Tag ternura
Tão perdido
.
Se me negares o teu corpo
Não me negue o teu amor...
O teu desprezo
Condenou-me como estou.
.
Afastaste a sombra do desejo
Que de mim não se apartou,
Ganhaste mais de mim
Que ao teu amor se entregou.
.
Agora sou em parte
O que dantes eu não fora
Por causa deste amor...
.
Quem te procura já não encontra...
Quem te encontra
Não procura o que eu procuro,
Quando eu me vejo
Tão entregue a esse amor.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Te amava
.
Eu te amava...
Como agora amo
E te amarei.
.
O tempo é só um bocado
Do muito que te amo
No amanhã que te amarei...
.
Se te amei só um pouquinho
Hoje amo mais um pouco
E amanhã um pouco mais te amarei.
.
Vivo o hoje que te amo
Como outrora eu te amei,
Do “pouco a pouco” que amarei...
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Tenho aprendido tanto que, se me perguntarem quem sou, digo que não me conheço. Sou metade humano, outra metade tropeços.
O céu não é azul. As cores que pensara enxergar, não existem. O mar não é calmo. E as ondas com todo seu poder danificam. Tentei escrever algo gracioso, mas o inverso me veio assim sem coerência. ah inverso!... Existes realmente? Ou és apenas circunstância inventada por mim?
'INCÓGNITA'
Foste incógnita que aprisionou pensamentos.
Fizeste da vida inútil beleza.
Ficaste incompreendida em ser tão verdadeira e
era tão gigante em fazer felicidade.
Permaneceste viva diariamente em sólidos pensamentos
porque fixastes paixão aos olhos.
O imenso está na grandeza do simples.
Por isso foste tão intrínseca.
Pena, o mundo não parou
e Deus era apenas mito.
Retratos degeneraram-se e
o tempo destruiu significados.
Incógnitas apareceram mas
não tinham a luminosidade do A.
Desejo-te não apenas felicidades,
mas a forma completa.
'ULINETE'
És graciosa,
como o ouro fino.
Todos sabem lá no íntimo,
demonstra delicadeza.
Tem no coração tanta beleza,
e o sorriso abrasador.
Se a vida é cheia de dor,
ela soube ser mais forte.
Com garra, desejo e norte,
venceu guerras impossíveis.
Derrota é inadmissível,
para uma mulher com esplendor.
Tinha tudo e nada. Felicidade e castigo. Paraíso e inferno. O extremo disso tudo está além. Não tem rotas. Apenas acontece. Não dá para abraçar o que está íntimo e ao mesmo tempo distante. Nessa imensa e inóspita vida, somos gigantes e marionetes ao mesmo tempo.
'VOCÊ'
Tão desconhecida
Mas que existe aqui
Aqui próximo
A latitude pouco importa
O importante é que existe
E pode se tornar extensa
Tão extensa que...
Desconhecida será pretérito
'PAREDES'
As paredes dizem muitas coisas.
São olhos que rodeiam.
Algumas parecem falar.
Presenciam.
Quando mudamos e elas ficam,
um pedaço fica ali.
Gravado.
Cada parede é um retrato
que tanto presenciou.
E quando se tem uma ligação íntima,
elas fazem parte.
É um velho amigo de infância.
Tantas lembranças vêm.
Algumas estão intactas.
Vigorosas.
Outras caíram.
Rachaduras perceptíveis
quando mal construídas.
Tantas escondem suas vulnerabilidades com tintas.
Têm aquele esplendor aparente,
mas por dentro, apenas resíduos.
Poucos não a percebem.
Ali. Parada. Muda.
O essencial é saber que,
elas permanecem vivas.
Com suas particularidades.
Fazendo parte das nossas vidas.
A maioria delas, sem importância.
'AMOR INDULGENTE'
Quisera descrever o Amor na sua maior extensão. Amor que outrora faz-se tenro. Novo nos corações que suplicam um caminhar aquém.
