DELÍRIO "

Tomei a flor do amor entre meus dedos
e lhe senti o perfume me doado!
Rendido, o coração me foi tomado
seguindo, da paixão, vozes e enredos!...

Que faz, um pobre ser, se apaixonado?
Se perde pela noite em seus segredos
e assim fui eu, por entre o val dos medos,
depois do amor, enfim, me ter tocado.

Bailei com as estrelas e o luar
sentindo todo o corpo flutuar
qual se não mais houvesse a gravidade…

Cheirei a flor do amor, pra meu delírio,
e a cruz tomei por sina e por martírio
sem mais pureza casta e ingenuidade!

⁠" NÃO "

Me chama, o teu olhar, teu pensamento,
até teus lábios querem, com vontade,
sem medo, sem pudor, sem castidade,
que eu te possua o corpo e o sentimento!

Pra mim não é segredo ou novidade!
Já não me ocultas que te sou tormento,
paixão inconsequente, teu lamento
por tal desejo, dada a intensidade.

Mas esse teu querer é passageiro
após me consumires, por inteiro…
Eu já vivi tal drama noutra história…

Perdoa-me, mas não! Sofri demais
e não me entrego agora a novos ais
pois trago, ainda, as dores na memória!

⁠" NOVA "

Que quer, enfim, a nova mocidade
perdida como está nessa jornada?
Por vezes me parece querer nada
pra só viver, aqui, sua liberdade!

Talvez só busque e quer estar focada
em se fazer presente de verdade
pra ter aceitação dos de sua idade
que têm o pé na mesma caminhada.

Quiçá seu sonho? Amor vindo em paixão?
Deixar que o tempo corra em direção
de um amanhã que seja mais feliz…

A nova mocidade busca agora
o que talvez jamais partiu embora:
o mesmo que, a de outrora, sempre quis!

⁠" ATRAÇÃO "

Em tudo o que tu pões teu coração,
ali, o tesouro teu, terás guardado!
Escolhas, pois, aonde, com cuidado,
pra que não te destrua uma ilusão!

Nem tudo o que te for apresentado
por mais que com ternura, com paixão,
irá te conduzir para a ascenção,
de tu’alma, ao que for justo e equilibrado.

Há tentações, há covas e armadilhas
das quais, certas paixões cruéis, são filhas…
Atente onde colocas teu amor!...

Ali terás guardado o teu tesouro
bem mais valioso do que prata ou ouro…
Não prove, da atração, qualquer licor!


No derradeiro ato desta peça de amor dilacerado, sinto-me compelido a carregar o fardo de uma culpa que jamais foi minha, enquanto sou forçado a representar o papel do cruel nesta tragédia que nos consome.
Dançarei com as palavras que você não quer ouvir, lançando-as ao vento, pois sei que meus lamentos jamais alcançarão o abismo do seu coração partido, que insiste em culpar-me por males que não semeei e se iludir com a ideia de que me esquecer algum dia te trará a paz.
Você trouxe consigo as sombras do passado, e suas feridas, ainda abertas, encontraram em mim um leito para sangrar.
Culpe-me, e depois esconda-se atrás da máscara do orgulho, convencendo-se de que este foi o destino ideal, enquanto sufoca o amor que ainda teimo em oferecer.
Seguiremos ambos por caminhos destintos, até que chegue a velhice e a névoa da morte desçam sobre nós. Seremos levados pelo tempo, e o seu ego será dissipado pela brisa do esquecimento.
Não restará sequer uma sombra do que um dia foi o nosso amor.
Mas para onde irá o seu orgulho quando seus olhos se fecharem pela última vez?

⁠Se despejo em palavras o que em mim habita, é porque calo as vozes não ditas. Da mente um rio em turbulência, na escrita encontro paz, uma providência. Escrevo para libertar, para desatar os pensamentos que ousam se amarrar. No papel, um refúgio, um abrigo, onde o peso se dissolve e sigo. Em cada traço, um suspiro de alívio,
cada palavra, um voo fugitivo.
Assim, nas linhas, encontro o meu fio,
desvendando o que em silêncio eu crio.

