Temeroso Demora Justiça
Não procure justiça no mundo, pois até ela é mais uma abstração criada para o consolo. O mundo é o que é; Selvagem e egoísta. Cada um brigando pelo seu. Pelo seu lugar ao Sol.
Resta à nos apenas nos preparar para o que vier.
"A madrugada da elite fétida dorme e o pensamento da justiça continua acordado, porque a mazela significa morte e a vida do anseio pulsa e os olhos do senhor não fecha."
Giovane Silva Santos
" O antigoverno não é o que se nega a exercer as leis, ou a justiça, mas sim, o que só as cumpre, após ser oprimido pelas manifestações do desejo público, de forma viral pelas mídias".
A vida pública requer ser gerenciada com o máximo de cautela. Por mais que a justiça dos homens se revele complacente e a clemência de Deus ofereça o perdão, a História, nem mesmo com o passar dos séculos, nos brindará com a mesma generosidade. A omissão é um dos crimes mais graves, porque todas as atrocidades são cometidas por conta dela sem que ninguém se sinta culpado.
As vozes
É que ouço vozes, ferozes e algozes.
Um grita ouro, outro prata e no oculto a justiça lateja.
Dizem até que deliro, que sou um idiota quebra nozes.
Mas é no oculto que minha mente deseja.
Ouvi um senhor dizer que faz.
Ouvi um doutor ditando regras.
Na internet uma febre viril.
Cheio de astuto e imbecil.
Enfim dos ventos e tentos.
Sopro ao relento.
Vozes que ditam a razão.
Mas repito esse elemento.
A voz oculta ainda verão.
Giovane Silva Santos
Aquele que acredita na vida.
No julgamento dos atos.
Que a justiça divina deve ser cumprida.
Em vida após a morte.
Ë porque sabe das leis de Deus.
Aquele que ama a Deus sobre todas as coisas.
Que sabe que alem da justiça
da terra existe uma mais justa
e impossivel de se enganar,
a lei de Deus aonde diz.
Amais aos outros como ama
a vos mesmos, e que tudo
que fizeres ao teu proximo
serás cobrado a vos mesmos.
Sabeis que todos aqueles que são
brandos e mora no seu coração
a oração, o amor e sobretudo
a caridade são seres que vivem
sendo meus protegidos.
Aqueles que ao contrário
so pensam em si proprio,
no seu conforto,
no seu prazer antes do proximo,
es egoista, teu coração duro como uma pedra,
estas perdido pois quando chegares ao
fim da estrada, no final da caminhada,
verás que caminhaste, caminhaste
e não saiste de onde começaste.
Olhe a justiça corporal dos pés: eles pisam lugares distintos, um mais à esquerda e outro mais à direita, mas a participação respeitosa deles propicia andar para a frente.
O Reino de Deus é mais do que uma mensagem; é a manifestação viva do amor, da justiça e do poder de Cristo em ação, por meio daqueles que se submetem à Sua vontade.
Justiça ecológica é responsabilizar nossa sociedade consumista pela destruição do planeta e de seu patrimônio ambiental. Nosso consumo está destruindo tudo. Conhecimento ecológico é reconhecer que somos feitos de uma mesma natureza, que somos parte da biodiversidade. Este é o entendimento mais importante da ecologia.
não houve justiça. nem perdão. só o costume de esquecer.
a professora faltou hoje.
mas ninguém perguntou por quê.
disseram que ela "estava estranha" há dias —
como se tristeza usasse crachá.
a vizinha do oitavo foi despejada.
levou um gato.
deixou uma planta na portaria.
ninguém subiu com ela.
ninguém ligou depois.
um amigo meu não responde mais.
não porque sumiu.
mas porque cansou de tentar explicar
por que dói mais quando dizem que você precisa seguir em frente
como se a frente existisse
pra quem ficou soterrado por dentro.
falam muito em cura.
mas quase sempre é cobrança disfarçada.
falam muito em perdão.
mas quase sempre é silêncio em cima da dor alheia
pra não estragar a estética do discurso.
ninguém quer saber o que te quebrou.
só querem que você pareça inteiro.
a mulher que denunciou
foi lembrada como “intensa demais”.
o homem que chorou
foi tachado de instável.
a criança que travou
foi chamada de birrenta.
não existe justiça
quando o critério é o incômodo que você causa.
nem perdão
quando o outro não acha que errou.
e ainda assim,
o mundo continua a se cumprimentar nas calçadas.
a desejar bom-dia
com a voz pastosa de quem não quer escutar resposta.
não houve reconciliação.
houve esquecimento.
que é o nome elegante do abandono.
a justiça virou post.
o perdão, estética.
ninguém quer reparar.
só remendar o que aparece.
e se você insiste em lembrar,
te chamam de ressentida.
te pedem leveza,
mas nunca te devolvem o que te tiraram.
ninguém paga.
ninguém volta.
ninguém segura a mão da criança que você era
quando a dor começou.
perdoar virou roteiro.
mas ninguém ensina a segurar o corpo
quando ele treme só de ouvir o nome.
a justiça falha.
mas o que mais dói
é ver quem sempre se calou
sendo cobrado por não reagir bonito.
a verdade é que a maioria não quer justiça.
quer tranquilidade.
e o perdão?
só serve se vier com laço e silêncio.
hoje,
eu vi alguém chorar no vagão do metrô.
ninguém olhou.
ninguém estendeu palavra.
mas todos pensaram:
“tomara que fique bem.”
como se torcer fosse gesto suficiente.
não houve justiça.
não houve pedido.
não houve volta.
mas houve alguém que entendeu
que continuar,
mesmo sem reparo,
tambem é um tipo de resistência.
e isso, aqui,
é o mais próximo que a gente tem do perdão.
sem justiça, sem perdão — só protocolo
ninguém é salvo.
alguns só têm boa assessoria.
há quem confunda resposta com redenção.
mas o que é dito publicamente
raramente se parece com o que sangra no privado.
o mundo aprendeu a pedir desculpas
como quem emite um recibo:
com data, com cálculo, com linguagem neutra.
desculpa hoje vem com asterisco.
com planejamento de imagem.
com legenda que diz “aprendi muito”
sem dizer o quê.
ninguém quer ser perdoado.
só esquecido.
e rápido.
a justiça também virou performance.
é lenta onde devia ser urgente.
é veloz onde devia ter escuta.
e se você gritar,
vão dizer que perdeu a razão.
se ficar em silêncio,
vão chamar de consentimento.
não há saída fácil
quando quem escreve as regras
também decide quem merece exceção.
no filme,
a ilha prometia liberdade.
e entregava anestesia.
a dor era arquivada.
os traumas, redesenhados.
o passado, editado para caber numa narrativa rentável.
não é ficção.
é estrutura.
é o feed onde tudo parece harmonia,
mas ninguém pergunta quem limpou o chão depois da festa.
o mundo não quer justiça.
quer justificativa.
e isso — isso é o mais desolador.
perdão, aqui,
não nasce de consciência.
nasce de conveniência.
e a paz?
ela existe —
mas só pra quem pode pagar pela versão limpa da própria história.
quem sobrevive,
sabe:
não há reconciliação onde o poder segue intacto.
há só o silêncio de quem entendeu tarde demais
que perdoar também virou moeda.
e que a justiça, hoje,
é só uma sala com espelhos.
e ninguém mais reflete.
Juliana Umbelino
A experiência e o hábito fazem do homem a própria medida da justiça, garantindo que o direito se aplique com equilíbrio e moralidade.
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