Talvez

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Paz Solitária

A paz significativa na qual me encontro talvez não seja a paz tão almejada.
Encontrar a paz na solidão, existe?
Bom, depende do ponto de vista. O que seria paz?
Algo branco, pombinhas, sem guerras…
Mas a paz interior? Poderia ser descrita assim?
Quando visualizo minha paz, sempre vejo uma casinha isolada nas montanhas, chá quente e biscoitos, animais repousando, som de fonte de água e somente eu.
Solitário, talvez? Mas o que seria a paz de fato se não for a paz individual de cada ser?
Quando alcançarei essa paz? Anseio tanto!
Por hora, me contento com a paz que encontro dentro de mim, a solidão.

⁠COPO CHEIO
O copo já estava cheio
Talvez só mais uma gota
Para mudar o seu plano
Como esvaziar o receio
Dessa situação tão tosca
Prum taura já veterano
Há que buscar um esteio
E acertar bem na mosca
Para enxugar o Oceano!

O único que vai estar sempre com você é Deus, talvez isso não faça sentido hoje, mas um dia fará.
Senhor, perdoe o que fui, corrige o que sou.
E dirige o que serei.
Me acompanhe e principalmente me abençoe hoje e sempre!💓

Talvez...
a árvore seja profundamente grata a ventania
por despi-la das folhas secas.

Quando perguntaram
por que tenho essa mania de escrever,
impulsivamente respondi:
talvez seja para satisfazer
a mania de quem me lê...


Ahhh!
Escrever é muito mais
do que formular frases e versos;
é comunicar sentimentos e emoções,
é sensibilizar e comover,
é provocar reflexos e reflexões...


Ahhh!
Ler é muito mais
do que seguir, com o olhar,
uma sucessão de letras e palavras;
é tentar uma certa simbiose
com a alma do autor,
uma comunhão silenciosa e profunda...


Se essa aliança não brota,
não é leitura,
mas apenas curiosidade estéril
que se dissipa com o tempo...


Escrever é uma droga sagrada,
não um fútil passatempo...


Ler é uma dependência bendita,
não um hábito trivial...
✍©️@MiriamDaCosta

Muitas vezes,
o que estraga a critica construtiva
é a sua intenção destrutiva...


E talvez...
seja por isso...
que fico com um pé na frente
e outro atrás diante das pessoas
que têm o antipático hábito
de criticar...
✍©️@MiriamDaCosta

"Deus não tira seus talentos.
Você perde por medo de usá-los.
Talvez porque não se sinta na graça dele, O PAI!"
Haredita Angel
20.03.10

Carta para depois de mim

Talvez um dia, quando eu já não puder explicar nada, alguém leia estas linhas e compreenda: eu tentei. Tentei de verdade. Chamem-me de exagerado, de fraco, de “peneirado”. Mas só quem sangra por dentro sabe o peso de continuar respirando quando a alma já está cansada.

Desde cedo, meu corpo foi ferido e minha voz calada. Dentro da escola, por pessoas mais velhas, sofri abusos que ninguém quis ouvir. Fui criança demais para entender e condenado a lembrar para sempre. Houve um dia em que cinco pessoas me violentaram, amarraram meus pés e me arrastaram. Eu lutei. Mesmo ali, eu lutei. Mas há dores que não passam — elas apenas se instalam.

Com o tempo, algo em mim se rompeu. Não foi um grito, foi um estalo silencioso. O espírito foi se quebrando aos poucos, até não haver mais como consertar. Hoje carrego um cansaço que não dorme, uma tristeza que não descansa, um medo que me acompanha até quando fecho os olhos.

Sempre tentei encostar na minha própria família. Sempre esperei um convite, um chamado, um gesto simples que dissesse “você pertence”. Nunca veio. Nunca fui convidado para nada. Fui ficando de fora, sendo esquecido, rejeitado. Não por falta de amor da minha parte, mas por ser quem sou. Ser gay foi o suficiente para me afastarem. Isso também dói. Isso também mata um pouco a cada dia.

