Talvez
Por vezes, temos de nos contentar com a tristeza, talvez seja esse o destino da vida: viver constantemente amargurados. (Furucuto, 2025)
E talvez seja esse o segredo: não conquistar a complexidade, mas reaprender a escutar o óbvio, a habitar o claro, a deixar-se tocar pelo simples. Pois é aí, no chão limpo da simplicidade, que repousa a grandeza que tanto buscamos.
Talvez você esteja agora torcendo para que alguém reconheça seu esforço.
Mas respire fundo e acalme seu coração: você não precisa convencer ninguém do seu valor. Deixe que pensem o que quiserem, que se sintam melhores — isso não diminui quem você é. Cuide da sua casa interior e valorize-se como realmente merece.
Porque pobre é aquele que se julga superior ao outro.
Somos voláteis, bipolar talvez. Isso quer dizer somente que nem sempre fazemos o que queremos fazer e às vezes, também fazemos por que não queremos e raramente, a gente faz o que quer.
MEU MUNDO AOS 40.
"Nunca soube ao certo o que queria, e talvez por isso tenha sido mediano em tudo. Fui um médio filho, médio irmão, médio amigo, médio marido, médio profissional e um médio Alagbê. Mas ser mediano, no meu caso, nunca foi uma zona de conforto, era a saída da zona ruim. Meu esforço sempre foi diário, a busca por ser melhor do que eu fui ontem, e isso, ao longo do tempo, me levou à mediocridade. Uma mediocridade que eu precisei aprender a amar.
Aos 40, passei a entender melhor o amor fati, de Nietzsche, no qual se passa a aceitar, ou melhor, a amar, os desafios do destino, por mais dolorosos que sejam. Para um ser mediano como eu, essa filosofia se traduz num esforço motriz de uma usina nuclear, pois é preciso manter-se no patamar mediano, mesmo já com 40 anos.
Antes, a mediocridade não era o meu aspecto principal de vida. Aliás, sequer achava que um ser mediano poderia ser bom, pois sempre me cobrei pela excelência. Mas hoje, aos 40, a minha excelência é ser mediano. E por isso celebro minhas médias colunas, médios joelhos, médios pensamentos, média visão e a minha privilegiada calvície.
Ao final desta jornada, ao chegar do lado de lá, caso ele exista, não aceitarei os dizeres, 'você não tentou'. Pois briguei muito para ser mediano. E essa foi a minha maior luta. Bem-vindo aos 40."
Às vezes a vida nos dá
pessoas boas
quando a alma está destruída.
Karma, talvez.
Quando sorrimos,
chega aquele que nos ferem.
Quando tentamos reconstruir
as cicatrizes antigas,
aparece quem acha poder consertar
algo que nunca quebrou.
E sabemos que:
quem tenta arrumar algo que não é seu
sai mais quebrado do que quem estava
com a vida em pedaços.
Hoje talvez a gente nem teria muitos motivos para sair da cama e ir a luta, mas se Deus nos dá um novo dia, um sol que brilha e nos aquece, nos dá a saúde mesmo que passemos por momentos difíceis!
Então se temos tudo isso muitas vezes sem merecer, porque ainda pensamos tanto!!!
Talvez amar seja como um algoritmo mal escrito...a gente tenta prever os passos,
calcular a rota mais curta até o coração do outro,mas sempre tem uma variável fora do lugar.
E mesmo assim, seguimos tentando.
Porque, no fundo, o amor não precisa ser exato,ele só precisa acontecer...como um erro bonito que nos ensina a sentir.
É tudo vaidade, e no fim só nos resta um buraco frio e talvez umas três memórias onde possamos morar.
Poema Bipolar
Hoje eu reconheço:
nem todo mundo fica,
nem todo mundo quer.
E talvez seja melhor assim.
Nessa dança de idas e silêncios,
eu não corto ninguém com as minhas arestas,ninguém me corta com a lâmina da ausência.
Entre o alívio e a solidão,
eu me divido.
Metade é paz.
Metade é vazio.
E sigo,com esse estranho consolo:
ser livre do que não me escolhe,e prisioneira do que ainda sinto.
A maturidade nos ensina muitas coisas, e talvez a mais sábia seja perceber que esperar não é demora, e sim preparo.
Insuficiente
Hoje me sinto insuficiente, talvez, quem sabe, se não fosse assim, a gente não daria certo?
Você merece mais.
Eu não consigo me ver somando à vida de ninguém.
Quem sabe em outra vida?
