Te Amo e Nao quero te Amar

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Esquecer e perdoar. É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-los de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer.

Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.

Viver um amor não correspondido é como ver um céu cheio de estrelas e se encantar com o brilho apenas de uma. Por mais que você a veja, sabe que nunca poderá alcançá-la.

Para onde vão as palavras de amor não ditas?
Esquecidas em orfanatos por serem precoces demais

Envelhecidas em asilos..
por terem enrugado e perdido a independência

Amarradas em camisa de força
por serem insanas e incontroláveis

Suplicando nas sarjetas
por precisarem de ajuda

Nas fotos dos desaparecidos
por um dia ter virado saudade

Se por ventura elas forem vistas por ai
diga que sinto fala.
sinto muita falta.

Não separe com tanta precisão os heróis dos vilões, cada qual de um lado, tudo muito bonitinho como nas experiências de química. Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa... E que interessa o castigo ou o prêmio? Tudo muda tanto que a pessoa que pecou na véspera já não é a mesma a ser punida no dia seguinte.

Lygia Fagundes Telles
Ciranda de Pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

''Não acredite em um sorriso, a maldade está na mente.''

A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos e uma malícia que inquieta a todos quando sorri. As pessoas se questionam: o que é que essa mulher tem?! Ela tem algo! Pronome indefinido: algo. Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas.

Martha Medeiros

Nota: Trecho adaptado do texto "O Charme das Feias-bonitas".

Eu sou é eu mesmo. Divirjo de todo o mundo…
Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

ALMAS QUE SE ENCONTRAM...

Dizem que para o amor chegar...
Não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.

Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos...
O coração.

Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também...
Que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre...
Os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas...
E a bagunça feliz se faz instalada.

Quando duas almas se encontram...
O que realça primeiro...
Não é a aparência física...
Mas a semelhança das almas.

Elas se compreendem...
E sentem falta uma da outra....
Se entristecem...
Por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.

No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno...
Para as suas pretensões.

É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro...
A alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.

Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.

Almas que se encontram...
Podem sofrer bastante também...
Pois muitas vezes...
Tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro...
Toda a emoção contida...
À espera do encontro final.

Desejam coisas que se tornam quase impossíveis...
Mas que são tão simples de viver...
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar...
Por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar...
Brigar às vezes...
Mas fazer as pazes...
Com um jeitinho muito especial.

Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois...
Poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.

Porém muitas vezes...
Elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.

Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas ... tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar...
Para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram...
Jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só...
A infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.

Aquele que se importa com os sentimentos dos outros não é um tolo.

Não procure paz onde paz não há, não procure alguém onde não há ninguém, não procure o céu azul no mar vermelho, não procure outras pessoas no espelho.

Desculpa amor, eu não pude resistir, não sou de ferro!

Ah! Se eu pudesse eu arrancaria esse coração.
Só pra não mais sentir isso, mas... o que é isso que sentimos?
Seria um misto de saudade com amor incontido dentro do peito, que nem consegue bater direito de tão apertado que da dó?
Difícil entender, mais difícil ainda de resistir.
Seria eu covarde em querer arrancar um coração do peito por causa de um único sentimento?
Ou seria o sentimento covarde o bastante pra tentar um coração ser arrancado do peito por sua causa.
Coração que é responsável por todos os sentimentos que nos faz feliz, e entender que a vida é bela e vale a pena, mesmo que haja uma dor, dessas de querer-nos fazer arrancar o coração.
Não, eu não sou covarde, porque eu amo e quem ama tem coragem, enfrenta os riscos de um sentimento absurdo de querer romper um coração.
Há aqui dentro um conflito que eu não consigo entender, talvez seja porque eu me tenha confundido por quem eu amo!
Ou talvez quem eu amo não me tenha compreendido, e sem querer me colocado em uma situação de desespero em solidão com saudade, amor e vontade.
Entendo que gostaria que o tempo parasse e eu tivesse alguns instantes de aproximação de quem eu quero.
Dessa forma entenderia que meu coração teria um valor imenso, e jamais pensaria em arrancá-lo do meu peito.
Sem amor, sem paixão a vida seria uma infinita solidão.
Seria horrível não ter um coração pra bater por um motivo que não fosse só pra regar o seu sangue, e uma lágrima para rolar no seu rosto que não seja por amor.
Amar sim, mas com prazer de saber que esta amando, chorar em uma justa causa de estar tendo sentimento de transpassar em seu coração que em outrora queria eu que fosse arrancado.
Deixa sim o coração aqui, porque em outra situação ele vai bater de felicidade, e eu tenho que ter ele comigo para poder lhe dar esse prazer, e não sentir-me mais um covarde.
Queria estar com você nesse momento amor, mas, como você não está aqui, eu converso com meu coração.
Pois o coitado é que tá dizendo tudo o que ele ta sentindo.
Choro com os meus sentimentos porque o coração se deixa espremer.
Sabe ele que não deve se romper, tem que resistir, para outro amor que pode estar por vir.
Saudade é como vinho que embriaga e deixa bobo quem dela toma, deixa confusão na cabeça da gente e faz pensar que não resta nada de nós.

Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.

Amizade...

Pode ser virtual,
pode ser pessoal,
Não importa!
O carinho de amigo
é sempre real.
Não importa
se nunca nos vimos
frente a frente,
mas somos leais e coerentes.
Somos amigos pra sempre.
O carinho de uma amizade
não tem distância
ela vem por linhas,
vem através da nossa telinha
e pelos olhos
de quem tem
a felicidade de enxergar.
Amizade Verdadeira existe, sim.
Basta a gente acreditar e fazer acontecer!

Eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem.

Casamento é um estado de espírito

Pra começar, casamento não deveria ser um divisor de águas na vida de uma pessoa, com uma data escolhida para separar definitivamente o antes do depois.
Em vez de decidir casar, deveríamos permitir que o casamento acontecesse espontaneamente, sem que a gente nem percebesse. Comigo, sortuda que sou, aconteceu assim. Estávamos juntos havia um tempão e cada um morava no seu apartamento. Aos poucos, a cumplicidade foi aumentando, nossas roupas e discos começaram a se misturar, já não queríamos dormir separados. Não fazíamos muitos planos para o futuro, curtíamos a companhia um do outro serenamente, sem pactos nem juras de amor eterno, até que um belo dia nos demos conta de que já estávamos casados, casadíssimos, a questão era oficializar ou não. Oficializamos, assinamos os papéis, e o que mudou a partir daí? Nada. Qual é a data do nosso casamento? 13 de janeiro, 30 de março, 23 de outubro, 8 de dezembro... escolha você. Em cada dia dos nossos quatro anos de namoro a gente casou um pouquinho. O que equivale a dizer que começamos a casar no dia em que nos conhecemos: não foi um crime premeditado.
Casamento é grude? Só se o casal ambiciona o ódio mútuo. Casamento é a união de duas pessoas que têm afinidades, que gostam muito de conversar uma com a outra, de transar uma com a outra e que resolvem morar juntas porque é mais econômico e porque facilita na hora de ter filhos, que é uma aventura deliciosa a ser compartilhada. Se ambos estiverem de acordo quanto a isso, aceitarão com naturalidade que cada um tenha os próprios amigos, os próprios passatempos, suas viagens, seu trabalho, enfim, que sejam donos de uma vida individualizada e inteira, e não mutilada. Leva-se um tempo até descobrir que esse é um arranjo que funciona. Pena que, antes que o casal amadureça e chegue a esse ponto, muitos desistem por puro apego às convenções.
Você deve estar pensando: muito bem, e agora? Ela vai continuar enrolando ou vai tocar naquele ponto nevrálgico que implode a maioria das relações?
Não, ela não vai continuar enrolando. É hora de falar na dolorosa. A questão da fidelidade.
Se Jennifer Aniston continuar casada com Brad Pitt por mais dez anos, até ela, com aquele monumento em casa, vai começar a bocejar e a olhar impaciente pela janela. Não porque Brad Pitt tenha dentes feios e espinhas no rosto (foi o Rubens Ewald que disse isso; pra mim Brad segue perfeito). A razão será outra: amor e sexo não são da mesma família. O amor é de família nobre e tradicional, enquanto o sexo vem da periferia e é chegado numa promiscuidade. Nem os sentimentos mais elevados por nosso parceiro conseguem evitar que tenhamos desejos secretos e fora de hora. Desejar é humano, meritíssimo, não nos condene. Estranho seria se a gente não tivesse nenhuma fantasia, nenhuma excitação pelo que acontece do lado de fora da cela.
Homens sentem vontade de transar com outras mulheres, e mulheres sentem vontade de transar com outros homens pelas mais diversas razões: para testar seu poder de sedução, para dar um up na auto-estima, para recuperar a adolescência perdida ou porque se apaixonaram por outra pessoa inadvertidamente - arrisco até a dizer: inocentemente. Ninguém tem controle absoluto sobre si mesmo, pode acontecer com qualquer um. E aí, como se resolve?
Quem é temente a Deus reprime. Quem é temente aos olhos dos vizinhos reprime. Quem é temente a si mesmo reprime. Mas quem não quer passar o resto da vida privando-se de sonhar, de se encantar, de namorar outra vez encara e assume os riscos, que não são poucos. Muitos acabam se separando, mesmo tendo um casamento que era satisfatório. No entanto, a tal "pulada de cerca" às vezes não gera maiores conflitos internos, é apenas uma necessidade paralela.
Não é assunto fácil, tampouco é novo. É um problema antigo e cabeludo. Envolve religião e seu subproduto: culpa. Sentimos culpa por tudo. Culpa por sermos avançadas demais, medrosas demais, galinhas demais, santinhas demais. Culpa pela nossa libido, pelas nossas fraquezas, pela nossa coragem. Culpa por estarmos mentindo, omitindo, enganando. Por ter permitido que o casamento chegasse a esse ponto de fragilidade - ou de segurança extrema, acreditando que tudo será perdoado e compreendido.
Casamento é um compromisso sério, mas não deveria significar prisão, submissão, anulação, obediência e tudo mais que caracteriza uma relação tirânica. Casamento deve significar amizade, sexo, respeito, diversão e companhia. Casamento tem que ser alegre, tem que ter sintonia, liberdade e muito jogo de cintura. Casamento não é brincadeira de criança, mas tem que ser leve, e é imprescindível que haja maturidade e - atenção - inteligência! A burrice é inimiga das relações, ela é que permite o surgimento de mesquinharias, preconceitos, implicâncias e ciúmes doentios. Casamento tem que ser aberto, não necessariamente no sentido sexual - isso é negociado caso a caso -, mas aberto para a renovação, para a conversa franca, para as necessidades de cada um, para a intimidade que vai além dos corpos, intimidade de almas, intimidade que permite a gente enxergar o outro, aceitar o outro e viver de maneira menos repetitiva e convencional. Cada casamento exige uma fórmula própria, cada casal inventa a sua, mas de uma coisa não se pode prescindir: da flexibilidade.
Parece facílimo, mas é um deus-nos-acuda. De tudo o que foi dito, a única conclusão a que chego é que os casamentos seguirão desmoronando se não houver uma compreensão do assunto que ultrapasse o romantismo. Amor é fundamental, mas não basta. É preciso um não-sei-quê que a gente não explica, mas sente. Algo que está no ar, no olhar, e que dispensa racionalizações.

