Tag poéticas
Há tua jornada normal-social,
e tua jornada de herói —
tua aventura pelo divino
em busca de te conheceres
e te salvar de ti mesmo —
te salvares em Cristo,
por Cristo,
com Cristo.
LA
Descobri que os pinheiros são budistas —
não podem ver o vento
que já começam a entoar seus mantras...
LA
Modelo
Se nosso modelo é Cristo,
de tanto nos moldarmos Nele
vamos assimilando
a Sua natureza —
um afazer de fé
agraciado por Deuspai
e obsequiado
pelo Espírito Santo.
LA
Convivências
Ao matares alguém
convives com o assassino
por todos os teus dias.
Ao roubares —
com o ladrão;
ao traíres —
com o traidor;
ao mentires —
com o mentiroso...
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Vale a pena evitares
tais convivências —
já que tuas ações
te dão por companhia
quem as pratica.
LA
Eterno Provisório
O eterno é só um engano
do provisório que se perde
em nosso pouco saber.
O eterno é só um momento
de cansaço
de tudo ser mudança —
caos e cosmo, caos e cosmo, caos...
O eterno é o provisório,
o provisório sempre diferente.
É dentro do caos que se organiza
no momento
que a vida segue triunfante —
triunfante de não ser isso nem aquilo,
mas outra coisa que ainda não se sabe...
E sempre assim:
no eternamente provisório.
A alegria é seu licor e nossa força...
E em Deus querer o homem sonha
e sonhando modifica
a si e seu entorno
enquanto a beleza do que é
transfigura
o estar sendo de tudo —
o eterno sonhamento.
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E Deus e o homem
jamais serão os mesmos.
LA
Brinquedo
Deus fez o amor
e deu pro homem
e pra mulher brincar.
E brincaram, brincaram,
brincaram até cansar —
cansar, não de amar,
mas de tanto brincar...
E assim foi que o amor perdeu
o seu brinquedo —
seu jeito criança de amar...
De lá pra cá
tornou-se sério, tão sério
que morreu...
morreu no seu brincar...
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Mas ninguém fique triste,
que a vida é irmã da esperança —
o que morreu
pode a qualquer instante
molhar seus sonhos
no vinho de um olhar —
e renascer
em seu brincar de amar
LA
A Vida Inclui O Mestre
Quem te fere e te sangra
conhecia o lugar
dessa tua ferida —
por isso foi direto,
direto ao que te dói.
Sim, quem te fere sabe
onde é tua fraqueza —
o que te torna fraco...
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Apenas cura,
cura a tua ferida,
e quando ele voltar,
voltar a te tocar,
verá que no lugar
de uma pobre ferida
agora há osso e nervos,
há músculos bem fortes —
daí que o seu tocar,
o seu tocar — agora —
são apenas afagos,
são toques de carinho...
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Perdoa então ao tal,
perdoa ao tal e a ti —
a ele por ser grosso,
a ti por precisares
da sua grosseria:
a vida inclui o mestre.
LA
Poder
O poder real e único
de uma pessoa,
em si e em sua conta cósmica,
é o quanto ela é capaz de amar:
o seu dom ôntico —
potência sem poder —
onipotência em ser.
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Tudo o mais é amor decaído,
pervertido:
enfermidade do ser.
Sim, tudo o mais também existe
na terra e nos ares
— em outras gamas —
é o poder que compete,
rivaliza
com o Sonho-Quem —
poder luciferado:
já amarrado e perdido
no desespero de si mesmo.
LA
Ensaio
Sosseguem,
não pode ser o fim dos tempos —
ainda nem começamos
a nos amar uns aos outros.
Deus nos dará mais um tempo
para irmos aprendendo...
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Enquanto isso vamos ensaiando.
LA
Razões Poéticas para Viver
Em meio a tanta correria, a vida te presenteia com o dom de ver beleza em detalhes simples.
Em meio a tanta correria, você encontra razões para querer viver.
Sentir a vida é arte, os momentos são arte, os risos são arte.
Esqueça as circunstâncias — se você viver das circunstâncias, nunca será feliz.