Tentei amar. Tentei me apaixonar. Tentei existir perto das pessoas. Mas colecionei recusas, silêncios e portas fechadas. O que hoje chamam de desejo de morte é, na verdade, o que sobrou de alguém exausto de lutar sozinho, magoado demais para continuar fingindo força.

Se alguém disser que quer morrer, escute com o coração. Não é fraqueza. É um pedido tardio de socorro. O que salva não é conselho, é presença. Não é julgamento, é acolhimento. Eu nunca aprendi a ser socorrido — por isso escrevo, mesmo com a alma quebrada.

Se estas palavras ficarem, que sirvam para lembrar que eu lutei por muitos anos. Lutei até não restar quase nada. E que ninguém diga que foi falta de tentativa.
Não tenho pena dos mortos, tenho pena dos vivos, ainda por cima que vivem sem amor.

Talvez seu erro foi me olhar nos olhos. E o meu? Acreditar na ideia que eu mesmo criei de você.

Quando você ajuda esperando reconhecimento, já não está ajudando — está negociando. Talvez de forma silenciosa, talvez bem-intencionada, mas ainda assim é uma troca. O desejo de gratidão nasce da necessidade de confirmar a própria ação, de vê-la refletida no olhar do outro. E nesse instante, o gesto deixa de ser simples; ele passa a carregar peso, expectativa, tempo psicológico.

Cada ser humano está numa jornada que não é a sua. O modo como alguém recebe — ou não recebe — o que você oferece fala muito mais sobre o conflito interno dessa pessoa do que sobre o valor da sua ação. Há quem precise se sentir inteiro, autossuficiente, invulnerável, porque admitir ajuda seria tocar numa fragilidade ainda não compreendida. Negar o outro, nesses casos, é uma forma de sobrevivência psicológica.

Esperar retorno é colocar o outro na posição de nos completar. Isso cria dependência emocional disfarçada de generosidade. Quando você faz algo porque é correto, e não porque será visto, o ato nasce e morre em si mesmo. Ele não pede continuidade, não cobra memória, não exige balanço. Ele é inteiro no instante em que acontece.

A ideia de troca — eu faço, você devolve — é uma das raízes do esgotamento humano. Quando essa balança entra em cena, a ação começa a diminuir, a se retrair, a se tornar cálculo. E então deixamos de agir não porque não podemos, mas porque não fomos recompensados. A vida passa a ser conduzida pelo retorno, não pela clareza.

Talvez doar sem esperar seja um dos raros atos de liberdade que restam. Não porque o outro mereça, mas porque você não precisa mais ser confirmado. E quando não há necessidade de ser visto, algo silencioso se estabelece: você faz o que é certo, e o faz sozinho — não por orgulho, mas porque já não há um “eu” pedindo aplauso ao final do gesto.

“A vida é cheia de idas e vindas. Quando percebemos que certas situações se repetem, talvez seja o universo nos mostrando que não é o cenário que precisa mudar, e sim a nossa postura diante dele.”

⁠Talvez, eu a conheça ou já tenha a conhecido ou ainda irei conhecê-la, no presente, não a percebo, se está no passado, não posso voltar no tempo, o futuro é desconhecido, fico me sabotando, procurando obstáculos, cansado de tanto tentar e ser decepcionado mesmo sabendo que viver e amar envolvem riscos, não tem como evitar, um comportamento que é independente da minha intensão, que não é recomendado, está mais para um artifício de autopreservação, entretanto, não pretendo agir como um desesperado, todo impulsivo, minha percepção neste assunto não é meu forte, então, se for da vontade de Deus, espero ser felizmente surpreendido no momento determinado e da forma mais clara possível, enquanto isso, vou seguindo meu rumo com o meu espírito aventureiro, encontros e recomeços comigo e às vezes com pessoas incríveis que conheço e outras que encontrarei pelos trajetos.