Ver-se tanta admiração nos equívocos do Amor, que o próprio Amor, deixa de ser peculiar. E vai se transformando nessa dimensão sem precedentes. Ora opaco. Ora lúcido. Sem dissensão. Mas que deixa rastro. Uma trilha que, sem a qual, não se teria muito de significado.
Tantos minutos deteriorados na tentativa de abraçá-lo e outros para deixá-lo ausente. Quando próximo, quis-se distância. Quando distante, quis-se imediato.
Eu te ovaciono. Não pelo que fazes, mas pela autenticidade da tua essência. De estar presente mesmo na ausência. Do poder transformador de dá compreensão ao que no fundo, nunca se compreendeu. O mais admirado e extenso das abstrações que se faz presente. Que esse mundo de confusão te admita e te segure no ombro.
'QUERER'
Queremos tantas coisas. Mas apenas uma é relevante. Custa-nos descobrir o que realmente é. Tem descobertas que assolam. É conveniente guardarmos a sete chaves, pois, pouco importa extravasarmos o que nos pertence. O contíguo sufoca.
Quisera termos a ingenuidade dos loucos. Sim. Desses que não se importam com a chuva e o sol. Temos mundos diferentes, porém, a direção é a mesma. E seguimos... sem saber o que realmente queremos. Sabemos, mas fingimos com habilidade. Que nosso eu extravase. Que sufoque. É isso que nos deixa parcialmente vivos: o querer que inquieta e o extenso caminho a prosseguir.
'PARÁGRAFOS'
Às vezes acordo na madruga e
ponho-me a pensar sobre o universo.
O meu universo.
Tão fechado.
Tão inóspito.
Aos meus tímpanos barulhos vários
e à minha inquietude o frio matinal.
Sou levado a filmes que
repetidas vezes já o assisti.
A melancolia e o desespero assombra-me.
Encoraja-me.
Olho para o reflexo embaçado no espelho.
Penso: já não sou o mesmo do café da manhã de ontem.
A cama há muito está vazia, exceto por uma sombra
que durante décadas não se achou.
Encontra-se perdida.
É uma alma penada com decreto temporário.
Aprisionada.
Não a prisão destinada aos malfeitores.
Quisera fosse.
É a prisão do inacabado.
Do incômodo.
Do inconformismo.
'CORAÇÃO?...'
Meu Coração
Sem Cor
Sem Ação
Mórbido
Diluído
Com presságios
Sem canções
Que não me levam
Olhar inerte
já cansado
Sem Reflexo
Que não é sábio
Que vive
Que não vive
Quebrado
'ELA'
A conheci. Foi assim que aconteceu.
Não tínhamos a chama que abrasa.
Tampouco a sensação que estarrece.
Olhares que não se atraem.
Invólucro que aquece.
A incidência diria que ela não iria fazer parte.
Destino insignificante e controverso.
Escória dos que esperam.
Foi assim que ela se apresentara.
Não perguntou se eu desejara ou se tinha remorsos.
Ficamos amigos. Não tinha outra saída a não ser
fingir-lhes amigos de sangue.
Nesses entraves, pouco lembro-me dela.
Gostaria de lembrar mais vezes, tê-la em meus
pensamentos com afinco, ultrapassar a mera visão
de mortal que és. Tê-la sôfrega aos desejos que aspiro.
Resultado do inesperado, ela representa pouco.
O pouco que imortaliza. Temos um pedaço em comum
que mais atraí que repulsa.
É isso que faz a heterogeneidade da vida.
A vida que não pedi, mas que agradeço.
'O OLHAR PARA O MUNDO'
O pequeno olhar para o mundo. Olhos cheios de lágrimas. Chega-se de supetão arraigando dores. Inocente. Displicente nos gestos. Sem maldades ou maculas. O coração acelera os dias sonolentos. E o 'haja', após algum tempo, tem sabor amargo e cansaço...
'Destino' é palavra certa. Sem nomes, só cores desbotadas! Lá fora há pessoas atônitas. Suplicando notícias e explicações sobre a vida já sem respiros. Mórbidas, as mazelas ficam ocultas por um tempo. O 'antes' é suplicado com os braços encorajando súplicas. Respostas não veem assim de imediato...
