Teu Olhar me Tira do Serio
Sobre o ano - 2016/2017
Estamos fechando um ciclo velho, entrando noutro novo, mudança de um ano para outro, coisa importante para os crédulos, dizem até se tratar de algo muito significativo, emblemático e até místico para muitos. Contudo, a razão nos ensina o contrário... Nenhum evento especial separa um dia de outro, apenas uma noite, como nos demais dias do ano.
Nem mesmo existe um nascer e um por de sol, como criam os antigos ignorantes da ciência. É isso o que ocorre de fato, apenas o giro de número 365 da terra em torno do sol. Mas muitas coisas acontecem em volta desta débil superstição: festança e bebedeira, choro e ranger de dentes, arrependimentos e comemorações simultâneos. A maioria dos homens acha mesmo que algo de novo deve nascer com o primeiro dia do ano, ou que a roda da sorte deve girar a favor de uns e em desfavor de outros no ano que começa.
As ações concretas dos homens, tolos ou sábios é que determinam o caminhar da humanidade. Portanto as mudanças devem acontecer apenas para aqueles que, por erros e repetições percebam, que devem agir de outra maneira no decorrer do ano que começa e, caso estejam insatisfeitos com os resultados obtidos no passado, poderão fazer de outra forma o que até então têm feito sem sucesso.
Existe uma regra muito simples, porém muito difícil de por em prática, “para obter resultados distintos deve-se usar outra forma de calcular o tempo e o espaço que nos resta”...
Acredito que em 2016 tive a chance de fazer muita coisa do que fazia, de outra forma, foi o ano mais intenso de todos que vivi, foi o mais desafiador, o mais difícil, o mais pesado para transpor, mas foi ao mesmo tempo o mais transformador na minha forma de pensar e de agir.
Desejo aos amigos que nos acompanham e nos apoiam, que a nossa história de superação sirva de inspiração para muitos. Não há limites para o pensamento, logo também não há limite para se fazer o novo, para empreender novos projetos e trilhar novos caminhos.
Que a ideia de algo novo permaneça na mente de cada homem, durante todo o ano de 2017, mas que estes mesmos homens não se esqueçam de que sem as experiências vividas no passado, sem fazer uso correto delas como matéria de reflexão e como cimento para edificar novos castelos, não se pode esperar nada do futuro.
Resumo da ópera: que esta ilusão de um ano novo sirva para que possamos tirar proveito desta “nova chance” que nos dá o relógio do tempo, para reparar os erros cometidos em 2016 e evitar cometer os mesmos erros em 2017.
Por Evan do Carmo & Iranete do Carmo
"O jornalismo atual está para a verdade dos fatos, assim como estão os políticos interessados pelo bem do cidadão."
Caso te bata a saudade
Caso te bata a saudade,
ou talvez a insuportável abstinência
de cafeina ou de mim,
passe aqui em casa...
Resolveremos pelo menos uma
das duas questões...
Talvez sirva-te um café requentando
já que de mim nada mais posso oferecer-te.
"A grandeza de um homem pode ser percebida pelo amor que este demonstra pela humanidade. Este amor está explícito na sua obra, e sobretudo nas suas ações pelo bem coletivo."
Eis o amor que vale a pena,
é aquele que nos faz virar poeta
ou alcoólatra!
Imaginem um amor
que nos dá as duas coisas!
Quer saber de amor e de poesia,
beba Dante e beije a Beatriz,
entre no inferno
em busca do verdadeiro amor,
só assim poderás conhecer
e dar valor ao paraíso perdido.
Um diálogo entre o filósofo e o poeta- ambos habitam em mim
- A vida está passando, meu caro poeta, então o que foi que fizeste da vida?
- Fiz muitas coisas, aliás fiz mais poesia do que coisas, afinal as coisas se diluem com o tempo; já a poesia, esta flui como o rio de Heráclito, se transforma.
- Nada permanece para sempre, poeta, nem mesmo o rio, tampouco tua poesia se transformará em algo concreto.
- Mas o que queres dizer com isto, meu caro filósofo, tens tu produzido algo imortal, algum pensamento que suportará o crivo da eternidade, caso ela exista de fato?
- Creio que não, e, todavia, enquanto observo e descrevo o mundo sensivel, tu ficas aí com as tuas viagens metafisicas, tentando encontrar a razão para a existência do tudo e do nada.
- Quem de nós dois é mais alienado? As coisas são o que são, e isto não tem autoria intelectual, elas são como são, nós é que tentamos lhes dar outro sentido ou significado...
DICA DO EDITOR
"Preze pelo conteúdo, uma mente sã não despercebe a beleza do texto e do contexto... "
Evan do Carmo
O QUE É FELICIDADE?
Só tenta descrever a felicidade quem não é feliz completamente. A felicidade não deve ser um conjunto de coisas agrupadas em ordem de valor e importância.