Ah! Lua, às vezes, aparentas saber e talvez, até saibas⁠ o momento certo de aparecer, de mostrar a tua forte luminosidade, a qual é muito oportuna, principalmente, se eu não estiver muito bem, quando o meu silêncio tem algo a dizer, pois o meu coração sente-se abraçado como se o meu desabafo recebesse a tua atenção, uma ouvinte compreensível, o esplendor de uma paixão saudável, sensação acolhedora, emoção inconfundível, uma das formas de Deus falar "Busque se acalmar que estou sempre por perto, agora nesta noite, contemple este belo Luar, um dos meus grandes feitos".

Não sei se faz algum sentido, até porque mal nos conhecemos, mas imagino detalhadamente que talvez em um mundo paralelo, os nossos universos estão unidos como se um compreendesse verdadeiramente o outro, claro que não de uma forma plena e sim o mais próximo disso, numa reciprocidade sincera com similaridades e diferenças, num laço forte e inconfundível,

E tal compreensão me faz perceber algumas das tuas frases ditas em silêncio pela grande expressividade deste teu olhar belo, onde vejo verdade, receios e o brilho intenso de felicidade durante aqueles momentos cheios de significados e percebo que não conversas com quem não ficas à vontade e que sabiamente não gostas de nada forçado.

Tu correspondendo, compreendes que sou muito comunicativo e atencioso, porém, avanço a cada permissão, na busca de não ser desagradável, consequentemente, continuo te dando atenção, respeitando o teu espaço, alegrando de algum jeito o teu coração, que resulta em um sorriso estampado no teu lindo rosto, o bom humor presente na nossa interação

E durante uma das nossas ocasiões marcantes e sem nenhuma interrupção, ficamos juntos, depois de algumas taças de vinho, minhas mãos massagearam a tua pele suave, as belas curvas do teu corpo, trocamos beijos e olhares, assim, as emoções foram se espalhando e aquecendo o nosso quarto, ouvimos uma boa música, além de um diálogo sincero e aprofundado, uma experiência lúdica

Pode parecer ser loucura comparar, entretanto, Van Gogh tinha os girassóis como suas principais inspirações para criar a sua arte, enquanto que, naquele mundo, tu eras a minha inspiração mais presente na criação dos meus versos, uma das maneiras de expressar o nosso amor recíproco, por nós praticados, a minha imaginação com o sabor adocicado do realismo, nesta poesia, contigo ao meu lado.

Contrariando o impossível, colocando a racionalidade em questionamento, talvez, ela estivesse neste momento indo até o passado para ter um breve e baita encontro consigo, algo tão inusitado quanto preciso

Manhã ensolarada de domingo, depois de trocar de roupa, abriu a porta do seu quarto e estranhamente viu sua antiga escola, da época que era apenas uma pequena menina, amável e muito sonhadora

Não sabia explicar como tudo aquilo estava acontecendo, mas olhou a sua volta e logo reconheceu aquele lugar e que havia voltado no tempo, uma mistura de um belo sentimento nostálgico com um pouco de medo

Antes de qualquer sinal de desespero, sentiu imediatamente em seu peito, a forte necessidade de encontrar o seu eu ainda criança, então, seguiu por um corredor, passando por algumas salas até o refeitório

Chegando lá, avistou um ser gracioso com o uniforme escolar, cabelos bem penteados, estava de costas, sentada, sozinha, comendo sua merenda, ela percebeu rapidamente de quem se tratava e foi até a sua mesa

Foi se aproximando calmamente para não assustá-la, mesmo assim a menina ficou surpresa e um tanto assustada, o que não demorou muito, pois olhou para aquela moça em pé na sua frente, viu algo familiar e ficou maravilhada

Então, falou “Oi, princesa, tudo bem? Posso sentar aqui para comer com você?”, a menina acanhada respondeu “Pode, moça, a senhora é a nova professora?”, Ela “Digamos que sim, já que falarei algumas coisas que poderão servir de lição pra sua vida!”

