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A Lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro

Nota: Música composta por Oswaldo Montenegro e publicada em 1999.

A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade
"Uma pedra no meio do caminho". Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1967.

O NÃO QUE TINHA ALMA DE SIM

"(...) Aonde está a força de negar um desejo se enquanto ele não é saciado continua existindo?
O tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens.
(...)Esse é o maior problema dos desejos, eles não aceitam não como resposta. Você só coloca um ponto final nele se for até o fim. E o fim pode ser um simples enjôo ou, na pior das hipóteses, a morte.
(...)O desejo me acompanhou até em casa. Muito , muito mais forte que minha nobreza em ter dito não.
(...)Tive medo de ser só desejo, porque para mim sempre foi mais. Prefiro ser perseguida pelo meu desejo, que não tem dia para acabar, do que ser abandonada mais uma vez pelo seu, que dura no máximo três horas."

O que tinha de ser

Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher

Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser

Vinicius de Moraes
Álbum " Vinicius de Moraes/ Maria Bethânia e Toquinho en La Fusa"

Nota: Letra da música composta por Vinicius de Moraes e Antônio Carlos Jobim

...Mais

O Primo Basílio

... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho.

Eça de Queirós
O Primo Basílio

Se o Diabo entendesse de mulher, não tinha rabo nem chifre.

Quando me disseram que eu podia apagar tudo que eu tinha escrito, acho que pensei que eu podia fazer o mesmo com as coisas que eu tinha feito.

Eu detestava pessoas tolas, que davam respostas superficiais, mas no fundo era uma pessoa saturada de tolices. Tinha muito que aprender para dar risada de mim mesmo. Tinha muito que aprender sobre a arte de desanuviar a cabeça, uma arte desconhecida no templo acadêmico.

A universidade que eu ajudei a promover formava alunos que não sabiam olhar para si mesmos, detectar sua estupidez, se soltar, chorar, amar, correr riscos, sair do cárcere da rotina e muito menos sonhar. Eu era o mais temido dos professores, uma máquina de criticar. Entulhava meus alunos de crítica e mais crítica social, mas jamais ensinara algum deles a curtir a vida. Claro! Ninguém pode dar o que não tem. A minha vida era uma droga.

Tinha orgulho da minha ética e honestidade, mas começava a descobrir que era antiético e desonesto comigo mesmo. Felizmente estava começando a aprender a expelir os ”demônios” que engessavam a minha mente e me transformavam num sujeito quase insuportável.
(Livro Vendedor de sonhos)

Augusto Cury
Livro Vendedor de Sonhos

Eu não tinha essas mãos calejadas, nem o semblante calmo, nem meus olhos tristes, nem tanto cuidado com meu coração. Eu não tinha as mãos tão frias, nem tantas cicatrizes, nem tantas lembranças. Eu não tinha tanto medo, nem tanta saudade, nem tanta angústia quanto tenho hoje depois de amar você. Mas também não tinha tantas histórias, tantas alegrias, tantos novos sonhos, tantas realizações, tanta felicidade. Permita que feche meus olhos, que emudeça, que eu sonhe de novo, pois são tão distantes as lembranças que mesmo assim parecem que as vivo todos os dias.

Eu não sabia o que era viver, antes de te conhecer.
Eu não sabia sorrir, antes de te conhecer.
Eu não tinha o mínimo de expectativa de uma vida plena e feliz, antes de te conhecer.
Eu nunca tinha amado alguém da forma que eu te amo, antes de te conhecer.
E detalhe, eu nunca te vi pessoalmente.
Se alguém, um dia disse que o amor não precisa de toque, não precisa de olhares, para existir, para ser verdadeiro, ele estava certo.

Não me vejo vivendo sem você, não me vejo em um futuro sem te conhecer.
Tu é a minha vida.
Te amo meu amor
Ree <3

Tem uma pedra me seguindo, só isso pra explica que tinha uma pedra no meu caminho.

Voce faz eu me senti tao protegido com seu abraco, mesmo eu sendo o homem da relacao. Amo estar com voce, me sinto no paraiso, é como se nao houvesse problemas comigo, problemas no mundo, entende? Contigo eu sinto alegria, ao teu lado eu sei apenas ser feliz e nada mais.

Inserida por MessiasGS

"Era uma vez uma mulher, ela tinha um namorado e não tinha ciúmes dele ..."
Claro que essa história é mentira !!!

Inserida por ThiagoSaraiva

Tinha mania de achar que sorte minha ter alguma coisa com você ou com ele. Mas quer saber? Sorte sua. Sorte dos outros 70 e tanto. E sorte de quem tiver a sorte de estar comigo.

Inserida por naianabbrum

Quando eu era jovem e não tinha dinheiro as garotas não me queriam. Agora estou maduro e descobri que não era falta de dinheiro!

Dura coisa é perceber que não se deve perder tempo quando o tempo que se tinha já foi perdido.

