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⁠ELA

Ela é tão densa, ela é tão sedutora, ela é tão pura
O versar por tipo às vezes tão abstrato, ao relento
Que se perde em uma ilusão. De agridoce textura
Cheia de poéticas e tons de amor no pensamento
Ah imaginação! Teu suspiro n’alma, cria aventura
Que o acaso te inspira em um destinto sentimento
Cada prosa feita no agrado, tens na rima candura
Pois, uma maior sensação, o teu maior momento

Ela, tão cheio de sentimentalismo, a tua realidade
Aquela criatura de emoção permitida e docilidade
Enclausurado no sonho e, talvez do poeta, regalia
Ó poetizar... és um significar esplendido e divino
Com um misto de contrários, muitos, um destino
Misturado no sagrado privilegio. Ela... a poesia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 novembro, 2023, 15"15" – Araguari, MG

⁠Destino

... e na minha poesia singular e frequente
Exausta e maltrapilha, o versejar desejou
Um olhar, gesto, uma poética impenitente
Mas, o destino na inspiração revés traçou
Agora, sussurrante e, sentimento torrente
Pouco importa os acasos que a maltratou
Pois, nas rimas descontente é indiferente
Se há prazo, importa é que o amor restou

Assim, adiante, a prosa fazendo história
Versos compondo sua inédita trajetória
Criando sentidos, suspiros e sensações
Entre hosanas e canseiras, rompe fiascos
A mão que traça agruras também dá laços
Aí, avança a poesia, com outras emoções!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, outubro, 2023, 13’00” – Araguari, MG

ANJO DA MINHA VIDA

Vai, me diz o que faço ou deixo de fazer...
Sem saída já estou, tão preso ao teu amor,
Não consigo mais caminhar, só sentir dor
No meu coração, que a si se quer perecer...

Minha vida não terá mais extensão sem ter
A paixão que tanto desejo, pra poder amar...
O teu corpo quente, tuas carícias, teu olhar,
Os teus beijos ardentes, de profundo prazer!

Sem ti não serei mais nada, está em mim
Todo o seu sentimento, tão forte assim,
O fogo, o vigor, a loucura, sem calma...

Que me faz doer, todo o ser, oh, dor sem fim!
Meu anjo, minha donzela, meu querubim,
A ti pertence o meu amor e a minha alma!

MÃE – MULHER AMOR

Tu que nasceste mulher – É graça divina!
Tu que tens o amor eterno e verdadeiro...
Do Espírito Santo, foi dado a ti o primeiro
E único afeto que aos corações fascina...

Porque tu és a afeição e a luz que ilumina
O caminho de tuas gerações por inteiro,
E em teu coração, não há amor derradeiro
Que a possa atingir, e por nada a desatina.

Tu que és mulher progênie e de inteira glória
Porque não negas em ti o amor-perfeito
Que foi dado inteiramente em tua memória.

Não reside em outro ser paixão que se impõe...
Tanto o quanto a ti, as dádivas do teu peito,
Porque tu és mulher! Porque tu és mãe!

MÃE – UMA PARTE DO CÉU

Quando vieste, mulher, sob as glórias de Deus;
De apenas uma parte, fez-se maior e divina!
Quando vieste, oh, mãe, de os olhos teus,
Completastes a perfeição que em mim não há...

Pois, mãe, mesmo eu a sanidade, tu me amas,
Mesmo eu a falta de controle, tu me guias...
Mesmo eu rejeitado ao mundo, não me negas,
Mesmo eu sem caminhar, tu me és os pés...

Oh, mãe, mesmo eu sem fala, me entendes,
Mesmo eu sem chão, tu me és o solo...
Mesmo eu à boca amarga, me és o doce mel...

Mamãezinha querida, tão curto é o meu tempo,
Mas ao teu coração, quão eterno ele se torna...
Oh, mulher, que as minhas dores confortam,
Quando junto a Deus eu estiver, te serão os céus!

Saudade é um sentimento que fica guardado
após nos entregarmos
a alguém que nos encantou…

O problema da paixão é que nos torna extremamente dependente de outrem, estar apaixonado é estar preso, em uma prisão de sentimentos efêmeros.

⁠EU VOU SER BREVE

Eu vou ser breve por estar saudoso
De tanto que a tua falta me é sofrer
De tanto que me fiz um aturado ser
Eu vou ser breve, neste ato fragoso
Nos meus versos fui um desejoso
Poetando afeto, mimo, podes crer!
E, na minha poética o doce querer
Dos beijos, aquele mais formoso

O olhar você já tem, é só me olhar
E a prosa é sedutora, vai sustentar
Uma poesia com amor é sentimento
Então, qual o porquê da provação?
Em nós o alvor é de tanta sensação
Te quero! ... mais a cada momento!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 de maio, 2022, 19’19” – Araguari, MG

⁠ETERNO AMAR

O amor, em seu eterno amar
Deixou-me o afago pela dor
O ato de se doar com a flor
E o enamorado suave olhar
Quando não pude dele gozar
Fiz do sentimento um sofredor
E se deste pecado fui pecador
Perdão... pois, cá o meu tarar!

