Tempo Devagar
Jesus era dono do seu tempo, tinha tempo livre, ele recusou ser o Rei dos Judeus por não abdicar do tempo livre e ser um escravo do tempo e do seu cargo maçante.
Descompasso
Meu tempo passa,
e meu relógio permanece parado
diante de tua congruência,
relembro-me do meu passado.
Vivo ao lado da incerteza,
de braços abertos à inconclusão.
Sinto-me a me desgastar
perante tua exatidão.
Palavra que me prende,
sentimento que me molda,
sensação que me vicia —
é o amor que me desola.
Ó lua,
será que diante
da plena madrugada,
meu tempo descontinua?
Um objetivo só pode ser alcançado quando respeitamos todo o processo: o tempo, paciência e perseverança (Fé).
Pense nisso para a ansiedade não lhe impedir.
“O tempo não é uma linha reta, mas um espelho que nos obriga a confrontar o que realmente valorizamos na imensidão do universo.
Mesmo que os séculos nos separem e os céus nos escondam, meu coração há de reconhecer o teu em qualquer lugar da criação.
O Tempo que Escuta
No campo vasto da existência, onde o tempo tece e desfaz ilusões, muitos se perdem na busca incessante por um sentido.
Eu, aqui, deixo meu pensamento. Trago no peito a quietude dos campos e o burburinho da cidade, transformando o invisível em verso, o silêncio em sabedoria e a solidão em ponte para o reencontro da alma consigo mesma.
Minha escrita é para quem sente, para quem pensa, para quem ousa viver cada instante com a intensidade de um raio e a delicadeza de uma flor.
Às vezes, me pego em silêncio — não por falta do que dizer, mas por não saber se o mundo ainda sabe ouvir.
Colecionamos tanto barulho, tanta urgência vazia, que a melodia da alma vira um sussurro perdido na ventania.
Carrego em mim uma pressa calma — daquelas que não se apavoram com o relógio, mas se inquietam com o tempo desperdiçado.
Tenho vontade de fazer muito, sim, mas sem perder a alma no caminho. Essa alma que se enrosca em atalhos e se perde nas veredas sem estrela.
Já não busco respostas rápidas — dessas que vêm prontas e se desfazem ao primeiro vento.
Busco verdades lentas, aquelas que só o tempo revela. Como o gosto de um bom vinho que espera pacientemente a taça certa.
Como a brasa que vira cinza com dignidade, sem pressa de apagar — apenas aceitando o destino de virar pó e adubo para o novo.
Nem sempre estou onde meu corpo está.
Minha alma — essa andeja incansável — às vezes vagueia no passado, catando memórias como quem colhe conchas na praia da infância.
Outras vezes, conversa com o futuro, tecendo esperanças e desenhando pontes para um amanhã que nem existe ainda.
Mas quando estou presente... ah, quando estou — sou inteiro. Ali, a vida me abraça, e eu a recebo com a sede de quem encontra um poço após longa caminhada.
E sobre a morte? Ah, a morte...
Essa velha amiga que nos observa desde o primeiro suspiro. Muitos a temem, a evitam, como se fosse o fim.
Quando talvez seja apenas um novo começo.
Que ela venha, sim. Mas que me encontre em plena dança — com os pés na terra, os olhos no céu e o coração transbordando de vida.
Que me encontre vivo — não apenas respirando, mas sentindo cada batida, cada riso, cada lágrima, cada instante que se fez eternidade na alma.
Porque, no fundo, a grande arte não é evitar a morte, mas aprender a viver enquanto ela não vem.
E viver, para mim, é estar inteiro no que sinto, no que penso, no que sou.
William Contraponto: 20 anos de Colaboração Com o Pensamento Crítico e Livre.
William Contraponto é poeta-filósofo, escritor e ensaísta, conhecido por uma produção literária marcada por densidade reflexiva, crítica social e existencialismo. Ateu e humanista, constrói seus versos como espelhos desconfortáveis, que questionam certezas e provocam inquietações. Ao longo de sua trajetória, atua também como articulista e cronista, escrevendo para veículos de comunicação impressos e digitais há pelo menos 20 anos, abordando temas que vão da literatura à filosofia, do comportamento à análise política.
