Tempos Passageiros

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⁠Há tempos, vivemos na tirania do imediato. Uma geração apressada, ansiosa por respostas rápidas, sem pausas para a reflexão. E assim, nos vemos aprisionados pelo frenesi do presente, entregues ao impulso de falar, sem medir as palavras, sem respeitar o compasso natural de nossas almas e o silêncio que nos habita.

O silêncio, que deveria ser nosso amigo, tornou-se um fantasma. Tememos suas profundezas, sua quietude que nos convida a pensar. Então, falamos. Falamos para preencher o vazio, para afugentar a solidão, mas sem notar que, ao fazer isso, muitas vezes apenas propagamos o vazio. Falamos sem ouvir, sem entender, sem sentir.

Ah, como seria bom aprender a ouvir o silêncio! O silêncio que não é ausência, mas presença plena. O silêncio que nos permite ouvir a nós mesmos, que nos dá a chance de encontrar a verdadeira voz dentro de nós. Porque é no silêncio que nascem as palavras que realmente importam. É nele que podemos descobrir a beleza de uma pausa, a riqueza de um momento de contemplação.

“Nunca vivemos tempos tão sombrios como os atuais, então devemos reforçar o quanto amar, respeitar, zelar as pessoas que nos cercam são atitudes de valor.”
#bysissym

⁠Há tempo para tudo... até existe um tempo para que os tempos se encontrem!

⁠AO DIVINO ASSASSINO

Uma litania ante o Sagrado Coração
concebida em Paray-le-Maulnier, tempos
depois do acidente fatal de Anecy Rocha

Senhor, Senhor, o Teu anjo terrível
é sempre assim? Não tensumrefratário
à hora do massacre–ummais sensível

que atrasasse o relógio, o calendário?
Ao que parece a todos tanto faz
por quem o sino dói no campanário.

Começa a amanhecer e uma vez mais
rebelo-me, mas sei que a minha vida
não tem como ou por que voltar atrás.

Aceito que a mais dura despedida
é bem mais que metáfora do nada
a que se inclina o chão; que uma ferida

e a papoula sangrenta da alvorada
pertencem ao mundo sobrenatural
tanto quanto uma lágrima enxugada

à beira de um caixão. Mas afinal,
Senhor, amas ou não a humanidade?
Não fui ao escandaloso funeral

e imaginá-la em Tua eternidade
dói demais! Vou passar mais este teste,
sim, mas protesto contra a insanidade

com que arrancas à muque o que nos deste!
Tu sabes que a soberba da família
era maior que a dela e eu tinha a peste–

pai e mãe apartavam-me da filha
e o irmãozão nem falar… E hoje, coitados,
como hão de estar? Aqui é a maravilha,

as genuflexões… Os potentados
e os humildes, a nata da esperança,
todos chegam por cá meio esfolados,

sangrando como a luz. Não só da França,
toda a Europa rasteja até aqui
esfolando os joelhos, não se cansa

de ensangüentar-se até chegar a Ti
e ao menos a um pixote do Além Tejo
restituíste a vista; eu quando o vi

solucei– mas que o cego e o paraplégico
saiam aos pinotes, que o Teu coração
se escancare e esparrame um privilégio

aqui e outro acolá na multidão,
só me faz perguntar: E ela? E ela…?
Não consigo entender que a um aleijão

concedas tanto enquanto a uma camélia
Tu deixas despencar… Por que, Senhor?
Olho tudo do vão de uma janela,

mas vejo a porta de um elevador
escancarar-se sobre um outro vão,
um vão sem chão… E a seja lá quem for

aqui absurdamente dás a mão!
Me pões trêmulo, gago, estupefato,
pasmo, Senhor– mas consolado não.

A mesma mão que fez gato e sapato
da minha doce Musa, cura e guia,
cancela as entrelinhas do contrato,

Dominus dixit… Mas quem merecia
mais do que uma açucena matinal
um manso desfolhar-se ao fim do dia,

quem mais do que uma flor, Senhor? Igual
nunca viram os mais alvos crisantemos,
tinha direito a um fim mais natural,

à morte numa cama, em casa ao menos…
Mas não– tinha que ser total o escândalo!
Por que, se nem nos circos mais extremos

Teus mártires andaram despencando
sobre os leões, se nem o lixo cai
de oito andares aos trancos, Santo Vândalo?

Não vim denunciar o Filho ao Pai
ou o Pai ao Filho, não vim dar razão
aos que recusam e usam cada ai

contra a humildade; vim porque a Paixão
me chamou pelo nome e a alma obedece
e aceita suar sangue– como não?

Mas não sei mais unir o rogo à prece
do que a elegia ao hino de louvor,
não sei amar-Te assim… Caso o soubesse

teria que ficar aqui, Senhor,
aqui, arrebentando-me os joelhos,
esfolando-me todo ante um amor

que vai tornando sempre mais vermelhos,
mais duros os degraus do Teu altar.
Tu, que tudo consertas, dos artelhos

que desentortas e repões a andar
até às pupilas mortas de um garoto,
do cachoupinho que me fez chorar;

Tu, que a este lhe dás a flor no broto
e àquele o lírio pútrido do pus;
Tu, que passas por um de quatro e a um outro

pegas no colo e entregas a Jesus;
Tu que fazes jorrar da rocha fria;
Tu que metaforizas Tua luz

ao ponto de fazer de uma agonia
um puro horror ou a morna mansuetude–
que hás de fazer, Senhor, comigo um dia?

