Tag superficialidade
Em organizações do "saber",
Um intercâmbio comercial se vê,
Como em artes marciais, começa-se,
Com o cinto branco a aparecer.
Mas logo, sem treino ou suor,
Vai-se à loja, cintos comprar,
Do branco ao negro, sem temor,
Sem a essência de aprender.
Um cinturão negro se ostenta,
Sem ter noção ou saber,
Só valida o ego que alimenta,
O ser sem verdade, só parecer.
Assim, nessa busca incessante,
De subir sem mérito, só poder,
Vê-se com títulos, sem a constante
Compreensão do ser, do viver.
O que deveria ser jornada,
De crescimento e de aprender,
Torna-se vaidade disfarçada,
Para ostentar sem merecer.
Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios. Não me encontro nos sorrisos de porcelana, nas felicidades ensaiadas. Não quero partilhar palavras ocas, conversas sem alma, onde o vazio se disfarça de importância. Não me reconheço nas máscaras de vaidade, nos olhares de arrogância que se erguem como narizes ao vento.
Aqui, a inveja semeia competições vãs, materializa o espírito e afasta a verdadeira essência. Não, este cenário de ilusões não é o meu lugar. Procuro o simples, o genuíno, onde o ser é mais que o parecer. Busco a pureza dos gestos sinceros, a presença dos que são e estão, sem pretensão ou artifício.
Como um ingénuo, quero apenas ser e estar, em harmonia com a simplicidade, ao lado de quem vive com a verdade no olhar e luz na alma.
Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios, das felicidades ensaiadas e conversas sem alma, onde a inveja semeia competições vãs e a arrogância se ergue. Procuro o simples e genuíno, onde o ser é mais que o parecer, em harmonia com a verdade no olhar e luz na alma.
Há emoções e sentimentos que não podem ser alcançados pela superficialidade de quaisquer momentos.
Um brinde à superficialidade, à futilidade, à mediocridade, ao consumismo e um sonoro viva à Sociedade do Espetáculo que faz com que a cada dia aumente mais e mais a população de jovens com extensos desertos de alma, ocos de personalidade, vazios de alma e cheios de nada.
Informação sem sabedoria é vazia. Apesar de todo o conhecimento gratuito no Youtube, Google ou ChatGPT, as pessoas têm se tornado cada vez mais ignorantes, trocando virtudes por vaidades.
”Enquanto ‘ter’ for mais valorizado que ser’, sempre preferiremos comprar um sofá em vez de deitar-nos no divã.”
Na parte complexa e amarga da vida, existe uma grande superficialidade marcada por idas e vindas, onde tempo é frequentemente desperdiçado com vaidades de corações impulsivos e mentes indecisas, pois nem todos estão dispostos a pagar o preço que é ser de verdade.
Uma complexidade tão inquietante com fatos inexplicáveis, muitas pessoas conhecidas que mesmo perto ficam distantes, enquanto que muitos desconhecidos se aproximam à distância, tornando assim o lugar físico pouco relevante, uma nítida discrepância.
Considerando esta realidade preocupante, é salutar buscar aquilo que possa trazer significado, amores recíprocos, tratos que alimentam a felicidade, que torne o viver mais agradável com atos de espontaneidade, ou seja, que não precisam ser cobrados, verdadeiras raridades.
Faço a seguinte comparação entre a imensidão do mar e a grande expressividade dos sentimentos, calmos, turbulentos, ondas que se movimentam, começam e recomeçam, dançam em conformidade com os ventos, são altas ou baixas, o sentir que influencia e também é influenciado, mantendo-se autênticos, graças a Deus, algo válido diante de circunstâncias que motivam e as que desgastam, preservando sua profundidade e ainda que o tempo não seja favorável, irão expor sua verdade, mas nem todos são aptos para percebê-la, pois muitos contentam-se com a superficialidade.