Tentativas e ruínas misturam-se. O vento sonolento, tenta abrandar significados vãs. O sol fecha os olhos e o horizonte foge ao coração. Trás sabedoria! Forças para enfrentar tempestades! Ninguém ouve vozes de retratação, ou pedidos de transformações futuras...
A tábua escrita em pergaminho tem difícil compreensão. A vida mui semelhante esconde a essência para o bem viver. - Para quê sentidos passageiros se a melhor explicação está sob o véu, guardada à sete chaves? As rotações deixam a vida sem espiritualidade. Sem verdades para adocicar a pobre criança, sedenta de compreensão, alívio e essência...
'MEIAS VERDADES'
A perda do encantamento do mundo impacta o café da manhã na sala. Verdades sejam ditas: o almoço ao pé da cama redireciona tristezas, avarezas e estranhamentos cotidianos...
Filhos jogam os abraços de lado (como toalhas) e as pessoas tornam-se mortais de fato. Obcecadas à ocultar lágrimas que fingem não existirem. O olhar para os livros empoeirados é esquizofrênico. Explodir palavras trás assentimentos vários...
O ofício tão sonhado deixa o corpo prorrogativo. Depressivo ao tentar levantar da cama aconchegante e condolente. A semente não há de germinar em meio a tanta confusão. Entre criaturas asquerosas por natureza...
O ponto no universo deve deflagrar-se por si só. As tentativas de melhorá-lo é psicose. Arraigar aquela plantinha no sobrado é imperceptível aos olhos do impossível. Meias verdades para aqueles que veem um mundo florido e cheio de esperanças...
QUEBRADIÇO'
Nas cicatrizes levanta-se
Abraçando as dores do mundo
Fitando ruas...
Fez dos fantasmas amigos
E da solidão crua
Razão para celebrar...
Sem cogitar
Triturou paralelepípedos agudos
Acenando esperanças...
Sem perfeição
E sabor agridoce nas veias
Afogou-se em desesperos...
A rua é imensidão
Futuro desolado
Generoso nas horas incertas...
Mas sempre compartilha o pouco pão nas intempéries
E faz da vida ilusão
Ópticas várias no amanhecer...
É criança sem reação a transbordar
Ansioso por respostas
Descrenças...
Quebradiço
Ele espera lá fora
Veemente por casulos...
[novas ausências]
ANOS 80
Era fraco e franzino
Menino de rua descobrindo sentimentos
Anos oitenta era assim:
Liberdade no peito
Meio sem jeito ele abraçara a esperança
Bonança em meio às tempestades
E os dias vieram melhores
Saltitante como as flores
Espalhando saudades...
'ABELHAS'
Sob a mesa amarroada,
abelhas polonizam a carne crua.
Zumbidos ao redor de um copo caído parece infinita cena.
Embebidas com o cheiro acre,
destilado,
decalque...
Próximo a elas,
papéis jogados,
acolhendo a letargia de algumas,
veemente saboreando seu pedaço de carne.
Asas parecem bater mais fortes,
volúpias,
vaidades, ...
Para onde fora o própolis?
Sem significado,
os papeis sofrem:
abelhas já mortas,
sem voo,
empalhadas pelo próprio 'mel' que criara.
Vilipendias,
caminham lentamente na emoção...
Parado na reflexão,
a casa de palha observa-me petrificada.
Serás casa nos dias que virão?
Ou apenas lembranças de rodas dentadas?
Tudo será abelhas,
engrenagens?
E em meio a tantas,
sopeio as que ainda restam.
Mas outras voam sem rumo,
sempre a procura,
carnes cruas,
colmeias...
Peço perdão por meus traçados mas se fizeram necessários na exatidão!
Muitos que aqui estão entraram em contato comigo me questionando o porque de minha ausência na rede Facebook e por este motivo tirei um tempinho para traçar algumas linhas em resposta .
Eu não me sinto confortável no meio de hipócritas, malévolos, alienados políticos, agressores verbais das opiniões de outrem e tão menos de hostilidade.
Não gosto de estar no meio dos terremotos de algozes e tão menos de imundices mundanas...