Quem sabe eu não tenha dado certo em outra realidade?
Realidade. Talvez devesse aceitar a minha...
Dentre tantas pessoas no mundo, você me escolheu
Não sou o mais bonito, nem o mais inteligente, menos ainda o mais bem-sucedido
Então por que eu?
Talvez devesse valorizar, agarrar para não soltar mais
Vai que por ventura você não percebe
E continuamos juntos até as chamas transformarem tudo em cinzas
Até lá, vou torcendo para não ter um lapso repentino de lucidez e perceber que não sou nem metade do que vê em mim
Afinal, o amor nos engana...
Quando notar que sou como o apêndice...
Hum... não me atrevo a imaginar esse dia
Mas até lá, vou sustentando sua fanfic.
Eu não sei se algum dia eu amei alguém de verdade. Talvez tenha sido só ilusão, desejo, ou a necessidade de acreditar que existia algo mais profundo. Lembro de sentimentos que deveriam queimar, mas que só passaram como faíscas apagadas pelo vento. Procuro na memória alguma lembrança intensa, algum olhar que tenha parado o tempo, mas tudo parece vazio, distante, como se eu tivesse participado de uma peça em que não entendia o roteiro. E, no fundo, talvez eu nunca tenha amado alguém… ou talvez eu tenha amado tanto que nem percebi.
Glaucia Araújo
Meus sentimentos de hoje
Aqui é vazio.
E talvez algum dia possa estar cheio.
Cheio de vida e cor.
Minha vida já perdeu o sabor.
Eu ando vagamente pelas minhas dores.
São tantos fatores...
Já estou indo embora, indo buscar meu final feliz como as dos livros infantis.
Não sei quando irá mudar para melhor.
Minha alma parece sombria.
Mas apenas está ferida pelo tempo.
Aqui é apenas um desabafo.
Muito mais que um choro é simplesmente um grito de desespero.
Aqui é frio.
E talvez algum dia esteje quente.
Minha vida perdeu o som bonito.
Agora é só som dos pingos das minhas lágrimas caindo sobre a mesa.
Enfim ando sem rumo por enquanto, tentando achar a rota certa no mapa da vida.
Amor estranho amor
Se souberes o que é o amor, me digas, pois não sei o que é amar. Talvez já amo, porém é difícil verbalizar.
O amor é um estranho sentimento que nos faz tão bem ao ponto de querer fugir de nós mesmo, nos trás medo por ser tão bom senti-lo.
Depois temos que desfazê-lo de dentro de nós.
OLHEI
Hoje eu tive medo, talvez porque eu tenha olhado para o mundo, não da mesma forma que olho todos os dias, hoje eu vi mais:
Dor causada pela pandemia, pela violência, pela maldade, pela fome, pela falta de abrigo, pela falta de amor.
Olhei para antes da pandemia e vi sofrimento, vi pranto, desespero.
A pandemia esconde muita coisa pior que ela, esconde o descaso com o próximo, esconde nossa falta de cuidado.
Experimentemos parar por alguns minutos e pensar em nos despirmos de nós, três coisas são gargalos entre nós e Deus:
1º O pecado - Paremos de falar tanto a frase: somos pecadores, isso já sabemos, porém, onde abundou o pecado, superabundou a graça;
2º Nós, sim, nós, somos tão orgulhosos que não abrimos mão de estender o olhar pra o lado, para o nosso “irmão” para ajudar, o mundo seria melhor se pudéssemos nos apoiar;
3º O próximo, aquele que nos fere, que não conseguimos perdoar, apesar de vivermos pedindo perdão a Deus e Ele nos perdoando, não por merecermos, mas, porque Ele é bom, o tempo todo diga-se de passagem. É muito fácil amar a Deus, Ele só nos possibilita coisas boas, faz alianças para nos salvar, entregou seu filho por nós, tem um plano pra viveremos eternamente, difícil é amar o próximo. Só que a conta não fecha, amar a Deus é amar o próximo e um não existe sem o outro, então, como fazemos?
Sua reflexão é a resposta…
O mundo está caótico por nossa causa, brigas, guerras entre vizinhos, irmãos, país, filhos, maridos, esposas, ex casais, funcionários, patrões, e, tudo isso pra nada. Não conseguimos aprender nem mesmo com nossos erros.
Quer mudar o mundo? Comece em você, comece libertando-se de si, tenha coragem de se importar com quem precisa, não é a pandemia que assusta, é o nosso livre arbítrio.
