Tag tiago
Não é tão simples pensar nesse tal de autoconhecimento, afinal, antes de nos conhecermos somos apresentados a nós por nossos pais, pelos meios sociais da primeira infância, depois lentamente nossas percepções do mundo de uma maneira mais individual vão se formando, entretanto em sua grande maioria somos treinados ( concientes ou não disso) a olhar por pontos de vistas pré ensinados.
Onde de fato mora a autonomia de pesquisar a si mesmo e entender nossas emoções, o que gostamos, quem somos, qual é nossa marca no mundo... a vida é toda engraçadinha nesse aspecto, é como se fosse uma espécie de caminhar no escuro com as mãos e pés amarrados.
Um tremendo desafio, mas faz todo sentido a cada pequeno pedaço de chão desconhecido que percorremos na estrada misteriosa de nós mesmos.
Tiago Szymel
O novo darwinismo é a arte de pensar em como se transformar diariamente em uma auto versão obsoleta e evoluir para a próxima descoberta.
Tiago Szymel
A mesmice me incomoda, a rotina me sufoca, não suporto pessoas acomodadas e não me venha
com seu papo furado. Meu pensamento é crítico, meu raciocínio é lógico, não espere acontecer, seja você a melhora, só você não percebe que seu argumento é ilógico.
Um conto sobre a perfeição
Em uma pequena aldeia existia um ancião, muito sábio, o qual todos o chamavam de mestre. Ele era muito respeitado por seus ensinamentos que eram repassados a outros, principalmente os jovens.
Certa vez, um jovem muito inteligente e perspicaz, buscou o mestre com uma grande dúvida a qual o angustiava muito:
- Mestre, por que a perfeição é algo tão difícil de se alcançar?
O mestre muito calmamente o respondeu:
- E você saberia me dizer o que é a perfeição?
O jovem pensativo, depois de alguns segundos em silêncio disse ao mestre:
- Perfeição para mim é fazer tudo certo e no tempo certo.
- Pois bem jovem, vou te convidar a fazer um exercício, talvez com ele você possa realmente saber ou confirmar se sua percepção sobre perfeição está correta, disse o mestre.
O jovem curioso logo se mostrou interessado. E então o mestre continuou:
- Vá para sua casa e amanhã nos encontramos, porém traga consigo um lápis e algumas folhas em branco. Assim o jovem o fez. No caminho para casa os pensamentos borbulhavam em sua mente:
- Por que será que um grande mestre como ele não teria a resposta para o que busco? E por qual motivo ele pediu que eu voltasse amanhã? E ainda trazendo lápis e folhas em branco?
E assim o jovem foi caminhando rumo a seu lar. A noite chegou. O sol raiou. E o curioso jovem se preparou para o encontro com o mestre, conforme suas orientações: papéis em branco e lápis nas mãos e assim seguiu ao encontro do sábio.
Chegando a casa do mestre ele já aguardava o jovem, e pediu-lhe:
- Jovem, vejo que seguiu minhas orientações, e traz consigo os papéis e o lápis. Muito bem!
O jovem olhava o mestre com muita ansiedade e então o mestre continuou:
- Pegue um de seus papéis e seu lápis e desenhe para mim aquilo que nesse momento você considera perfeito.
O jovem com muita avidez pegou o lápis e o papel e desenhou uma mulher e entregou ao mestre:
- Poderia me dizer quem é essa mulher jovem?
- É minha mãe mestre.
- E por que sua mãe seria a referência de perfeição para você?
- Ora, porque ela é uma boa mulher, se dedica a família e cuida muito bem de todos.
O mestre com sua costumeira calma se dirigiu ao jovem:
- E você já a viu errar?
O jovem se pôs a pensar alguns segundos e respondeu:
- Sim. Uma vez a vi deixar o leite derramar ao ferver.
- Pois bem jovem, sinto lhe dizer que sua nobre mãe não é perfeita, em alguns momentos ela se descuida. Mas vamos continuar nossa tarefa. Pense mais um pouco e pegue mais uma folha e desenhe um outro alguém ou coisa que te remeta a perfeição.
E lá foi o jovem se debruçar sobre o papel em branco e dessa vez desenhou uma criança e mostrou ao mestre.
O mestre olhou e perguntou:
- És uma criança. Quem seria?
O jovem sem titubear respondeu:
- Meu irmão de cinco anos.
O mestre então lhe questionou:
- E essa doce criança já te desapontou?