Existem inúmeros porquês! ...Mas um assunto que me deixa enojada é esta exposição de pessoas que muitos insistem em lamiar e propagar. Difundem assuntos horríveis sem saber de sua autenticidade.
Muitas das pessoas expostas não podem, não querem ou nem sabem que estão sendo jogadas à uma vitrine de egos Intumescidos
As pessoas estão compartilhando e curtindo assuntos de somenos interesse, conteúdos trágicos sem o maior senso de noção de que talvez pessoas de bem não estejam interessadas em se deparar causando dor, sofrimento e tormento tais como: pessoas mortas, crianças doentes sofrendo, torturas, violência com idosos, animais, exposição de crianças' apenas com um único intuito e interesse alheio como curtidas, visitações em suas paginas ou melhor dizendo querem (notabilidade, glória), nem se quer sabem ou se preocupam em buscar a veracidade dos fatos reais. As pessoas não estão pensando, tão menos sendo racionais (um bando de zumbis enfatuados seguidores da massa ).
Não esqueçamos nunca que fazendo isto acabamos que gerando mais violência e ódio para nossa sociedade, acabam fazendo mau à inocentes que não podem se defender.
Antes de ficarem expondo difundindo tamanhas barbáries comprovem a veracidade, antes de qualquer atitude.
No mundo de hoje onde a palavra de um homem vale menos que um grão de areia se faz necessária à avaliação dos fatos, e da comprovação da verdade, explanando ausência de contradições e da eliminação das dúvidas.
Da mesma forma, numa situação de denúncia sobre atos que podem incriminar um indivíduo, é indispensável a investigação da veracidade dos fatos antes de aplicar qualquer que seja a sentença.
Não esqueçamos que estamos vivenciando uma era repleta de truques tecnológicos que modificam vídeos, fotos etc...com o único intuito de ludibriar suas mentes e injustiçar pobres inocentes.
Vocês querem fazer o bem? Saiam de suas zonas de conforto e leve benevolência na prática à quem realmente as necessita.
Isso é uma crítica e quem acha que estou errada por gentileza se excluiu de minha página não me fará falta alguma.
Me recuso a continuar vendo este tipo de conteúdo,coisas do mau que não me somam, não me evoluem em nada e tão menos resolverá o problema .
Não temos que propagar ou difundir o mau e sim cortá-lo pela raiz.
Você pode ter o poder de atenuar e aplacar os males ou se tornar um algoz! A escolha é somente sua !
Mas nunca nos esqueçamos que ambos produzem efeitos colaterais adversos dependendo de cada situação.
Toda atitude na rede gera uma reação em cadeia, então tomem muito cuidado e sejam prudentes e responsáveis.
Autora A.Kayra
Fios volumosos e encaracolados, ternura sedutora, mar de sentimentos acalorados, ondas expressivas nas tuas curvas, atração cintilante nos teus olhos, paixão abrasadora, formosura exuberante, coração intenso, semblante audacioso, olhar sedento, universo majestoso, um aspecto muitas vezes discreto, já em certos momentos, é provocante, misterioso, mas de um jeito ou de outro, é interessante, um amor caloroso, profundidade entusiasmante ao mergulhar cada vez mais fundo, amando-te e fomentando a tua felicidade, um feito e tanto, havendo a devida mutualidade.
Neste instante oportuno, adentro numa fascinação hipnotizante por sua venustidade de cor calorosa, natureza exuberante, a suavidade de belas curvas, ondas exultantes de um mar veemente, um banho aprazível de ternura através da sua desenvoltura que é bastante atraente e em certos momentos, misteriosa, de qualquer forma, sempre avivada por seu fervor incessante, uma paixão ardente que se renova com um lindo florescer ainda mais impactante, assim, sua presença é maravilhosa, fortemente, emocionante.
brindo à vida nesta manhã de certo modo aprazível, cruzam-se pássaros na memória, ouço o vento por entre as árvores, nem tudo está perdido, percorri, caminhei, voltei a recordar a vida e a distância com a ternura deste inverno que brota vida à minha volta...