Tag terminar
Os dias vão passando, lentamente.
As despedidas as vezes nem acontecem,
Só fica pairando no ar a nova morte.
E sabe lá, quem será a próxima vítima dos dias.
A vida me surpreende, quase que sempre.
Parece que é emaranhado de variáveis
Dentro um função descaracterizada.
E morre corre como descontinuidade,
Apesar dela própria ser constante no tempo.
Se começar uma coisa termine, se não, viverá a vida pela metade, seja por castigo ou pela lei da lógica.
Nem sempre um relacionamento é só alegrias. Criticar e brigar faz parte de um namoro ou casamento saudável.
Deixa pra lá!
Como se fosse possível.
Karma!
Nunca deixa nada para lá.
Tudo retorna.
Hoje, eu sinto o que a solidão com vista para o mar.
Virou!
Em minas não tem mar.
Mas tem solidão.
E para compensar, dobrou a sensação.
Sinto que sou pouco para o mundo.
Sinto que sou imundo,
Que para nada presto.
Tudo que vem da terra, semeado foi.
Quando eu morrer, saiba que tudo que dizer não vai contar, não terá efeito algum, sabendo que tiveste inúmeras chances de o dizer enquanto estava vivo.
Decepção
Em todos os nossos vários anos de vivência, nós passamos por todo tipo de experiência... Da mais profunda depressão e tristeza até o mais antiquado e obsoleto amor verdadeiro. Todos já sentimos inveja, orgulho, raiva, felicidade, revolta, dor, arrependimento, sofrimento, loucura e solidão, mas com base em todos esses sentimentos, eu posso afirmar com toda a certeza que não a nada mais devastador do que a decepção.
Você devia se entregar verdadeiramente a quem te tem, se entregar de corpo e alma... Pois é muito difícil conquistar a confiança de alguém, mas em compensação, perde-la foi a coisa mais simples já inventada.
Slá, só mais um café.
Da mesma forma que o amor chega, ele se vai. Manso, pisando leve, devagarinho. Impossível precisar o exato momento da chegada e da sua partida também.
Corre o rio, morro a baixo.
Correm cortinas nos tilhos,
Peixes em riachos.
Matilhas de lobos transvestido de ovelha
Jantam cordeiros no jornais.
Jornais escritos por chupa-cabras, por sinal.
As lebres, que morrem sem refletir sobre a morte.
E são domesticas por ovelhas,
Por velhas mentes.
Consciências com engrenagens corroídas
Pelo tempo.
Por não aceitarem um novo tempo.
Ovelhas de três olhos olharão para nosso rebanho,
Como nós olhamos para as cabras da idade média.
As ovelhas de três olhos, comentarão entre si,
Sobre as ideias atrasadas de tal ovelha da vizinhança.
Se assemelhando as cabras comuns, de dois olhos.
Revoluções por segundo.
Percepção periódica.
Rota caótica.
Uma das maiores dores do ser humano é, sem dúvidas, a de dizer adeus a alguém que amamos ou que, por muito tempo, foi o amor da nossa vida.
A nossa alma, embora machucada, ou cansada, ainda está conectada àquela energia, um tanto quanto desgastada e apagada, mas está. Quando decidimos romper o relacionamento, o rompimento se dá em todas as esferas possíveis. O choque é inevitável na área da memória do que foi bom, dos lugares por onde andaram e foram felizes... das comidas que dividiam, do cheiro, das conversas, de tudo o que compartilharam e, que, naquele exato segundo de tempo, fazia muito sentido. Milhares de fotos, vídeos, milhares de lembranças de um tempo bom em que tudo parecia que ia durar para sempre. Parece um desmembramento, um corte profundo, parece que leva um pedaço de você. E, de fato, leva.
Tudo, absolutamente tudo o que foi bom, faz falta. E como faz. O som da voz, o rosto, a velha camiseta em que você deitava a cabeça, e se pegava imaginando como seria o futuro entre ele e você. Embora, no final dos tempos, as imagens na sua cabeça fossem mais duvidosas e incertas, era bom estar naquele conhecido cantinho tão seu, quentinho e confortável.
