Te Curto de Montao
Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
[...]
Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo
A vida é como um livro, porém as vezes nos prendemos a pessoas e esqueçemos de virar a página, é nesse momento que temos a impresão que tudo é "para sempre", e nos deixamos levar pelas emoções deixando de lado o fato que o "para sempre", sempre acaba !!!
Em um mundo de mentira te encontre, e sem querer me apaixonei...
E meio as palavras meu coração te enteguei,
mesmo sabendo que jamis me amara, como o amo
####
Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que, quanto mais vos pago, mais vos devo.
Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões
Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
A tarefa mais lídima da poesia é a
de equivocar o sentido das palavras
Amores bandidos.
Dê um tempo para as paixões bandidas da sua vida, vire a página. Chega de romances “afasta e volta”, “vai e vem”, daqueles que são ótimos na saudade e péssimos na realidade. Amadureça afetivamente.
Claro que todo amor bandido tem um toque de excitação, afinal, de regra é na cama que ele eclode. O amor bandido tem desafios, diferenças que o homem teimoso acha que pode superar. Nas paixões bandidas um e outro querem “vencer” as diferenças, aquilo que vêem de ruim no outro.
Amores bandidos são prisões, calvários afetivos e não libertação, rejubilo e alegria que são as bases de uma relação afetiva saudável e feliz. Amor bom é aquele que não precisa da saudade para se fortificar, é aquele que não precisa se tornar um vácuo para ser valorizado.
Ama bem, quem se ama bem. Ama bem quem tem maturidade e quem consegue estabelecer um relacionamento saudável e harmonioso no dia a dia. Pessoas assim só sentem saudade quando o outro viaja, quando o outro está ausente e não quando o outro,infeliz e magoado, foge mundo afora.
Assim como existem os doentes da mente, os doentes fisicamente existem os doentes afetivamente: Pessoas que não conseguem estabelecer um relacionamento forte e maduro, pessoas que precisam da briga, que precisam da desarmonia e da plena ausência do outro para valorizá-lo. Existem pessoas que só sabem amar bandidamente, isso é um fato lamentável.
Fuja desse tipo de pessoa pelo bem de seu próprio coração. Quando você tiver se tornado saudade, quando ele sentir o vazio de sua falta ele vai acreditar que lhe ama e que você é tudo para ele, mas quando, enfim, ele conseguir lhe trazer para a prisão de seus braços vai lhe judiar e maltratar novamente. E assim você irá embora, e assim ele vai a sua caça e este jogo continua indefinidamente até terminar em tragédia, ou, quiçá nunca findar.
Deslizo pelos dias, tantas comemorações, minha vida esse raio de sol que não cessa.
Já escrevi muita coisa triste, já perdi tanta coisa com resignação e até com destreza.
Agora nem me apavoro, toda dor é só um sopro em meio ao que vislumbro de possibilidades. Criatividade, eu aprendi, é inventar alternativas quando não se tinha. Onde não se via. Por enquanto, só o que tem me preocupado são as novas regras ortográficas, já que palavras compõem meus fatos, meus sonhos, minhas narrativas.
E se eram os hífens que me separavam do meu amor-próprio, tenho tudo que preciso agora: tanto autorrespeito.
Não sei sentir, não sei ser humano,
Não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens,
Meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cotar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
De sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas
E ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"
Soneto do amor demais
Não, já não amo mais os passarinhos
A quem, triste, contei tanto segredo
Nem amo as flores despertadas cedo
Pelo vento orvalhado dos caminhos.
Não amo mais as sombras do arvoredo
Em seu suave entardecer de ninhos
Nem amo receber outros carinhos
E até de amar a vida tenho medo.
Tenho medo de amar o que de cada
Coisa que der resulte empobrecida
A paixão do que se der à coisa amada
E que não sofra por desmerecida
Aquela que me deu tudo na vida
E que de mim só quer amor - mais nada.
Vinicius de Moraes
É um erro frequente em que caem os pais; ao nascer o menino, junto com as fraldas, eles lhe preparam um futuro. Não pensam que aquele filho é uma pessoa. Que terá seus sonhos próprios e suas ambições próprias. Parece que o mais prudente para o pai é não se antecipar. É comovente a revolta dos pais ante essa "desobediência", quando não seguem o que foi mandado, dos meninos, como se eles fossem obrigados a alimentar sonhos por conta dos sonhos paternos.
Quando eu lembro
Você sorrindo
Não há mais nada, nada mais lindo
[...]
Um anjo veio e deu vida
Ao peito de amores nu:
Minh'alma agora remida
Adora o anjo - que és tu!
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