A felicidade, contudo, caso eu pudesse a descrever, caso fosse eu uma pessoa comum, dessas que se preocupa demasiadamente em justificar sua pueril alegria como extrema realização existencial, diria que a felicidade não se define, apenas se vive.
Não podemos indicar a outros o que significa felicidade plena... São pontos de vista sobretudo o que nos define como seres humanos imperfeitos.
O que procuramos quando escrevemos?
Ser lido, mas não ser lido por qualquer pessoa,
desejamos alcançar mentes que nos assemelham,
no verbo e no espírito, que compreendam o que escrevemos.
Portanto elogios simples nunca devem ser o parâmentro ideal
para nos contentar. Contudo, se os elogios vierem de alguém
que sabe o que diz, e que assim como nós,
sabe escrever mais de um verbo em ações e tempos distintos
e sabe usar mais de meia dúzia de adjetivos,
para se expressar, assim, talvez assim, nos sintamos realizados
pela alegria inarrável de termos sido achados
por alguém no meio da multidão de pessoas comuns....
O bom crítico deve ser alguém com a mesma capacidade
de criar aquilo que critica.
Sou escravo de uma ilusão de liberdade
Não sou,
nem nunca serei
escravo de ideologia
nem escravo do amor
nem da alegria...
Sou livre
assim penso e vivo
tenho um coração calmo,
ativo com muito defeito
um coração que ama
que ri, que chora e sangra.
Escravo do riso eu seria,
se não soubesse
como tolos são os que riem à toa
contudo, no meu universo
não há espaço para distração
de natureza humana.
Há contradição no meu discurso
e confusão no curso da minha epígrafe
enquanto escrevo e penso
outra ideia surge, no subterrâneo
onde o meu inconsciente
trava luta com minha lucidez
superficial.
Sou escravo de mim mesmo
dos meus servos-heterônimos
que conscientemente me guiam
quando eu divago sobre as suas teses
e admito que na obscuridade,
na verdade, são todas minhas.
"Não tenha vergonha de ser gentil e generoso com quem aparentemente não merece. No final das contas, só será verdadeiramente rico, aquele que dividiu o que tinha sem parcimônia."
Um caso real da literatura brasileira
Seguindo a sua rotina, a de sempre ir ao supermercado no final da tarde, para fazer compras para o jantar, o Antônio não tinha muita pressa, vivia sossegado. Era metódico e organizado, sempre saia na mesma hora de casa, seguia seu ritual diário. Entrava em seu carro, um 4x4 esportivo, dava a partida, ligava o som, para ouvir as notícias do final do dia, seu carro não era exatamente um carro de playboy, mas era um carro bonito e possante, que chamava a atenção das pessoas, pelo seu tamanho e potência.
Eram seis e meia da tarde, ou da noite para alguns, o fato é que era noite para o Antônio, pois em sua região o sol se punha mais cedo. Neste dia, porém, em que relato os fatos ocorridos, fatos dignos de atenção do leitor desta coluna, o Antônio achava que seria apenas mais um dia como os demais, que iria ao mercado, voltaria em paz e segurança, e que faria sua costumeira comidinha caseira para agradar a sua esposa. Antônio era jornalista aposentado, na verdade vivia de renda, tinha lá um pouco de dinheiro aplicado, dinheiro que recebera por uma aposentadoria voluntária, que o governo brasileiro havia promovido e incentivado antigos servidores federais a se aposentar antes da hora.
Antônio estava na melhor fase de sua vida, tinha casado já seus dois filhos, vivia com esposa a sua terceira lua de mel. Era um casal ainda jovem para os padrões atuais, ambos com sessenta anos, fortes e saudáveis, tinha uma vida sexualmente ativa e muito satisfatória, não tinha muito com o que se preocupar, vida financeira equilibrada sem nenhuma grande causa para lutar, queriam apenas viver e aproveitar seus melhores dias.
Antônio, neste dia em questão, foi ao mercado, como sempre fez, comprou seus ingredientes para o jantar, verificou que havia chegado o seu vinho favorito, vinho que ele tomava sozinho, uma garrafa por semana, especialmente na hora de cozinhar. Conversou com a moça do caixa, falou da família e dos netos, incentivou a atendente do caixa a estudar, pois segundo ele, a vida tinha muito mais para oferecer do que um emprego simples de caixa de supermercado. A moça agradeceu, como sempre fazia, era solista, mas não tinha lá grandes chances de subir na vida, pensava o Antônio, que ela apesar de ouvir seus conselhos nunca deixaria de ser caixa, estava na verdade contente com seu trabalho.