Mas a vida muda. As pessoas mudam. Você muda. Os planos passam a não ter o encaixe perfeito. As discussões se tornam cansativas. A realidade fica pesada. E você já não acha tanta graça andar naquele jardim bonito de mãos dadas com seu amor... já não tem tantas expectativas sobre o futuro. As incertezas insistem em aparecer quando se olha no olho do outro. Para onde foi aquele casal tão perfeito e cheio de energia e esperanças de um futuro bom? Deu lugar a um casal desanimado, com medo de falar de planos, por medo de ver o quanto discordam e o quanto estão desconectados.
Se você já chegou no rompimento, sabe que, primeiro, teve de aceitar o peso da derrota. Teve de encarar que o futuro que desenhou na cabeça não iria nunca mais acontecer. Nem de verdade, nem em pensamentos. Os sinais já nos foram dados lá atrás, no passado, e agora tudo vem à tona, daquilo que você nunca quis enxergar. Este lugar é sombrio e frio. Você não sabe se sente culpa por não ter enxergado, ou se sente tristeza por não ter conseguido, ou se sente bem por ter, finalmente, percebido. E como é difícil a aceitação de ter que deixar ir. O cérebro nos leva para a lógica do desapego, mas o coração nos leva para o aconchego da ilusão. Será que não poderá, ainda, dar certo? Será que não tem mais chances?
Você pega a última esperança que existe, pega toda a força do ar que entra e sai de um suspiro, pega o que é de mais sagrado nas suas entranhas e profundezas e tenta mais uma vez, tenta consertar o que já tá quebrado, tenta sentir aquilo que sentia antes, tenta resgatar as boas memórias e ressuscitar a imagem errônea que você tinha do outro e do relacionamento. E aí, mais tarde, o choque da realidade é mais bruto do que o anterior. A briga se torna mais feia e mais desconexa, a vida fica sem total sentido. As dores aumentam a cada conversa, a cada palavra trocada. Dói ter que desistir, mas ficar parece que dói eternamente. Parece que doerá mais a cada dia.
Você percebe que chegou a hora de mudar. Aquele ciclo já se encerrou, e você se machuca demais tentando caber nele. Machuca o outro por não soltar. Você imagina os rostos dos parentes e conhecidos, assombrados com seu rompimento. Imagina aquele lado do guarda roupa vazio. E o seu coração mais vazio ainda. Imagina os sonhos daquela viagem junto indo embora, como uma nuvem que se dissipa no céu. Imagina a caminhada sozinha. Imagina ir à padaria sozinha. Imagina passar o final de semana inteiro sozinha. Imagina a sensação de abandono ao ir ao mercado e não ter ninguém para segurar a segunda sacola.
E, depois, você se dá conta de que você sobrevive, afinal, você precisa continuar respirando. Se dá conta de que existem milhares de pessoas se desconectando diariamente e que irão sobreviver também. Você se lembra de ter sobrevivido a isso uma vez, duas vezes ou mais. Se lembra de que ainda dá para ir à academia sozinha e cuidar de você, que dá para achar sentido em fazer o cabelo no salão, em fazer as unhas e colocar aquele vermelhão, que dá para ir ao cinema e gostar da pipoca e do filme. Você continua vivendo, de maneira diferente, mas continua vivendo. Você não entende por que, mas continua em frente.
Até que, lá na frente, com o homem certo, abraçada na chuva recebendo o melhor beijo do mundo, você obtém, finalmente, as respostas, e todas as vezes que você foi desconstruída, fazem total sentido, e o mundo poderia acabar ali. E o melhor de tudo é que ele não acaba.
A ideia não é necessariamente começar bem, mas finalizar bem, pois tem muitos que do meio para o fim irão perder, desfazer ou desconstruir tudo!
-Vida cristã!-
De que adianta o meu desejo
se ele não é nem um pouco o teu desejo
de que adianta eu me dispor
e você se indispor
uma verdade
O silêncios gritam
só não entende quem não quer
e eu meu amor
sou especialista em silêncios
acho que a pena
não vale a pena
ela não paga o crime que se cometeu
nem restitui a honra perdida
não, não vou ser teu algoz
até queria ser o teu amor
mas teu algoz, não
não tenho vocação para consciência pesada
nem para deixar para depois
por isso e por tanto
preciso decidir
como disse Efigênia
vou tirar o meu time de campo.