A menina ficou um pouco confusa, entretanto, ficou muito atenta para o que aquela “professora” tinha a dizer, assim, ouviu “Você precisa prestar muita atenção nas minhas palavras, considerando que acredito que não agora, porém, um dia farão muito sentido”

“Está certo”, então, ficou parada ouvindo “Você é uma menina maravilhosa, inteligente, muito amada por seus pais, não fique se comparando com os outros, tenha cuidado com as pessoas, nem todas querem o seu bem, fique perto daqueles que trazem paz”

E emocionada, respirou fundo e continuou “Não deixe que gente chata ou maldosa tire a sua vontade de sorrir, você tem muitas qualidades, várias razões para ser uma menina grata e feliz, uma grande bênção de Deus, muito mais do que já quis”

Por fim, falou “Sei que ama girassóis, portanto siga o exemplo e que a luz do amor seja o seu sol, mas também seja uma flor de cerejeira, renove suas esperanças, a sua beleza, inclusive, a do seu interior, mantenha a sua feminilidade e nesta vida passageira, que sempre faça parte o amor.

Secou suas lágrimas, deu um abraço bem forte em si mesma e foi embora enquanto a menina a observava, seguiu na direção daquela porta do início, abriu, em seguida, acordou, pensando se foi verdade ou se tinha sonhado um sonho nítido, todavia, ela nunca vai esquecer daquele lindo encontro consigo.

A sua sedução talvez seja um caminho sem volta, uma composição emocionante de formas delicadas, uma personalidade excêntrica, uma bela liberdade farta, insaciável, sendo ousada, doce e intensa, existe um fogo inegável na sua alma e um chama forte no seu corpo, proveniente da sua essência, onde a paixão se espalha.

Sua clara ousadia provocam sentimentos calorosos e os seus instintos e os daqueles que a observam atentamente são intensificados, o início de um grande êxtase através dos olhos, incentivando o imaginário, momentos de entusiasmo, bastante diferente de outros, uma sensação para cada avanço, todos prazerosos

Ela não permite uma aproximação tão facilmente, mas não tem controle sobre os pensamentos audaciosos, o desejo de estar na sua companhia pessoalmente e desfrutar da euforia entre a troca de olhares, o diálogo de palavras e o contato de pele, sem pular nenhuma etapa, juntos numa noite veemente e nas horas que não passam.

Sou repleta de alegria ao ponto de me cansar. Dramática? Talvez. Intensa? Com certeza. Sorrio discretamente ou escandalizo ao gargalhar. Choro sem que me notem, grito pra dentro ou berro de dor. Se quiseres chegar até mim, não seja qualquer coisa, não me queiras pela metade e não seja metade, não esconda o seu falar. Seja corpo, seja alma, seja choro, seja grito, seja sangue, carne e osso, só não seja mais ou menos.

Estou passando por uma fase que talvez nada mais faça sentido. Creio que morrer não deva ser tão ruim assim, até porque tudo se acaba; as dores, os problemas e principalmente a falta de perspectiva desse futuro sombrio que me cerca...

Se a história do mundo tivesse sido contada por mulheres, talvez não houvesse tantas guerras, nem tanta sede de poder disfarçada de glória.
Porque a mulher conhece o valor da vida, ela gera, nutre e defende.
Enquanto muitos ergueram impérios sobre o sangue, ela ergueu mundos sobre o amor.
Se a voz feminina tivesse sido ouvida desde o início, talvez a humanidade tivesse aprendido que força não é dominar, mas cuidar; e que justiça não é punir, mas compreender.
O mundo seria menos um campo de batalha e mais um lar, firme, justo e humano.

Talvez a mulher mais bonita, de alma doce e olhar que acalma, esteja agora envolta em uma manta, sentindo o calor de uma xícara entre as mãos enquanto o frio da tarde se derrama pela janela.
Talvez pense em alguém, em um sonho, ou apenas no silêncio que embala o coração nas horas lentas do dia.
Quem sabe o tempo a abrace suavemente, convidando-a a descansar, a sentir, a se permitir…
Porque tardes frias como esta foram feitas para partilhar o calor de um abraço, de um sorriso, ou de um simples estar junto.