Se for detalhista com as coisas erradas, irá querer morrer.
Ver maldade e tristeza é fácil.
Se quiser uma razão poética e extremamente linda para querer viver, apenas sinta a vibração dos detalhes.
Os detalhes te farão feliz.
Os poetas colocam em palavras os sentimentos que são "demais" em sua alma. Não para que eles terminem, mas para que se tornem eternos.
ABC QUADRAS POÉTICAS. (NOVO ESTILO DE FAZER VERSOS)
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
ABC QUADRAS POÉTICAS
1-VERSEJAR COM O ABC EM QUADRAS
2-TER TÍTULO
3- FAZER QUADRAS RIMADAS IGUAIS
4- NÃO PRECISA USAR Y, K, W
5- SE DESEJAR PODE ACRESCENTAR UMA FRASE DE CONCLUSÃO
CRIAÇÃO
POETISA= NORMA AP SILVEIRA DE MORAES
EXPERIMENTAL
ABC EM QUADRAS POÉTICAS
CRIAÇÃO DE ESTILO
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
FAZER QUADRAS COM O ABC
COM RIMAS IGUAIS NAS QUADRAS,
OU SEJA ABC COM QUADRAS RIMADAS
01- FAZER AS QUADRAS QUE DE QUATRO EM QUATRO RIMADAS IGUALMENTE
02-NAS LETRAS V, X, E Z, FAZER UM TERCETO,
QUE PODE SER UMA CONCLUSÃO
03- USAR TITULO
USAR SEMPRE UM TEMA COM TÍTULO
O AMOR VERDADEIRO
A*** AMAR É UMA VIRTUDE ABENÇOADA
B***BENÉVOLA E POR TODOS APRECIADA
C***CARINHOSAMENTE COMPARTILHADA
D***DANDO E RECEBENDO, PRESTIGIADA
E***ENCANTOS DO CORAÇÃO
F***FELICIDADE SE FAZ EM AÇÃO
G***GRANDE É A TRANSFORMAÇÃO
H***HABILIDADE DE GRANDE AÇÃO
I***IMPORTANTE É O VERDADEIRO AMOR
J***JAMAIS SÓ TEM INTERESSE EVALOR
L***LEMBRANDO; AMAMOS TAMBÉM NA DOR
M***MOSTRANDO O AMOR SALVADOR
N***NUNCA DESISTIR DA ESPERANÇA
O***O VERDADEIRO AMOR INSPIRA CONFIANÇA
P***PADRÕES DE SENTIMENTOS TEMPERANÇA
Q***QUERENDO É SÓ TER PERSERVERANÇA
R***RAZÃO DE EXISTIR NA NATUREZA
S***SANTIDADE E TANTA NOBREZA
T***TANTAS OBRAS DE GRANDEZA
U***UMA HISTÓRIA DE AMOR E BELEZA
V***VENERANDO O AMOR E SUA CONSTRUÇÃO
X***XODÓ DE DEUS EM AÇÃO
Z***ZELANDO PARA VENCER, MEDITAÇÃO
E O AMOR VERDADEIRO É FELICDADE PLENA A DOIS
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MUITO BOM DE FAZER E SE DIVERTIR POETANDO, NA ARTE DA POESIA MODERNA
CRIAÇÃO DESTE ESTILO EXPERIMENTAL
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
APROVAÇÃO
19/02/2015
Maturidade só se atinge de dois jeitos, tempo e experiência, qualquer que se diga maduro sem isso, é ainda mais imaturo do que aquele que se cala.
Escopos da vida
Mais uma vez; sozinho!
Estive ontem, também; sozinho!
Amanhã não posso estar diferente.
Afinal de contas, todos os meus amanhãs
Serão sempre, sozinho.
Passei pela vida sem ter religião e nem amigos.
Ou talvez tivesse amigos; mas todos, sem religiões.
Não, não tenho arrependimentos!
Estou hoje entre a covardia de ser eu mesmo
E o mistério que é a covardia de não ser ninguém.
Ainda que para isto; eu me torne subitamente alguém.