Quando eu agonizar, boiar no açude
das lágrimas sem fundo… Quando a fonte
cessar de soluçar e uma altitude

imerecida me enxugar a fronte…
Como há de ser, Senhor? Oxalá queiras
que a mim me embale a barca de Caronte

como o fazia a velha Cantareira,
o azul da travessia… A Irrecorrível
arrasta a cada um de uma maneira

e a quem quer que se abeire ao invisível
recordas a promessa: aquele a escuta
e este a recusa porque a dor é horrível,

mas, se a todos a última permuta
terá sempre o sabor da anulação,
o travo lacrimoso da cicuta,

a ela Tu negaste o próprio chão,
deixaste-a abrir a porta sem querer!
Nunca falou na morte, e com razão,

intuía, quem sabe, o que ia ver…
Sentença Tua? Em nome da promessa
não há negar Teu duro amanhecer–

mas quando arrancas mais uma cabeça
como saber que és Tu, que não mentia
O que ressuscitou? Talvez na pressa,

no pânico de Pedro, eu negue um dia
e trate de escapar, mas hoje não;
hoje sofro com fé e, sem poesia,

metrifico uma dor sem solução,
mas não vim negar nada! Faz efeito
essa dor: faz sangrar, mas faz questão

de defender-me como um parapeito
contra a queda e a revolta… Um Botticelli
despedaçou-se todo, mas que jeito,

se por Lear enforcam uma Cordélia
e encarceram a Ariel por Calibã…?
Alvorece, a manhã beata velha

enfia agulhas no Teu céu de lã,
tricoteia Paray-le-Maulnier *
e eu penso: ela morreu… Hoje, amanhã,

enquanto Te aprouver e até que dê
a palma ao prego e o último verso à traça,
vai doer– mas Amém! Não há por que

amar a morte, mas que venha a Taça,
aceito suar sangue até ao final,
como não… Tudo dói, menos a graça,

mata, Senhor, que a morte não faz mal!

Da Festa do Sagrado Coração em Julho de 1979 até aos
26 de Outubro de 1997.

⁠Eu acho que camaradagem é mais do que sorrir juntos em fotos. É estarmos juntos em tempos difíceis. É reconhecer uma luta em comum em outra pessoa, e estender a mão para oferecer conforto.

⁠Nos tempos não consumidos

Bem que a gente poderia falar de amor

Mas os melhores hão de ser vívidos

Seja lá onde for bem-vindo.

Matheus Ruiz

⁠"Segue em frente sem olhar para as circunstâncias, cultiva lírios mesmo em meio aos tempos áridos, embala sonhos sem mágoas ou rancores.
A vida é efêmera, mas nos pertence a escolha do que fazermos dela."

⁠Existem tempos ruins, difíceis, momentos de dores e até de desespero. Existem dias que não deveriam existir, e fases que deixarão marcas tão profundas que pra sempre serão lembradas. Para esses tempos, momentos, dias e fases a esperança é o bálsamo que cura a fé e nos mantém de pé.


Já entendi à tempos que é o vazio que transborda...

Apesar de tudo a Vida é digna de ser celebrada!
Os tempos têm sido difíceis, mas, se estamos aqui, ⁠creiamos que há um propósito e um sentido.
Parabéns pra você nesta data especial!
Bênçãos, muitas bênçãos e muitas alegrias pra você!
Felicidades Vida!

03/12/21 - 10:38hs

⁠Amor, respeito e gratidão ao maior gênio de todos os tempos, obrigada Deus por me dar o maior presente de todos, que é a vida.

28/12/2021

⁠Em tempos de ternura e conturbado com o medo, a noite cai e recomeça em ciclos constantes de uma eterna solidão, pois os sonhos de tristeza em meio ao caos se conturbam e se lamentam por não ter vivido o bastante para expressar o amor, e sem saber a solidão é muito maior do que o medo e depois de muito tempo os sentimentos se permite conhecer o que se passou e o que ainda irá passar. Não sei se é uma aventura tudo o que passei não sei se o caos se instalou em tudo que conheço, a única coisa que sei é o nada tendo uma inspiração para o futuro

De tempos em tempo mudar-se os sonhos e corre o tempo
Onde nem tudo é certo

⁠Tenho vivido a vida
Sem saber se ainda
Carrego uma alma.
Há tempos,
Nenhuma paixão
Para enternecer
Meu coração petrificado.
Eu me tornei
Confortavelmente desiludido.

"você me viciou"
Você é uma droga

Me deixa lúcida em tempos difíceis, me anima em tempos escuros

Você é uma droga

Que quanto mais me envolvo mais eu vício em ti

Você é uma droga que eu me entrego msm sabendo que não tem volta

Uma droga que não tem cura

Você é uma droga que a cada dia me deixa mais depende

Você é uma droga

me leva pra conhecer os céus mas tbm me salta sozinha nos loucos corredores do inferno.

Você foi a droga mas alucinógena e viciante que eu já provei.

Uma droga que tirou minhas noites de sono, minha paz.

Um vício que até hoje me persegue, porém dessa vez eu consegui te deixar em segundo plano ou até em esquecimento.⁠

⁠Em tempos distantes
Habitamos nossas profundezas
Nos perdemos no escuro
Até parece que esse mundo
Não tinha uma luz para iluminar

⁠Em tempos passados
Nossos olhares eram menos cansados
Nossos corpos eram rápidos
Não sabíamos o que era cansar

⁠ Não visito os meus parentes!
Só a minha memória os visitam.
Tempos bons.

BN1996
05/10/2020

⁠A tempos me livrei do péssimo hábito de debater e discutir com SURDOS , e isso me trouxe uma paz que não consigo descrever .

⁠⁠Os tempos atuais andam muito sem graça, pessoas cheias de ódio pregando e estimulando o que deveriamos desprezar e deixando de lado o que realmente importa e tem valor.