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Quando se amarra bem o próprio coração e se faz dele um prisioneiro, pode-se permitir ao próprio espírito muitas liberdades.
Imaginar que os outros eram ainda menos livres que eles. "Há sempre quem seja mais prisioneiro que eu" era a frase que resumia a então única esperança possível.
A primeira manifestação de consciência nascente é o desejo de morrer. Esta vida parece insuportável, e inatingível qualquer coisa. O desejo de partir deixa de ser vergonhoso: chegamos a rezar para que sejamos conduzidos da velha cela, que tanto odiamos, a uma nova, que ainda não aprendemos a odiar. Há nisso um traço de fé, pois sempre esperamos que durante a mudança de uma para a outra o Mestre haja por bem passar no corredor, contemplar o prisioneiro e dizer: 'Jamais fechem essa porta de novo, pois ele deverá vir quando eu o chamar' ",
Muitos anos um prisioneiro passará na cela penitenciária, mas se ele aceitar a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, passará a eternidade com Deus, livre de seus crimes e da sua condenação.
Disseram ao prisioneiro: "Vamos te casar
com uma moça muito bela e muito rica".
"Ótimo, respondeu ele, mas soltem-me primeiro".
Alma
Prisioneira do corpo, a alma vive em guerra com o carcereiro.
O passado é um ótimo lugar e não quero apagá-lo nem lamentá-lo, mas também não quero ser seu prisioneiro.
O silêncio é a voz mais aguda de um grito que o prisioneiro no âmago do ser declara, imediatamente resignifica o instante de caos em que o agressor apresentou sua proposta de morte ao outro, sendo ele mesmo o suicida que já em estado de decomposição apodrece o ambiente com os vermes latentes rompendo a sua carne putrificada para multiplicação na mutação dos próximos incidentes
É assim mesmo.
O mundo abarca a gente.
Ficamos prisioneiros.
Cativos das mesmices,
dos vórtices concêntricos
de nossa inexpugnável redoma.
O pior prisioneiro é aquele que além de se deixar prender ele mantem-se preso, não por medo do desconhecido e sim por dúvidas, inseguranças e falta de coragem. Segue a vida duvidando de seus instintos e angustiando seus sentimentos.
Esse sentimento cinza
Que me alcança formando-me vento
Quando olho para além de mim
Sigo pensando em olhar dessa mesma maneira
Pisando em lugares para além daqui
Mas então pego-me desejando outra vez
Estar tão tão distante ao oscilar-me vira e mexe
Para lugares de falso refúgio, em meus pensamentos
Sou como uma brisa de vento presa em uma gaiola
Ao mesmo tempo que sou livre, sou prisioneira da minha mente
- Sarah Cantuária
Todo luto não vivido, toda dor não curada, toda mágoa estacionada, todo ressentimento não esquecido, todo perdão não concedido, torna-se algemas que nos mantém mental e espiritualmente acorrentados.
A pior coisa é se sentir prisioneiro da própria vida, com os carcereiros "invisíveis" vigiando cada passo.
Liberdade que aprisiona
Sonha-se com a ilusória liberdade, porém, nada mais aprisiona do que a liberdade, tangendo à necessidade de se autovigiar o tempo todo. A consciência da liberdade dá a dimensão maior de velar pela liberdade do próximo. Então aqui entra a velha e sábia frase: “O meu direito termina exatamente onde começa o seu”. A liberdade não deve ser confundida com libertinagem. Ela é a grande responsabilidade humana, é viver no outro e para o outro. Sendo o que dá graça à vida. Ser dirigido dá a impressão de escravidão, ao dirigir tem-se a verdadeira escravidão na enorme responsabilidade. Um magistrado ao tornar-se transgressor da lei, com a mais absoluta certeza caber-lhe-á maior juízo, não exatamente pela sua lei, mas pela sua consciência, conhecida como Deus.
Os criadores das leis são os primeiros a exercerem a libertinagem, advogando porcamente em causa própria, com raras exceções.
A liberdade traz maior juízo ao jugo do liberto, tornando-o prisioneiro de seu grande ideal.
Acomode-se e pense sobre isso, ninguém se liberta de ninguém, muito menos de si mesmo.
Jbcampos
Nunca falei que te amo, nunca disse que sentia
Ao encontro do possível, demonstrei quando ninguém olhava
Não pude ser mais breve, pra dizer se existia
Incertezas, certezas, paixão ou palavras
Tenho medo, sim, do que me espera
Entre os olhos que tantos me passam
Ter um dia que me prender aos laços
Enfrentar algo que não quisera
Mas não escute somente, dê resposta ao que digo
Se um dia pelo menos sonhastes comigo
Porque tenho desejo de viver a vida
E deixar de ser prisioneiro, como se livre quisera um dia
Das prisões, sou prisioneiro
Dos amores, passageiro
Da sua vida, forasteiro
Do rancor de um corpo inteiro.
O prisioneiro
Em um cela escura, ele reflete sobre suas agruras.
Esquecido pela corrompida sociedade.
Sente o apertado engasgo das amarguras. Enclausurado em sua incapacidade. Relembra toda aquela história humilhante.
Enquanto sua vida segue como numa infinita constante.
Mas nem tudo está perdido.
Ainda existe muito que se lutar.
Não se deve dar por vencido .
Mesmo quando a justiça não te abraçar.
O segredo é sempre manter a serenidade.
E nunca aceitar que retirem a sua dignidade.
Por Deus! Ele está solto, o recurso foi aceito.
Logo o ar se tornou puro e novamente o sol voltou a surgir.
Desde então, não está mais morto, o advogado postulou o direito.
Um grande profissional astuto que injustiças não iria permitir.
Agora o caminho mais óbvio é se vingar.
Mas aprendeu que nobre mesmo seria perdoar.
O tempo nunca passa em vão.
A noite fria, convida a acender seu candeeiro.
Não guarda arrependimentos e mágoas pelo perdão.
Apenas lembra de quando era um desprezível prisioneiro.
Muito feliz, pois já não precisa mais tentar fugir.
E porque enfim aprendeu que o mais importante de tudo, foi ter mantido a capacidade de sentir.