Inserida por PauloAcioliVanderlei

⁠⁠Já se perguntou como saber se vale a pena confiar seu amor a alguém?

Ao longo do tempo eu comecei a crer que as pessoas mais simples e honestas em relação a suas dificuldades e limitações para com o próximo são as que devemos depositar nosso amor, pois acredito que quem não tem medo de demonstrar suas fraquezas, dificilmente menosprezara as suas quando você precisar revelá-las.

É fácil se "apaixoAMAR" pela perfeição, afinal de contas, quem não cresceu escutando inúmeros contos de fadas, com seus príncipes em cavalos-brancos e princesas pressas no topo de uma torre?
Mas a realidade está nas imperfeições e é através da busca pela evolução das mesmas que se constroem verdadeiras conexões.

Sim, temos que concordar que isso não é uma ciência exata, afinal todo ser humano é um universo singular com seu conglomerado de galáxias.

Mas seu eu pudesse te dar uma sugestão seria, ame o simples, o honesto, o frágil, que demonstra suas inseguranças, medos e dificuldades, mas que não precisa viver de aparências para conquistar nada e nem ninguém, porque até mesmo o diamante que hoje brilha na vitrine daquela loja de grife, antes de passar pela mão do Lapidário não era uma pedra tão cobiçada assim.

Valorize mais o amor, deixe um pouco de lado a paixão, pois como dizia um carinha chamado William Shakespeare, "O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso, é alado, é cego e tão potente."

Inserida por PVML

⁠O Fim do Ocidente

Estamos entrando em uma era pós-liberal. Entretanto, essa era pós-liberal não coincide de forma alguma com asexpectativas do marxismo comunista. Em primeiro lugar, o movimento socialista em escala global entrou em colapso, e seus postos avançados – a União Soviética (URSS) e a China – abandonaram as formas ortodoxas e adotaram omodelo liberalem maior ou menor grau. E, em segundo lugar, a principal força motriz responsável pelo colapso do liberalismo foram os valores tradicionais e as identidades civilizacionais profundas.
A humanidade supera o liberalismo não por meio de uma fase socialista, materialista e tecnológica, mas por meio da reativação de estratos culturais que aModernidade ocidentalconsiderava superados, desaparecidos, abolidos, ou seja, mais por meio da Pré-modernidade, que afinal não foi destruída, do que por meio da Pós-modernidade, que é completamente derivada da Modernidade ocidental. OPós-liberalismoacaba sendo bem diferente do que o pensamento progressista de esquerda imaginava que fosse.
O Pós-liberalismo geralmente coloca entre parênteses a era dodomínio ocidental na Idade Moderna, considerando-a apenas um fenômeno temporário, um estágio em que não há nada de geral e universal. Uma determinada cultura, que se baseia na força bruta e no uso agressivo da tecnologia, alcançou por um certo período de tempo seu domínio em escala planetária, tentando tornar seus fundamentos, técnicas, métodos e objetivos universais. Assim começou a história doimpério mais bem-sucedidodo mundo. Porém, depois de mais de cinco séculos, a hegemonia do Ocidente chegou ao fim, e a humanidade voltou (apenas está voltando ainda) às condições que em geral caracterizavam a era que precedeu a brusca ascensão do Ocidente.
O liberalismo, por outro lado, se tornou historicamente a última forma deimperialismo planetáriodo Ocidente, absorvendo todos os princípios básicos da modernidade europeia e levando-os às suas últimas conclusões lógicas: política de gênero, woke (cultura), cancel culture (cultura do cancelamento), teorias raciais críticas, transgenerismo, quadrobics, pós-humanismo, pós-modernismo e "ontologia orientada a objetos". O fim do momento liberal é mais do que apenas o fim do momento liberal.É o fim do domínio exclusivo do Ocidente sobre a humanidade. É o fim do Ocidente.

Inserida por PaulHBenz