O jovem se pôs a pensar e respondeu:
- Sim, ele já brigou com um amigo.
E assim o mestre se dirigiu ao jovem:
- Perceba jovem que essa doce criança não é perfeita, pois já experimentou do gosto da raiva e com ela tentou ferir o outro. Tente mais uma vez.
O jovem se debruçou sobre o papel empunhando seu lápis e assim surgiu uma paisagem. Ele mostrou ao mestre e ele disse:
- Uma linda paisagem! Podes me dizer onde é?
- A vista da janela de minha casa, disse o jovem.
- E me diga querido jovem, essa paisagem representa a perfeição para você?
- Sim.
- E por que? Interrogou o mestre.
- Porque é uma obra divina! Exclamou o jovem.
O mestre com muita calma se dirigiu a janela de sua casa e pediu ao jovem:
- Então tenro homem, desenhe o que entendes por divino.
Com afeição assustada o jovem se manteve imóvel por alguns segundos olhando o papel. Após um longo tempo ele disse ao mestre:
- Mestre, sinto muito, mas não consigo!
O mestre com toda a serenidade disse:
- Mostre-me o que não consegue.
O jovem então expôs o papel puramente branco, sem nenhum sinal de grafite.
O mestre fixou o olhar no papel e então se dirigiu ao jovem:
- Você acaba de saber o que é a perfeição, meu querido!
O jovem muito confuso questionou o mestre:
- Mas como? Eu não toquei o grafite do meu lápis no papel!
E o mestre com um leve sorriso ao rosto se aproximou do jovem e disse:
- O divino é perfeito, por isso ele não tem forma, cor ou traços. A mais pura perfeição está no papel em branco! Não há definições, nem traços! A perfeição pertence ao divino e não aos homens! Por isso a perfeição se torna um mistério desafiador para você meu jovem! Deseje viver, tenha compaixão, empatia e confie na força divina e deixe a perfeição por conta do universo!
Assim o jovem seguiu seu caminho com a resposta perfeita em suas mãos.
Tem-se procurado Deus pelo quatro cantos do mundo. Clama-se por Ele de forma obstinada, quando na verdade o Deus mais sublime habita dentro de nós. Basta dar a oportunidade para ouvi-lo.
Para mim, é mais virtuoso angariar triunfos sob uma montanha de erros próprios, a vibrar por uma vitória conquistada através dos meus julgamentos sobre o outro.
Manter-se em equilíbrio emocional exige esforço. Não me refiro aos esforços para evitar afetos, mas àqueles que demandam da alma uma sobriedade de se manter sabiamente em si.
A percepção predominante na América Latina é de que a teologia é um mero passatempo de intelectuais, quando na verdade deveria ser tema indispensável para a vida. A culpa da teologia ter se transformado nesse joguinho efêmero, em suma, é de responsabilidade dos próprios teólogos que "profissionalizaram" a reflexão teológica e a insularam das outras disciplinas humanas, privando a teologia de cumprir seu papel na história.
Por isso teologias como a da Libertação e da Missão Integral se fazem necessárias para retomar o diálogo multilateral com as diversas áreas do saber e os variados movimentos que compõe a cidade.
As igrejas deveriam sim promover mais diálogos (e eu não disse monólogos) sobre as pautas da cidade como: igualdade de gênero, racismo, política, economia solidária, inovação, programas de transformação social, práticas sustentáveis, saúde mental e etc.
Eu diria que é no mínimo irresponsável que os líderes eclesiásticos sigam mantendo a teologia e a igreja numa ilha.
"Dizer a alguem que ele e um infeliz sem sorte na verdade todos nos somos infelizes so por ter vindo a esse mundo cruel"
Os filhos dos militares, embora constituam família, negam seus casamentos pra continuar recebendo a pensão dos pais. É tudo uma questão de bom senso; se os militares serão aqueles que nos livrarão da corrupção, é melhor que eles comecem por suas próprias casas.
Cidadãos de bem com sede de sangue, clamando por perseguição militar, implorando o retorno das torturas do DOI-CODI, pranteando por uma moralização que vem pela força da arma, do cassetete e da censura. Se esses são os cidadãos de bem, D'us nos livre dos cidadãos do mal!
Olhando para o futuro consigo contemplar o passado de forma muito clara, vejo tudo se repetir como se fosse uma peça de teatro, na verdade um clássico do teatro pois estará em cartaz eternamente a unica coisa que muda de verdade é o cenário e os atores que representam os mesmo personagens.
texto de: Tiago Maia