Compromisso com a vida

Não importa a dor ou o momento que você está passando, você tem um compromisso com a vida. Esse compromisso ultrapassa essa fase, essa hora ruim que você pode estar passando.

Tem coisas que nós não podemos evitar. Você constrói uma bela casa na praia, com muitos quartos, varandas e piscina com vista para o mar. Chega um furacão e leva toda a sua casa, seus móveis e seus sonhos em questão de minutos. Será que você poderia evitar esse furacão?

Assim, nós construímos castelos dourados em nossas fantasias e sonhos. Reunimos os melhores móveis de nossa existência e decoramos as nossas casas do jeitinho que nós queremos. As vezes os engenheiros da vida avisam que nosso projeto está errado, que vamos quebrar a cara, mas nós escutamos? Claro que não. Somos teimosos, tinhosos e orgulhosos.

Seguimos em frente contra tudo e contra todos e algumas vezes, fechamos os olhos para não ver o que todo mundo já viu. Então, o furacão da vida chega e sem cerimônia, sem pedir licença, arranca nossos sonhos e joga tudo no chão. Resta o choro, o pranto e a dor.

Quanto mais rápido, você trabalhar na reconstrução da sua "casa", mais rápido a felicidade volta para sua vida. Nesses momentos de reconstrução, os amigos são os melhores ajudantes e apoiadores que precisamos. Amigos são vigas sólidas que qualquer casa necessita.

Não demore para tomar a decisão de reconstruir a sua casa, digo, a sua vida. A dor se torna menor quando não deixamos muitas lembranças em nossa porta. Normalmente a porta da nossa vida é o coração. Que tal limpar a sua porta?

Não tiro ninguém da minha vida, apenas reorganizo as posições e inverto as prioridades.

Eu só sou responsável pelo que eu falo, não pelo que você entende.

Love is not blind. He is retarded.
(O amor não é cego. Ele é retardado.)