Tenho um ser que Mora dentro de Mim

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Isto é grande sabedoria para um homem adquirir: Não importa o quanto tu estejas certo, tua mulher sempre estará mais certa do que você.

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida.

Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais.

Amar de verdade é esquecer um pouquinho de si mesmo. Se você já se esqueceu num cantinho como uma criança de rua, carente por causa do amor, não se culpe. Você só mostrou, ainda que seja difícil mostrar alguma coisa nesse mundo de aparências, falsidades e medos, que você tem coragem para amar. Parabéns, mas chega. Se não houver troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, não para sofrer.

O cara é um erro tão grande que a mãe não o fez, a mãe o cometeu.

Sons que confortam

Eram quatro horas da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os três em casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de doze anos. Chamaram o médico da família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: “Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio.”
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria seu pai. Na mesma hora que li esse relato, imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo pela enésima vez o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo, e que o embarque será feito dentro de poucos minutos.
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está quentinho na sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque to interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.
O sinal da hora do recreio.
A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.
O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.
O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.
E, em tempos de irritantes vuvuzelas, o mais raro de todos: o silêncio absoluto.

Martha Medeiros

Nota: Crônica escrita na Revista O Globo em 27 de Junho de 2010

Almocei ao lado de um casal. Ela dizia “você não tem atitude”. E ele ficava quieto. Ela dizia “custava ter se oferecido pra me levar, você sabia que eu tava nervosa”. Ele só coçava a testa. Ela dizia “cê pagou quanto”. Ele fazia com os dedos “três”. Ela gritava “três paus??? tá vendo, cê tem preguiça de procurar”. Ele enfiava a cabeça na palma da mão esquerda. Ela dizia “cê vai querer tentar?” Ele olhava o cardápio. Dai ficaram em silêncio uns vinte minutos. Até que ela falou “seu suco não veio, quer o meu?”. E ele quis. Amar um homem é, basicamente, desistir.

Uma mulher não deve sequer olhar
para um homem que não é capaz
de fazer o mínimo para estar ao seu lado.

Quando os pais dão um nome muito feio ou esquisito
aos seus filhos,
tais crianças não têm outra opção
além de se tornarem 'marcantes'!

Não vá você levar um farol a um mundo de sombras.
No máximo, lance por lá um pouco de luz,
e quem quiser luz seguirá rumo ao farol.
Atentai, pois, que existem mundos de sombras
porque existem pessoas que gostam de mundos de sombras.

Todos nós, em algum momento, já dissemos entre lágrimas: “estou sofrendo por um amor que não vale a pena”. Sofremos porque achamos que damos mais do que recebemos.

Quer um conselho? Vou te dar: Você precisa encontrar uma saída, uma nova direção pra sua vida! Viva sua vida e esqueça a minha, porque dela cuido eu!

A calma, o equilíbrio, as palavras ditas lentamente, como se escolhesse. Raramente um gesto, um tom mais espontâneo. Tão bom ator que ninguém percebe minha péssima atuação.

Desculpe, mas foi só mais um engano? E quantos mais ainda restam na palma da minha mão?

De um bom elogio posso viver dois meses.

...O modo de mexer no cabelo, uma fala pausada, um olhar direto, um sorriso quase envergonhado, a segurança de não precisar se valer de estereótipos para agradar - charme. Bom gosto nas escolhas, saber a hora de sair de cena, fazer as coisas do seu jeito - charme. Estar confortável no corpo que habita, ter as próprias opiniões, alimentar sua inteligência com livros e pessoas igualmente inteligentes - charme. Não se mumificar, não ser tão inflexível, não virar uma caricatura de si mesmo - charme...

É preciso que cada um se empenhe em destruir em si mesmo tais convicções não discutidas. É preciso que cada um aprenda a escapar da rigidez dos hábitos de espírito formados ao contato das experiências familiares. É preciso que cada um destrua, mais cuidadosamente ainda que suas fobias, suas "filias", suas complacências com as instituições primeiras

E sabe de algum modo obscuro que seus cabelos escorridos são de um náufrago. Porque sabe – sabe que fez um perigo. Um perigo tão antigo quanto o ser humano.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto As águas do mundo.

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Em relação à Fotografia, eu era tomado de um desejo "ontológico": eu queria saber a qualquer preço o que ela era "em si", por que traço essencial ela se distinguia da comunidade das imagens.

Eu sou um pouco paranoico, ou não, penso demais, estudo o comportamento das pessoas, e dependendo das minhas análises eu mudo de opinião e escolho outras atitudes. Talvez seja o medo de errar, de colocar a carroça na frente dos bois, querer me jogar no incerto e correr o risco de me arrepender depois. Mas o que posso fazer?! Eu sou assim.

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