Feliz e na sofrência, quem não?
Parte da poética do coração
Que nos leva a rir e a chorar
Mas, também, tem o agrado
Ah! ser amado, apaixonado
Ah! como é singular estar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 janeiro, 2022, 15’57” – Araguari, MG

⁠“Corteggio”

Num farto verso de grato sentimento
Sensações no canto eu encontrava
E, assim, para ti meu amor cantava
Que domava todo meu pensamento
Toda à parte, um montão, eu invento
Momento para falar-te o que passava
No meu coração e, ali o amor estava
Tão tomado e, se não, eu acrescento

Inquietado... (diz-me então) a ternura:
Do prosar que tenho, qual te agrada
Pois na sedução os concedo, procura
E versejando com a alma enamorada
Assim, pra ti, cada verso com doçura
Escrevo o soneto com rima cortejada.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2024, 11'02" – Araguari, MG

⁠Versos de um amoroso

O Amor, que é, poeta a amável hora
Sonoro olhar que, n’alma, reverbera
A própria Glória que, no sonho mora
Significado encantado da primavera
O Amor, que é, ao coração incorpora
Os versos cheios de singular quimera
Entristece, alegra, também, ri e chora
Que na emoção tem verdade sincera

O Amor, que é, tem eterna inspiração
A canção que canta o canto da paixão
Que espera, esmera e tem tom maior
O toque que seduz, e que tem nome
E sobrenome, tem o beijo com fome
E todo dia, abrigo, Amor que é Amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2023, 14’10” – Araguari, MG
*paráfrase Vasco de Castro Lima

⁠Fado pecador

Sobre as asas de um poema sedutor
Uma sensação voando da inspiração
Trazendo em seu canto tanto primor
Paixão, agrado e a sorte no coração
Sobre as asas de um poema maior
A poética tão enroupada de emoção
Prosa que leva seu cântico de amor
Desbotando a saudade e a solidão

Ah! fado pecador: - perdão na falha!
Aquele escasso que sonhei e secou
Tal a aridez do cerrado acinzentado
Fez-se craquelado, versos na palha
Quebráveis, dum pouco que sobrou
Agora, sonhos se foram. É passado!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 fevereiro, 2024, 19’51” – Araguari, MG

⁠SONETO POÉTICO

Não mais desfruto do prazer de outrora
Do teu olhar, do teu riso, tudo desfeito
Agora em cada prosa uma dor no peito
E, em cada canto a sofrência que chora
Ah! poesia, que da alegria era um feito
De sensação e não uma agrura sonora
Era afeto, agrado, de sedutora aurora
Ó emoção, dá-me um versar com jeito

Pois, o carpindo no soneto é amargo
E tão letargo o poetizar, um embargo
Ao coração, que sonha e quer o teor
Deixai-me com o desprezo e o desdém
Na dita sorte, e no transtorno, porém,
Poético! Sempre hei de crer no amor!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 agosto, 2022, 19’47” – Araguari, MG

⁠RECOMEÇO

Não há tempo de suspirar saudade
Tenho muito à sentir, querer ainda
Prosas na ventura, quimera infinda
Pois, no amor eu tenho imensidade

Toda sensação é mais e bem vinda!
Em cada emoção uma sublimidade
Felicidade do coração com vontade
Há tanto afeto e tanta ternura linda

Já andejei em dezenas de direções
Tropiquei em vacilos e nos senões
Tive a solidão, e a lição da vaidade

E, agora com o sentimento consolado
Vivo o momento, não mais o passado
A saudade, decorrida, a deixo de lado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31, outubro, 2021, 08’40” – Araguari, MG

Teatro

Mais uma máscara foi colocada,
Mais uma tristeza foi disfarçada,
Mais um falso sorriso foi estampado,
Mais um rosto foi costurado!

Por meio de mentiras
artista contam inúmeras histórias
Por meio de verdades
tolos relatam suas poucas glórias!

Máscaras de porcelana racham,
máscaras de vidro quebram,
máscaras faciais nunca se revelam!

Com elas pessoas atuam...
mas tome muito cuidado;
pois algum dia teu rosto será revelado!

NO DIA DA FOLGA,
REPOUSAM HOMENS E ARMAS:
EIS A PAZ DOS CAMPOS.

Inserida por antoniocabralfilhoha

ÚLTIMO VERSO

Por versos, eu te compus, amor!
Por amores verdadeiros, puros...
E te acabei na solidão, eu juro
Que ingênua não será mais essa dor.

Será qual o teu céu de esplendor,
Como a cor dos mamais maduros,
Será como os fantasmas, conjuro,
E da paixão ríspida por uma flor.

Jardins de florais altaneiros, leve,
Branco como um inverno em neve
Será este meu vazio na escuridão...

E nas noites plenas dos teus prazeres
Não ouvirás por melodias, dizeres
Os meus versos de amor e de ilusão!