Contraponto transita entre a poesia e o pensamento ensaístico, recusando dogmas e abraçando a liberdade de expressão como fundamento de sua arte. Suas obras circulam em países de língua portuguesa e espanhola, algumas traduzidas, conquistando leitores que se reconhecem no tom crítico e lúcido de sua escrita. Mais do que oferecer respostas, William Contraponto se propõe a cultivar perguntas — e a devolver ao leitor o direito de pensar por si.
Vivemos e estamos no âmago do senhor do tempo…
Somos proles deste senhor que nos controla e imaginamos ser livres e ter poder de mudar nossos destinos.
O Êxtase de um Novo Tempo
Viver… Ah, viver o melhor momento da existência!
Seja no pomar, sob a sombra generosa das árvores frutíferas,
Ao som melodioso do chilrear dos pássaros,
Que, em coro, anunciam a beleza do dia que nasce.
É o bucolismo romântico que se derrama em cada canto,
Onde a natureza veste-se de festa para celebrar a vida,
E o êxtase profundo floresce como perfume invisível no ar,
Sussurrando aos corações atentos:
“Este é o jardim da vida… um altar de recomeços… um novo tempo que desponta.”
Aqui, cada instante é uma poesia viva,
Cada sopro de vento é uma oração,
E cada raio de sol é um convite irrecusável
Para sentir, agradecer e simplesmente… viver!
A vida escorre silenciosa entre os dias, e muitas vezes caminhamos alheios, sem notar que o tempo nos esgota pouco a pouco.
Reza a Lenda da Rede da Lucci
Reza a lenda que numa varanda esquecida,
Balançava o tempo na rede estendida.
Era da Lucci.... Mulher de mil passos,
Que bordava saudades entre os seus laços.
O pano era velho, mas firme e sagrado,
Guardava memórias de um tempo encantado.
Ali se deitava, entre sonho e luar,
E o mundo parava só pra escutar.
Saudade chegava de mansinho, em silêncio,
Com cheiro de infância e gosto de incenso.
O tempo, curioso, sentava ao seu lado,
E juntos choravam o que foi passado.
A rede contava histórias no vento,
De amores, partidas e renascimentos.
Cada fio trançado, um pedaço de vida,
Da alma da Lucci... forte, sofrida.
Reza a lenda que quem nela deita,
Sente o pulsar da paixão mais perfeita.
E mesmo que o tempo tente esquecer,
A rede da Lucci faz tudo renascer.
Pois onde há rede, há colo e calor,
E onde há Lucci, há tempo e amor.
Saudade ali dança, leve e serena...
Na rede encantada, a vida é um poema
🧡
Tudo que move vive,
Nem sempre dizer é certo
(“Maria ele morreu em movimento?”)
“Sim! Por uma bala dura
Que saiu de um canhão
Do homem da viatura pública que solta:
Bang, bang, bang”
(“como assim Maria?”)
Sentir-se viva é diferente de viver.
Viver é seguir o compasso dos dias;
sentir-se viva é dançar fora do ritmo,
é se arrepiar com o inesperado, é conectar a alma em cada detalhe, é deixar que a brisa te abrace, que a chuva molhe seu rosto sem pressa, é sentir o toque leve da despedida do sol ao entardecer, é sentir o coração vibrar a cada amanhecer e encontrar a plenitude, mesmo correndo contra o tic-tac do tempo."
O tempo é um artista com pincel de ouro,
Pinta o céu de azul, e o coração de aforo.
Na simplicidade do dia a dia,
Descobrimos a magia da existência vazia.
O tempo pode tanto fortalecer quanto enfraquecer vínculos. Assim, o que não era nada demais pode passar a ser importante e o que era importante pode passar a não ser nada demais. Por isso, seja qual for o desfecho, ele será apenas consequência do nosso comportamento durante o tempo.
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