Tenho vivido de fronte à tantas portas,
Portas que ninguém mais consegue passar...
Que não passam, porque diante de mim nada passa.
Estou indiferente a mim mesmo.
Porque tudo aquilo que não posso ser
Hoje eu sou!
Mas sem pais.
Ah, se ao menos tivesse um pai.
Se ao menos tivesse um pai, teria os ombros mais leves.
Como um pássaro carregado pela mãe.
Estou sozinho, sendo um bonifrate imaginário, sem imaginações.
Sem imaginações, porque na minha vida nada muda.
Nada melhora e nada piora, nada é novo!
Tudo é velho e cansativo, com a minha alma.
Sou um escritor que faz versos que não são versos.
Porque se fossem versos, teriam melodias e métricas.
Ah, escrever, sem versos e métricas, como a vida.
Ao passo que os meus não-versos prosseguem,
A inabilidade caminha rumo ao meu coração.
Este castelo fantasmagórico, este lugar de terra cinza.
Tudo na minha literatura é velho e cansativo.
Como o autor deitado em uma cama esticado como uma cuíca.
O silêncio do meu quarto fatiga os ouvidos do meu coração.
A minha vida é uma artéria atulhada de lembranças solitárias.
Lembro-me que ao nascer...
O médico olhou-me aos olhos e parou de súbito.
Caminhou pelo quarto e sentou-se em uma cátedra.
Ergueu as mãos ao queixo, apoiou-se fixamente sobre ele.
E ficou ali a meditar profundamente.
Passou-se o tempo e tornei-me infante.
Subi ao céu, observei o mundo e aconteceu;
Deitei o mundo sob os meus ombros.
Depois desci ao pé de uma árvore e adormeci.
Quando acordei estava a chorar de arrependimento.
Na casa que eu morava, já não havia ninguém.
A minha mãe diziam ter ido ao céu; procurar-me!
Não tendo me encontrado, tratou logo de nunca mais voltar.
E por lá ficou, e nunca mais a vi.
Nunca soube por que o destino inóspito lhe tirou a vida...
Se o altruísmo materno é a metafísica de toda a essência
Ou se abúlica vivência é pela morte absorvida,
Não seria à vossa morte um grande erro da ciência?
Talvez um pai!
- Meu pai perdeu-se nos meus ombros,
Era um fardo que eu sustentara sem nunca tê-lo visto.
Todos os meus sonhos e ambições nasceram mortos.
Descobri que a alegria de todos; era o mundo sob os meus ombros.
Olhavam-me e riam-se: Apontavam-me como a um animal.
Quando resolvi descer o mundo dos meus ombros,
Percebi que a vida passou; e nada de bom me aconteceu.
Não tive esperanças ou arrependimentos.
Não tive lembranças, culpas ou a quem culpar.
Não tive pais, parentes e nem irmãos.
E por não tê-los; este era o mundo que eu carregava aos ombros.
Este era eu.
Sozinho como sempre fui.
Sozinho como hoje ainda sou.
Um misantropo na misantropia.
Distante de tudo aquilo que nunca esteve perto.
Um espectador que tem olhado a vida.
Sem nunca ter sido percebido por ela.
A consciência dos meus ombros refletida no espelho
Demonstra a reflexibilidade desconexa de quem sou.
Outra vez fatídico, outra vez um rejeitado por todos.
Como a um índio débil que o ácido carcomeu.
Ah! Esse sim; por fim, sou eu.
Eu que tenho sido incansavelmente efetivo a vida.
Eu que tenho sido o fluídico espectro de mim mesmo.
Eu que tenho sido a miséria das rejeições dos parentes.
Eu que tenho sido impiedoso até mesmo em orações.
Eu que... – Eu que nunca tenho sido eu mesmo.
Ah! Esse sim; por fim, sou eu.
Ouço ruídos humanos que nunca dizem nada.
Convivo com seres leprosos que nunca se desfazem,
Desta engrenagem árida que chamamos mundo.
Ah, rotina diária que chamamos vida.
Incansáveis restos de feridas que sobrevivem,
Nesta torrente da consciência humana.