Inserida por acessorialpoeta

Reflete em meus olhos a imagem da desgraça
A desgraça de um dia eu ter olhado para seu rosto
A desgraça que me lembro bem o nome que me levou até tal estado
A desgraça que hoje me faz degenerar meus pulmões e meus neurônios
A desgraça que a todo custo eu busco o esquecimento.

Alguma vez coisa parecida aconteceu com você?
A sombra de mãos entrelaçandas em direção oposta
O olhar de adeus que te faz cair em um rio, cuja águas são serenas e sem fim
Logo após a cena, sinto que ela traz as ondas no rio, correntezas e uma queda
Cabeça que bate nas pedras imperfeitas. Aliás, após a desgraça, o perfeito não existe mais.

Faço no meu crânio um vaso de flores mortas
Na minha alma um quadro negro com uma poesia de Augusto dos Anjos bem ao centro
Nos meus dedos, caros dedos, sentem a dor de ter que escrever por uma desgraça.

Será eu a desgraça, será eu que errei em uma abstração?
Minha desgraça não sou eu, sou a causa
As mãos entrelaçadas a consequência.

Inserida por douglascardoso

SONETO DO AMOR

Escrevemos juntos a mais bela poesia
nossa história de amor,nossa sina,
compartilhando versos nos beijos
pensamentos de amor perfeitos.

Escrevemos com ternura no olhar
tão bonito o amanhecer nosso amar,
assim cônjugues seremos
amor eterno teremos.

Quando calamos nossos lábios se encontrão
na espessura de beijos amamos,
amamos,amamos.

E na caminhada só o amor levamos
rumo ao paraíso com os anjos,
abençoando nossa paixão.

Inserida por GABRIELSOUZAPOETA

SONETO DE OUTONO 3

Quanto aperto em meu peito
Quanta agonia em versos presos,
Quanta lacuna entre meus desejos
Quantos sonhos fulgurados perfeitos.

Outrora saudade envelhecida
Em gotas de versos rabiscados,
Hoje tormento de outono malgrado
Entre doces primaveras entristecidas.

Lembranças de incensos amargos
Exalam sobre os versos
D’um soneto de perdição,

D’uma alma triste e abatida
Como pétalas doces feridas,
D’um amor que arde no coração.

Inserida por GABRIELSOUZAPOETA

NICOLLAS

És verso perfeito
Cântico de felicidade,
Do céu foste enviado
Doce anjo abençoado.

És perola de Deus
Diamante celestial,
Entrego-te em versos meus
Esse amor eternal.

És vida minha
Doce amor
És do céu a poesia,

Filho amado divinal
És anjo menino
Meu amor incondicional.

Inserida por GABRIELSOUZAPOETA

Nem todos os sonetos Shakesperianos mais profundos e eternos de amizade e respeito seriam suficientes para reconhecer o quão importante você é para mim.

Inserida por brunocidadao

A MUSA DOS SONHOS

Ah, a tua paixão, imensa, cravina,
Desmesurada em prazer real,
Ardente assim eu nunca vi igual,
Puramente a lua, linda... divina.

E a minha loucura intensa e fina
No teu corpo quente, escultural,
Não há como ser em mim normal,
Ah, não me há quem a desatina...

Oh, bela, os teus desejos loucos,
Por mim, nem que fossem poucos,
Feliz ao mundo eu estaria a rir...

Se em meus olhos deixaste ilusão,
Não há quem não vê em ti paixão!
Que bem, o Poeta, tu fazes sorrir...

Inserida por acessorialpoeta

AMOR INTENSO

Sei lá, amor, sei lá o que pode acontecer!
Quero-te assim, bela, quente, e sem dor...
Quero-te sobre as chamas do teu esplendor
Tão viva, intensa, inebriando o meu ser...

Não sei, amor, e nem quero entender...
Dos prantos o luar, que brilhe o nosso amor!
Que vivemos tão quentes, que core a flor...
Que penetre em mim o teu bem querer!

Quero a tua paixão! Viva! Completamente...
Se vivermos da vontade, fazemos de contente,
Dos males as pragas que se põem a falar...

Quero de a tua alma, ver em mim lealdade
Que falem que seja d’uma grande amizade...
Mas que viva entre a gente o que está a amar!

Inserida por acessorialpoeta

TESTEMUNHO

Vida! Caminho deserto onde ando;
Agreste de sentimento amargo...
Vales e ondas, inútil, vai vagando,
Aos pés de mim o amor que trago!

Existência! Não sei eu até quando...
Advirá em águas o grande lago;
Baldadas lágrimas, rio dum afago;
Estrada infinita que vou rogando...

Balbucio demência, já a tanta dor...
Voz oculta em meio à sombra fria,
Já não me vale o temor dum grito.

Brado que não mais ouve o amor
Sob as rochas quietas à luz do dia,
Dentre à luz do sol, que já é mito!

Inserida por acessorialpoeta