Antônio pagou sua conta e se despediu de todos, entrou em seu carro e seguiu para sua casa, que ficava a duas quadras do supermercado. Antônio morava em um condomínio de classe média, tinha seus privilégios quanto ao luxo de morar bem, morava em numa cobertura, seu prédio tinha área de lazer e segurança 24 e horas por dia. A garagem era como sua sala, não tinha a menor chance de ser abordado por estranhos.
Mas para tudo na vida sempre há, como dizem os mais velhos, sua vez. E este dia era a vez do ineditismo acontecer com Antônio. Ao sair do carro, foi surpreendido por um homem bem vestido, que lhe apontou uma arma e disse:
-Entre no carro, vamos dar uma volta.
Antônio calmamente lhe respondeu:
-Não vou a lugar nenhum. Se quiser me roubar, me roube aqui mesmo, e se por acaso deseja me matar, faça aqui, pois não costumo andar com estranhos, muito menos na hora sagrada de fazer o jantar para minha esposa.
O homem bem vestido, que ainda não sabemos ser um ladrão comum, balançou a cabeça e disse:
-Mas você é mesmo louco, não está entendendo o que lhe digo, ou está tirando onda com a minha cara? Estou lhe dando uma ordem, entre no carro e dirija para fora da cidade.
Antônio olha para o lado, não vê ninguém, está sozinho, apenas ele e o ladrão, ou o lunático que desejava dar uma voltinha de carro com ele. Antônio pensou, que seria mais um pervertido, pois o homem bem vestido não tinha as características comuns de um assaltante. O homem vestia um terno preto, mas de boa qualidade, não era um segurança do prédio, Antônio conhecia todos os empregados do seu condomínio, e, para estar ali, e ter entrado pela portaria, só podia ser um morador, alguém que premeditou cuidadosamente o evento.
Antônio diz para seu algoz, ainda com aparente calma:
-Não sei o que o senhor pretende com esta história de andar comigo de carro, poderia ser mais claro? Seja direto, o que realmente deseja? Como o senhor se chama?
O Homem abaixou a arma, se encostou no carro e começou a chorar. Entre lamentos dizia:
-Sou um desgraçado, me desculpe. Estou com uma doença terminal, moro aqui já faz alguns anos, sou viúvo há muito anos, e tenho observado a sua vida tranquila, sua rotina diária. Já pude ver o quanto é feliz com sua esposa. Então por viver só e abandonado, sem filho e parente por perto, e ainda condenado à morte, resolvi fazer alguma coisa para chamar a sua atenção. Veja, eu falo a verdade, esta arma, por exemplo, é uma arma de brinquedo, comprei com este intuito, o de lhe causar algum sofrimento e angústia. Mas sua reação me deixou ainda mais confuso. Quem em sã consciência, neste mundo perigoso, agiria desta forma ao ser abordado com uma arma na cabeça?. Qual é o seu segredo, por que leva a vida desta maneira incomum?
Antônio riu do homem, que ainda chorava descontroladamente e disse:
-Não tenho nenhum segredo, meu amigo, só penso que a vida não é assim tão complicada, como parece para a maioria das pessoas, e quanto a morrer nesta altura da minha vida, não me diz nada, tanto faz, estou satisfeito com o que fiz e vivi até aqui.
-Mas me conte mais sobre sua vida e doença, quem sabe eu não posso lhe ajudar.
O Homem de terno preto, marchou em direção a uma lixeira e jogou a arma de plástico. Voltou em direção ao Antônio e disse:
-Me desculpe, eu sou um homem desgraçado, mas poderia me fazer um grande favor? Não conte sobre isso para ninguém, nem me entregue para a polícia. Eu não mereço tanta consideração assim, esqueça este meu vexame.
Antônio olhou com piedade para o homem, que agora já estava mais calmo e disse:
-Não se preocupe, será o nosso segredinho, e se ainda quiser dar um volta no meu carro, podemos ir. O homem riu desconcertado e disse:
-Não, muito obrigado, tenho que voltar para casa já está na hora de tomar os meus remédios.
Antônio pegou suas compras, acionou o alarme do seu carro, entrou no elevador e entrou em casa sorrindo, como quem tivera uma visão de algo inverossímil.
Costumo escrever com a mesma pena e verbo de grandes clássicos, às vezes, para confundir meu leitor, sobretudo aquele menos informado, assino como outra pessoa, só pra ver o resultado...
A perfeição é um símbolo Sacrossanto, uma meta a ser percorrida pelo ser imperfeito, para que o espírito humano nunca se aceite como tal, mas que em busca da beleza-perfeição, avance sempre rumo à eternidade de Deus.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- 87 frases de pensamento positivo para olhar o lado cheio do copo
- Frases sobre violência que ampliam o olhar e fortalecem opiniões
- Envelhecer: frases engraçadas para olhar o tempo com bom humor
- Olhar Horizonte
- Sentir teu Corpo
- Brilho no Olhar