Inserida por Luizgsp

TRANSVERSOS

Tinha uma pedra
no meio do caminho
Tinha um poeta
caído ali
Tinha no coração
uma rima infinita
Tinha sua
desatenção
Nos olhos
tinha um poema
em linha curva
Tinha as mãos
nas mãos
que não tinha
Tinha o rosto
pintado no chão
Tinha debaixo
a sombra sangrada
Tinha ao lado
outra cara
que também tinha
levado porrada
E bem longe
da alma
outro corpo
que só
não se salva
Tinha o sonho
nos braços
de um anjo
aos pedaços
sonhado ali
Tinha uma pedra
no meio do caminho
Tinha um poeta
caído ali
mas não foi a pedra
não foi a porrada
O poeta caiu de si.

Inserida por OsicranAkdov

"Ela tinha tando medo de me perder,
Que acabou me perdendo para sempre."

Inserida por jilmarsantos

Ele tinha asas grandes o suficientes para me esconderem, para salvarem a minha vida e isso bastou para que eu ao menos conseguisse respirar novamente.

Inserida por TaciaO

Já não tinha muito, mas o pouco que eu tinha, era essencial.

Inserida por RicardoRezende

Na mata não tinha flor
Tinha o ronco do motor serra
Passarinhos indo embora
Em busca de novas florestas
O que antes era verde
Um cinza se tornou

Na fonte que jorrava água
Riacho límpido secou
A Jaguatirica partiu
Caminho de pedregulho se formou
A bruta ignorância do homem
À terra Desertificou

Agora vem um estranho
Dizendo ter a salvação
Pois é um ilustre doutor
Um notório conhecedor
Do sistema ambiental

De joelhos eu pergunto
Meu senhor,
Meu senhor
Para esta mata atlântica
Este bioma em dor
Onde mora o salvador?

Marivaldo Pereira Souza Mperza

Inserida por Marivaldopereira

Eu tinha resolvido fazer uma faxina no meu quarto. Esvaziei todas as prateleiras e gavetas, joguei tudo no chão e fui limpando coisa por coisa antes de devolve-las ao seus lugares.
Burrice minha! É claro que eu não conseguiria arrumar tudo aquilo de uma só vez.
Acabei me distraindo com as relíquias que encontrei e perdi o entusiasmo pela arrumação. Ficou tudo jogado, até que a diarista veio e guardou tudo nos lugares errados para que pudesse me deitar na minha cama e caminhar pelo quarto sem ter que me desviar das coisas. Agora, quando procuro minhas coisas e não as acho, não posso sequer reclamar, já que ninguém tem culpa por eu ser tão desorganizado.
Minha desorganização não me preocupa tanto quanto minha mania de deixar as coisas inacabadas, como eu fiz com a "faxina" por exemplo.
Meu computador está cheio de textos sem desfecho, minha estante tem um porção de livros lidos pela metade e existem dezenas de filmes que comecei a assistir e não terminei. Às vezes passo dias trabalhado em uma ideia e desisto com a mesma facilidade antes de colocá-la em prática.
Não é que eu não seja fiel aos meus ideais - tenho minhas convicções e chego a me irritar por eu ser tão inflexível.
Eu me refiro as coisinhas pequenas, como escrever uma carta, aprender um instrumento, experimentar uma receita. É como se nada fosse interessante o bastante para manter minha atenção focada.
Eu sempre fui meio hiperativo, então quando as coisas começam a me entediar, eu desisto logo, ou então, as troco por outras que me chamem mais atenção. E isso me incomoda, porque eu sei que a vida exige perseverança. Eu não posso desistir dos meus objetivos antes de alcancá-los, por menor sejam, pois se isso vira um hábito eu me torno uma pessoa sem propósito algum.
Felizmente, se minhas vontades são promíscuas e efêmeras, meus sentimentos são por demais persistentes. Eu não desisto de um amor só porque está complicado, desisto somente quando não há jeito. Não troco de amigos somente por eles não serem divertidos. E outra coisa! Eu não deixo as coisas pela metade quando faço para outros, pois eu sei que é importante para eles.
Talvez seja isso que esteja faltando em mim, certeza das coisas que são realmente importantes para mim.
Eu paro e penso, "não vou morrer se eu não fizer ou concluir isso" quando na verdade eu deveria pensar "vou fazer e concluir, porque é importante para mim!" Eu preciso parar de ter vontades e começar a senti-las, pois aquilo que temos, podemos perder, porém sentimento é como energia; não se cria, não se perde, simplesmente se sente e se transforma.

Inserida por Mateusdony

Apenas ele tinha o poder de me fazer sentir infinitamente bem. Éramos doces, tínhamos uma sintonia que parecia inabalável. Mas tudo acabou. E da forma mais amarga que poderia.

Inserida por allanapaciornik

Planetinha? Tinha.

Humanidade?
Não deveria ser
Uma unidade?

Inserida por FrancismarPLeal